Diploma de mototaxista vale

Como são as coisas… A profissão de mototaxista acaba de ser regulamentada – contra todos os pareceres de especialistas em trânsito – e o mais interessante é que vai exigir curso de formação e diploma. Esquisito notar que a mesma Justiça (através de sua corte suprema) que dispensa a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo impõe o uso do canudo para mototaxistas. Vou te contar…

Sampaio minimiza tabu

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O técnico do Sampaio Corrêa, Edson Porto, não quer saber da história do tabu de 10 anos do Paissandu sobre o tricolor maranhense. Ele diz que não participou de nenhum dos oitos jogos disputados pelo Sampaio contra o Papão durante todo esse tempo. Lembra que ainda não estava no Tricolor quando o Sampaio perdeu por 1 x 0, na primeira rodada da atual Série C do Campeonato Brasileiro. Sobre esse jogo, a notícia que o próprio time lhe passou é que o Paissandu teve a sorte de fazer o gol logo aos três minutos e que o resultado foi completamente injusto.

O técnico resolveu escalar um time misto contra o São José de Ribamar, nesta quinta-feira, pela Taça Cidade de S. Luís. Como não tinha zagueiros disponíveis, decidiu lançar a dupla titular Johildo/Robinho. (Do site do Sampaio)

Ministro crê na volta do diploma

O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, único a votar contra o fim da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, acredita na volta da exigência de formação superior por meio de ação do Legislativo. Em entrevista ao Observatório da Imprensa, que foi ao ar nesta terça-feira (28/07), o ministro afirmou que, pela repercussão da decisão, deputados e senadores deverão encaminhar a questão “de acordo com os anseios da sociedade”.
 
“Mais dia ou menos dia, nós voltaremos a enfrentar a matéria. E voltaremos a enfrentar a matéria tendo em conta a aprovação de uma emenda constitucional. Será que vamos concluir da mesma forma, que essa emenda constitucional é conflitante com a liberdade de expressão preconizada pela Carta? Tenho sérias dúvidas a respeito”, afirma.
 
Em sua opinião, juridicamente, nada mudou com a decisão do Supremo, já que, com o vácuo normativo, os juízes observarão a jurisprudência “assentada a partir da Lei de Imprensa e do decreto lei que exigia o diploma para o exercício profissional”.

Orgulho remista em Atlanta

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O paraense Jaime Pacheco foi ao estádio Geórgia Dome (Atlanta, EUA) para ver o amistoso Milan x América de Cali. Levou junto o filho Arthur (na foto). “Bem, acho que muitos aí em Belém e no Pará preferem guardar suas camisas do nosso glorioso Clube do Remo, mas não precisam se envergonhar. Basta uma camisa presente aqui para expressar ao mundo todo que o nosso amor  é infinito. Filho da Glória e do Triunfo, esteja onde estiver, não vou te abandonar. Aqui também tu és Brasil, só tu é nosso ideal”, diz Jaime, em mensagem enviada ao blog.

Lágrimas de prata

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O nadador brasileiro Felipe França terminou a final nos 50m peito nesta quinta-feira em segundo lugar, ganhando a medalha de prata no Mundial de Esportes Aquáticos, em Roma. No pódio, caiu no choro. Ele derrubou um tabu de 15 anos sem um brasileiro subir ao pódio na competição.

Felipe disputou a liderança da prova braçada a braçada com seu principal rival, o sulafricano Cameron Van Der Burgh, novo recordista mundial. Van Der Burgh, que já havia ‘derrubado’ o recorde do brasileiro nessa terça, levou a melhor e cravou 26s67, nove centésimos à frente de França.

Fla namora Carpegiani

Apesar do lobby da torcida (e dos jogadores) por Andrade, o Flamengo não desiste de Paulo César Carpegiani, técnico do Vitória. O clube já admite oferecer R$ 150 mil para tê-lo no comando da equipe. Dirigentes já conversaram com Vagner Mancini e Sérgio Guedes (ex-Santo André), mas o objeto de desejo é mesmo Carpegiani. Aliás, foi na Gávea que Carpegiani iniciou na carreira de treinador, brilhantemente: conquistou a Libertadores e o Mundial Interclubes de 1981.

Fenômeno com 12 parafusos

O atacante Ronaldo foi operado na manhã desta quarta-feira no Hospital São Luiz, em São Paulo, para correção das fraturas sofridas no terceiro e no quarto metacarpos da mão esquerda durante o clássico Corinthians e Palmeiras em Presidente Prudente. Implantou 12 parafusos para corrigir o problema.

Luxo dos novos tempos. Lá em Baião, há alguns anos, o arisco ponta Tinho quebrou os dedos e ajeitou tudo com umas talas de bambu. Não demorou nem duas semanas e já estava prontinho pra outra.

O lado bom, no caso do Ronaldo Fofômeno, é que ninguém pode dizer que ele tem um parafuso a menos.

A volta do grande campeão

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Michael Schumacher é o substituto de Felipe Massa na Ferrari. A informação foi confirmada pelo próprio site da escuderia na tarde desta quarta-feira. O alemão ficará com o segundo carro da equipe e será companheiro do finlandês Kimi Räikkönen. “A coisa mais importante é que o Felipe está bem. Esta tarde, eu, Stefano Demenicali [chefe da Ferrari] e Luca di Montezemolo [presidente da escuderia] decidimos em conjunto [o retorno às pistas]”, disse o heptacampeão da categoria em seu portal. Schumacher já estará na pista no próximo dia 23 de agosto, no GP da Europa, que será disputado em Valência, na Espanha. O maior campeão da história da Fórmula 1 abandonou o circo da categoria no dia 22 de outubro de 2006, após correr a prova de Interlagos, no Brasil. No entanto, aos 40 anos, o ex-piloto seguia trabalhando pela Ferrari como consultor.

Foi a melhor notícia dos últimos tempos na F-1. Finalmente, a chance de ver, quase em igualdade de condições, um duelo entre Schumacher e Hamilton, o mais técnico e arrojado dos atuais pilotos. A volta do alemão, o maior campeão da história, mesmo por uma corrida apenas, pode salvar da mesmice esse insosso campeonato.

Massa deixa UTI ainda hoje

A recuperação de Felipe Massa é cada vez mais visível, ao menos fisicamente. Segundo o médico particular do piloto, Dino Altmann, o brasileiro ficou de pé, deu uma volta em torno da cama e deixará a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta quarta-feira. Outra informação que surgiu foi a de que o brasileiro da Ferrari tem uma inflamação biliar. “Durante o choque, o cinto de segurança comprimiu violentamente o seu corpo, e os intestinos e a vesícula biliar sofreram um grande choque”, afirmou um médico do hospital Militar de Budapeste que preferiu não se identificar. A vesícula ajuda no fluxo da secreção do fígado.

A volta do repórter mochileiro

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Por Tiago Dória

Chamou a minha atenção essa notícia de que a CBS, emissora líder de audiência na TV aberta nos EUA, voltou a trabalhar com o conceito de “Backpack journalist” ou “Solo journalist“, como é chamado o jornalista multimídia que faz uma cobertura móvel sozinho com o uso de ferramentas digitais – celulares para produzir vídeos, laptops para transmitir e editar o conteúdo.

A emissora contratou Mandy Clark, que trabalhará direto do Afeganistão. A idéia é aproveitar o máximo possível a digitalização de conteúdos, as redes de comunicação e equipamentos cada vez mais leves de carregar para fazer uma cobertura jornalística. O “backpack” vem de mochila mesmo. O jornalista carrega tão poucos equipamentos que cabem numa mochila.

Esse conceito ganhou espaço durante a cobertura da Guerra no Iraque em 2003. Ao invés de trabalhar com uma equipe grande numa zona conflito, opta-se por um jornalista, ganhado assim mais agilidade, principalmente em zonas de conflitos onde é necessária uma certa mobilidade.

Um dos pioneiros na aplicação desse conceito foi Kevin Sites (foto). Conheci o trabalho de Kevin em 2005, quando ele foi contratado pelo Yahoo! e o seu blog transferido para o portal. Antes ele cobriu a Guerra no Iraque para a NBC News. Na época, as polêmicas imagens da execução de um iraquiano desarmado e ferido numa mesquita de Falluja por um Marine ganharam repercussão na rede. As imagens foram captadas por Kevin. Sua cobertura sempre chamou a atenção por ser muito ágil em comparação com as das emissoras de TV.

O jornalista até lançou um livro sobre a sua experiência em cobrir conflitos sozinhos. Se antes o conceito era associado à agilidade na cobertura, hoje é ligado bem mais à economia de custos. Em entrevista ao New York Observer, Paul Friedman, vice-presidente da CBSNews, disse que o “velho modelo” não se aplica mais, as emissoras não precisam mais de uma grande estrutura para cobrir uma guerra. O que, de certa forma, é verdade. Oportunidade para os “peixes pequenos“.

Porém, eu acredito que cada caso é um caso. Nem sempre cobrir sozinho um conflito é bom. Mas para emissoras e portais de notícias que não têm condições de enviar uma equipe grande para cobrir uma guerra ou algum outro tipo de conflito, é algo interessante de se pensar.

Woodstock, 40 anos depois

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De 15 a 17 de agosto de 1969 aconteceu em Bethel, ao norte do estado de Nova York, o mais célebre festival de música da história. Woodstock reuniu mais de 400 mil pessoas numa área de 2,4 quilômetros quadrados, sob condições de calamidade pública, com a participação de alguns dos maiores astros da época, entre os quais Jimi Hendrix, Creedence Clearwater Revival, Janis Joplin, Jefferson Airplane, Sly and the Family Stone, Crosby Stills Nash and Young e revelações como Santana, Arlo Guthrie (no video abaixo, tocando Coming into Los Angeles) e Joe Cocker (foto). Na biografia de Bill Graham, há menção à bagunça que marcou o evento e os bastidores do licenciamento para o documentário, parte mais rentável do festival.

Graham, que recusou participar da organização, conta que o som era péssimo, só se ouvia melhor bem perto do palco e as pessoas passaram maus pedaços para ver as principais atrações. Atribui a salvação de Woodstock ao filme, que conseguiu vender uma imagem positiva e mítica do evento, cujo quadragésimo aniversário já começa a ser festejado.

Aventuras de Maurício de Sousa

Do Gibizada

Mauricio de Sousa ainda não era o pai da Mônica, mas já sonhava em viver de quadrinhos quando aceitou o emprego de repórter policial na “Folha da Manhã”, hoje “Folha de S. Paulo”. Cinco anos depois do início como foca (jornalista iniciante), em 18 de julho de 1959, há exatamente 50 anos, ele conseguiu convencer o jornal a publicar uma tira semanal estrelada por seus primeiros personagens: o cãozinho Bidu e seu dono, Franjinha.

O retorno dos leitores foi tão bom que Mauricio decidiu abandonar o jornalismo para se dedicar integralmente à produção de HQs em série para outros veículos de comunicação. Mas, como a grana era curta, ele bolou uma estratégia simples e curiosa: pegou um compasso, colocou a ponta na cidade em que morava, Mogi das Cruzes, e traçou um raio de 100 quilômetros, que era até onde seu dinheiro poderia levá-lo.

Com as tiras embaixo do braço, Mauricio ia então de redação em redação vendendo seu trabalho, que aumentou tanto que o autor decidiu contratar auxiliares, gerando o estúdio hoje responsável pela produção de revistas com outros personagens como Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento e a Turma da Mônica Jovem, lançada há um ano — e já no posto de maior sucesso editorial dos últimos 20 anos no Brasil, com vendas em torno de 400 mil exemplares por mês. 55_1738-alt-Mauricio%20e%20as%20filhas

Maurício, nos idos de 1964, com as filhas Maria Angela, Mônica e Magali.