Rock perde o craque Ginger Baker

Um breve comunicado nas mídias sociais neste domingo, 6 de outubro, diz “Estamos muito tristes em informar que Ginger faleceu em paz nesta manhã. Muito obrigado a todos que enviaram mensagens de carinho nas últimas semanas”. Nascido em 1939 em Lewisham, South London, Ginger passou por algums problemas de saúde nos anos mais recentes.

Em 2016 sofreu uma cirurgia cardíaca, e ainda em recuperação, sofreu uma queda que afetou suas pernas. Em 2013 ele já havia sido diagnosticado com uma doença pulmonar crônica, e há muitos anos vinha sofrendo com fortes dores nas costas devido a uma doença degenerativa.

Fortemente influenciado por jazz e música africana, Ginger Baker é considerado um dos bateristas mais importantes da história do rock, principalmente pela sua passagem pelo Cream, que contava também com Eric Clapton na guitarra e Jack Bruce no baixo, banda que existiu

Baker é um dos bateristas mais importantes do rock. Com forte influência do jazz e da música africana, Baker se destacou, em especial, com o Cream. Ele também participou do Blind Faith com Claptin, Steve Winwood e Ric Grech, e teve uma longa carreira solo.

Baker é um dos três grandes bateristas britânicos da história do rock, que fez lenda na segunda metade da década de 1960, ao lado de Charlie Watts (Rolling Stones) e Mitch Mitchell (Jimi Hendrix Experience).

Em 1962, ele substituiu Charlie Watts, que se juntou aos Rolling Stones, no grupo Alexis Corner. Então, Ginger Bker forjou sua lenda como membro do Cream, o famoso trio, na companhia do guitarrista Eric Clapton e do baixista Jack Bruce. Nesse grupo, ele se destacou por seus solos intermináveis ​​e seu estilo, com base em lançamentos incessantes e um toque exuberante de pratos.

Após a dissolução de Cream em 1968, ele se juntou a outro grupo efêmero, Blind Faith, antes de fundar a Força Aérea de Ginger Baker. No início desta formação, que também contou com o organista Stevie Winwood, toca um rock psicodélico com toques de rythm’n blues, com incursões em música folclórica, canções indígenas e percussões africanas. Depois de passar por Lagos, onde expandiu o conhecimento dos poli-ritmos africanos, retornou à Inglaterra e experimentou rock progressivo.

Nos anos 80, fundou uma escola de bateria em Milão e, depois disso, mudou-se para a Califórnia, onde se concentrou no funk e no afro-jazz. Ao longo de sua vida, ele nunca parou de tocar. Entre seus álbuns mais destacados está “Going back home”, 1993, que gravou com o guitarrista Bill Frisell e o baixista Charlie Haden. 

Mais um grande que se vai…