Em nota oficial, o Sindicato dos Jornalistas do Pará se manifestou hoje sobre a agressão sofrida no domingo à noite, no CAN, pelo repórter fotográfico Wildes Lima:
O Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará repudia os atos de violência e intimidação cometidos contra o repórter fotográfico do Diário Wildes Lima, acontecido na noite de ontem, segunda-feira, 25 de outubro, às proximidades do Centro Arquitetônico de Nazaré – CAN.
O repórter fazia uma reportagem sobre a prisão de pessoas envolvidas em tumulto, após a tradicional queima de fogos, quando foi impedido de realizar seu trabalho e brutalemente atacado com spray de gás lacrimogêneo e ameaçado de prisão por policiais militares – dois alunos do curso de formação de sargentos e um aspirante à oficial da PM.
A hostilidade evoluiu para a agressão do auxiliar de cinegrafia. Ao perceber que as imagens da violência estavam sendo registradas, os militares se voltaram contra o repórter fotográfico. O Sinjor-PA faz questão de ressaltar que, em defesa da liberdade de imprensa e dos profissioanis que labutam diariamente com dignidade para levar informação com responsabilidade à sociedade, repudia a agressão. Pois, nada justifica a violência cometida contra o profissional que estava ali simplesmente executando o seu trabalho.
O Sinjor-PA avalia que a agressão é danosa não somente ao desenvolvimento do trabalho da imprensa, como também à sociedade, que conta com os profissionais do jornalismo para dar voz às suas insatisfações, críticas e demandas sobre assuntos que dizem respeito aos seus direitos, como por exemplo a segurança, ou a falta de segurança em nosso Estado. O Sindicato dos Jornalistas do Pará cobra, ainda, dos órgãos de segurança pública a indentificação e punição dos culpados em nome do direito ao livre exercício profissional e da liberdade de imprensa.