Jesus candidata-se à Seleção

POR GERSON NOGUEIRA

O Flamengo botou o Grêmio na roda, ontem à noite, no Maracanã. O jogo virou um autêntico baile no 2º tempo, expondo as diferenças das propostas das equipes. De um lado, o time de Jorge Jesus empenhado em fustigar e agredir o tempo inteiro. Do outro, a esquadra tricolor de Renato Gaúcho indecisa entre marcar firme e tentar chegar ao gol em jogadas cadenciadas. Prevaleceu o método agressivo e as jogadas em velocidade do time carioca.

No fim das contas, a partida terminou com um massacre poucas vezes  visto em duelos entre times de primeira linha no Brasil. A diferença foi tão abissal que, em certos momentos, ficou a impressão de que o Flamengo pisou no freio, talvez por fidalguia ou por mero cuidado em não exagerar na dose, resguardando-se para a final contra o River Plate.  

A surra de 5 a 0 poderia tranquilamente ter sido de sete ou oito gols, caso o Flamengo se empenhasse em dilatar a contagem. O time rubro-negro não mostrou nenhum sinal de perturbação com a pressão de um estádio lotado por mais de 60 mil torcedores.

Mesmo no primeiro tempo, quando o Grêmio esteve bem postado e mostrou firmeza na marcação, o Flamengo foi sempre frio e focado no objetivo de vencer sem depender da vantagem do empate em 0 a 0. Não se afastou da receita habitual, que implica em marcação adiantada e ataques constantes para não permitir ao adversário nenhum momento de sossego.

Jorge Jesus põe o time para atacar o tempo inteiro, jamais pensando em garantir resultado o administrar vantagem. Graças a isso, o Flamengo foi absoluto e garantiu presença na final da Libertadores após 38 anos. A goleada nesta fase da competição não acontecia há 30 anos.

Por tudo o que tem feito até agora, Jesus virou ídolo da massa rubro-negra, tendo seu nome gritado nas arquibancadas do Maracanã. Uma consagração que técnico nenhum conseguiu no Brasil nas últimas décadas. Esse prestígio não foi conquistado gratuitamente. Deriva do excelente trabalho feito em menos de quatro meses no clube mais popular do país.

Quando Jesus assumiu o cargo, o Flamengo patinava, mesmo já tendo adquirido jogadores de alto nível, como Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol, Diego Alves e Rodrigo Caio. Seu firme posicionamento quanto à maneira de jogar, com desassombro e uma fúria ofensiva que casa perfeitamente com o espírito da torcida rubro-negra.

Os gols se repetiam, desde o final do primeiro tempo, sem que o Grêmio mostrasse o mínimo preparo para deter a saraivada de investidas do Flamengo, puxadas por Bruno Henrique e Gabigol. Os momentos de desassossego foram mais escassos na etapa inicial, quando o ataque gremista teve uma boa oportunidade aos 19 minutos, após manobra de Everton Cebolinha junto à linha de fundo.

Quando as linhas de marcação tiveram um instante de desatenção, Gabigol chutou, o inseguro goleiro Paulo Vítor espalmou e Bruno Henrique estufou o barbante, aos 41’. Era o começo do show.

Em altíssima velocidade, o ataque acuava o Grêmio e fazia até a famosa muralha defensiva formada por Geromel e Kanemann. Gabigol fez o segundo gol logo no reinício da partida. Nem precisava Bruno Henrique cavar o penal para o terceiro gol, mas o árbitro argentino foi na conversa. De novo, Gabigol foi lá e fez 3 a 0.

O massacre foi completado com gols dos zagueiros Pablo Marí e Rodrigo Caio, com incrível facilidade em cima da defesa gremista. Um triunfo acachapante, raro em semifinais de qualquer tipo, que lembrou o tsunami alemão na Copa de 2014.

Jesus saiu do jogo de ontem candidato natural ao comando da Seleção Brasileira. Mostrou como fazer um punhado de bons jogadores funcionarem coletivo. Nenhum dos grandes destaques do Flamengo mostrava antes da chegada do técnico português o rendimento que apresentam hoje.

Ouso dizer que o Mister passará a ter seu nome cantado a cada nova vitória do Flamengo como nome óbvio para dirigir o escrete nacional, há tantos anos escravizado por técnicos previsíveis e de estilo ultrapassado.

A conferir.

Papão precisa se reenergizar para pegar o Cuiabá

O PSC busca fechar com o atacante Hygor Silva para a decisão da Copa Verde. O esforço tem sido dificultado pela resistência do clube de origem do jogador e pelos problemas financeiros enfrentados pelos bicolores.

A definição do Cuiabá como adversário do Papão nas finais dá um novo alento a todos na Curuzu, começando pelo técnico Hélio dos Anjos, que previa um enfrentamento menos duro contra o Dourado.

O Goiás, dono de excelente campanha no returno do Campeonato Brasileiro da Série A, seria favorito destacado contra os bicolores na briga pelo título da Copa Verde. Ironicamente, acabou caindo frente ao Cuiabá após derrota no tempo normal e na série de penalidades.  

Apesar da notícia positiva, o PSC tem problemas a resolver. Precisa dar ao time o ritmo de competição que foi perdido com a inexplicável folga de 10 dias após a semifinal contra o Remo.

Amistosos devem ser agendados para que Hélio dos Anjos recoloque a equipe em condições de brigar no mesmo nível com o Cuiabá, que disputa a Série B ocupando posição intermediária. Não será tarefa simples, pois o ritmo dos mato-grossenses é indiscutivelmente mais forte.

Hygor é apenas um dos problemas para composição do time para os dois confrontos – 13 e 20 de novembro – que garantirão presença na Copa do Brasil 2020, com bônus de R$ 2,4 milhões.

O meio-campo é outra dor de cabeça para Hélio, que extraiu o máximo desempenho com o trio Léo Baiano, Uchoa e Tiago Primão. Baiano já não está no elenco e Primão não é unanimidade. Tomas Bastos pode voltar à função de organizador, mas, além dele, não há mais ninguém, pois Tiago Luís parece definitivamente fora dos planos.   

(Coluna publicada no Bola desta quinta-feira, 24)

Jesus não pensa em voltar a Portugal

Com todo o respeito à primeira página do jornal Record, que estampou “Jesus quer voltar”, não há nenhum indício de que isto possa acontecer antes do final de seu contrato, em junho do ano que vem. Não há nenhum depoimento que dê noção de que tenha qualquer tipo de insatisfação, saudade ou problema familiar que o leve de volta, antes do final de seu acordo com o Flamengo.

Além disso, na manhã desta segunda-feira, ao saber que a informação de seu possível retorno circulava em Portugal, Jesus foi aos dirigentes para tranquilizá-los e desmentir. Ao contrário.

Depois da vitória sobre o Fluminense, Jorge Jesus referiu-se ao período de três meses como técnico no Campeonato Brasileiro como se estivesse em casa. Também disse que o trabalho parece levar três anos.

A lua-de-mel continua.

Mesmo na semana em que houve o sequestro do ônibus da linha 2520, na ponte Rio-Niterói, em agosto, Jesus tinha curiosidade sobre onde havia acontecido o incidente. Queria saber o tamanho da ponte (13.290 metros) e a distância para o Ninho do Urubu (68 km).

Naquela semana, já se especulava sobre sua vontade de retornar. Jesus respondeu que não falaria sobre o que não disse. A situação só pode se alterar depois de junho do ano que vem, quando termina seu acordo com o Flamengo.

Hoje, Jesus não pensa em outro lugar, a não ser no Flamengo.

Jesus derruba conceitos

POR GERSON NOGUEIRA

Além das muitas alegrias proporcionadas à torcida do Flamengo, com campanha impecável até agora no Campeonato Brasileiro e favoritismo destacado em relação ao título da temporada, o técnico Jorge Jesus tem dado contribuições interessantes ao debate sobre algumas questões fundamentais do futebol no país.

Como costuma se comportar nas entrevistas, Jesus foi além da simples análise do jogo de anteontem em Fortaleza. “Minha cultura não é essa de poupar. E os jogadores provam domingo a domingo. Descansar? Isso não existe. Vamos descansar nos dias que temos. Quinta, sexta, sábado. Domingo é para correr. Se tivermos jogadores com sinais de lesão é outra coisa”, afirmou.

A sentença, proferida ainda na Arena Castelão, logo após a vitória flamenguista, é o ponto-chave da entrevista do treinador português. Com esse argumento bem explicado, Jesus derrubou teorias defendidas nos últimos anos pela maioria dos técnicos nacionais.

Durante anos, essa tese foi difundida como verdade absoluta por técnicos e até analistas esportivos que adoram macaquear conceitos de fisiologia e condicionamento. Poupar jogadores, num calendário caótico como o brasileiro, era regra aplaudida sem questionamentos.  

O Palmeiras chegou ao cúmulo, no ano passado, de utilizar times diferentes nas competições mais importantes – Brasileiro e Libertadores. Gastou rios de dinheiro para montar um elenco de alta qualificação e espraiou pelo país a ideia de que o êxito dependia diretamente disso.

Técnico do Palmeiras em 2018, Felipão foi aclamado à época por ser extremado defensor desse conceito, que, obviamente, só clubes muito endinheirados podem se dar ao luxo de botar em prática. Aí, de repente, chega mister Jesus e contesta tudo isso, com argumentação convincente.

Na cabeça de Felipão e outros técnicos, num elenco recheado de grandes jogadores seriam mais fortes as justificativas para poupar. A única ressalva feita por Jorge Jesus é quanto à necessidade de levar em conta exames que indiquem possibilidades de lesão.

O grande problema agora será modificar o que parecia lei instituída entre técnicos, jogadores e até dirigentes. Poupar boleiros virou sinônimo de modernidade, afinal, diziam, a Europa trabalha assim. Até na Série B já havia gente defendendo a causa. Jesus veio avisar que não é bem assim.

Poupar, no limite do razoável, deve ser aceito em jogos amistosos ou confrontos contra equipes inferiores tecnicamente em campeonatos regionais. Em competições de primeira linha, como Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, é atitude inadmissível e irresponsável.

Profissionais bem preparados, cercados de conforto e cuidados médicos de toda espécie, jogadores de futebol estão aptos a enfrentar rotinas rigorosas de jogos e treinamentos. O ofício exige isso. Jesus, com simplicidade, colocou a coisa na perspectiva correta.  

A prática respalda o discurso. O Flamengo de Jesus não poupa seus melhores atletas. Pelo contrário. Põe todos para jogar e, por isso mesmo, o desempenho é sempre em alto nível, com um futebol bonito de ver.

Papão prioriza montagem da base para 2020

Enquanto busca movimentar a equipe nas semanas que antecedem a decisão da Copa Verde (prevista para 13 e 20 de novembro), o PSC trabalha para manter em 2020 seus principais jogadores, com desempenho considerado satisfatório em 2019.

Com Hélio dos Anjos já confirmado no comando para a próxima temporada, o esforço agora é direcionado para formar uma base técnica confiável para iniciar a montagem do time para o próximo ano.

Pela regularidade, pela importância que tem para a equipe e pelos gols decisivos, o atacante Nicolas é prioridade máxima no clube. O problema é que a boa atuação em 2019 deu visibilidade e valorizou o atleta. Londrina, Novorizontino e Náutico demonstram interesse em sua contratação.

A expectativa é de que, antes dos jogos finais da CV, Nicolas já esteja assegurado para o ano que vem, ao lado de Vinícius Leite e Elielton, nomes também considerados fundamentais por Hélio dos Anjos.

Exemplo de Mané destoa da badalação boleira

Nem tudo é ostentação no mundo da bola. Disseminados pela internet, comentários do senegalês Sadio Mané, do Liverpool, têm causado forte impacto pelo fato de se contrapor à imagem que os milionários astros do futebol cultivam há muito tempo. Suas frases são cruamente verdadeiras:

“Para que quero dez Ferraris, 20 relógios com diamante e 2 aviões? O que faria isso pelo mundo? Passei fome, trabalhei no campo, joguei descalço e não fui ao colégio. Hoje posso ajudar as pessoas. Prefiro construir escolas e dar comida ou roupa às pessoas pobres”.

“Construí escolas, um estádio, proporcionamos roupa, sapatos e alimentos para pessoas em extrema pobreza. Além disso, dou 70 euros por mês a todas as pessoas em uma região muito pobre de Senegal para contribuir com sua economia familiar”.

O futebol atual vive entregue ao hedonismo e à gastança desenfreada. Grandes marcas patrocinam clubes e jogadores de renome, jogam milhões no balcão a cada renovação de contrato.

Messi, o maior jogador da atualidade, não é performático, mas se mantém longe dos holofotes. Pouco se sabe dele. Cristiano Ronaldo é o oposto, com suas aparições cinematográficas e atitudes de superstar.

Em geral, supercraques se comportam, quase sempre, com a petulância dos grandes nomes do rock e da música pop. Mané, originário de um país assolado pela fome e a miséria, é um saudável exemplo de consciência.

(Coluna publicada no Bola desta sexta-feira, 18)

Futebol, lenda urbana

POR GERSON NOGUEIRA

Já vai longe o tempo em que o Brasil podia se orgulhar, bater no peito até, que tinha um campeonato nacional repleto de grandes times, capazes de produzir jogos eletrizantes e inesquecíveis. Infelizmente, os últimos anos – décadas talvez – mostram um cenário completamente diferente.

Ao contrário do que dizem os ‘pachequistas’ de sempre, o Brasil não tem um dos campeonatos mais difíceis do mundo. Tem, quase certamente, um dos certames mais difíceis de assistir. É duro parar por duas horas em frente à TV para acompanhar autênticas peladas a cada rodada.

E não há como se queixar do apoio das torcidas. O público até melhorou nos estádios. A média de 2019 é de 21.321 pagantes, com média de ocupação em 47%. Não chega a ser um colosso de popularidade, mas são números razoáveis e até espantosos para o nível das partidas.

Os bons resultados obtidos por times populares como Flamengo, Palmeiras e até o Corinthians, mesmo aos trancos e barrancos, ajudam a explicar o relativo êxito nas bilheterias. O problema é que o torcedor está pagando – muito caro, em média – por um produto que não é entregue nos gramados.

O futebol é paupérrimo, salvo exceções – Flamengo, Santos e Atlético-PR. Os demais 17 clubes praticam o feijão-com-arroz com condimentos variados. Os jogos se transformaram em desfile de chutões, caneladas, cruzamentos no padrão Muricybol, “faltas táticas” e retrancas mal disfarçadas juntam-se às maçantes interrupções causadas pelo VAR.

O Corinthians, citado algumas linhas acima, ostenta números que exemplificam bem a penúria técnica da Série A. Acumula nada menos que 17 vitórias por 1 x 0 desde 2017 até este ano. O recorde resulta do esquema “gol é mero detalhe” de Fábio Carille, o técnico da nova geração mais identificado com a filosofia defensivita de Carlos Alberto Parreira.

O Flamengo, de Jorge Jesus, empregou um bom dinheiro na contratação de boleiros qualificados – Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gerson, Rafinha, Filipe Luís e Gabriel – e colhe os frutos dessa estratégia.

Melhor de um campeonato fraco, o Fla busca (e alcança) vitórias jogando o suficiente para atropelar adversários tecnicamente inferiores, medrosos pela própria condição e pouco empenhados em adotar estratégias alternativas.

Na Libertadores, imprevisível pela própria natureza da disputa, o confronto mais aguardado resultou em brutal desperdício de expectativa, anteontem. O Grêmio, acovardado em boa parte do duelo, só resolveu jogar o que pode na 2ª etapa, mas ainda assim sofreu bastante para empatar.

Quando Jorge Jesus concedeu entrevista enaltecendo a Série A brasileira certamente exprimia a velha fidalguia lusitana, sendo gentil na chegada ao país. É improvável que hoje, diante dos arremedos de adversários que topou pelo caminho, ele veja as coisas do mesmo jeito.

Calendário da CBF segue esmagando estaduais

A CBF anunciou ontem o calendário do futebol para 2020, garantindo as 10 datas necessárias para o lucrativo negócio dos amistosos oficializados pela Fifa. Ao mesmo tempo, deu um passo a mais na redução de datas dos campeonatos estaduais (agora com 16). Esse esmagamento não chega a afetar torneios com menor quantidade de clubes como o do Pará, que usa 14 datas – 12 na fase classificatória, 2 na semifinal e 2 na final.

O novo calendário reabre a discussão sobre o futuro dos regionais. O problema vai recair sobre os Estados do Sul e do Sudeste, com necessidade maior de datas para contemplar vários clássicos. A redução de datas expressa a diminuição de importância das batalhas regionais, justamente onde estão as históricas rivalidades que alimentam grandes torcidas.

Ainda levará um tempo até a extinção dos estaduais, mas o ritmo da prosa indica que esse dia está cada vez mais próximo, em função do olho gordo da CBF nas datas que beneficiam suas jogadas mais lucrativas e pela subserviência histórica de suas filiais nos Estados.

A cúpula da CBF sabe que qualquer migalha, como aqueles convites para eventos fúteis, bancados em hotéis luxuosos com as mordomias conhecidas, já garante a anuência da cartolagem pé-de-chumbo, por mais lesivo que um projeto possa ser aos interesses dos clubes filiados.

O próprio exemplo das datas impostas aos clubes paraenses na fase decisiva da Copa Verde atesta o menosprezo com que a entidade olha para federações menos importantes. As datas das finais do torneio – 23 de outubro e 20 de novembro – desafiam a lógica e o bom senso.

Um absurdo que a FPF nem se deu ao trabalho de contestar. O finalista do Norte, que sai neste domingo (6), terá que se submeter ao critério injusto estabelecido pela CBF exclusivamente para não contrariar os interesses de Cuiabá e Goiás, que disputam as Séries B e A, respectivamente.

Em termos financeiros, isso irá custar muito alto ao clube paraense classificado para a decisão, pois terá que prorrogar contratos de vários atletas para manter time completo e competitivo para as finais.

Rony: grande chance e imensa responsabilidade

O lateral-direito Rony é hoje a mais valiosa revelação do Remo na temporada. É o jogador que mais se destacou entre os jovens atletas que compõem o elenco azulino, mostrando segurança e categoria quando foi lançado inicialmente contra o Atlético-AC no Baenão.

Desenvolto e ofensivo, como há muito não se via no clube, Rony impressionou de cara pelo bom passe e a precisão de seus cruzamentos. Tais atributos já lhe permitiram entrar no clássico que abriu a semifinal da Copa Verde e podem garantir a titularidade no próximo domingo.

A responsabilidade é grande, mas Rony encontrou em Eudes Pedro um comandante atento às suas qualidades e consciente dos riscos que uma jovem aposta corre em meio ao fervor de uma rivalidade centenária.

(Coluna publicada no Bola desta sexta-feira, 04)