Um encontro bombástico

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Pouca gente sabia que o pagodeiro Belo era palmeirense, mas sua paixão pelo Verdão se revelou nesta sexta-feira à noite, durante vôo da delegação para Recife. O cantor estava no avião, conversou com todos os jogadores e, no desembarque no aeroporto dos Guararapes, na capital pernambucana, foi presenteado pelo elenco com uma camisa oficial do time e um agasalho. Belo se disse animado com a boa fase do time no Brasileirão: “Apesar de ter pouco tempo de ver jogo, estou sempre acompanhando o Palmeiras. Com a liderança e a chegada do Muricy, tenho certeza que somos um dos fortes candidatos a brigar pelo título”, comentou, depois de posar para foto com Diego Souza, que se revelou fã dos pagodes do aloirado Belo.

Vou te contar…

Hollywood invade a ilha

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Da Reuters

Os atores Benicio del Toro, Robert Duvall, Bill Murray e James Caan estão visitando Cuba como parte de um “projeto de pesquisa”, em uma das maiores expedições de Hollywood à ilha em uma década, segundo uma fonte próxima ao grupo. Cerca de dez atores e outras figuras do setor cinematográfico chegaram a Cuba na noite da última quarta e vão permanecer na ilha até o fim de semana.

Na foto acima, Del Toro, Caan e Duvall, em Havana.

Valtinho não definiu goleiro

Hospedada em Peritoró, a 60 quilômetros de Codó, local do jogo de domingo (19h), a delegação do Paissandu descansa da extenuante viagem de ônibus – 11 horas – e faz planos para o confronto decisivo diante do Sampaio. O técnico Valter Lima só tem uma dúvida: Paulo Wanzeller ou Rafael Córdova no gol. O resto do time está praticamente definido: Jucemar, Rogério, Bernardo e Aldivan; Mael, Dadá, Zeziel e Michel; Vélber e Zé Carlos. Do lado do Sampaio, o técnico Edson Porto avalia a possibilidade de entrar com o esquema 3-5-2, que considera mais ofensivo. A dúvida está no comando do ataque: Gabriel (recuperando-se de contusão) ou Célio Codó.

Apesar da fuga mal explicada, entraria com o Córdova, que é mais tarimbado. Vai ser um jogo nervoso e um goleiro inexperiente pode pôr tudo a perder.

Massa reluta em ceder carro

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Da ESPN

Pela primeira vez desde que sofreu um acidente no treino classificatório para o Grande Prêmio da Hungria, Felipe Massa abriu o olho esquerdo sem a ajuda dos médicos, nesta sexta-feira. Ainda internado, o piloto da Ferrari reluta em ceder o carro ao heptacampeão Michael Schumacher a partir do Grande Prêmio da Europa, em Valência.

O brasileiro recebeu a visita do inglês Rob Smedley, seu engenheiro de pista na Ferrari, e previu que estará recuperado até a corrida na Espanha, marcada para o dia 23 de agosto. “Ele falou para o Rob que três semanas são suficientes para ficar bom”, disse Titônio Massa, pai do piloto, que acompanhou a conversa entre os dois.

O otimismo de Felipe Massa no Hospital AEK, no entanto, é rebatido por Dino Altmann, médico pessoal do piloto. Ele prefere não estipular uma data para o retorno do brasileiro, mas já avisou para não considerar a possibilidade de participar do Grande Prêmio da Europa.

Michael Schumacher (foto acima) treinou nesta sexta-feira com o carro da Ferrari de 2007 na pista de Mugello.

Renan ou mídia: um certo estilo

Por Luís Nassif

Vamos entender melhor esse jogo de hipocrisias na campanha contra José Sarney.

Clique aqui para um conjunto de matérias sobre o tema

1. A Folha traz uma denúncia de empréstimos do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) à TV Mirante, dos Sarney. A dívida está sendo questionada na Justiça, devido às cláusulas de correção cambial. O empréstimo foi concedido pelo BNB na gestão Byron, indicado pelo senador Tasso Jereissatti e homem de confiança do Ministro da Fazenda Pedro Malan. Questionamento na Justiça significa o banco contra Sarney, não necessariamente irregularidades cometidas na concessão do empréstimo.

2. Todos esses vícios de Sarney fazem parte de usos e costumes do Legislativo. Praticamente todos os senadores foram beneficiados por nomeações de parentes e outras benesses do poder. Mas a campanha é focada nele, não nas saídas para reduzir esse tipo de vício das práticas políticas brasileiras.

3. O governo Sarney marcou o auge do poder de Roberto Marinho. Não havia uma indicação de Ministro que não passasse por Marinho, conforme amplamente conhecido. Foi nesse período que a TV Mirante, de Sarney, conseguiu a concessão da Globo (assim como a TV de ACM). E a Globo conseguiu apoio irrestrito da Telebras.

4. No governo Sarney, a Folha se aproximou dele de tal maneira que lhe concedeu vinte anos de coluna no espaço nobre da página 2.

5. Agora que José Sarney ameaça renunciar, matéria da Folha mostrando a cúpula tucana (FHC, Serra e Aécio) tentando se aproximar dele. Renunciando, os ataques contra ele cessarão na hora, como cessaram contra Renan.

6. Em sua coluna de hoje, Clóvis Rossi fala em “um certo estilo de Máfia”. Coloco o raciocínio do Rossi, deixando entre parêntesis opções de personagens que se adequam ao raciocínio.

“O problema é que Renan (a mídia) não ameaça Virgílio (Sarney) porque este violou a ética, mas porque o PSDB (PMDB) está entrando com a sua própria representação (aliança) contra José Sarney (José Serra), de quem Renan (a mídia) é cão de guarda. Em outras palavras, é o típico aviso mafioso: você não entra no meu território que eu deixo seus trambiques em paz”.

O adeus do último cavalheiro

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O último grande cavalheiro do futebol inglês, Sir Bobby Robson, de 76 anos, faleceu hoje em sua casa depois de perder a luta que travava contra um câncer desde 1991. Sir Robson morreu acompanhado por sua esposa e pelo resto de sua família em sua casa de County Durham, no norte da Inglaterra. Ele também foi técnico inglês e dirigiu, entre outros, o Barcelona durante a temporada 1996/1997, justo depois que Johan Cruyff deixou o clube, um ano no qual ganhou a Recopa da Europa, a Supercopa da Espanha e a Copa do Rei.

Os notáveis resultados conseguidos não serviram no entanto para que ele continuasse no banco do Barça, onde estava acompanhado pelo hoje treinador do Inter de Milão, José Mourinho, e acabou sendo substituído pelo holandês Louis Van Gaal. Foi sob seu comando que Ronaldo viveu seus melhores momentos no Camp Nou.

Seu bom trabalho lhe valeu um posto no staff técnico na temporada seguinte, embora um ano depois tenha preferido voltar ao PSV para trabalhar de novo como treinador. Robson foi reconhecido tanto no Reino Unido como nos países pelos quais passou – Holanda, Portugal e Espanha – como um autêntico “gentleman”, extremamente educado e com um grande senso de humor.

Como jogador, sua carreira se limitou à Inglaterra, concretamente ao Fulham – onde chegou com apenas 17 anos -, o West Bromwich e de novo ao time londrino, onde também ocupou posteriormente o posto de treinador. Também participou do Mundial de 1958, realizado na Suécia.

Um de suas maiores conquistas foi sem dúvida se tornar técnico inglês, cargo no qual se manteve entre os anos de 1982 e 1990, com dois mundiais envolvidos. Sua batalha contra o câncer foi contínua desde o ano de 1991, e desde então teve que se submeter a operações cirúrgicas, assim como à quimioterapia.

Robson apareceu em público pela última vez no domingo passado – e em cadeira de rodas – no estádio de Saint James Park para ver o jogo entre Inglaterra e Alemanha.

Coluna: Árbitros são intocáveis?

Saber lidar com os árbitros virou questão de sobrevivência no futebol brasileiro. Técnicos e jogadores vivem às turras com os mediadores. Quando resolvem bater de frente, geralmente levam a pior, pois as normas desportivas são desiguais e têm aplicações nem sempre coerentes.
Por pura coincidência, o árbitro Rodrigo Martins Cintra escalado para a “batalha de Codó”, entre Sampaio Corrêa e Paissandu, acaba de se envolver em ruidosa polêmica com o atacante Washington, do S. Paulo.
Além de expulsar o jogador, que reclamou acintosamente de uma marcação, Cintra carregou na súmula. Escreveu lá que Washington o chamou de canalha e sacana, entre outros termos ofensivos. Sem testemunhas, vai prevalecer a versão de Sua Senhoria.
Indignado, o artilheiro ameaça processar o árbitro, mas é desaconselhado pelos que conhecem os humores da arbitragem e seu apego ao corporativismo. Aliás, há poucos dias, num programa de TV, o ex-jogador Casagrande contou historinha exemplar sobre o espírito de corpo que une a confraria dos sopradores de apito no Brasil.
Segundo ele, no começo dos anos 80, quando defendia o S. Paulo, disputou um clássico contra o Palmeiras arbitrado por Romualdo Arppi Filho, popularmente conhecido como “Coluna do Meio”, pela sua predileção por jogos que terminavam em empate.
O jogo, duríssimo, foi vencido pelo Palmeiras e os são-paulinos peitaram Romualdo, xingando e reclamando de suas marcações. No dia seguinte, os jornais estampavam a prensa tricolor sobre o franzino juiz.
No meio da semana, o S. Paulo voltou a campo contra o Juventus. Dulcídio Vanderlei Boschilla era o árbitro e foi logo avisando a Casagrande, Careca & cia.: “Olha, quero ver vocês fazerem comigo o que fizeram com o Romualdo. Experimentem”. E, literalmente, tomou as rédeas do jogo. Foi tão vigilante que o S. Paulo não conseguia sequer entrar na área juventina.
Segundo Casagrande, havia jogador bufando de ódio, mas Boschilla se mantinha imperturbável e ainda prevenia: “Não adianta chiar porque não vou expulsar ninguém. Todo mundo vai ter que ficar até o fim do jogo”. Um mais valente insinuou que podia pegar o juiz lá fora. “Sei que você anda armado, não tem problema. Eu também uso arma”, disse Boschilla, ex-policial do temido Dops, encerrando o papo. Final: Juventus 1 a 0.
Moral da história: árbitros erram muito e, de vez em quando, interferem diretamente no resultado, mas é prudente não mexer com a categoria. A represália, quase certa, pode render mais prejuízos.
 
 
O Paissandu embarcou ontem para o Maranhão e os jogadores parecem conscientes de que terá 90 minutos para decidir seu futuro na temporada, com desdobramentos (principalmente financeiros) para o próximo ano.
E pensar que, na virada do “turno” da chave A, a classificação era quase certa, até pelo tímido desempenho do Sampaio. Mas ainda há jeito.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 31)

Alfinetadas em Muricy

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Demorou, mas acabou acontecendo. O atacante Dagoberto, depois de marcar dois gols na vitória (2 a 1) sobre o Grêmio, aproveitou para alfinetar o ex-comandante do clube, Muricy Ramalho. O atleta negou qualquer problema pessoal com o antigo comandante, mas questionou os critérios do atual treinador palmeirense.

“Estava havendo uma coerência pequena com alguns jogadores. Eu fazia um jogo pequeno e já saía do time. Eu tinha de jogar com um nível muito alto para ficar na equipe, pois minha corda era muito fraquinha”, desabafou. Dagoberto deu ainda a entender que não era o único na mira do ex-técnico tricolor. “Eu quero falar de coisas boas. Mas, com Dagoberto, Hugo e Borges, as coisas eram difíceis. Gosto muito do Muricy, mas era isso. E não estou criticando ninguém”.