Uma surpresa na Argentina

Do Conversa Afiada

Paulo Henrique Amorim entrevistou Eleonora Gosman, que desde 1995 é correspondente do jornal El Clarin no Brasil. Gosman considera que, embora os Kirchner tenham perdido a eleição, não se pode dizer que a centro-esquerda perdeu as eleições legislativas de domingo.

Sobre a presidente Cristina Kirchner, Gosman acredita que tanto ela pode ser deposta, como De la Rúa, como influir na sucessão, desde que democratize o seu método de governar. Para Gosman, Cristina é “patoteira” e não consulta nem os ministros, o que enfraquece a sua posição de centro-esquerda.

A grande surpresa, porém, foi a eleição para deputado da cidade de Buenos Aires do documentarista Pino Solanas. Solanas teve pouco mais de 20% dos votos com uma pregação estatizante. Solanas fez um documentário sobre o peronismo, “La Ora de Los Ornos”, e o clássico “Memória del Saqueo” (“Memória do Saque”, uma descrição magistral do programa de privatização do presidente Menem, o Fernando Henrique Cardoso dos argentinos).

Aula de democracia

Do Blog do Paulinho

Andres Sanches detonou os craques da Democracia Corinthiana, em lamentáveis declarações ao Diário de São Paulo. “Aquilo não tinha nada de democracia, porque apenas três decidiam”, disse o presidente corinthiano, em clara alusão aos ídolos Sócrates, Wladimir e Casagrande, cabeças do movimento. Quem acompanhou aquela época sabe que o dirigente corinthiano mente mais uma vez.

Desde o roupeiro até o atleta mais famoso, tinham direito a decidir o destino da equipe. Os votos tinham o mesmo peso, raridade entre os movimentos mais democráticos.

Andres tentou ainda comparar o discurso de Ronaldo, que pede i final da concentração, ao sistema implantado na época dos ex-jogadores. Disse que Ronaldo fala o que pensa e que isto sim é Democracia. “Com uma frase destas, o Andres só mostra que não sabe o que é democracia” – detonou o genial Doutor Sócrates.

Wladimir foi ainda mais incisivo: “O Andres está confundindo ANARQUIA com DEMOCRACIA. Porque, se o Ronaldo decidir deixar a concentração por vontade própria, vai estar sendo um anarquista. Já nós decidíamos tudo no voto. O que a maioria queria era o que acontecia.” Andres Sanches poderia aproveitar para tentar aprender um pouco sobre o regime que abomina, mas que insiste em dizer que pratica. Pelo menos para não passar, mais uma vez, vergonha na imprensa.

Tribuna do torcedor – 2

Cláudio Santos – técnico do Columbia de Val-de-Cans

Gerson, temos que salvar o futebol paraense. De que jeito? Fazendo uma reflexão de tudo que está acontecendo, senão vamos para o fundo do poço. Só Remo e Paissandu podem salvar o futebol paraense, mas para isso, temos que ter profissionais, tanto nas diretorias dos clubes como na imprensa. O episódio que aconteceu entre torcedores e imprensa, quando da saída do técnico Edson Gaucho mostra que a torcida já está perdendo a paciência com certos “profissionais’ da imprensa (Cláudio Guimarães, Rui Guimarães, João Cunha, Jones Tavares e outros, mas cito mais os da Clube, por ser a rádio que ouço e a de maior audiência). Essas pessoas já deram o que tinham que dar, se é que um dia deram, e com isso levam gente boa na imprensa, junto, como: Gerson Nogueira, Guilherme Guerreiro, Carlos Castilho, Hamilton Gualberto, Edson Matoso. O profissional de imprensa é formador, sim, de opinião e, dessa vez conseguiu fazer até a do presidente, que falou agora há pouco ao Guerreiro que o que o Rui Guimarães falou também pesou para a demissão do treinador. Aliás, presidente que escuta radinho para tomar decisões a respeito do seu clube…, paciência. Incompetência é pouco para ele. Aliás, em todas as enquetes (Orkut do Papão, Blog do Gerson e outras) a imprensa perdeu feio e os torcedores estão mostrando a cada dia que passa que já não há mais espaço para os maus profissionais. Penso que está na hora de se fazer uma reciclagem na imprensa, principalmente, e nos presidentes de clubes, principalmente em Remo e Paissandu.

Cláudio, não tenho procuração para defender ninguém, a não ser o conhecimento pessoal e direto acerca do trabalho dos profissionais citados por você. Todos, sem exceção, são pessoas sérias, competentes, ilibadas e sinceramente preocupadas com o nosso futebol. Militam na imprensa esportiva até há mais tempo do que eu e merecem respeito e consideração. Quanto à influência que o comentário do Rui Guimarães possa ter tido sobre a decisão do presidente do Paissandu acho plenamente normal. Todos ouvimos e ponderamos a partir de um conselho, uma ideia. Só não aceito é que se atribua ao Rui, ao Jones, ao Cláudio e ao João a responsabilidade pela demissão do treinador. Quem demite é o presidente do clube, que isto fique sempre claro. Cronista critica, reporta, analisa, mas não contrata técnico, nem escala time ou demite profissionais de um clube. Cada macaco no seu galho.

Todas as homenagens a Kaká

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Com as palavras protocolares que o momento exigia, Kaká foi apresentado a 40 mil torcedores do Real Madri, no Santiago Bernabeu. Recebeu a camisa 8 das mãos de don Alfredo Di Stéfano, argentino que é uma instituição do clube. O brasileiro se disse, obviamente, muito feliz com a chegada ao Real e prometeu lutar por títulos. Florentino Pérez, o presidente gastador, ressaltou a importância de Kaká no processo de renascimento do clube, enfatizando seu talento e a liderança dentro do time.

Doido pra voltar

O atacante Ronaldo, do Corinthians, elogiou bastante o técnico da seleção brasileira, Dunga, depois da conquista da Copa das Confederações na África do Sul. “O time está muito bem armado pelo Dunga. Cada dia me surpreendendo mais e mais com sua qualidade como treinador, com suas escolhas. Está de parabéns. Aliás, todo grupo está de parabéns”, falou.

Maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 15 gols, Ronaldo declarou que está com saudade de atuar pela equipe nacional. “Mas tudo tem seu momento. Se eu voltar à seleção, vou aproveitar esse momento. Por enquanto, estou como um torcedor brasileiro, apaixonado pelo futebol”, declarou. (ESPN Brasil)

Vai esperando…

Fala que eu te escuto…

TOLERÂNCIA

Enviado pelo amigo Orlando Vila Nova:

“O poder da tolerância capacita você a ser humilde e ter misericórdia. Ele o liberta de perguntas e faz você permanecer em seu autorrespeito. Com essa atitude, as pessoas ficam contentes e felizes em sua companhia. Tolerância torna sua natureza simples e fácil, independente do que os outros estejam fazendo. Apenas tenha bons pensamentos para si e bons votos para os outros. Não se preocupe com que tipo de sentimento eles têm por você. Não seja afetado pelo que outros pensam sobre você. Bons sentimentos funcionam definitivamente.” (BK Jayanti)

Marketing da cascata

Vejo entrevista do técnico Mano Menezes o vivo no Bate-Bola, da ESPN Brasil, 1ª edição desta terça-feira, e repercutiu as reclamações feitas por Ronaldo na segunda-feira sobre o tempo “exagerado” de concentração no Corinthians. Segundo o treinador, será feito um acorrrrdo com o jogador. “Já fiz um negócio com o Ronaldo e está fechado: o título da Copa do Brasil por menos tempo de concentração”, afirmou Mano, cascateiro como a maioria dos técnicos nacionais hoje em dia, mais focados na própria imagem do que no trabalho que fazem. E o pior é que esse marketing sem compromisso prolifera a olhos vistos.

Alonso na Ferrari?

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Uma antiga especulação da Fórmula-1 parece ter se tornado realidade, ao menos para o jornal espanhol As, que crava em sua edição desta terça-feira que Fernando Alonso será um dos pilotos da Ferrari a partir de 2010. A reportagem, assinada por Carlos Miquel, amigo pessoal do esportista e ferrarista ferrenho, traz vários detalhes e afirma que o bicampeão da categoria assinará com a escuderia italiana um contrato de cinco anos, portanto até 2014, e que o anúncio oficial de sua contratação será feito na sexta-feira do GP de Monza, na Itália, em 11 de setembro.

Sobre quem sai para a entrada do espanhol, o “As” diz que a decisão ainda não foi tomada, mas que seguirá no time vermelho quem tiver o melhor desempenho na temporada, o que, de momento, mostra o brasileiro Felipe Massa em vantagem sobre o finlandês Kimi Raikkonen. Outra informação é a de que o alemão Sebastian Vettel é outro pretendido da Ferrari, mas este apenas para fazer parte do time e juntar-se a Alonso a partir de 2011.

Tribuna do torcedor

Por Luciano Gomes

A decisão de demitir Edson Gaúcho, após o vexame de Lucas do Rio Verde, foi acertadísssima, ainda há tempo de recuperar o que foi perdido e aquele já não era mais o comandante que deveria ser, aliás após aquele empate lá em Parauapebas já havia ficado preocupado com o time.
Gaúcho não tinha critérios para substituições (às vezes acertava), não tinha coragem de botar o time pra frente pra vencer fora de casa (acha um ponto um resultado ótimo), não fazia coletivos, não armava o time dentro de um padrão tático visível, não treinava jogadas e era da mesma escola de Murici em relação a educação…
O treinador que vier vai ter o trabalho apenas de conhecer o grupo e procurar dar um padrão de jogo, time o Paissandu tem pra classificar e aí e só arrumar a casa.

Freire e o comunismo de butique

Do Balaio do Kotscho

O governador José Serra saiu dos seus cuidados neste final de semana e compareceu ao 16º Congresso Estadual do PPS (antigo Partido Comunista Brasileiro, hoje linha auxiliar da aliança PSDB-DEM), em Jaguariúna, no interior de São Paulo, a 134 quilômetros da capital. Foi e voltou de helicóptero e ficou lá apenas 45 minutos, o suficiente para atacar o governo federal e o PT:

“O PT usa o governo como se fosse propriedade privada. Quando o PT foi para o governo, incorporou esse patrimonialismo do partido. Em São Paulo, não existe esse loteamento governamental, ao contrário do federal”. Não existe? Serra esqueceu-se que estava ao lado do presidente do PPS, Roberto Freire, suplente do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), atualmente ganhando a vida como membro de dois conselhos municipais em São Paulo, embora seja do Recife e more em Brasília.

Ex-candidato a presidente da República, hoje Freire não se elege nem síndico em sua cidade, mas fatura R$ 12 mil por mes para participar de uma reunião mensal e assinar as atas da Emurb (Empresa Municipal de Urbanismo) e da SP-Turismo.  Quem lhe arrumou esta boquinha foi o próprio governador José Serra, em 2005, quando era prefeito de São Paulo. Mantida pelo seu sucessor Gilberto Kassab, a sinecura abriga hoje 58 conselheiros, que custam R$ 4 milhões por ano à Prefeitura.

Quem fez a denúncia, em janeiro deste ano, foi o repórter Fabio Leite, do Jornal da Tarde. Mas, ao contrário do que acontece no plano federal, não mereceu nenhuma repercussão na chamada grande imprensa. Em seu texto, Leite escreveu que esta “bondade administrativa visa acolher aliados e engordar os salários dos secretários municipais”.

Até hoje esta informação não foi desmentida nem se tem notícia de que Roberto Freire, fiel à sua cruzada de paladino da moralidade alheia, tenha aberto mão da bem remunerada boquinha. Em Jaguariúna, como anfitrião do governador, ele aproveitou para atacar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal, que “não anda no país, o que anda é a corrupção”, segundo noticiário da Folha.

Antes de pegar o helicóptero de volta para São Paulo, Serra, que não foi perguntado sobre a aparente contradição entre o que falou sobre “loteamento” e a condição do conselheiro Freire, ainda garantiu aos ex-comunistas que fará “o possível para atender aos pedidos dos prefeitos do PPS”.