Papão definido para pegar o Sapão

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O Papão já está mais ou menos definido para o jogo deste sábado (17h) com o Mogi Mirim (SP) pela semifinal da Série C 2014. O time deve entrar com Paulo Rafael; Lombardi, Charles e Pablo; Djalma, Augusto Recife, Zé Antonio, Héverton e Aírton; Dênis e Bruno Veiga. O técnico Mazola Junior anunciou os substitutos do goleiro Douglas, do lateral-direito Pikachu e do atacante Ruan, que estão fora da partida. Douglas foi vetado pelo departamento médico e Pikachu e Ruan estão suspensos. Para suprir as ausências, entram no time o goleiro Paulo Rafael, o ala Djalma e o atacante Dênis. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola) unnamed (68)

Números oficiais de público do Brasileirão

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De Imprensa CBF

Na reta final da disputa pelo título do Campeonato Brasileiro, enquanto o Cruzeiro lidera a disputa nos pontos corridos, o Flamengo é o time com melhor média de público da competição, até a 29ª rodada da Série A: quase 32 mil torcedores por partida. Logo abaixo está o Corinthians, que chega a passar de 29 mil espectadores por jogo. A média da competição é de mais de 16 mil pessoas.

A CBF ainda aproveita para divulgar outros dados interessantes sobre a competição. Na segunda colocação questão de público, o Corinthians tem tudo para comemorar em outro quesito: renda média. Bem à frente, o clube paulista lidera essa lista com incríveis pouco mais de um milhão e 800 mil reais de arrecadação por jogo. Líder do campeonato, o Cruzeiro aparece na sequência, com renda média de mais de um milhão e 200 mil reais. Mais um time ultrapassa a marca de um milhão: o Flamengo, com quase um milhão e 100 mil reais de média. A média da competição é de mais de 524 mil reais.

Um dado que pode ajudar a entender a relação entre renda e público é o preço do ingresso. Neste ponto, o tíquete médio mais alto do país é do Corinthians, que fica em R$62,20. Na outra ponta desta tabela está o Vitória, com o ingresso médio mais barato: R$16,23. Os outros dois times abaixo da casa dos 20 reais são Criciúma (R$16,88) e Fluminense (R$18,89).

Confira aqui as listas com os números exatos até a 29ª rodada:

PÚBLICO MÉDIO

1 – Flamengo – 31.926

2 – Corinthians – 29.328

3 – São Paulo – 27.855

4 – Cruzeiro – 26.421

5 – Internacional – 21.366

6 – Fluminense – 20.757

7 – Grêmio – 19.103

8 – Palmeiras – 17.176

Média do campeonato – 16.228

9 – Sport – 15.096

10 – Atlético Mineiro – 13.928

11 – Bahia – 13.861

12 – Botafogo – 11.977

13 – Atlético Paranaense – 11.307

14 – Coritiba – 10.689

15 – Vitória – 10.177

16 – Criciúma – 9.774

17 – Chapecoense – 9.319

18 – Santos – 8.730

19 – Figueirense – 7.883

20 – Goiás – 6.655

 

RENDA MÉDIA

1 – Corinthians – 1.836.011

2 – Cruzeiro – 1.228.345

3 – Flamengo – 1.057.021

4 – Internacional – 796.851

5 – São Paulo – 756.619

6 – Grêmio – 614.945

7 – Botafogo – 525.463

Média do campeonato – 524.081

8 – Palmeiras – 506.948

9 – Fluminense – 392.083

10 – Bahia – 378.456

11 – Sport – 328.957

12 – Atlético Paranaense – 323.808

13 – Atlético Mineiro – 313.936

14 – Goiás – 253.736

15 – Coritiba – 251.593

16 – Santos – 206.422

17 – Chapecoense – 195.316

18 – Figueirense – 166.108

19 – Vitória – 165.116

20 – Criciúma – 164.996

 

TÍQUETE MÉDIO

1 – Corinthians – 62,60

2 – Cruzeiro – 46,49

3 – Botafogo – 43,87

4 – Goiás – 38,13

5 – Internacional – 37,30

6 – Flamengo – 33,11

Média do campeonato – 32,30

7 – Grêmio – 32,19

8 – Palmeiras – 29,51

9 – Atlético Paranaense – 28,64

10 – Bahia – 27,30

11 – São Paulo – 27,16

12 – Santos – 23,64

13 – Coritiba – 23,54

14 – Atlético Mineiro – 22,54

15 – Sport – 21,79

16 – Figueirense – 21,07

17 – Chapecoense – 20,96

18 – Fluminense – 18,89

19 – Criciúma – 16,88

20 – Vitória – 16,23

 

Um pouco sobre o aniversário de Baião

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Por Antonio Fernando Ramos

Até 1979 ninguém falava em aniversário do município. Em algum lugar li a história de Baião. Conversei com meu pai e lhe disse que nosso município faria 200 anos. Fiquei empolgado.
Quantos me conhecem sabem que tenho uma veia festeira, abandonada ultimamente. Procurei o então prefeito Francisco Nogueira Ramos, no Posto Brilhante, ele viajaria para Baião na “Princesa de Nazaré”, conversamos e expus um pequeno projeto para não deixar a data passar em branco.
Neste tempo já fazia oposição política ao Chico. Naturalmente ele não topou a parada, alegando que o município não tinha recursos para tal. Disse-lhe então que faria alguma coisa. Pensava em fazer um “Show de Calouros” (que era uma grande diversão em Baião) e um torneio de futebol, para isso iria contar com a parceria do Bosco Tocantins, Jones Reis, Clarivaldo e Barrá (Edivaldo Nogueira), meus colegas na Escola Agrícola “Manoel Barata” em Castanhal. Contaria também com o apoio do Guido Brito, grande parceiro, com quem durante vários anos promovemos a Semana Estudantil (todas sem nenhum apoio do governo municipal).
Algum tempo depois o Francisco me procurou, não sei se para ofuscar a minha pretensão, já que isto me renderia dividendos políticos. Propôs-me a coordenação do evento. Fiquei alegre e comecei um longo trabalho de pesquisa que culminou com a revista “Baião 200 Anos”, onde tratava de aspectos históricos e econômicos do município. Devo registrar aqui a importante participação do meu padrinho Sandoval Coelho Ramos e do meu pai Maurício Ramos.
A festa tomou vulto, aproveitou-se para inaugurar o novo campo de pouso. A recepção foi na Escola “Abel Chaves”, tendo um banquete para as autoridades e um churrasco popular para a população onde funcionava uma área interna de lazer; várias professoras compuseram a música do aniversário, com auxílio do nosso saudoso maestro Dico Nogueira. Esta mesma música que hoje é tida como hino do município (“Lugar alto e aprazível”).
Parti de Belém, ocupando uma das vagas no avião que inauguraria a pista. Um “Buffalo” da FAB. Junto meu fiel amigo Jones Reis, o Bode. Assistimos algumas solenidades, com a presença do então governador Alacid Nunes, sem participar, em nenhum momento do palanque oficial. Não tinha convite. Dirige-me para a Escola “Abel Chaves” onde corria os “comes-e-bebes”, também no banquete não entrei, pois não tinha convite.
Voltei pra casa triste e amargurado, chorando. Mas valeu! Assim começaram as festas do aniversário de nossa cidade.

Um fato sem retificação

Por Janio de Freitas

Antes mesmo de alguma informação do inquérito, em início na Polícia Federal, sobre o “vazamento” da acusação a Lula e Dilma Rousseff pelo doleiro Alberto Youssef, não é mais necessário suspeitar de procedimentos, digamos, exóticos nesse fato anexado à eleição para o posto culminante deste país. Pode-se ter certeza.

Na quarta 22, “um dos advogados” de Youssef “pediu para fazer uma retificação” em depoimento prestado na véspera por seu cliente. “No interrogatório, perguntou quem mais sabia (…) das fraudes na Petrobras. Youssef disse, então, que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem. A partir daí, concluiu-se a retificação.” Ou seja, foi só a acusação.

As aspas em “vazamento”, lá em cima, são porque a palavra, nesse caso, sem aspas será falsa. As outras aspas indicam a origem alheia de frases encontradas a meio de uma pequena notícia, com a magreza incomum de uma só coluna no estilo em tudo grandiloquente de certos jornais, e no mais discreto canto interno inferior da pág. 6 de “O Globo”, de 29/10. Para precisar melhor: abaixo de um sucinto editorial com o título “Transparência”, cobrando-a da Petrobras.

castigoJá no dia seguinte à “retificação”, “Veja” divulgou-a, abrindo o material ao uso que muitos esperaram por parte da TV Globo na mesma noite e logo por Folha, “O Estado de S. Paulo” e “Globo”. Nenhum dos três valeu-se do material. Se o fizessem, aliás, Dilma, Lula e o PT disporiam de tempo e de funcionamento judicial para para uma reação em grande escala, inclusive com direito de resposta em horário nobre de TV. O PT apenas entrou com uma ação comum contra “Veja”.

O que foi evitado a dois dias da eleição, foi feito na véspera. A explicação publicada, e idêntica em quase todos os que se associaram ao material da revista, foi de que aguardaram confirmar o depoimento de Youssef. Àquela altura, Lula, Dilma e o PT não tinham mais tempo senão para um desmentido convencional, embora indignado, já estando relaxados pelo fim de semana os possíveis dispositivos para buscarem mais.

“O Globo” não dá o nome de “um dos advogados”. Até agora constava haver um só, que, sem pedir anonimato, foi quem divulgou acusações feitas em audiências judiciais, autorizado a acompanhá-las, que nem incluíam o seu cliente. Seja quem for o requerente, pediu e obteve o que não houve. Retificação é mudança para corrigir. Não houve mudança nem correção. E o pedido do advogado teve propósito explícito: os nomes de quem mais sabia da prática de corrupção na Petrobras. Uma indagação, com o acusado preso e prestando seguidos depoimentos, sem urgência. E sem urgência no processo, insuficiente para justificar uma inquirição especial.

O complemento dessa sequência veio também na véspera da eleição, já para a tarde. Youssef foi levado da cadeia para um hospital em Curitiba. O médico, que se restringiu a essa condição, não escondeu nem enfeitou que encontrara um paciente “consciente, lúcido e orientado”, cujos exames laboratoriais “estão dentro da normalidade”. Mas alguém “vazou” de imediato que Youssef, mesmo socorrido, morrera por assassinato.

O boato da queima de arquivo pela campanha de Dilma ia muito bem, entrando pela noite, quando alguém teve a ideia de telefonar para a enlutada filha da vítima, que disse, no entanto, estar o papai muito bem. O jornalista Sandro Moreyra já tinha inventado, para o seu ficcionado Garrincha, a necessidade de combinação prévia com os russos.

A Polícia Federal suspeita que Youssef foi induzido a fazer as acusações a Dilma e Lula, entre o depoimento dado na terça, 21, e a alegada “retificação” na quinta, 23. Suspeita um pouco mais: que se tratasse de uma operação para influir na eleição presidencial.

A Polícia Federal tem comprovado muita e crescente competência. Mas, nem chega a ser estranho, jamais mostrou resultado consequente, quando chegou a algum, nos vários casos de interferência em eleições. Não se espere por exceção.