Vanderlei Luxemburgo não é mais técnico do Atlético-MG. Foi demitido pelo presidente Alexandre Kalil depois da goleada sofrida para o Fluminense, por 5 a 1, no Engenhão. Na entrevista coletiva após a partida, Luxemburgo afirmou que entende o posicionamento de Kalil. Luxemburgo deixa o time mineiro na 18ª posição, com 21 pontos em 24 partidas disputadas. “O presidente optou pela minha troca e eu entendo como uma coisa natural do futebol. Saio chateado com o futebol, não com o presidente Kalil ou com os jogadores. Minha relação com os jogadores é boa”, disse. “É o momento de pensar o que houve, o que não houve. De fazer uma reciclagem. Existe uma tendência de que estou em decadência, mas nao é nada disso. Minha vida profissional continua, vamos tocar o barco para frente”. Junto com Luxemburgo, o Galo demite uma comissão técnica que custava R$ 750 mil e tinha entre seus integrantes o ex-jogador Rincón e o ex-árbitro Wagner Tardelli.
Dia: 23 de setembro de 2010
Gaciba é afastado do quadro de árbitros
O árbitro gaúcho Leonardo Gaciba foi afastado do quadro de arbitragem da CBF nesta quinta-feira, ao ser reprovado nos testes físicos pela segunda vez em menos de um mês. Ele não conseguiu cumprir os pré-requisitos determinados pela Fifa em atividade comandada pela Comissão Nacional de Arbitragem, no ABC Paulista. Evandro Rogério Roman (RS) e Wilson Luiz Seneme (SP) também fizeram os testes físicos e, ao contrário de Gaciba, foram aprovados. Desta forma, o gaúcho está afastado por tempo indeterminado, situação já vivida em 2009, quando também não conseguiu alcançar os índices mínimos em duas atividades promovidas pela CBF. O inferno astral de Gaciba surpreende, pois ele já foi escolhido por quatro vezes como melhor árbitro do Campeonato Brasileiro – a última delas em 2008. Em 2009, acabou perdendo o escudo da Fifa por levar bomba nos testes. Ainda assim, apitou jogos importantes em 2010, como a primeira partida da final da Copa do Brasil, entre Santos e Vitória.
Atenção para os exercícios exigidos nos testes físicos dos árbitros:
a) Seis tiros de 40 metros em 6,2 segundos, com 40 segundos de recuperação para o árbitro entre um tiro e o outro.
b) Seis tiros de 40 metros para o árbitro assistente em 6,0 segundos, com 35 segundos de recuperação.
c) 20 tiros de 150 metros em 30 segundos, com 35 segundos de recuperação entre um tiro e outro para o árbitro.
d) 20 tiros de 150 metros em 30 segundos, com 40 segundos de recuperação entre um tiro e outro para o assistente.
A arte de Atorres
Mano barra Neymar na Seleção
A confusão com Dorival Júnior custou caro para Neymar. Nesta quinta-feira, Mano Menezes deixou o atacante do Santos fora da convocação da seleção brasileira, a terceira desde que assumiu o cargo. Já a grande novidade da lista foi a presença do meia Elias, um dos destaques do Corinthians, líder do Brasileiro. Neto, goleiro do Atlético-PR, Mariano, do Fluminense, Wesley, do Werder Bremen, e Giuliano, do Inter, são outras apostas.
A seleção se juntará no começo de outubro, ficando concentrada do dia 6 ao dia 13. A CBF divulgará em breve os adversários para dois amistosos nesse período. “Serão rivais de nível médio, que é o possível para esse momento”, explicou o treinador. Mano havia mostrado preocupação nos últimos dias com o comportamento de Neymar. O atacante do Santos foi o pivô da crise no Santos que culminou com a demissão de Dorival Júnior. Mano chegou a ligar para o ex-treinador santista para falar sobre a situação, mas a conversa não aconteceu.
A principal novidade da terceira convocação foi Elias. Dirigido por Mano no Corinthians, o meio-campista tem brilhado pela equipe paulista na boa campanha no Brasileiro. Outros estreantes com Mano são Mariano, Giuliano, Neto, Wesley e Nilmar, esse último presente na Copa do Mundo de 2010 e preterido nas listas anteriores. Nilmar é um dos cinco nomes que estiveram no torneio na África do Sul e foram lembrados. Os outros são Daniel Alves, Thiago Silva, Ramires e Robinho. Dos 23 convocados nesta quinta, 16 atuam no exterior e sete estão no futebol brasileiro. Além disso, seis atletas têm idade olímpica, outro fator que Mano tem levado em consideração nas suas escolhas. São eles: Neto, André, Alexandre Pato, Giuliano, Philippe Coutinho e Sandro. (Do UOL)
Zico: um príncipe que virou sapo na Gávea?
Por Ricardo Perrone
Circula entre conselheiros e sócios do Flamengo um e-mail com pesadas críticas a Zico. A mensagem é mais uma demonstração da guerra política que o Galinho enfrenta no clube. Assinado pelo conselheiro Cesar Augusto Sansão, o e-mail dá a primeira estocada no ídolo em seu título: “Resposta ao príncipe de ontem, hoje um sapo pururu”. Ele afirma no texto que em 100 dias de trabalho como dirigente o ex-craque gerou uma despesa de R$ 1,6 milhão. Segundo Sansão, essa é a soma do salário do agora cartola em 100 dias de trabalho. Afirma que a presidente Patricia Amorim declarou pagar ao ex-jogador R$ 350 mil mensais. O salário é bancado por patrocinadores, segundo a diretoria, que não confirma os valores.
Em outro trecho, Sansão diz que os conselheiros amam o clube, diferentemente “de quem sempre teve no Flamengo como único interesse o dinheiro no final do mês”. ”Esqueça o passado, naquela época você fazia o que todos esperavam que fosse feito, o gol para o Flamengo. Hoje lamentavelmente é um retumbante desastre para a instituição”. O conselheiro pede ainda que Zico esclareça quem tem participação nos direitos dos jogadores contratados durante sua gestão e alega que os filhos do ex-atleta são frequentadores assíduos das categorias de base do clube.
“O Zico jogador é intocável. Tudo bem, põe no museu. Agora o diretor tem que ter uma linha de trabalho. Até um vendedor ambulante sabe o que vai fazer quando sai de casa, tem um planejamento para fugir do rapa. O Zico não tem. E precisa ficar claro que não tenho ódio de ninguém. Não chamo ninguém de desonesto, mas existem perguntas que não foram respondidas”, afirmou Sansão ao blog por telefone.
Para o conselheiro de 70 anos, Zico não foi o maior jogador da história do clube. “Eu vi o Zizinho jogar, tivemos o Leônidas, o Dida. O Zico foi quem teve mais apoio logístico, televisão, entrevistas, essas coisas”. Sansão critica principalmente as contratações feitas pelo dirigente. Em especial a de Leandro Amaral.
Como fica o jogo político após as eleições
Por Luis Nassif
Nessa reta final de campanha, o jogo político pós-eleições ficou algo confuso.
No início da campanha, o comitê de José Serra trabalhava com a idéia de ganhar em São Paulo pela diferença de 5 milhões de votos. Os mais otimistas falavam em 6 milhões. No PT, a estimativa mais otimista era perder de 2,5 milhões de votos. As pesquisas, até agora, tem apontado a possibilidade de Dilma vencer em São Paulo com diferença de 2,5 milhões de votos. Por outro lado, há possibilidades concretas das eleições para governador irem para segundo turno. Mesmo confirmando o favoritismo de Geraldo Alckmin, haverá uma polarização das eleições em outras condições. E aí ficarão claras as vulnerabilidades tanto do PSDB quanto do PT paulistas: despreocupação com renovação, com a ampliação de alianças.
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Em relação à política nacional, o quadro é complexo para a oposição. Numa ponta, haverá grande aumento da bancada tanto do PT quanto da base aliada. Na outra, haverá a necessidade da construção de uma nova oposição. E aí se esbarra em problemas criados pela campanha de José Serra. Em geral, constrói-se um novo caminho político durante a derrota. Quando se percebe que a derrota é inevitável, a campanha do derrotado deve ser feita pensando no segundo tempo, no pós-eleições. A campanha de Serra mostrou uma enorme resistência do eleitorado a discursos raivosos. As últimas pesquisas “tracking” (pesquisas diárias com universo restrito de eleitores) mostra que no máximo se consegue uma migração de parte pequena dos votos de Dilma para Marina. No debate da Mais TV, por exemplo, a emissora montou um laboratório presencial com 26 eleitores que tinham simpatias por algum candidato, mas não um voto definido. Quando o debate começou, Serra tinha 7 simpatizantes. Terminou com apenas um. Dilma terminou com 11, Marina com 10 e Plinio com 4.
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Mesmo sabendo dessa falta de eficácia da agressividade, Serra acabou complicando enormemente a reconstrução da futura oposição. Aécio Neves deverá assumir a liderança do processo. Embora seu discurso seja o da oposição civilizada, herdará um contingente de seguidores pequeno, mas fortemente influenciado pela raiva exarada pela campanha de Serra.
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Outro ponto complicado será o papel da grande mídia – do eixo Rio-São Paulo.
Num momento de fortalecimento da mídia regional, da entrada de novos atores no mercado, da migração de parte das receitas publicitárias para a Internet, a grande mídia entra em uma armadilha. Envolveu-se mais do que devia na campanha e acabou jogando a derrota em seu colo, sem precisar. A radicalização afastou parte dos leitores. A parte que ficou obviamente endossa a linha adotada. Mantendo a linha, terá dificuldades em ampliar o espectro de leitores. Mudando a linha, correrá risco de se indispor com leitores remanescentes. E isso em um momento em que a catarse política foi tão violenta que, passadas as eleições, provocará uma espécie de cansaço na opinião pública em geral.
População acha que influência de Lula é positiva
Por Uirá Machado, da Folha SP
Mais de 80% dos brasileiros consideram que a influência do presidente Lula e da mídia tem sido positiva para o país, mostra pesquisa do Pew Research Center divulgada ontem. Lula, para 84%, e a mídia, para 81%, lideram a lista de “grupos ou instituições” que, segundo os próprios brasileiros, têm contribuído para o bom momento do Brasil. Mais atrás estão as grandes multinacionais (77%), o governo (75%), as lideranças religiosas (67%), os militares (66%) e a polícia (53%), de acordo com a pesquisa feita com 1.000 brasileiros do dia 10 de abril a 6 de maio.
A percepção de Lula sobre a imprensa é diferente da manifestada pela grande maioria dos brasileiros. Para o presidente, segundo declarações recentes, a mídia joga contra o país. Entidades como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes), que organizaram ato contra o “golpismo da mídia”, também não estão em sintonia com quatro quintos da população.
Arena do Leão ou gaiola de gato?
Por Guilherme Augusto
Aproveitando que o assunto é a construção de novo estádio, o leitor Murilo do Socorro Avelar Cunha conta que assistiu à apresentação do novo local da arena do Grêmio, de Porto Alegre, e o lançamento da pedra fundamental da obra. O investimento, segundo ele, é de R$ 400 milhões.
– E o Remo (leia-se Amaro Klautau) afirma ser capaz de fazer a arena do Leão com apenas R$ 18 milhões. É brincadeira!
Cruzeiro vence e já é o segundo colocado
Comissão questiona local da Arena do Leão
Aconteceu na tarde desta quarta-feira a primeira reunião, no Tribunal Regional do Trabalho, entre representantes da nova comissão formada pelo Conselho Deliberativo do Remo e a juíza Ida Selene, da 13ª Vara, que reúne todos os processos contra o clube. Na tarde desta quarta-feira, os membros da comissão (Sérgio Cabeça, Domingos Sávio, Antônio Carlos Teixeira e Manuel Ribeiro) evitaram comentar detalhes do encontro, que teve também a presença do presidente Amaro Klautau. O único a falar foi o vice-presidente jurídico do Remo, Maroja Bentes, que admitiu ter sido questionada pela comissão a localização da futura Arena do Leão. “As dúvidas foram pertinentes”, observou, informando que ficou decidido que a comissão tem até o dia 4 de outubro para apresentar uma área alternativa. Outro item muito discutido foi o valor da venda do Baenão. A maioria dos conselheiros do clube já questiona a quantia firmada com a incorporadora Agre/Leal Moreira, de R$ 33,2 milhões. Cálculos baseados na cotação de mercado indicam que o estádio vale, pelo menos, R$ 54 milhões, levando em conta o tamanho do terreno (27 mil metros quadrados).
Ainda sobre a área do Aurá, Klautau voltou a defender o negócio que estaria praticamente fechado para compra do sítio. Segundo ele, seria muito difícil encontrar outro terreno com as mesmas características na Região Metropolitana de Belém. Insistiu que já foi firmado um termo de compra pela construtora. “Foi assinado uma ação de compra (do sítio) por parte da Leal Moreira. Lá, a área é grande. O Remo pode pensar, depois, em construir um parque aquático ou até um investimento imobiliário”, opinou o dirigente. (Com informações de Nilson Cortinhas/Bola)