Cartola canta para o pai, no dia em que se reencontram após 40 anos de afastamento. No final, Hermínio Belo de Carvalho revela que aquele era um momento amargo para o grande compositor, pois estava literalmente falido e havia voltado a morar com o pai em situação humilhante. Enfim, nem tudo são rosas. Mas o registro de Cartola interpretando um de seus clássicos é estupendo.
Dia: 9 de junho de 2009
Direto de São Paulo
Por Waldemar Marinho (*)
Perdoem a má qualidade da imagem. A foto foi feita a partir de um aparelho celular.
Apresentando a vocês: Paulo e Marluce Nery. Ele, um paraense, e, ela, uma amazonense.
Paulo Nery fez o CPOR em 1963, ao lado de ninguém menos que o nosso cantor maior – A Voz – Walter Bandeira, falecido semana passada e nosso maior orgulho em matéria de voz.
Paulo Nery foi contemporâneo de alguns ícones paraenses como: Ivo Amaral, Carlos Castilho, Walber Monteiro (aquele da Vivenda), Clóvis Moraes Rego (que foi seu professor na Universidade Federal do Pará), e Fernando Velazco (ex-prefeito de Belém). No Paes de Carvalho, estudou ao lado de Jader Barbalho, fato que ele faz questão de registrar.
A Sorveteria “Amazônia Legal” costuma ser o lugar para onde fluem os paraenses moradores de Santos. No segundo domingo de outubro, na igreja Rosário de Nossa Senhora de Pompéia, na orla de Santos, se realiza o Círio de Nazaré na cidade há mais de 40 anos.
Paulo Nery, um militar aposentado, é o presidente da “Sociedade Amigos da Amazônia”, que incorpora a Confraria de Nossa Senhora de Nazaré. É muito requisitado para fazer palestras em diversas entidades sociais de Santos, por conta de seu vasto conhecimento, como militar, sobre a região amazônica.
Paulo Nery se orgulha de, como militar, ter conhecido o Estado do Pará de norte a sul, leste a Oeste.
A dica: a Amazônia Legal, em Santos, fica na avenida Presidente Wilson, 44 – Loja 3 – Praia do Gonzaga – Santos. Fone: (13) 3021-2554. Eles não servem somente sorvete da Cairu. Para quem interessar possa, oferecem todas as comidas típicas paraenses (pato no tucupi, maniçoba, vatapá paraense e o pirarucu (nosso bacallhau) frito ou com batatas para que o visitante sinta o gosto de um verdadeiro peixe lá do Norte – no caso, o “pirarubunda”.
(*) Meu compadre Waldemar Marinho é um caboclo amapaense-paraense, que mora e trabalha em S. Paulo. Repórter informal, escritor em construção e fotógrafo militante, mantém um fotoblog regular para comunicação direta com seus muitos amigos. A partir de hoje, terá uma janela aqui no blog para relatar acontecimentos, dar dicas, matar suas saudades do Pará e mostrar fotografias, com a generosidade que lhe é própria.
Aliás, a abertura vale para todos os amigos internautas dispostos a enviar relatos de viagem ou diários de bordo, para dividir com os demais frequentadores do blog.
Blog Santiago no ar
Mais um colega abre caminho na blogosfera. Já está no ar o Blog Santiago, do jornalista Leandro Santiago, que passou pelo Bola e hoje empresta seu talento ao esporte da TV Liberal. “O Blog Santiago é um cantinho virtual onde estarei falando sobre futebol paraense, internacional e comentando sobre matérias feitas por mim no Globo Esporte”. O endereço é: blogsantiago.wordpress.com.
O Globo tucanou perguntas
A querela envolvendo o combativo blog da Petrobras continua rendendo. O jornal O Globo resolveu se superar em editorial publicado nesta terça-feira.
Seria hilário se não fosse patético. O jornal engendra uma fantasiosa tese jurídica sobre direito autoral das perguntas jornalísticas. Trecho do texto embromativo:
“O caminho encontrado pela estatal foi publicar em um blog da empresa as perguntas encaminhadas por repórteres dos jornais e respectivas respostas. Com o detalhe, também grave, de que a empresa divulgou na sexta informações que prestara para uma reportagem que seria publicada no GLOBO de domingo, numa assombrosa quebra do sigilo que precisa existir no relacionamento entre imprensa e fonte prestadora de informações. Agira da mesma forma com os outros jornais. Mesmo as perguntas, encaminhadas por escrito, são de propriedade do jornalista e do veículo a que ele representa”.
Conversa. Não existe legislação, nem bom senso, que ampare essa tese tresloucada de que perguntas formuladas por jornalistas possam ser abrigadas pelo guarda-chuva do direito autoral.
CBF e o conto da substituição
A cidade que não cumprir o cronograma de exigências para a Copa do Mundo de 2014 pode ser substituída, disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, no início de um simpósio que reúne as 12 cidades brasileiras que receberão jogos do Mundial.
“Tenho certeza que todos vão cumprir seus cronogramas, mas quem não cumprir pode ser substituído ao longo do tempo. O cumprimento dos prazos é fatal”, alertou o dirigente. No último dia 31, a Fifa anunciou as cidades que sediarão a Copa no Brasil. São elas: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Sinceramente, dá para acreditar nas palavras do presidente da CBF quanto à substituição de cidades que fizeram tanto e$forço para sediar jogos da Copa de 2014? Potoca…
Laporta critica gastança do Real
Como já foi discutido aqui no blog, algumas fortunas movimentadas pelo futebol europeu chamam atenção até de outros gigantes do continente. O presidente do Barcelona, Joan Laporta, disse nesta terça-feira que está tranquilo diante da contratação do meia brasileiro Kaká pelo Real Madrid, mas considerou o valor da transferência “exagerado”. Pouco antes de viajar a Nova York, onde participará de evento com diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ann Veneman, Laporta disse que o Real pagará um “preço exagerado” pelo brasileiro, cuja transferência ficou em 67 milhões de euros.
O presidente do Barça comparou a política de contratações do Real com a do clube catalão, que apostará em trabalhar “com um maior ajuste ao mercado”, que, segundo ele, pode ficar “distorcido” pelos movimentos do clube merengue.
“Pagar esta quantia é exagerado. Não se ajusta à realidade do mercado e é arriscado demais. Também é uma oportunidade de mostrar que o mercado está em outros níveis”, disse.
Na verdade, apesar de não admitir, Laporta manifesta também uma pontinha de inveja do rival, pois Kaká é um baita meia-armador, com lugar cativo em qualquer time ou seleção do planeta.
E assim caminha a humanidade
Quatro meses parado após ser demitido do Chelsea, em fevereiro deste ano, o técnico Luiz Felipe Scolari confirmou nesta terça-feira que vai comandar o Bunyodkor, do Uzbequistão, com o qual assinou um contrato de 18 meses. Ele assume o clube no dia 1º de julho. Felipão chegou a ser sondado pelo Benfica e pela seleção de Angola, mas resolveu assinar com o Bunyodkor, que tem como grande astro o brasileiro Rivaldo, destaque da seleção brasileira campeã na Copa-2002. No ano passado, o time uzbeque teve como técnico outro brasileiro, Zico.
Vamos às explicações de Felipão para assumir o abacaxi: “A ideia do presidente da equipe, o projeto do estádio, sete campos de treinamento, a forma como o clube está enfocando uma nova realidade futebolística no Uzbequistão”.
Revelou também que pensa em trabalhar por mais quatro ou cinco anos, e que deve voltar ao Brasil ou ao futebol europeu após o ano e meio no Uzbequistão. “Poderá surgir algum projeto na Europa, mas também existe uma grande possibilidade de voltar em 2010 ou 2011 a trabalhar numa equipe brasileira e então já pensar em uma situação de permanência no Brasil”, concluiu.
Após fazer sucesso em clubes como Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro, Scolari assumiu a seleção brasileira antes da Copa-2002, quando levou o time ao seu quinto título mundial.
Fica a impressão de que o treinador perdeu mercado depois da passagem ruim pelo Chelsea. Como ainda não quer voltar ao Brasil acaba forçado a aceitar um projeto periférico, como esse time obscuro do obscuro Uzbequistão, que nem Zico considerou uma boa pedida.
Os melhores aeroportos
Os aeroportos internacionais de São Paulo (Cumbica) e do Rio de Janeiro (Galeão) aparecem, respectivamente, em 128º e 135º lugar em um ranking elaborado pela consultoria Skytrax, com base em uma pesquisa realizada com 8,6 milhões de passageiros em 195 aeroportos. De acordo com o ranking, divulgado nesta terça-feira, o aeroporto Incheon, em Seul, na Coréia do Sul, é o melhor do mundo, seguido de perto pelos aeroportos internacionais de Hong Kong e de Cingapura.
O questionário respondido pelos passageiros levava em consideração experiências como o check-in, as partidas, as conexões e a chegada. Seis aeroportos da região asiática do Pacífico estão na lista dos dez melhores, junto aos aeroportos de Zurique, Munique, Amsterdã e Auckland, na Nova Zelândia.
Acho que a vergonhosa colocação dos principais aeroportos brasileiros é mais do que merecida. Cumbica e Galeão são verdadeiros pardieiros, que não chegam aos pés de aeroportos de cidades bem menores como Frankfurt.
O homem que calculava
Por Sérgio Martins
Um ensaio biográfico sobre Renato Russo mostra o planejamento
cuidadoso com que ele conduziu sua carreira artística – e fala das
saborosas excentricidades que fizeram sua fama
Em 1975, Renato Manfredini Jr., então com 15 anos, foi diagnosticado com uma condição que o imobilizaria na cama pelos dois anos seguintes. Sofria de epifisiólise – um desgaste dos ossos e cartilagens que faz a cabeça do fêmur se descolar da bacia. Nesse período de sofrimento e tédio, dedicou-se a criar uma banda de rock imaginária, a 42nd Street Band, na qual assumiria a persona do baixista e vocalista Eric Russell. Encheu cadernos e cadernos – em inglês – com a história da banda. Aos 19, já recuperado, o jovem dava os primeiros passos para realizar os projetos que esmiuçara nos seus rascunhos, como cantor e baixista do grupo punk Aborto Elétrico. Já adotara então o nome artístico com o qual ficaria conhecido: Renato Russo. Em 1985, ao lado do baterista Marcelo Bonfá, do guitarrista Dado Villa-Lobos e do baixista Renato Rocha, ele lançou o primeiro disco do Legião Urbana. Foi como letrista e vocalista dessa banda que Renato Russo se tornou o maior nome da história do rock brasileiro. Os treze discos do grupo e os quatro álbuns-solo do cantor somam 14 milhões de cópias vendidas – 300 000 unidades só no ano passado. Essa história de obstinação é narrada no saboroso Renato Russo: o Filho da Revolução (Agir; 416 páginas; 59,90 reais), do jornalista Carlos Marcelo, 39 anos, editor executivo do jornal Correio Braziliense.
O livro não pretende ser uma biografia completa e abrangente. É antes um ensaio biográfico, centrado na tormentosa relação de Renato Russo com Brasília, cidade com a qual o Legião Urbana sempre seria identificado. O tumultuado show da banda no estádio Mané Garrincha, em 1988 – em que Renato Russo brigou com o público e interrompeu a apresentação com menos de uma hora de performance –, ganha um lugar central na narrativa de Marcelo. As relações amorosas de Renato Russo – com meninas e meninos, como dizia uma de suas letras –, as drogas e a morte em consequência da aids, em 1996, são tratadas de modo mais sucinto. Mesmo com essas lacunas deliberadas, O Filho da Revolução é um retrato mais profundo do músico do que O Trovador Solitário, biografia reverencial do jornalista Arthur Dapieve. Também é mais rico em documentos inéditos – fotos e fac-símiles de letras e notas do compositor, que farão a delícia do fã mais fetichista.
O novo livro mapeia as relações familiares dos roqueiros de Brasília com o governo, ao tempo da ditadura militar. O jovem Renato Russo – filho de um funcionário graduado do Banco do Brasil – quis muito conhecer o garoto que tinha uma guitarra Gibson, item raríssimo na década de 70, quando as barreiras alfandegárias eram rigorosas. O proprietário da guitarra tinha um canal seguro para importar instrumentos: seu pai, que viajava ao exterior como piloto do presidente Ernesto Geisel. O nome do garoto: Herbert Vianna, futuro líder dos Paralamas do Sucesso. No círculo dos jovens roqueiros, apareciam também futuros políticos. Renato Russo foi colega de aula do atual ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Gordinho, Vieira Lima foi maldosamente apelidado de “Suíno” pela turma do músico, que não tinha simpatia por ele. “Geddel é in-su-por-tá-vel”, o roqueiro dizia aos amigos. O próprio Renato Russo sabia ser bem insuportável. Era o chato do gênero “cabeça”. Metido a cinéfilo, certa vez se irritou com o enredo convencional de Brubaker, filme estrelado por Robert Redford – e se levantou no meio do cinema para insultar, aos gritos, a plateia “burra” que apreciava aquele lixo de Hollywood.
A excentricidade contribuiu para consolidar a aura de santo pop que cercaria Renato Russo em seus últimos anos. Mas nunca o impediu de conduzir a carreira de modo inteligente e calculado. Sua escolha dos integrantes do Legião Urbana é um bom exemplo. Cada um deles corporificava um “conceito” fundamental para a imagem da banda: Bonfá era o garoto bonito, Villa-Lobos tinha ares de menino-prodígio e Rocha, que era negro (e deixaria o Legião em 1988), conferia diversidade étnica ao conjunto. É claro que todo esse calculismo não teria adiantado nada se Renato Russo não fosse, além de obstinado, talentoso. Era habilidoso nas letras longas e complicadas que mesmo assim se prestavam à memorização fácil dos fãs – como Tempo Perdido e Faroeste Caboclo. De certo modo, o roqueiro de Brasília conseguiu encarnar o espírito de sua época. A juventude que se viu meio perdida entre o fim da ditadura militar e os primeiros anos de redemocratização deu voz à sua revolta sem objeto em canções como Geração Coca-Cola e Que País É Este. Renato Russo e o Legião Urbana acabaram sendo bem maiores do que Eric Russell e a 42nd Street Band.
A vez de Torrô?
Torrô foi a surpresa na escalação do Paissandu contra o Cristal, no amistoso do último domingo, em Macapá. E a chance foi bem aproveitada. O jogador, que já rodou por praticamente todos os times de Belém, atuou com desenvoltura e marcou um bonito gol, o da virada, dentro de suas características de homem de área. Em função disso, tem boas possibilidades de entrar na equipe contra o Rio Branco, domingo (14), ou ficar como opção para o banco de reservas.
A utilização de Torrô obedeceu ao rodízio implantado por Edson Gaúcho na avaliação de seus atacantes para formação da dupla de ataque. O próprio técnico elogiou a atuação de Torrô e estendeu os afagos a Zé Carlos, que completou a dupla de ataque.
Humilde, o ex-artilheiro do Castanhal exaltou o fato de ter tido uma chance para atuar por mais tempo. “Fazia tempo que não jogava 40 minutos ou mais. Joguei uns 70 minutos, eu acho. Fui bem, aliás, a equipe foi bem. Mostramos o que podemos fazer contra o Rio Branco”.
O atacante tem dois obstáculos respeitáveis para virar titular do Paissandu: Zé Carlos e Reinaldo, atacantes que têm a confiança de Edson Gaúcho e que contam com a simpatia do torcedor. Além disso, Torrô luta contra o preconceito que ronda atacantes nativos. Um exemplo: Hélcio, que foi o artilheiro do Parazão pelo S. Raimundo, também perambulou pelos grandes de Belém sem conseguir chances efetivas. (Com informações do Bola e da Rádio Clube)
Kaká no Real até 2015

Esclarecimento da Seel
Mensagem enviada pelo secretário Alberto Leão, da Seel:
Venho lamentar o envio de nota emitida pelo email da Seel na sexta-feira (05), sobre a chegada da prefeita reeleita de Santarém Maria do Carmo à Belém, a qual um de nossos funcionários equivocadamente redistribuiu através de nossa lista de contatos.
Certo do entendimento de vossa senhoria, peço-lhe desculpas pelo acontecido e me predisponho a evitar a repetição de ato similar e prestar qualquer informação ou esclarecimento.
Carlos Alberto da Silva Leão, secretário de Estado de Esporte e Lazer.