Vanderlei Luxemburgo está de volta ao Santos. Considerado o plano B do presidente Marcelo Teixeira, o ex-treinador do Palmeiras ganhou terreno após a alta exigência de Muricy Ramalho e foi confirmado no cargo na noite desta sexta-feira pelo presidente santista. “Só falta assinar o contrato”, confirmou Teixeira. A informação também foi confirmada pelo assessor de Luxemburgo, Luiz Lombardi, que disse que o acerto está “99,9% fechado”. Dessa forma, o treinador retornará ao Santos um ano e meio depois de ter saído para ir comandar o Palmeiras. Consta que Luxemburgo aceitou salário inferior a R$ 500 mil por mês. Ainda não está confirmado se ele levará apenas o auxiliar técnico Nei e o seu fiel escudeiro Antônio Mello, preparador físico.
Dia: 17 de julho de 2009
Ibra no Barça, Eto’o na Inter
O presidente do Barcelona, Joan Laporta, confirmou o acordo com a Inter de Milão para a contratação do atacante Ibrahimovic. Em entrevista durante a apresentação do lateral brasileiro Maxwell, o dirigente falou que a única pendência é o acerto entre clubes e jogadores. Para ficar com Ibrahimovic, o Barcelona pagará 45 milhões de euros (R$ 126 milhões) e cederá em definitivo o centroavante camaronês Samuel Eto’o e por empréstimo o meio-campista bielorrusso Hleb. Agora, os clubes correm para acertar salários com os atletas. Segundo o jornal espanhol “Marca”, Ibrahimovic, que ganha 13 milhões de euros por ano na Inter, ainda não concluiu o acordo. Eto’o também precisa negociar as condições de seu contrato com a Inter.
Brasil tetracampeão, há 15 anos
Brasil tetracampeão do mundo. 17 de Julho. Estádio de Pasadena, EUA. Público: 94.394. Árbitro: Sándor Puhl (Hungria). Final: Brasil 3 x 2 Itália, nos pênaltis.
Não sinto tanto orgulho desse time, mas Copa é Copa e a taça é nossa.
Veja e a geografia
Do Comunique-se
A revista Veja substituiu o estado do Ceará pelo Maranhão em matéria publicada nesta sexta-feira (17/07) no site Veja.com. A matéria “A mulher que está por trás do fenômeno Stefhany”, sobre a garota que faz sucesso no Piauí, chamou a atenção de leitores no Twitter. No mesmo dia a revista fez a correção no mapa. No quadro, divulgado para ilustrar a matéria e o local de nascimento da cantora, o estado do Ceará não aparecia no mapa e o espaço que deveria ser ocupado pelo Maranhão foi substituído pelo Pará.
O blogueiro Nivaldo Ribeiro divulgou o erro em seu blog, com o post “A Nova Divisão Geográfica do Nordeste”. A partir disso a notícia repercutiu no Twitter, principalmente entre os cearenses. Após o incidente, a Veja retirou o mapa da reportagem, fez a correção e inseriu o gráfico novamente. “Alguns leitores nos comunicaram sobre isso. Ficou pouco tempo no ar. A correção foi quase que imediata”, explicou Katia Perin, editora da Veja online.
Cidadãos de Belém denunciam OI/Velox
Um grupo de cidadãos, formado por seis jornalistas que atuam em diferentes veículos de comunicação e assessorias de imprensa em Belém, um administrador de empresa, um médico, um tecnólogo de rede, um analista de sistemas, uma assistente social, dois advogados, além de outros com diversas profissões protocolou representação, hoje pela manhã, no Ministério Público Federal (MPF), contra a empresa OI/Velox, denunciando uma série de problemas que vêm ocorrendo nas áreas de telefonia fixa, móvel e do sistema de banda larga.
A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB-PA), Ângela Sales, apoiou a representação e está entre as signatárias. “Estou apoiando na condição de cidadã e consumidora”, resumiu. A representação foi entregue ao procurador da República, Alan Mansur Silva, que deverá transformá-la em Ação Civil Pública. Alguns dos que assinaram o documento não se conheciam e mantiveram contato pela primeira vez na sede do MPF. O fato mereceu o seguinte comentário de Mansur: “é interessante saber que a sociedade se organiza em busca da reparação de seus direitos”.
O procurador disse que as pessoas que ainda quiserem participar da representação poderão fazê-lo, bastando para isso ir pessoalmente ao MPF. Outra maneira de participar é assinar individualmente o texto da representação, cuja cópia poderá ser obtida junto a seus autores. A terceira alternativa, mais eficaz, é o interessado mandar um e-mail para ascom@prpa.mpf.gov.br com seu nome completo e número de CPF, informando que quer se registrar na lista dos consumidores prejudicados cujo abaixo-assinado faz parte do procedimento administrativo instaurado na Procuradoria da República no Pará sob número 1.23.000.000087/2009-10.
A assistente Social Rosangela Mendes reclamou bastante do serviço prestado pela empresa, dizendo estar sofrendo prejuízos. Na casa dela, a Internet, mesmo com lentidão, ainda funciona. O mesmo não pode dizer do telefone, que até hoje continua mudo, embora o mesmo não ocorra com a conta, no final do mês. Uma dura punição à empresa seria uma providência salutar.
O tecnólogo Emanoel Rodrigues narrou ao procurador que os abusos praticados pela OI/Velox vêm se repetindo com freqüência sem que haja qualquer providência das autoridades. “Os donos dessa empresa devem estar achando que aqui no Pará só têm idiotas e que ninguém é capaz de lutar por seus direitos. Estão muito enganados”, declarou Rodrigues. Segundo ele, a “bandalheira que se chama OI/Velox só irá acabar quando um diretor da empresa for preso e ficar na cadeia, nem que seja por alguns dias”.
Absurdos – A jornalista Cláudia Aguilla, outra prejudicada, recebeu duas cobranças de R$ 500 cada por linha telefônica já desativada. Ela procurou a Anatel, mas o órgão regulador nada fez a não ser dizer que iria lavrar multa contra a OI/Velox. “Para que serve a Anatel, se ela multa, mas a empresa continua me mandando a cobrança absurda”, disparou. Para Cláudia, a empresa não tem o menor respeito por seus clientes, prejudicando com isso milhares de trabalhadores, inclusive autônomos que necessitam de uma linha telefônica ou do serviço de banda larga.
“Estamos aqui porque acreditamos no trabalho do MPF. Ele já demonstrou isso em inúmeras causas. Se não acreditássemos sequer teríamos vindo. O MPF, hoje, é a última cidadela dos que buscam reparação aos seus direitos violados no Pará”, assinalou o jornalista Carlos Mendes. A representação impetrada pelo grupo de profissionais liberais, de acordo com Mendes, quando for transformada em ação na Justiça Federal poderá “beneficiar dezenas de milhares de consumidores, independentemente de terem ou não assinado a representação”. O importante, porém, é engrossar o grupo dos que se dispõem a assinar o documento porque isso representa “prova de cidadania”.
Segundo Alan Mansur, em janeiro e fevereiro deste ano, o MPF abriu dois procedimentos contra a OI/Velox por venda casada de produtos, o que é considerado crime por lei. A Justiça Federal em Belém acolheu as razões do MPF, mas em Brasília o Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) derrubou a decisão. Mansur pediu informações à Anatel, mas recentemente soube que a OI/Velox não está ressarcindo os consumidores pelos prejuízos a eles causados. Mansur elogiou a iniciativa do grupo em fazer a representação, dizendo que ela, em casos dessa natureza, é a primeira que chega ao MPF.
Ninguém da empresa quis comentar a representação, alegando que só irá fazê-lo quando receber comunicação do Ministério Público Federal. Um funcionário da OI/Velox, que preferiu não se identificar, disse que a empresa presta um serviço de qualidade aos paraenses.
Juliana Paes é casta ou não é?
Por Waldo Batista
(Roberto Carlos está fazendo escola)
Sem censura e sem retratação
Ao determinar que José Simão se abstenha de fazer referências à atriz Juliana Paes, confundindo-a com a personagem “Maya”, da novela “Caminho das Índias”, o juiz João Paulo Capanema de Souza, do Rio de Janeiro, afirmou em despacho não ver “ofensa ou aspecto pejorativo” nas considerações do colunista “sobre a ‘poupança’ da atriz ou sobre o fato de sua bunda ser grande”, já que “sua imagem esteve e está à disposição de quem quisesse e ainda queira ver”, e qualificá-la “nos limites do tolerável”.
Mas o magistrado considerou que o colunista ofendeu “a moral da mulher Juliana Couto Paes, seu marido, sua família”, ao “jogar com a palavra “casta” e dizer que Juliana “não é nada casta”.”
“É censura. A pessoa não pode determinar quando e o que falar dela. Isso tolhe totalmente a liberdade de expressão”, afirmou o colunista. “Na hora em que estava escrevendo, achava que estava elogiando a atriz. Não quero me retratar”, disse.
Segundo Simão, “a imagem que Juliana Paes passa para o Brasil é que ela é a ‘gostosa’, e que todo homem fica ‘babando’. Não vejo por que o termo ‘casta’ ofende uma mulher moderna, liberada, atriz da Globo. Para mim, casta é pudica, e eu não admiro pessoas castas. É coisa medieval”, afirmou.
As advogadas Taís Gasparian e Mônica Galvão, que representam a Folha, consideram que a decisão do juiz “trata o humor como ilícito e, no fim das contas, é a mesma coisa que censura”.
Fred e o desperdício do tempo
Do Blog do Cosme Rímoli
Afonso, Bobo, Jô convocados. Amaury e até Hulk foram cogitados. Por que Fred passou a ser página virada na vida da Seleção Brasileira?
O artilheiro ágil, com ótima visão de jogo e conclusões certeiras do Cruzeiro era outro jogador? O que obrigou a diretoria do Lyon a gastar com gosto R$ 15 milhões por ele, em 2005. Em 2009, o liberou de graça. Fred disputou a Copa de 2006. Ele e seu pai eram uma felicidade só, durante a Copa, na Alemanha. O jogador tinha planos ousados.
Dizia que iria se transformar em um dos maiores atacantes do planeta.
Deixava claro que o Lyon seria o trampolim para clubes ainda maiores. Milan, Real Madrid, Barcelona, Manchester United. Não havia limite para a sua imaginação. Mas ele não percebia, carregava um grande inimigo com ele. Sua personalidade forte. Desde que voltou da Copa passou a se desentender com treinadores e dirigentes do Lyon. Perdeu posição, reclamou, se sentiu perseguido.
A alegria sumiu das suas entrevistas. Passou a ser um jogador amargo. Sumiu do time titular do Lyon. Muitas vezes até do banco de reservas. Viu surgir o talento de Benzema.
Ainda tinha mercado na Europa. Mas de clubes pequenos, obscuros. Principalmente para quem sonhava com Real Madrid, Manchester United… A saída seria um retorno breve para o Brasil. Jogar bem, marcar muitos gols, voltar para a Seleção Brasileira. E retornar por cima para a Europa.
Mas, outra vez, ele mesmo está se sabotando. Quem o acompanha no dia-a-dia do Fluminense percebe que não há entusiamo no atacante. O brilho dos olhos passou. Parreira teve várias conversas com ele, tentando animá-lo. Ele se mostra irritado com o rumo da sua carreira. E se mostra presa fácil para qualquer provocação. Como nunca foi um jogador catimbeiro, suas cotoveladas, pontapés são escancarados.
As expulsões são seguidas. Envergonham não só a ele, mas também aqueles que se esforçaram tanto para contratá-lo. Fred está construindo o pior dos mundos para ele no Fluminense, no Rio de Janeiro. Torcedores já prometem vigiá-lo, cobrá-lo quando estiver nas noites cariocas. Aproximando a lupa de Fred é fácil perceber porque ele não faz parte dos planos de Dunga para a Copa de 2010.
No futuro, ele irá se arrepender, e muito, do tempo que está desperdiçando. Remoer raiva com o que já passou só trava sua carreira. E ele não percebe. Que clube estaria disposto a arriscar milhões de euros no Frederico Chaves Guedes de hoje em dia?
E ele tem apenas 25 anos…
Desabafo de torcedor
Por Danilo Santiago
Esse papo da diretoria do Remo não pretender mais trazer o Maico Gaúcho, devido as declarações dadas pelo seu advogado é uma tremenda de uma desculpa esfarrapada. Já deu para perceber a aversão que eles têm a este jogador. Primeiro, no início de 2009, a desculpa foi a multa de R$ 50.000,00, a ter que pagar à Luverdense, onde, na hora do desespero, ouviu-se comentários de que um valor maior a esse foi pago ao Bebeto; agora é a dita “falsidade” de fazer juras de amor dadas ao clube e depois recorrer à Justiça. Uma pergunta que não quer calar: qual jogador hoje em dia joga por amor ao clube e qual é o trabalhador que não quer receber o seu salário no final do mês? Com certeza, o Maico Gaúcho moveu ação na justiça contra o Remo depois de muita espera e enrolação, mas isto é um direito que cabe a qualquer trabalhador. Agora, inventar desculpas para deixar de trazer este jogador que cabe como uma luva nesse fraquíssimo time do Remo, onde esperanças são depositadas em atletas como Gegê e Hélinton, meu Deus.. Vejo que em 2010 o cenário não mudará muita coisa em relação a este ano para o meu Leão Azul, infelizmente!
Tribuna do torcedor
Por Gerhard Bürgel
Cadê o presidente que ouviu a vocês todos e foi na onda? Como vocês mesmos dizem por aí, contra os números não há argumento (Edson Gaúcho = aproveitamento de 72,22%; Valtinho = aproveitamento de 44,44%). E agora?? Será que a saída vai ser culpar o Valtinho? Ou seria melhor o tal do presidente? Porque culpar Valtinho e os jogadores agora é covardia. Chegou a hora de imprensa e presidência do PSC assumirem sua culpa. A torcida não é boba. Tanto que se viu a quantidade de público ontem, e ainda dizem que estava lotado.
Capa do Bola, edição de sexta-feira, 17
Som na madrugada – Titãs, Caras como eu
Coluna: Empate complica as chances
O empate era o segundo pior cenário para o Paissandu. E aconteceu por absoluta falta de criatividade ofensiva. O time esteve o tempo todo no campo de defesa do Luverdense, mas não soube transformar esse domínio territorial em gols. Pressionou, cercou e não definiu.
O resultado deixa o Paissandu ainda na liderança da chave com 11 pontos, mas sob perseguição direta de Águia, com 10, e Rio Branco, com 9. Luverdense (8) e Sampaio (4) estão fora de combate. O problema é que o Rio Branco ainda tem três jogos por fazer (pode ir a 18), o Águia mais dois, podendo chegar a 16. Ao Paissandu, só resta o compromisso com o Sampaio, para vencer e alcançar 14 pontos. A coisa ficou difícil.
O primeiro tempo foi samba de uma nota só. O Paissandu em cima, martelando, mas sem acertar o pé. Fechadíssimo, o Luverdense apresentou duas linhas de quatro homens e nenhuma disposição para se expor. Marcado, Maico Gaúcho, seu principal articulador, não podia criar. Com isso, a equipe se encolheu ainda mais.
Vélber até se movimentava e arriscava, mas a bola não chegava em condições para Torrô e Zé Carlos, isolados entre os marcadores. Em meio às dificuldades para chegar à meta de Ronaldo, Torrô teve a melhor chance, mas não soube aproveitar. Saiu no intervalo, por contusão. Balão deu mais agilidade ao meio-campo e criou opções para Vélber, que se aproximou mais de Zé Carlos nas ações ofensivas.
E foi em jogada iniciada por Balão que o gol finalmente saiu, fazendo a torcida finalmente explodir na Curuzu. A zaga vacilou e a bola chegou a Vélber, que limpou o lance e bateu com categoria, à direita de Ronaldo.
Desgraçadamente, a alegria foi breve. Enquanto o gol era festejado, o Luverdense foi à frente pelo corredor aberto na ala direita da defesa bicolor. O cruzamento saiu sob medida para a conclusão de Simeão, que havia marcado os dois gols da vitória sobre o Águia.
Ainda buscando se recompor do empate inesperado, Zeziel e Aldivan insistiam em jogadinha improdutiva pela esquerda, consumindo tempo e esforço. No geral, como no primeiro tempo, o Paissandu tinha o controle territorial, sem que isso representasse chances reais de gol. Balão era o jogador mais acionado, mas aos poucos foi cansando. Também exausto, Vélber foi substituído por Michel, que nada acrescentou.
Zé Augusto entrou para lutar à sua maneira. Força bruta, raça, vontade, coração. O diabo é que nem sempre essa combinação funciona. O Luverdense se defendia como dava, mandando a bola pro mato, fazendo cera. O fato é que, dos 30 minutos até o final, o Paissandu atacou incessantemente, mas as chances não foram criadas e o gol não veio. Do jeito como o jogo terminou, o gol não sairia nem por obra do acaso.
A torcida saiu aborrecida, como era de se esperar, mas que ninguém atire pedras em Valter Lima. O problema maior do Paissandu é a ausência de opções técnicas. Isso limita variações táticas e nivela o time a qualquer outro dessa chave – inclusive o lanterninha Sampaio.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 17)