Proposta resgata valor do diploma

Do Comunique-se

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou nesta quarta-feira (08/07) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restabelece a necessidade do curso superior em jornalismo para o exercício da profissão. Para a apresentação da proposta, foram recolhidas 191 assinaturas, 20 a mais que o mínimo necessário. “Foi extremamente importante a rápida reação da sociedade, desaprovando o absurdo cometido pela Corte Suprema brasileira, e que abriu precedente para a desregulamentação de outras profissões”, comentou o deputado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou a obrigatoriedade do diploma.

Pimenta defende a volta da obrigatoriedade do diploma porque, em sua opinião, o jornalismo não se trata de uma “simples prestação de informação”. “Essa atividade é mais do que a simples prestação de informação ou a emissão de uma opinião pessoal. Ela influencia na decisão dos receptores da informação, por isso não pode ser exercida por pessoas sem aptidão técnica e ética”, afirmou.

Meia deixa o Águia

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O meia Luís Fernando rescindiu contrato com o Águia, depois de reunião com a diretoria do clube. A decisão pegou todos de surpresa na equipe, pois o jogador não quis comentar o motivo de sua saída. Boa parte do tempo em que esteve no Águia, Luís Fernando passou se recuperando de uma lesão. Disputou poucas partidas e nunca como titular, apesar de ser um jogador de bons recursos técnicos. Domingo, contra o Paissandu, ele entrou no decorrer da partida e teve uma atuação decepcionante, comprometendo o setor de criação.

A máfia e o futebol

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O livro “The Fix – Soccer and Organized Crime” (ainda sem tradução em português), do jornalista canadense Declan Hill, traz uma alentada pesquisa sobre casos de suborno envolvendo grandes torneios do futebol mundial, incluindo a Copa do Mundo de 2006. Hill passou quatro anos e meio investigando as conexões do crime organizado com o futebol profissional, descobrindo muita coisa. A base dos arranjos se concentra nas bolsas de apostas asiáticas, que teriam “fabricado” resultados de quatro jogos na Copa da Alemanha, incluindo a vitória brasileira de 3 a 0 sobre Gana. O combinado entre os mafiosos e alguns jogadores ganeses era uma vitória do Brasil por dois ou mais gols de diferença. O jornalista alerta que, se a Fifa não tomar providências, a próxima Copa também terá resultados fraudulentos.

Os outros jogos da Copa 2006 sob suspeita, segundo o livro, foram Inglaterra 1 x 0 Equador, Itália 3 x 0 Ucrânia e Itália 2 x 0 Gana. No levantamento, o autor conversou com jogadores e árbitros, levantou documentos e gravações, que comprovam que a máfia asiática agiu no torneio alemão.

Globo não exibirá final da Libertadores

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Por Cosme Rímoli

Estudiantes e Cruzeiro. Primeira partida final da Libertadores. O torneio mais importante das Américas. Há um clube brasileiro, tradicional na decisão da competição. De acordo com pesquisa Datafolha/Ibope é a sétima maior torcida brasileira. São cerca de oito milhões de brasileiros espalhados pelo país torcendo pelo Cruzeiro. Inclusive fora de Minas Gerais. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo.

Só que as maiores cidades do país ficarão sem a transmissão direta pela tevê aberta da decisão. Por uma questão de marketing, interesse financeiro, a TV Globo mostrará hoje Corinthians e Fluminense. A partida não decide nada. Mas mostrará a entrega de faixas de campeão da Copa do Brasil para os corintianos.

Pelo acordo entre as emissoras, a Bandeirantes também mostrará o mesmo jogo. A detentora dos direitos de transmissão de todos os campeonatos mais importantes da América é a Globo. Ela mostra o que quiser. O que o departamento comercial indicar. E a tevê Bandeirantes retransmite apenas a partida que a Globo indicar. Não há livre escolha.

Foi por causa dessa amarra que houve a briga e rompimento entre Globo e Record. A Record não concordou em sempre mostrar as mesmas partidas que a emissora carioca. A Bandeirantes não compra a mesma briga porque sabe que só tem a perder. E aceita mostrar sempre a mesma partida da Globo.

Hoje, os paulistas e cariocas verão, no máximo, os principais lances da partida na Argentina em rápidos flashes. O dinheiro, a publicidade é o que conta para as tevês do mundo todo. Mas é triste acompanhar o mesmo filme. O descaso com as equipes brasileiras fora do eixo Rio-São Paulo.

De vez em quando, só de vez em quando, a velha paixão pelo futebol deveria valer mais do que dinheiro. Hoje seria um dia ideal para este ‘sacrifício’. Seria. Mas não vai acontecer.

Capitalismo selvagem: a gente se vê por aqui…

Palmeiras e Muricy conversam

Por Paulo Vinícius Coelho

Há conversa.
E hoje devem se sentar à mesa o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, com o representante de Muricy Ramalho, Márcio Rivellino.
No São Paulo, Juvenal Juvêncio costuma dizer que Márcio Rivellino não tinha vez. Era uma vantagem entre o Tricolor e seu técnico. Juvenal sentava-se diretamente com o treinador, não com seu representante.
O Internacional se sentaria diretamente com Muricy, se quisesse. Mas não quer, não tem a intenção de trocar Tite agora. A única chance é o desgaste até o Grenal.
E nesse momento, é possível que Muricy tenha acertado com o Palmeiras.
Mas o acerto esbarra em alguns detalhes. Márcio Rivellino gostaria que o Palmeiras pagasse o salário de Luxemburgo. O Palmeiras não pagará.
Mas se dispõe a oferecer um salário alto, maior do que Muricy recebia no São Paulo. E oferecer compensações que seguramente interessarão a Muricy. Podem não interessar a Márcio Rivellino.
Ou seja, agora existe uma negociação em curso, um sinal de que Muricy pode acertar com o Palmeiras.
Mas os detalhes não são tão pequenos a ponto de garantir o acerto já nesta quarta-feira.
O assunto, provavelmente, ainda vai durar um ou dois dias.
Se sentasse com Muricy Ramalho, o Palmeiras fecharia o contrato mais rapidamente do que conseguirá com Márcio Rivellino.