Greve dos bancários e o consumidor

Do Ibedec

A greve dos bancários avança para o 3º dia nesta sexta-feira e o consumidor começa a sentir os efeitos no dia-a-dia. Em alguns lugares os consumidores foram impedidos até de ter acesso aos caixas eletrônicos. O diretor presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo – Ibedec, José Geraldo Tardin, alerta que o serviço bancário e de compensação de cheque é considerado atividade essencial pela lei de greve, o que significa que a paralisação dos trabalhadores não pode deixar os consumidores sem nenhuma opção.

– o consumidor deve procurar pagar as suas contas em correspondente bancário (água, luz e telefone);

– os boletos e carnês de lojas que oferecem produto ou serviço o consumidor deve pagar direto no próprio estabelecimento comercial;

– algumas transações bancárias, como pagamento de contas, acesso a extratos, transferências e outros serviços poderão ser feitos por telefone, internet ou nos caixas eletrônicos;

– é importante que o consumidor tenha a consciência de que não liquidar fatura, boleto bancário ou qualquer outro tipo de cobrança, que saiba ser devedor não o isenta do pagamento, mesmo com os bancos em greve, se outro local lhe for disponibilizado para realizá-lo;

– caso o fornecedor não disponibilize ou dificulte outro local de pagamento, o consumidor deve documentar essa tentativa de quitação do débito junto ao Procon para futuramente pedir o desconto dos juros.

Os consumidores do Distrito Federal são protegidos por uma Lei Distrital que garante o direito de não pagar multas e taxas por atraso no pagamento de contas, em virtude de greves bancárias, como a ocorrida. No DF, no 1º dia após o fim da greve, o consumidor deve procurar os fornecedores – bancos, lojas, concessionárias de serviços públicos – e pedir a expedição de contas sem multa para pagamento imediato.

Para os consumidores fora do Distrito Federal, se não conseguirem pagar as contas via internet, caixas eletrônicos ou lotéricas, caso os valores excederem ao limite diário, também devem buscar consultar os fornecedores e pedir a expedição de novas faturas sem a incidência de qualquer encargo por atraso, negociando caso a caso.

O consumidor não pode ser prejudicado ou responder por qualquer prejuízo por problemas decorrente da greve. A responsabilidade do banco pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode sobre qualquer pretexto ser repassado ao consumidor.

Águia não quer morrer na praia

Com o volante Dias, novo reforço, já incorporado ao elenco, o Águia dedica-se aos treinamentos físicos nas areias da praia do Tucunaré, em Marabá, para o mata-mata diante do ABC (RN). Dias chega ao azulão como alternativa para resolver um problema que o técnico João Galvão vinha enfrentando no meio de campo. Nas últimas partidas da fase classificatória da Série C, o time contava apenas o volante Analdo, pois Daniel e Cleuber estavam contundidos. A previsão é de que, até a primeira partida contra o ABC, os lesionados já estejam recuperados, mas Galvão prefere não arriscar e reforça o elenco desde já. Caso seja acionado por Galvão, Dias acredita que entrosamento não será problema. Quem pode ajudar o recém-chegado nesse processo de adaptação é o atacante Samuel Lopes. Em 2007, ele foi companheiro de Dias na Portuguesa de Desportos, e não poupa elogios ao jogador. “O Dias é um jogador completo. É ladrão de bola e depois que rouba sabe o que fazer, pois é inteligente e tem um bom passe”, diz Samuel. (Com informações de Mariuza Giacomin)

Paissandu não negocia Tiago Potiguar

Depois de negociar Moisés com o Santos, o Paissandu decidiu fechar a porteira. Fechado e selado: qualquer negócio envolvendo jogadores do clube só será firmado depois do Brasileiro da Série C. Na última terça-feira, o Figueirense (SC) tentou contratar o meia Tiago Potiguar para a disputa da Série B. A diretoria não quis nem conversar, segundo o dirigente Antonio Louro. Ele também confirmou que o amistoso com a Tuna, valendo a taça Lupercínio, será disputado nesta sexta-feira (20h30) e não haverá mais segundo jogo. O Paissandu viaja para Pernambuco na próxima quarta-feira para enfrentar o Salgueiro no domingo seguinte. (Foto: MARCELO LÉLIS/Bola)

Um telefonema constrange o Supremo

Por Moacyr Lopes Jr./Catia Seabra, da Folha SP

Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar. Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha. No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menor nível de escolaridade.

Após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens. O funcionário o informou que o ministro do STF estava do outro lado da linha. Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como “meu presidente”. Durante a conversa, caminhou pelo auditório onde ocorria o encontro. Após desligar, brincou com os jornalistas: “O que estão xeretando?”. Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.

Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade. Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência. O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes. Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência. À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.

Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título. Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello. Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto. “A apresentação do título de eleitor não é tão indispensável quanto a do documento com fotografia”, afirmou Ellen Gracie.

O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha consigo seu título de eleitor. “Procurei em minha residência o meu título”, disse. “Felizmente, sou minimamente organizado.” A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral. O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções. O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um “excesso”. “Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança”, disse.

Tony Curtis, *1925 +2010

Grande perda para o cinema. Morreu nesta quinta-feira um dos grandes comediantes da era de ouro de Hollywood. O ator americano Tony Curtis, aos 85 anos, sofreu uma parada cardíaca por volta da meia-noite em sua casa, localizada na cidade de Henderson, no estado de Nevada. Segundo informou a família, o ator estava na cama. Protagonista de várias comédias de Hollywood nas décadas de 1950 e 1960, Curtis foi hospitalizado em julho em Las Vegas por conta de problemas respiratórios. Contudo, ainda não foi confirmado se isso tem ligação com sua morte.

Nascido Bernard Schwartz em 3 de junho de 1925, o ator tinha 50 anos de carreira e acumulava uma centena de filmes como protagonista. Estudou interpretação na Academia de Arte Dramática de Nova York e, em 1949, estreou em Hollywood com um papel de coadjuvante em Baixeza. Sua popularidade no cinema começou dois anos depois com O Príncipe Ladrão e protagonizou depois títulos como Trapézio (1956), Acorrentados (1958) e Spartacus (1960). Uma de suas mais famosas interpretações está em Quanto Mais Quente Melhor (1959), na qual Billy Wilder contracenou Marilyn Monroe e Jack Lemon. 

Conquistador inveterado, namorou Marilyn Monroe e Natalie Wood e foi casado seis vezes, a primeira delas em 1951 com a atriz Janet Leigh, mãe de suas filhas Jamie Lee e Kelly Curtis, também atrizes. Atualmente, era casado com a modelo Jill Vanderberg, 45 anos mais nova. Tony Curtis se despediu das telas em 2005, após fazer uma participação especial na série de TV CSI. Nos últimos anos de vida, cultivou uma de suas grandes paixões, a pintura. Em 2008, expôs uma coleção de 35 quadros nas lojas de departamento londrinas Harrods.

Remo: surge o intermediário do terreno no Aurá

Enquanto o presidente do Remo confirmava, pela quarta vez (depois de várias mudanças de planos), a área de Santana do Aurá como destino da prometida Arena do Leão, a comissão especial criada pelo Conselho Deliberativo do Remo para analisar e acompanhar a venda do Baenão reuniu ontem com membros da Leal Moreira e teve uma surpresa. Na reunião, surgiu a primeira pista concreta sobre os verdadeiros interessados no milionário negócio. Um dos diretores da construtora revelou aos presentes quem levou até eles o corretor que fez a oferta do terreno próximo ao lixão do Aurá para o novo estádio do clube: nada menos que o próprio vice-presidente do Remo, Orlando Frade.

Condel do Remo, se é que ainda existe, deve apurar com rigor os interesses envolvidos nesse milionário negócio. Se quiser, vai descobrir coisas do arco da velha, tão malcheirosas quanto os monturos de lixo do Aurá. O problema é apenas este: querer…