Cristiano rege coro de 80 mil

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“Si, si, si, Cristiano es de Madrid!”

Com 80 mil vozes no Santiago Bernabéu gritando em uníssono, Cristiano Ronaldo foi apresentado oficialmente como o principal reforço do Real Madrid. Contratação mais cara da história do futebol (80 milhões de libras, ou 96 milhões de euros), o meia-atacante português subiu ao palco montado no gramado já com a camisa 9 que usará no time merengue.

Emocionado, o jogador foi recepcionado pelo presidente do clube e criador da “era galáctica”, Florentino Pérez, pelo presidente de honra do time, Alfredo Di Stéfano, e pelo maior jogador da história de Portugal, Eusébio. Na apresentação de Kaká, os jornais espanhóis chegaram a publicar que Pelé estaria na Espanha, mas não aconteceu o encontro. Nas primeiras palavras à torcida, Cristiano Ronaldo revelou: “Eu disse a meus amigos que tudo ia sair natural e rápido. Estou muito feliz por estar aqui”.

“Cumpri meu sonho de criança, que era jogar no Madrid. E não esperava que o estádio estaria cheio só para me ver”, continuou o melhor do mundo de 2008. Então, para surpresa de todos, ele puxa o coro: “Agora, vou contar até três e vamos todos gritar ‘Hala, Madrid!’ Um, dois, três…”. (ESPN Brasil)

O desabafo do presidente

Do site da Rádio Clube

Luiz Omar Pinheiro, presidente do Paissandu, que bancou a demissão da antiga comissão técnica liderada por Edson Gaúcho, tinha muitos motivos para comemorar a espetacular virada de domingo sobre o Águia. O Papão espantou a crise jogando um futebol convincente, também em função da entrega dos jogadores.

“Sou um cara iluminado por Deus”, disse Luiz Omar. E aproveitou para cutucar, indiretamente, o ex-treinador. “Veja o clima de hoje. O Paysandu é isso. Não é como era, com aquela ignorância, empurrando todo mundo”, disparou.

À espera de Cristiano

Depois da consagradora recepção a Kaká, a torcida do Real Madri prepara-se para nova festança hoje, com a apresentação oficial de Cristiano Ronaldo no estádio Santiago Bernabeu. Cerca de 75 mil torcedores são esperados para saudar o novo astro merengue, protagonista da maior transação da história do futebol mundial. A capa do Marca de hoje dá uma ideia do clima entre os adeptos do Real.

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Desabafo de torcedor

Por Francisco Lourenço (de Marituba)

Estive ontem no estádio do Izabelense – por sinal, muito acanhado para confrontos entre equipes de maior importância – e fiquei muito preocupado. Motivo: li as faixas “Volta Leão” e “Volta Frangão”, numa alusão ao retorno das equipes do Remo e do Izabelense a lugares mais destacados do futebol paraense. Porém, caro Gerson, o que vi foi a volta (com camisa e tudo, inclusive violência) e em grande estilo da torcida organizada Remoçada. Aliás, sabe o que me chamou atenção sobre a presença desses vândalos em Santa Isabel? Um violento soco desferido por membro dessa facção em um torcedor completamente embriagado. Este rapaz caiu com o rosto na arquibancada, o que lhe causou um grave ferimento na cabeça. Alguns minutos depois questionei a um cidadão com a camisa da referida torcida se os brigões eram da sua turma. A resposta: “O que apanhou, sim”! Pergunto: onde está a proibição, ou melhor, a extinção desse  grupo de bandidos, tão divulgada na imprensa do nosso Estado?  A Polícia não os importuna, como deveria, e assim eles vão ganhando terreno. Daqui a pouco estarão novamente em ação, sem qualquer disfarce,  nos estádios de nossa capital.

Leão derrota Izabelense

O Clube do Remo venceu o seu segundo amistoso sob o comando do técnico Sinomar Naves. Jogou contra o Izabelense, domingo à tarde, em Santa Izabel, e ganhou por 1 a 0. O gol foi marcado através do volante Marlon, aos oito minutos do primeiro tempo. O próximo amistoso será no dia 11, no município de Quatipuru, contra a seleção local.

Pantera estreou bem

A sensacional virada do Paissandu acabou eclipsando a bela estréia do S. Raimundo na Série D. Venceu, por 2 a 0, o Moto Clube (MA), no estádio Barbalhão, em Santarém, domingo à noite. Os gols foram de Del Curuçá (de cabeça), aos 21 minutos do primeiro tempo, e Luís Carlos Trindade, aos 23 minutos da etapa final. 
Beneficiado pela derrota do Cristal (AP), por 1 a 0, para o Tocantins em pleno Glicerão, em Macapá, o time mocorongo lidera seu grupo com 3 pontos – mesma pontuação do Tocantins, mas com saldo melhor. Na próxima rodada, no dia 12 (domingo), o São Raimundo jogará contra o Tocantins no estádio Nilton Santos, em Palmas (TO), às 16h. Já o Moto receberá o Cristal no estádio Nhozinho Santos, em S. Luís, às 17h.

Tribuna do torcedor

Por Francisco Guzzo Junior

Acredito que um time de futebol tenha uma personalidade própria, que o individualiza dos demais clubes. Isto talvez seja um absurdo do ponto de vista da lógica e da racionalidade, porém o futebol é uma das coisas que há entre o céu e a terra, que não são explicadas pela nossa vã filosofia. Dentro deste contexto, observo que a escolha do time de coração é absolutamente por afinidade com esta personalidade adquirida pela agremiação, ensejando na maioria dos integrantes de sua torcida um inconsciente coletivo próprio, o que os leva a ações características e pensamentos análogos.

Defendo esta tese como sendo a única possibilidade de explicar o fato sobrenatural ocorrido ontem na Curuzu. Inicialmente pergunto: em que time o Zé Augusto jogaria por treze anos, sendo que em 80% deste tempo ele foi reserva, exceto sob o comando do Givanildo? Neste período a história foi sempre a mesma. Quando aquecia para entrar, ouvia-se por todo o estádio: – Pô, lá vem o doido! Ele entrava em campo nos minutos finais, e à medida que corria, esforçava-se, comia grama e acreditava em todas as bolas…

Também fazia um rosário de burrices, grossuras, vexames e principalmente inúmeros gols perdidos. Na maioria absoluta dos times de futebol ele teria sido execrado, no Paissandu aconteceu o contrário, cada vez mais a torcida reconhecia o seu esforço, o seu amor pela camisa, não importava que o resultado era francamente deficitário. Freqüento campo de futebol acompanhado o Papão desde 1972, é incrível como a história se repete, jogadores de técnica muito duvidosa, porém demonstrando um amor incomum pelas cores alvicelestes: Tuíca, Nilson Diabo, Cabinho, Mendonça (Nego Bala), percorreram o mesmo filme ora vivido pelo Zé.

O que quero defender prende-se ao seguinte fato: hoje há inúmeras razões para a unanimidade do Zé Augusto, sem dúvida os gols decisivos marcados nos últimos tempos, já o transformaram no maior ícone desta galeria de heróis, porém, é bom que se ressalte, que isto só foi possível graças à tolerância extrema da torcida que o aplaudia desde a época das terríveis jornadas de canela, este é o fato espetacular, a admiração da torcida pelo jogador é anterior aos seus feitos fantásticos, esta é a característica ímpar da torcida bicolor, se não fosse assim, nada teria de extraordinário, seríamos iguais a todas as outras.

Finalizo com uma constatação sensacional: São poucas torcidas no mundo que possuem a grandeza de saber homenagear tanto os seus ídolos craques (Robgol, Vandick, Mirandinha, Cacaio, Chico Spina, Velber, Iarley, Bené, Quarentinha etc.) quanto os seus ídolos de raça.

Sampras aplaude Federer

Com Pete Sampras aplaudindo de pé, o suíço Roger Federer vestiu a jaqueta produzida especialmente para Wimbledon. Além de suas iniciais, a vestimenta trazia uma inscrição emblemática: o número 15. Momentos antes, ele havia vencido o americano Andy Roddick na mais longa decisão (em games) de Grand Slam e conquistado seu 15º título da série mais importante do tênis.

Além de ter se isolado como o maior vitorioso da história, Federer deixou claro que pretende ampliar esse recorde. Diferentemente de Sampras, que estabeleceu a antiga marca de 14 Grand Slams no fim de carreira (o Aberto dos EUA-02 foi seu último torneio), Federer ainda demonstra muita disposição para o circuito.

“É claro que a minha carreira está longe de acabar”, afirmou Federer, 27, que ainda citou uma motivação pessoal. “O sonho da Mirka [sua mulher] sempre foi que nosso filho pudesse me ver jogando bem”, afirmou ele, cujo filho nasce nos próximos meses. “Tenho que jogar mais alguns anos por causa da Mirka”, completou.

Sampras, que chegou de surpresa e atrasado (perdeu os três primeiros games), disse acreditar que a marca será ampliada e voltou a afirmar que o sucessor é o melhor tenista da história. “Os críticos podem citar [Rod] Laver e dizer que Nadal o venceu algumas vezes em Grand Slams, mas ele [Federer] venceu todos e ainda vai ganhar mais algumas vezes aqui. Então na minha opinião é ele”, disse ele, que mantém o recorde de sete títulos de Wimbledon. (Do Folhaonline)

São Marcos que ir à Copa

O goleiro Marcos, do Palmeiras, elogiou o técnico interino Jorginho após a vitória de 3 a 0 sobre o Avaí, pelo Campeonato Brasileiro. O capitão do time, no entanto, não quis “dar palpite” sobre a continuidade de Jorginho ou a chegada de outro treinador. O goleiro do Palmeiras surpreendeu ao dizer claramente que gostaria de jogar a Copa do Mundo na África do Sul, ano que vem. Em 2002, Marcos foi titular da seleção brasileira pentacampeã do mundo.

“O Brasil está bem servido de goleiro, mas acho que eu estou na briga. Ninguém diria não à seleção em ano de Copa. Se levam três, por que não brigar por uma vaga? Minha cabeça está centrada no Palmeiras, mas vou brigar para ir como segundo, como terceiro, já que o Júlio César é um dos melhores do mundo e é o titular. Se eu não for convocado, vou torcer pela seleção, como qualquer brasileiro no mundo.”

Entre Marcos e Gomes ou Doni, prefiro mil vezes o palmeirense, pelos serviços já prestados e a fantástica vocação para defender penais. Não seria titular, já que Júlio César é inquestionável, mas tem lugar no grupo que vai à Copa.

Coluna: O herói das missões impossíveis

Desde o exato instante da catarse coletiva na Curuzu provocada pelos gols de Zé Augusto renasce o sentimento de louvação ao atacante, novamente decisivo em situações adversas para o Paissandu. Qualquer elogio à atuação do atacante soa justo e inquestionável. Há cinco ou seis anos, Zé se transformou em talismã da torcida e desafogo para o time quando surge um aperreio.
Aliás, o que marca de forma particular sua trajetória no Paissandu é justamente a especial vocação para executar as chamadas missões impossíveis. Sua façanha de ontem foi parecida com aquela do ano passado, quando marcou um gol salvador diante do Ananindeua e garantiu a participação do time na Série C.
Ontem, entrou em campo com a incumbência de ajudar a reverter um jogo que estava perdido até os 30 do segundo tempo e se desenhava praticamente irreversível. Substituiu Balão, que até vinha jogando bem, mas já demonstrava cansaço. E Zé é o cara talhado para desafiar o cansaço. Corre o tempo todo, se movimenta por todos os lados do ataque e sempre aparece em condições de arrematar dentro da área.
Foi exatamente assim, com disposição e bom posicionamento, que escreveu sua participação na jornada frente ao Águia. No primeiro lance era o atacante mais próximo de Torrô. Recebeu o passe e mandou um disparo indefensável, de primeira e à meia altura. Aos 48 minutos, começou a jogada e correu para o interior da área, a tempo de escorar o cruzamento de Torrô.
É importante notar que Zé vem refinando, digamos assim, seu repertório. Desde que foi redescoberto por Givanildo Oliveira nos idos de 2000, o atacante foi aprimorando suas virtudes e reduzindo as resistências dos críticos. Longe de ser habilidoso, baseia todo seu jogo na velocidade e na força. Sem medo das vaias, costuma chutar em gol todas as bolas que recebe, o que o transforma num jogador sempre perigoso.
O papel brilhantemente executado por Zé acabou por deixar em segundo plano a participação de outro personagem fundamental para a vitória do Paissandu: Valter Lima, que pegou o bonde andando durante a semana e herdou um time cheio de desfalques.
Com calma e método, soube juntar peças e escalar o melhor time possível nas circunstâncias. E, acima de tudo, foi corajoso para escalar uma nova dupla de beques (Rogério e Bernardo) e lançar Balão como terceiro atacante. Teve peito, ainda, para trocar Velber por Tiago. Por tudo isso pode-se dizer que Valtinho foi quase impecável na estréia. Ficou abaixo apenas do herói Zé Augusto.
 
 
Poucas vezes vi um assalto tão indecente quanto o que vitimou, ontem, o Huracán na final do campeonato argentino (Clausura) diante do Vélez Sarsfield. Aos 38 minutos do segundo tempo, no lance do gol decisivo, o goleiro Monzón foi atingido por um carrinho e a bola sobrou livre para um outro atacante do Vélez. Arbitragem frouxa e incompetente, bem no estilo das piores que temos por aqui. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 6)