Frente vai discutir volta do diploma

Em prol da volta da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, a deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM) propôs a instalação de uma Frente Parlamentar para debater a questão. São necessárias 198 assinaturas e, até o momento, foram recolhidas cerca de 70. A expectativa é que a Frente comece a funcionar no início de agosto. Atualmente existem duas Propostas de Emenda à Constituição e um Projeto de Lei em tramitação no Congresso que abordam a questão do diploma. Rebecca explica que a Frente pode servir para acelerar o processo de aprovação, mas a principal função é manter o tema em evidência.

“A principal função da Frente é não deixar baixar o calor do debate, para as pessoas não esquecerem e a PEC ficar tramitando perdida no Congresso”, diz Rebecca. A iniciativa tem apoio do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que, em audiência com deputados e representantes da sociedade civil na última quarta-feira (08/07), afirmou ser favorável a sua instalação e prometeu agilizar a tramitação da PEC dos jornalistas. Além disso, prometeu instalar uma comissão parlamentar para discutir a questão do diploma. (Do Comunique-se)

Um clube de 100 mil sócios

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Da ESPN Brasil

Menos de 24 horas após a perda do título da Recopa Sul-americana, o Inter teve uma boa notícia nesta sexta-feira. O dia ficará marcado na história, pois o clube atingiu a marca tão sonhada dos 100 mil sócios. A semana fechará com 100.135 associados. A marca deixa o Inter com o sexto maior quadro social entre os clubes de futebol do mundo, atrás apenas de Benfica, Barcelona, Manchester United, Bayer de Munique e o Porto.

“É um trabalho em conjunto com todas as áreas do clube. A marca é uma conseqüência do trabalho. O torcedor sabe que o time é competitivo. Sabe que o clube para seguir sempre competitivo. Por isso ele se associa”, explicou o assessor de futebol Fernando Carvalho. Carvalho é um dos responsáveis por deflagrar a campanha para o aumento do quadro social. Quando assumiu o Inter como presidente, em 2002, apenas sete mil colorados contribuíam mensalmente com a entidade.

A intenção era ter atingido a meta dos 100 mil sócios em abril, quando o Inter celebrou seus 100 anos de vida. Não foi possível e o objetivo postergado até abril de 2010. Entretanto, a marca foi atingida bem antes.

Gian quer voltar para o Remo

O veterano meia Gian, de 35 anos, manifestou interesse de voltar a defender o Remo ainda na temporada 2009. De passagem por Belém, o jogador manteve contatos com alguns dirigentes do clube e o assunto ficou de ser definido nos próximos dias. Gian ganhou recentemente, por força de acordo na Justiça do Trabalho, ação de cerca de R$ 400 mil contra o Remo, referente a pendências antigas. Vale lembrar que a última passagem de Gian pelo futebol paraense, defendendo o Castanhal, frustrou expectativas. Antes, o meia havia jogado pelo Paissandu.

As dúvidas do Pantera

O S. Raimundo ainda não está definido para enfrentar o Tocantins (TO), no próximo domingo (12), a partir das 16h, no estádio Nilton Santos, em Palmas. O técnico Artur Oliveira quer conquistar a segunda vitória consecutiva na Série D e manter assim a liderança isolada no Grupo A2. E o time deve vir com mudanças com relação à equipe que venceu o Moto Clube (MA) na estreia. 

No gol, Labilá continua firme para defender o arco do alvinegro. Na lateral-direita, sai o improvisado Erick e Ceará deve ganhar a posição. Já na ala esquerda, João Pedro disputa posição com Sousa. Na zaga, Preto Marabá deve ter como companheiro o volante Marabá, improvisado. No meio-campo, Beto faz a proteção da defesa ao lado de Cléberton. Já na armação Luís Carlos Trindade continua na equipe, e terá ao seu lado Ciro, que substitui Michel. O ataque deve formar com Déo Curuçá e, caso seja regularizado, Hallace ganhará a vaga de Emerson.

Obama e a brasileirinha

A cena, capturada pelo fotógrafo Jason Reed, da agência Reuters, já está nos milhares de blogs políticos dos EUA, sempre com legendas de duplo sentido. Conservador como todo bom ianque, o Drudge Report, que ficou famoso por ser o primeiro a publicar sobre o escândalo de Bill Clinton com Monica Lewinsky, cita a foto como “o segundo pacote de estímulo” do presidente Obama. O Examiner ressalta a idade da garota, apenas 17 anos, e compara a imagem com a de George W. Bush encarando uma jogadora de vôlei da seleção americana durante a Olimpíada da China.

A garota, identificada como Mayara Tavares, é uma carioca de 17 anos que representa o Brasil no grupo de jovens “Junior 8″ da Unicef, que se reúne ao mesmo tempo que os líderes dos países do G8 na Itália. Apesar das maledicências, inclusive aqui do blog, um vídeo revelou depois o que realmente aconteceu no momento em que a foto foi tirada: Barack Obama, na verdade, ajudava uma garota, representante dos EUA no Junior 8, a descer um degrau. A fotografia deu a entender outra coisa, mas o presidente estava apenas sendo gentil.

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Projeto regula profissão de jornalista

Por Sérgio Matsuura

O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), que ajuizou ação que derrubou a Lei de Imprensa, apresentou, nesta quarta-feira (08/07), o Projeto de Lei 5592/2009, que regula a profissão de jornalista. Pelo texto, o diploma volta a ser obrigatório para a obtenção do registro profissional, mas não restringe o trabalho em empresas jornalísticas. “A minha proposta é uma adaptação a decisão do Supremo. Para trabalhar numa redação, não precisa de diploma. Mas para ser jornalista e ter o registro profissional, precisa”, explica o autor da proposta. 

O projeto abre exceção para os colaboradores – que exercem a função habitualmente, mas sem relação de emprego – e provisionados – que possuem o conhecimento prático reconhecido. Por outro lado, existe um artigo que torna obrigatória a exigência do diploma para funcionários do setor público. “No setor público eu torno obrigatório. Como o empregador é o Estado, eu posso legislar”, diz. Além do diploma, o projeto trata de outras questões, como a definição das funções exercidas pelo jornalista, o papel dos Sindicatos de Jornalistas e a garantia do piso salarial. 

Após a apresentação, Miro Teixeira espera receber contribuições para o projeto. Na justificativa, afirma que o texto “representa o pensamento do autor”. Questionado se procurou entidades de classe ou representantes da sociedade civil para a elaboração do texto, respondeu que não. “Eu fiz o projeto. Essa é a opinião do autor. Se a gente começa a discutir muito, não faz nada”, diz o deputado, que espera votar o projeto ainda em agosto deste ano. 

O projeto de Miro repõe conquistas históricas da profissão, mas não enfrenta a decisão absurda do STF quanto à obrigatoriedade do diploma. De todo modo, já é alguma coisa. 

Coluna: Uma polêmica artificial

A pinimba se alastrou pela mídia e provocou manifestações furibundas por parte dos dirigentes rubro-negros. Tudo porque Ronaldo Fenômeno achou de opinar sobre a sempre espinhosa questão do tamanho das torcidas de Flamengo e Corinthians. Disse que o Timão de Parque São Jorge tem a maior torcida. Opinou usando como gancho um antigo argumento de desportistas paulistas, que jamais engoliram o fato de que o futebol carioca tem mais adeptos no país todo.
Em S. Paulo sempre se duvidou da popularidade dos grandes clubes do Rio no resto do Brasil. É claro que o tema não tem qualquer urgência ou importância, nem abalará a bolsa de Tóquio, mas as declarações de Ronaldo foram suficientes para despertar a ira santa entre os fanáticos flamenguistas, que sempre se orgulharam da condição de clube mais querido do Brasil. 
O que se alega em S. Paulo – entre torcedores, dirigentes e jornalistas – é que nativos de outros Estados brasileiros que afirmam torcer pelo Flamengo, na realidade têm o clube de Perácio e Zico como uma segunda opção de time preferido. Isso, na visão paulista, diminuiria o valor das pesquisas que sempre apontam o Fla como agremiação mais popular.
A questão é que o futebol do Rio desfruta, ainda, do período hegemônico no futebol brasileiro, tanto na produção de craques quanto na presença dos veículos de comunicação. Nos anos 50 e 60, a Rede Tupi de televisão e os jornais dos Diários Associados davam o tom da cobertura midiática no país e, por coincidência, tinham suas sedes na Cidade Maravilhosa.
Por tabela, manifestações culturais e artísticas tinham seu epicentro no Rio, derramando sua influência a partir dos bares e das praias de Ipanema. O Brasil tinha sua pauta diária determinada pelos humores cariocas e isso incluía tanto a influência da Bossa Nova quanto a explosão da Jovem Guarda, além de fenômenos televisivos como Chacrinha e Flávio Cavalcanti. O mundinho cultural se resumia à cena carioca.
O futebol seguia a mesma pegada, desde que o Maracanã foi inaugurado em 1950, especialmente para a Copa do Mundo. Nem o monumental trauma da final perdida para a Celeste Olímpica de Obdúlio Varela fez diminuir o fascínio pelo futebol praticado em gramados cariocas e o amor pelos seus principais clubes – Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense.
 
 
Apesar de ter arrefecido nos últimos anos, o prestígio dos cariocas ainda é grande. Praças do Norte e Nordeste continuam fortemente dominadas pelos fãs rubro-negros, vascaínos, botafoguenses e tricolores. No Pará, essa situação é visível até nas ruas das maiores cidades, onde camisas de clubes cariocas desfilam garbosamente, indiferentes ao jejum de títulos nacionais dessas agremiações.  
Talvez somente daqui a algumas décadas essa derrocada técnica dos times do Rio venha a cobrar seu preço junto às novas gerações de torcedores. Por ora, apesar da calculada frase de Ronaldo, sob medida para criar polêmica e atiçar rivalidades e bairrismos, a situação está longe de apontar mudança de posições no ranking de popularidade dos clubes.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 10)

Bota apresenta suas armas

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De um lado, a empolgação de um alvinegro confesso que retorna ao clube. Do outro, a resignação de quem cumpria a obrigação de vestir a camisa e ser apresentado oficialmente, após o anúncio de que perguntas não seriam permitidas, o que causou mal-estar. Assim foi a apresentação de André Lima e Jônatas, respectivamente, como reforços do Botafogo, nesta quinta-feira, no Centro de Treinamento João Saldanha, em General Severiano.

Com pavor das câmeras desde os tempos de Flamengo, o volante apenas posou rapidamente para fotos antes de sair em disparada do clube. Coube ao vice-presidente de futebol, André Silva, e ao atacante André Lima a missão de atender a imprensa e falar sobre o “novo Botafogo’.

– É um orgulho apresentar jogadores desse porte. Eles não têm mais o que provar. São do mais alto nível e estamos felizes pela qualidade e pela vontade que mostraram em vir para o Botafogo. Isso é primordial hoje em dia – disse o dirigente. 

Se Jônatas sequer deu um “bom dia” aos jornalistas, André Lima antes mesmo de responder a primeira pergunta pegou o microfone e declarou: – Meu sentimento é o de torcedor. Fiz muito esforço para voltar e quis jogar novamente no Botafogo. É um orgulho muito grande. É um prazer imenso retornar. Sou botafoguense, nunca escondi de ninguém, e vou levar isso para o resto da vida. Vou fazer o meu trabalho da melhor maneira possível. O Botafogo não merece estar onde está.

André Lima é bom reforço, mas esse Jônatas, sei não…