Ferj cita ‘questões temporais’ e indica recuo na ideia de autorizar jogos com torcida

Maracanã recebe Bangu x Flamengo na volta do Campeonato Carioca - Thiago Ribeiro/AGIF

Do blog de Rodrigo Mattos

A Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) indicou que não deve haver a presença de público no Estadual apesar de autorização da prefeitura do Rio para a partir de 10 de julho. A entidade divulgou nota em que diz que são necessários estudos para viabilizar torcedores em um terço dos estádios em meio à epidemia do coronavírus. Ou seja, nem garantiu que isso ocorrerá.

No texto, a Ferj indica que os estudos devem ser usados para competições nacionais, já que há tempo escasso para o final do Carioca. O decreto do prefeito Marcelo Crivella permitiu a volta do público no futebol na fase 3 da reabertura por conta da epidemia do coronavírus. Essa fase se iniciaria no dia 10 de julho.

“A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro teve ciência da fase 3 de flexibilização do Governo Municipal referente às medidas restritivas e, no momento, ainda não dispõe de dados em que possa se basear para opinar sobre a viabilidade imediata da realização de jogos de futebol com a presença de público.

Entende que em algum momento, embora ainda não definido na prática, tal situação deverá vir a se concretizar e para tanto torna-se fundamental um debate, em razão da complexidade do tema, em que possam ser analisadas as diversas variáveis que fazem parte das operações de jogo, com a participação das várias instituições envolvidas no evento (Transporte Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Controle Urbano, Secretarias de Saúde, dentre outras…).

(…)

Por questões temporais, face à proximidade do término das partidas do Campeonato Carioca, as conclusões do estudo devem contemplar as competições nacionais, motivo pelo qual a inclusão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nos debates torna-se fundamental.”

Fraudes no currículo derrubam Decotelli antes da posse

O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira (30) a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. Até a última atualização desta reportagem, não havia a confirmação de que Bolsonaro aceitou o pedido. A expectativa do governo é encontrar um novo nome para o posto ainda nesta terça.

Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo. Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda, o presidente já dava como insustentável a situação dele.

Nesta segunda-feira, dia 29, o presidente chamou Decotelli para uma conversa e postou nas redes sociais que o economista estava sendo vítima de críticas para desmoralizá-lo. Mas deu um recado: “O Sr. Decotelli não pretende ser um problema para a sua pasta (Governo), bem como, está ciente de seu equívoco.” E não indicou que haveria posse, anteriormente marcada para esta terça. Decotelli saiu da reunião ainda dizendo que era o ministro da Educação.

Segundo fontes, no entanto, o fato de Decotelli ser contestado agora por uma instituição do País o fragilizou. Na semana passada, ele foi questionado por Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, que disse que Decotelli não conclui o doutorado. Nesta segunda, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, também afirmou que ele não fez pós-doutorado na instituição. Decotelli mudou seu currículo na plataforma Lattes depois dos questionamentos.

Cartolagem faz beija-mão no Planalto

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Presidentes de Internacional, Santos, Fortaleza, Palmeiras e Atlético-MG foram recebidos em audiência pelo presidente Jair Bolsonaro, para discutir a MP 984 (MP do Flamengo) e os contratos de transmissão de jogos no Brasil. A mobilização apoia a ação iniciada por Flamengo e Vasco, cujos dirigentes já haviam se encontrado com Bolsonaro. Na foto, bem ao seu estilo, o presidente é o único a aparecer sem máscara.