Greenpeace apresenta, em Belém, barco de pesquisa sobre impactos da exploração de petróleo na Foz do Amazonas

Profissionais de imprensa poderão visitar o veleiro Witness, do Greenpeace, entre 9h e 10h desta quarta, no Espaço Náutico Marine Club – avenida Bernardo Sayão

O Greenpeace Brasil apresenta hoje à imprensa o veleiro Witness, embarcação que está em águas brasileiras para viabilizar pesquisas científicas sobre a região da Margem Equatorial e avaliar potenciais impactos da exploração de petróleo na região. A iniciativa é parte da expedição Costa Amazônica Viva. Os jornalistas poderão conhecer o veleiro e entrevistar porta-vozes do Greenpeace entre 9h e 10h no Espaço Náutico Marine Club, na avenida Bernardo Sayão, em Belém.

O Witness possui 22,5 metros de comprimento e, devido à elevação da quilha e do leme, é capaz de navegar em águas rasas e inacessíveis a barcos maiores. Adaptações tecnológicas  promovidas na embarcação em 2022 visam tornar o veleiro mais ecológico e incluem células solares, turbinas eólicas e um sistema otimizado de gerenciamento de energia.

O estudo busca contribuir para um entendimento mais acurado sobre a trajetória de eventuais vazamentos de petróleo, já que não há um consenso científico sobre tais dinâmicas. Pelo contrário, há um dissenso fundamental: as modelagens de dispersão de óleo apresentadas pela Petrobras, que indicavam que ele não chegaria até a costa foram recebidas com ceticismo por oceanógrafos de renomadas instituições do país. 

Ainda há incertezas em relação ao risco do petróleo derramado atingir a costa amazônica, os manguezais, os rios, terras indígenas, açaizais e lavouras da região. Essa falta de informações sobre as correntes costeiras e oceânicas expõe a região a impactos imensuráveis, comprometendo a efetividade de planos de resposta em caso de derramamento.

Com a expedição, o Greenpeace pretende fomentar o debate público em relação aos potenciais impactos do petróleo na região, cobrar responsabilidade das entidades de Estado (e o próprio governo) para que os povos do território e a ciência sejam escutados e que se respeite o Princípio da Precaução – que prevê a não implementação de projetos sem que haja consenso científico em relação à região e os potenciais impactos das atividades. 

Para participar é necessário realizar o credenciamento pelo e-mail imprensa.br@greenpeace.org ou WhatsApp (11) 95761-2703, com Milka Veríssimo.

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