Jornada esportiva da Rádio Clube
RIO BRANCO X PAISSANDU
Horário: 19h
Local: estádio Arena da Floresta, Rio Branco (AC)
Narração: Géo Araújo
Comentários: Gerson Nogueira
Reportagens: Dinho Menezes
Jornada esportiva da Rádio Clube
RIO BRANCO X PAISSANDU
Horário: 19h
Local: estádio Arena da Floresta, Rio Branco (AC)
Narração: Géo Araújo
Comentários: Gerson Nogueira
Reportagens: Dinho Menezes
Abaixo, os dez maiores públicos nas quatro divisões do futebol nacional nesta temporada:
68.217 – Flamengo 2×1 Atlético/PR – Série A
51.800 – São Paulo 3×0 Cruzeiro – Série A
48.652 – Atlético/MG 1×1 Botafogo – Série A
45.007 – Santa Cruz 2×2 Central – Série D
41.038 – Fluminense 0x0 Flamengo – Série A
40.822 – Atlético/MG 3×0 Náutico – Série A
28.735 – Internacional 2×0 Palmeiras – Série A
27.629 – Ceará 0x2 Vasco – Série B
25.894 – Grêmio 2×0 Botafogo – Série A
25.665 – Flamengo 2×1 Vitória – Série A
O jogo com o Central neste sábado terminou empatado (2 a 2), frustrando todos os torcedores do Coral pernambucano, mas um troféu o Santa Cruz já pode chamar de seu nesta temporada: é o time de torcida mais fiel, disparadamente. Foi o segundo show da torcida na Série D do Campeonato Brasileiro. Na estréia do time na quarta divisão nacional, oo estádio Rei Pelé, em Maceió, com cerca de 8 mil presentes, foi dividido pelos fãs do CSA e por fanáticos do Santa, que invadiram a capital alagoana. A força da galera deu certo: o tricolor venceu por 3 a 0. Neste sábado, no Mundão do Arruda, 45.007 pagaram ingresso para ver o Santa Cruz jogar. É o quarto maior público de todas as divisões do Brasileiro em 2009. Os ingressos são mais baratos (R$ 10,00) e não se tem notícia de que o clube tenha feito um acordo para permitir transmissão de TV, mas, ainda assim, no abismo da Série D, o torcedor coral demonstra um amor raro hoje no país inteiro.
Por Mauro Santayana (JB)
O governo decidiu aceitar a instalação da CPI da Petrobras. Poderia tê-lo feito antes, uma vez que dispõe de maioria no Senado. Agira com prudência, ao tentar impedi-la, porque a Petrobras – a maior empresa brasileira, e uma das maiores do mundo – tem as suas ações negociadas nas bolsas internacionais, e qualquer suspeita sobre suas atividades lhe acarretará danos. Duas devem ter sido as razões principais que orientaram o Planalto a solicitar a instalação do colégio investigador. Diante da crise na Câmara Alta, é melhor que a instituição saia do círculo de giz, e passe a atuar, ainda que por iniciativa da oposição e contra o próprio governo, e o presidente confia na lisura das atividades da empresa. Além disso, as principais figuras da oposição se encontram enodoadas com os escândalos. Se o Senado se encontra desmoralizado diante da opinião pública – e é inegável que assim está – situação e oposição se acham sob a mesma tacha. Escapam, como tantos já constataram, algumas poucas ovelhas, em rebanho enegrecido pelas cinzas da corrupção. As circunstâncias fecham com escolhos o trajeto da CPI. Dificilmente as suas sessões serão acompanhadas pelo interesse da cidadania, cansada dos mesmos comediantes de sempre.
A Petrobras, com todos os seus êxitos, vale mais como símbolo da obstinação brasileira do que pelos seus resultados econômicos, por maiores eles sejam. Suas imensas receitas, que nos ajudaram a vencer as duras dificuldades do subdesenvolvimento, revelam a inteligência de nossos geólogos, engenheiros de minas, engenheiros mecânicos e trabalhadores comuns. Essa massa de pesquisadores e inventores não se reuniria, sem que a precedessem os atos políticos de brasileiros comuns, entre eles intelectuais e jornalistas, como Monteiro Lobato, Gondim da Fonseca, Domingos Velasco e Mattos Pimenta, Joel Silveira, Barbosa Lima, Oscar Niemeyer e muitos outros.
Os mais jovens não sabem o que é um povo sem petróleo. Durante muito tempo comprávamos, dos Estados Unidos, a gasolina a conta-gotas, e mantínhamos estoques de curta duração. A energia sempre foi arma estratégica. A partir do momento em que a gasolina servia de suporte a uma forma de vida – também ela importada do Norte – dela não poderíamos prescindir. Se houvesse, por acaso, uma guerra em que o Brasil se envolvesse com qualquer vizinho, bastaria aos norte-americanos fechar o nosso suprimento e favorecer o inimigo. Pouco a pouco, fomos construindo pequenas refinarias, mas sempre dependíamos do petróleo bruto, e esse estava sob o controle das sete irmãs. Temos a acrescentar que a iluminação elétrica era luxo de algumas cidades. A iluminação das casas, no vasto interior, quando não se fazia com o óleo de mamona, dependia do querosene Jacaré, produzido, importado e distribuído em latas de 20 litros pela Standard Oil. Nos morros do Rio de Janeiro e nos subúrbios das cidades maiores do resto do país, as lamparinas se alimentavam desse combustível.
Impingiram-nos a ideia de que no Brasil não havia petróleo. Os gases emanavam de fendas no solo, aqui e ali, e, de alguns poços pioneiros – como o de Lobato, na Bahia – ele chegou a jorrar com timidez, mas, segundo alguns, não tínhamos o óleo. Havia petróleo na Argentina, na Bolívia, no Paraguai, na Venezuela, na Colômbia, no Peru – não em nosso solo.
A criação da Petrobras custou o suor e o sangue de muitos brasileiros. Podemos encontrar dezenas de explicações para a morte de Getúlio, em agosto de 1954, todas marcadas pelo petróleo. A sanção da lei que criara a empresa, em outubro do ano anterior, enfrentou a reação orquestrada da grande imprensa, a serviço dos interesses externos. Vargas só contava com os trabalhadores e com os estudantes, que não dispunham do poder de mobilizar os militares, como fizeram Lacerda e outros. A Petrobras, que afrontou todas as dificuldades para consolidar-se, foi recentemente mutilada pelo governo tucano, que rompeu o monopólio estatal e abriu seu capital aos estrangeiros. A iniciativa da CPI, à parte o interesse em desestabilizar o governo, visa a favorecer a entrega do petróleo do pré-sal a empresas multinacionais. Se existem irregularidades na Petrobras, há como identificá-las e saná-las, mediante os organismos oficiais de controle, como o TCU, a CGU e o Ministério Público – com rigor, e sem espetáculo.
A CPI da Petrobras provavelmente terá o percurso de um bumerangue: golpeará os que a promovem.
Vá escrever bem lá no pré-sal… É o que digo sempre: um texto bem amarrado é como um golaço de sem-pulo.
O democrata (Heráclito Fortes) diz que Luciana foi “injustiçada”. “A menina precisava trabalhar pra viver. Quando o Fernando Henrique foi embora do Palácio da Alvorada, me disse: “Nossa maior preocupação é a Luciana, que precisa ficar em Brasília”. O marido dela é funcionário público, trabalha no Itamaraty, entende? Então, eu disse: “Não se preocupe, presidente”. Ela organizava recortes para montar uma biografia minha. A Luciana é tão correta que, quando a dona Ruth estava muito mal, em São Paulo, ela pediu autorização para ficar com a mãe. Depois da morte, ela me ligou perguntando se podia ficar mais uns dias. Numa situação daquelas, ainda perguntou se podia, entende?”
Tião Viana (PT-AC), um dos mais atuantes do “grupo ético”, atende ao chamado de “um minutinho” do repórter e prega, pela enésima vez, o afastamento do maranhense José Sarney da presidência do Senado. Quando se pergunta como sua filha conseguiu gastar R$ 14 mil em telefonemas de celular, disparados do México e pagos pelo Senado, Viana faz uma expressão de quem acabou de comer um pirarucu estragado. “Já disse o que tinha de dizer sobre isso. Deixa cicatrizar. O Jarbas Vasconcellos passou dois meses sem falar, eu também tenho direito. O dinheiro não é do Senado, é meu.” Vai pagar em quantas vezes mesmo? 72? “Depois a gente fala, amigo…” Na galeria atapetada, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) dá entrevista para uma TV e defende a saída de Sarney. A reportagem aproveita o ensejo. Senador, ficou a dúvida: foram R$ 10 mil ou US$ 10 mil (emprestados a ele por Agaciel Maia)? “R$ 10 mil”, diz ele, com a bochecha intumescida e vermelha. “Eu estava numa situação, mestre, em que você faria a mesma coisa [pedir R$ 10 mil a um assessor que pediu ao diretor-geral do Senado]. Naquela situação, não existe santo. Qualquer ser humano faria. Já está tudo saldado.”
Por Cosme Rímoli
A campanha ‘Fica Jorginho’ é uma dádiva para a diretoria do Palmeiras.
O presidente Belluzzo sabe que a situação financeira do clube está complicada.
Depois que Muricy Ramalho insistiu nos R$ 500 mil mensais e um R$ 1 milhão de luvas.
Até dezembro de 2010.
O Palmeiras insistiu em R$ 400 mil por mês e só.
Luiz Felipe Scolari falou com Belluzzo e indicou o treinador da LDU, Jorge Fossatti.
O uruguaio chegou a jogar no Brasil.
Ele acabou de vencer a Recopa pelo time equatoriano e estaria disposto a trabalhar em um clube grande do País.
Fala português fluentemente.
Belluzzo sabe que errou ao assumir a preferência por Muricy.
Com a vitória por 4 a 1 diante do Náutico, ele promete ‘ir mantendo’ Jorginho.
O técnico já foi aconselhado por assessores de imprensa e amigos a dizer que está pronto para assumir o Palmeiras.
As dívidas do clube já passam de R$ 40 milhões…
Na fria matemática, que o economista Belluzzo tanto gosta, a ordem é segurar o funcionário Jorginho.
Os jogadores adoram o treinador interino.
Pouco importa que ele tenha empatado um clássico com o Santos no Palestra Itália.
E vencido os dois últimos colocados do Brasileiro.
A tabela do Brasileiro facilitou demais a euforia pelo ‘Fica Jorginho’.
Um dirigente palmeirense acaba de dizer ao blog que o treinador interino palmeirense recebe R$ 20 mil.
Cerca de 20 vezes menos o salário oferecido a Muricy…
Na segunda-feira, Belluzzo deverá estender o período de Jorginho oficialmente no cargo.
E oferecer um aumento.
Bem pequeno…
A Red Bull fez dobradinha e colocou seus dois carros na frente no GP de Nurburgring, na Alemanha, neste domingo. O australiano Mark Webber terminou em primeiro e o alemão Sebastian Vettel em segundo. Em mais uma ótima performance, Felipe Massa ficou em terceiro e foi ao pódio pela primeira vez em 2009. A vitória é a primeira na carreira de Webber e chega em seu GP de número 130, o que o torna o piloto que mais provas precisou para triunfar, tomando o lugar de Barrichello, que demorou 124 para alcançar o feito. Barrichello chegou em sexto lugar, atrás de Jenson Button, líder do campeonato.
Vitória quebra jejum de oito jogos, mas o penal inventado pelo árbitro foi na cara-dura. Mais esfarrapada foi a justificativa encontrada pelo patético Zé Roberto Wright.
Novamente integrante do G-4 do Campeonato Brasileiro após a vitória por 3 a 1 em cima do Coritiba, neste sábado, o Grêmio Barueri se firma cada vez mais como a principal surpresa da competição nacional e está somente três pontos distante do líder da competição, o Internacional (17 a 20).
Ao explicarem os segredos do bom resultado obtido diante dos paranaenses, que levou a equipe da Grande São Paulo ao sétimo jogo sem derrota – quatro vitórias e três empates -, tanto o técnico Estevam Soares quanto os principais destaques do time foram unânimes: a marcação resolveu.
Claro que a marcação ajudou, mas dois gols do Barueri foram presentaços da zaga paranaense. Teve um gol que o atacante chuta da entrada da área, o goleiro rebate e o próprio atacante ainda pega o rebote diante de dois zagueiros. Um espanto.
Glória do desporto nacional, conforme diz seu hino, o Internacional festeja conquista histórica no ano de seu centenário. Na sexta-feira, ultrapassou a fantástica marca dos 100 mil sócios. No total, a semana terminou com 100.135 associados registrados pelo Colorado, maior clube brasileiro nesse departamento. Número fabuloso para os tímidos padrões nacionais.
Mais que isso: a marca insere o Inter no panteão dos maiores clubes do mundo – considerando o sentido moderno do termo. Cada vez mais, no futebol, clubes são entidades que reúnem adeptos e, principalmente, sócios contribuintes.
Nesse quesito, o Inter possui hoje o sexto maior quadro social entre os clubes de futebol do mundo, ficando atrás apenas de Benfica, Barcelona, Manchester United, Bayern de Munique e FC Porto. É tão certeira a estratégia que, a rigor, nem parece coisa de time brasileiro.
Para se entender o gigantesco valor dessa façanha, basta dizer que em apenas sete anos o clube conseguiu aumentar em 14 vezes sua quantidade de sócios. Quando o projeto Sócio Torcedor dava seus primeiros passos, em 2002, o Inter tinha pouco mais de sete mil associados que contribuíam religiosamente com suas mensalidades.
A prospecção do potencial de crescimento do clube, a partir de consultas a diversos segmentos da sociedade gaúcha, foi o primeiro passo concreto para alavancar o projeto. Os próprios dirigentes admitem, porém, que sem vitórias e títulos nenhuma iniciativa teria sido bem sucedida.
Esforço permanente e forte estratégia interna que envolve todas as áreas do clube são os principais alicerces do projeto, segundo o ex-presidente Fernando Carvalho, grande incentivador da ideia. O torcedor foi aderindo à medida em que acreditava nas propostas da direção e via em campo os resultados do crescimento.
De cara, o Inter disputou o título brasileiro de 2005. Perdeu, injustamente, para o Corinthians, mas saiu com a imagem de campeão moral. Logo a seguir, em disputa com o Barcelona, conquistou o Mundial Interclubes e igualou-se ao arqui-rival Grêmio, um antigo sonho colorado.
Era o que faltava para consagrar definitivamente a parceria entre o clube e seu torcedor. O time ganha torneios e o clube oferece conforto em suas instalações, desconto no preço de ingressos e serviços de primeira qualidade. Em troca, consciente (e orgulhoso) de seu papel, o torcedor contribui para construir um clube cada vez mais vitorioso. É a equação perfeita, que o resto do Brasil boleiro se recusa a aprender.
Depois do bom treino de sexta-feira, Michel está cotado para estrear no meio-campo do Paissandu, neste domingo, contra o Rio Branco. Valter Lima, que descobriu o jogador e fez dele o cérebro do S. Raimundo, admite usá-lo como meia avançado, revezando-se com Vélber no apoio direto aos atacantes Zé Carlos e Balão.
O esquema com dois meias é interessante, mas torna o setor vulnerável na marcação. E jogo tão importante vai exigir força no combate e proteção ao setor defensivo. Um dilema e tanto para Valtinho.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 12)
Por Paulo Vinícius Coelho
A posição de Lúcio Flávio, pouco à frente de Leandro Guerreiro, uma espécie de segundo volante num 3-4-1-2, não é novidade para ele. No Botafogo campeão carioca de 2006, de Carlos Roberto, Lúcio Flávio jogava assim, até se machucar e ficar fora da final contra o Madureira. À sua frente, daquela vez, Zé Roberto, como armador, Reinaldo e Dodô.
Desta vez, Ney Franco usou Lúcio Flávio nessa função, com Renato pouco à frente. Assim, com dois armadores, sua lentidão compromete menos o desempenho do meio-de-campo do Botafogo.
Foi o que aconteceu em Florianópolis. Contra o frágil time do Avaí, que perdeu sua segunda partida em casa no Brasileirão, o Botafogo chamou demais o adversário, mas soube sair para o jogo na hora certa e aproveitar as faltas nos arredores da grande área do Avaí. Assim, fez o primeiro com Juninho. Marcou o segundo no cruzamento de Lúcio Flávio para Renato.
O time não é brilhante. Mas é time, sim, para ocupar um lugar no bloco intermediário. Remontado, depois da perda de Maicosuel, o Botafogo começa a mostrar que seu elenco pode ocupar um lugar distante da zona de rebaixamento.
Mas o time ainda se ressente de um bom meia de ligação, um beque de respeito e um atacante para revezar com Victor Simões.