Dia: 4 de julho de 2009
Bastidores de um jornal esportivo
Por André Fontenele
O recém-lançado História do Lance! – Projeto e prática do jornalismo esportivo, de Mauricio Stycer (editora Alameda), contém muito mais que o seu título modesto dá a entender. É, ao mesmo tempo, útil para quem quer conhecer a história de um jornal, a do jornalismo esportivo e até mesmo da imprensa no Brasil em geral.
Fruto da dissertação de mestrado do autor no curso de Sociologia da Universidade de São Paulo, o livro não tem nem um pingo do ranço acadêmico que prejudica quase todos os trabalhos universitários sobre futebol. Não surpreende, uma vez que Stycer é jornalista, com passagem pelo próprio Lance, em seu primeiro ano de vida, entre outros grandes veículos (Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ÉPOCA, CartaCapital). (Full disclosure: o autor deste post foi colega de Stycer no Lance entre 1997 e 1998).
Não é apenas pelo estilo sem firulas de Stycer que o livro é agradável. O que ele tem de sobra, e costuma faltar a obras que abordam o jornalismo brasileiro contemporâneo, é franqueza. O autor traça, sobretudo, um perfil sincero do criador do Lance, o empresário carioca Walter de Mattos Jr., ainda hoje dono do jornal.
Mattos Jr. foi entrevistado por Stycer, colaborou com informações (ainda que não tenha esclarecido alguns pontos obscuros, como o processo de obtenção do capital inicial para a montagem do jornal), e não interferiu em nenhum momento no conteúdo do livro. O resultado é uma “biografia não-autorizada” do Lance que retrata o jornal exatamente como ele foi e ainda é: uma aventura iniciada em 1997 (”Esse cara é um aventureiro”, disse-me, sobre Mattos, meu chefe anterior quando lhe comuniquei a intenção de mudar de emprego) que, contra todas as probabilidades, deu certo, resultando num jornal que, se ainda hoje é cheio de defeitos, preencheu um nicho na imprensa que era então mal ocupado pelos decadentes Gazeta Esportiva (que extinguiu sua edição impressa em 2001) e Jornal dos Sports (que sobrevive).
Tendo também trabalhado com Mattos Jr., conheci suas qualidades e seus defeitos, muitos deles retratados com precisão no livro. No evento de lançamento, em São Paulo, muito se comentou sobre um episódio do livro, relatado por mim a Stycer, em que testemunhei o dono do jornal alterando (para baixo) a nota do jornal para uma atuação ruim de Athirson, do Flamengo (Mattos Jr. é flamenguista doente). Esse incidente anedótico ilustra bem o conflito entre a modernidade apregoada pelo Lance, como paradigma de jornalismo esportivo moderno que sempre quis ser, e a persistência de arcaísmos como a influência pessoal do acionista em um detalhe banal do conteúdo editorial. É esse tipo de conflito, e os problemas que ele gera, que Stycer tão bem aborda em seu livro. Para estudantes de comunicação ou qualquer interessado no mundo do jornalismo esportivo, História do Lance! é, ao lado de Os Donos do Espetáculo – história da imprensa esportiva no Brasil, de André Ribeiro (editora Terceiro Nome, 2007) – leitura recomendada.
A HISTÓRIA DO LANCE PROJETO E PRÁTICA DO JORNALISMO ESPORTIVO
Autor: Mauricio Stycer
Editora: Alameda
Quanto: R$ 46 (320 págs.)
Hipocrisia e intolerância
Mais que uma caixinha de surpresas, o futebol é um poço de hipocrisia. A relação que deveria ser profissional entre clube (empregador) e atleta (empregado) quase sempre descamba para o mais puro amadorismo. Sempre foi assim e nada garante que vá mudar pelos próximos 300 anos.
Nos grandes clubes, onde qualquer notícia adquire contornos espetaculares, privilégios concedidos aos astros sempre foram tolerados e assimilados por quase todos. No passado, a coisa era até pior: não existia uma imprensa tão crítica e bisbilhoteira e os jogadores não tinham a inserção social de que desfrutam atualmente.
O famigerado regime de concentração, que vem de sofrer candentes ataques por parte de Ronaldo Fenômeno, sempre foi driblado por jogadores famosos ou não ao longo dos tempos. Na Copa do Mundo de 1994, Romário obteve salvo-conduto da comissão técnica para escapadinhas em horários mais soturnos. Saía, encontrava-se com a namorada e voltava, na surdina e sem maiores traumas.
Os demais jogadores fingiam não ver o tratamento diferenciado, mas aceitava na boa porque o Baixinho em campo sempre resolvia, tanto que foi o principal artífice do título mundial conquistado em gramados ianques.
Na democracia corintiana, liderada por Sócrates e Wladimir, os jogadores praticamente aboliram a concentração de corte militarista. Apesar da liberdade – e da birita que rolava solta e generosa –, o time funcionava e ganhou muitos títulos. A inspiração dos corintianos veio do exemplo da seleção holandesa de 1974 (sempre ela). Naquele ano, durante a Copa da Alemanha, Cruyff e seus companheiros ficaram hospedados com as esposas e namoradas, levando vida absolutamente normal em plena competição.
Não é que deu certo? A Laranja Mecânica foi vice-campeã e entrou para a história por introduzir o futebol-total, também apelidado de Carrossel Holandês. E um dos trunfos daquela equipe era justamente o impressionante condicionamento físico de seus jogadores.
No Brasil, a preocupação em preservar a imagem dos jogadores mais boêmios sempre foi maior do que o rigor na cobrança de atitudes profissionais. Edmundo – pretendido pelo Paissandu – chegava amanhecido ao Palmeiras, mas havia sempre alguém disponível para velar seu sono nos vestiários do Parque Antártica. Enquanto os demais jogadores suavam em bicas nos treinos matinais, o Animal se refazia da noite trepidante.
O mesmo ocorreu com Neto e Marcelinho Carioca no Corinthians. As desculpas eram sempre as mesmas. Atletas precisavam ser poupados dos treinos por causa de dores musculares ou indisposição intestinal. Apesar da fragilidade das explicações, as histórias eram aceitas por todos, inclusive pela imprensa da época, permissiva e subserviente.
Acontece que os tempos mudaram. Bons exemplos dessa mudança no tratamento a ídolos que se comportam como baladeiros são as faltas de Adriano e Fred aos treinos de seus clubes, Flamengo e Fluminense, respectivamente. O Imperador faltou pela terceira vez a um treino na Gávea e o atacante tricolor também sumiu das Laranjeiras. Confusão nos clubes, repercussão na imprensa, reação furiosa de torcedores.
Os tempos são outros. A internet alterou o comportamento de todos, para o bem e para o mal. A torcida, antes complacente, exige mais, não aceita malandragens, rejeita a turma do chinelinho. Extremistas, alguns torcedores acham que jogadores devem se comportar como monges. Por justiça, a cobrança maior recai sobre os que ganham mais. Melhor assim.
E assim caminha a humanidade.
Capa do Bola, edição de domingo, 5
Tudo sobre o Estudiantes
Por Mauro Cezar Pereira
Estudiantes e Cruzeiro farão a final da Copa Libertadores. Campeão do torneio Apertura em 2006, já com Verón de volta a La Plata, o time conhecido na Argentina com Pincha reaparece numa decisão do torneio 38 anos depois de sua última finalíssima. Após três conquistas consecutivas entre 1968, quando superou a Academia palmeirense de Ademir da Guia, e 1970, o clube perdeu a final de 1971 para o Nacional de Montevideu. Jamais voltou a figurar entre os dois melhores da competição.
Apesar disso, o atual elenco do Estudiantes tem cancha, está habituado às partidas internacionais e vem de boas campanhas recentes, especialmente no ano passado, quando já tinha a base do time atual, reunida há pelo menos três temporadas. Em 2008, os pincharratas caíram na Libertadores nas oitavas-de-final ante a LDU, que ficaria com o título, devido ao gol fora de casa assinalado pelos equatorianos no estádio Ciudad de La Plata. É onde manda suas partidas devido à construção do novo campo, que irá se chamar Tierra de Campiones, no lugar do demolido Jorge Luis Hirschi.
Meses depois, o Estudiantes fez a final da Copa Sul-americana diante do Internacional, que encerrou uma série invicta de 43 jogos da equipe argentina em seus domínios, mas perdeu para Verón e seus amigos em Porto Alegre. Naquele duelo no estádio Beira-Rio, o clube gaúcho só ficou com o título graças ao gol de Nilmar, num verdadeiro bate-rebate, já na prorrogação. Ficou o vice para o time de La Plata, mas com a nítida sensação de força do grupo, pela ótima atuação com vitória no Brasil durante o tempo regulamentar.
Nesta Libertadores o Estudiantes encontrou o Cruzeiro duas vezes, na fase de grupos, quando se classificou em segundo lugar na chave encabeçada pelo bicampeão mineiro. Perdeu por 3 a 0 em Belo Horizonte. Placar exagerado ante as chances de gol criadas pelos argentinos. Na volta, em La Plata, os brasileiros tiveram dificuldades para chegar ao estádio e os argentinos, em partida atípica, devolveram com juros, 4 a 0, na maior derrota celeste no torneio e na temporada.
O goleiro Andujar é um dos bons nomes do Pincha. Não por acaso foi promovido a titular da seleção de seu país pelo técnico Diego Maradona, e defenderá a meta do Catania no campeonato italiano ao final da Libertadores. No ataque, destaque para Mauro Boselli, que não era muito aproveitado no Boca Juniors e foi para o time pincharrata.Ele assinalou os dois gols da histórica vitória sobre o Nacional, em Montevidéiu, por 2 a 1, na quarta-feira. Um dos artilheiros do torneio, o camisa 17 tem sete gols na Libertadores e esses dois tiveram importância especial. O time uruguaio, batido pelo Estudiantes na final da Libertadores de 1969, venceu a equipe argentina na última decisão do torneio com a presença do clube de Plata, em 1971.
Os problemas mais sérios do técnico Alejandro Sabella, que como jogador teve passagem discreta pelo Grêmio entre 1986 e 1987, estão na defesa. São muitas lesões. Cristian Cellay e Raúl Iberbia não atuaram nas semifinais, engrossando a lista que já tinha o lateral-direito Marcos Angeleri — outro que pode ir para a Europa — e o zagueiro Agustín Alayes.
Dois dos zagueiros do time Pincha são bem conhecidos dos brasileiros. Leandro Desábato é o mesmo que se envolveu em polêmica sobre racismo com Grafite, em 2005, durante confronto entre São Paulo e Quilmes, seu clube à época, pela Libertadores. Aos 36 anos, Rolando Schiavi, emprestado pelo Newell”s Old Boys, teve passagem ruim pelo Grêmio, e é o mesmo que fez fama no Boca Juniors campeão da Libertadores em 2003 e vice em 2004, como em 2007 pelo clube brasileiro.
O Cruzeiro já conhece o adversário e o local do primeiro jogo. O Ciudad de La Plata comporta perto de 50 mil pessoas, e é público, pertence à administração da província. A torcida fica a distância bem razoável do gramado, o que torna o ambiente mais seguro do que se a partida fosse no antigo e acanhado estádio pincharrata com suas arquibancadas de madeira.
Lá também costuma atuar o Gimnasia y Esgrima, grande rival do Estudiantes, ameaçadíssimo de rebaixamento no campeonato argentino. El Lobo vai encarar o rebaixado Gimnasia y Esgrima de Jujuy no domingo. Precisa vencer para não depender de tropeço do San Martín de Tucumán, que recebe o Lanús, já fora da disputa do título nacional.
Se tudo correr bem para o rival do Estudiantes, o Gimnasia enfrentará o Atlético Rafaela numa repescagem. Quem vencer disputará o torneio Apertura no segundo semestre. Na outra chave, o Rosario Central terá pela frente o Belgrano e só um dos dois estará na elite após as férias. Se tudo correr mal para o Lobo e o Estudiantes for campeão da Libertadores pela quarta vez, o mundo será um lugar perfeito para os seguidores do León, como também é conhecido o rival do Cruzeiro.
Capa do DIÁRIO, edição de domingo, 5
Chefão da F-1 se derrete por Hitler
Proprietário dos direitos comerciais da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone (foto) concedeu uma polêmica entrevista ao jornal “The Times”. O dirigente defendeu os regimes totalitários e elogiou o nazista Adolf Hitler, responsável pelo regime que exterminou milhões de pessoas. “Apesar de que dizer isso pode ser terrível, tirando que Hitler se deixou levar em um determinado momento e fez coisas que não sei se realmente queria fazer ou não, o certo é que estava em posição de mandar em muitos e conseguir que as coisas fossem feitas”, afirmou.
Na iminência da derrota na Segunda Guerra Mundial, Hitler cometeu suicídio em 1945. “No final, ele se perdeu. Então, não foi um bom ditador, porque ou ele sabia o que estava acontecendo e insistiu nisso, ou simplesmente foi condescendente. De qualquer maneira, não se comportou como um ditador”, disse Ecclestone. O proprietário dos direitos comerciais da principal categoria do automobilismo ainda criticou a democracia. “Os políticos estão muito preocupados com as eleições”, afirmou. Para ele, os regimes democráticos “não fizeram muitas coisas boas para muitos países”, incluindo a Inglaterra. (ESPN Brasil)
“Bom ditador” é a senhora mãezinha dele. Das duas, uma: ou Ecclestone está uma velhota gagá ou é apenas um canalha envelhecido.
Cristiano: “Valho R$ 255 milhões”
Contratação mais cara da história do futebol, Cristiano Ronaldo voltou a afirmar que não acha um absurdo os 255,2 milhões pagos pelo Real Madrid ao Manchester United para tê-lo em seu elenco. “É um valor justo. Se o Manchester United e o Real Madrid acordaram este valor, então não há nada mais a dizer”, afirmou o meia-atacante português, segundo publica o jornal inglês “The Sun” neste sábado.
A contratação gerou muitas críticas ao redor do mundo, principalmente por conta da recessão econômica atual. Parecendo alheio ao mundo real, Cristiano Ronaldo mostra pouca importância para o fato e ainda gaba-se do fato. “Os melhores jogadores custam muito dinheiro, e se você quer eles tem que pagar isso. Eu estou feliz por ser o jogador mais caro do mundo”, disse.
Depois de apresentar Kaká na última terça-feira, o Real Madrid mostrará oficialmente ao mundo o seu produto de maior valor na noite da próxima segunda-feira.
Dica de (boa) leitura
O escritor David Gilmour deixou seu filho largar os estudos quando
ele tinha 15 anos. Com uma condição: ver os filmes que o pai
escolhesse. Foi de fato um aprendizado – para ambos
Por Isabela Boscov (Revista Veja)
Quando seu filho Jesse tinha 15 anos, o escritor canadense David Gilmour fez o que poucos pais arriscariam fazer: em face da infelicidade do menino com a vida escolar, permitiu que ele deixasse os estudos. Mas impôs uma condição. Toda semana, Jesse deveria assistir a três filmes que seu pai escolhesse. Os Incompreendidos, de François Truffaut, inaugurou a seleção. A juventude do cineasta havia sido árdua: mal-amado pelos pais, ele fora delinquente até encontrar no cinema, primeiro como crítico e depois como diretor, uma vocação. Na última cena de Os Incompreendidos, seu protagonista – e alter ego – foge do reformatório, vaga até uma praia deserta e então olha para a câmera, que congela a imagem. Jesse não chegou a vibrar (Instinto Selvagem, mostrado a seguir, despertou mais entusiasmo), mas gostou o suficiente para o pai cutucá-lo: o que significava aquele desfecho?
Jesse formulou uma interpretação: o personagem estava se dando conta de que se livrar das coisas que lhe desagradavam fora fácil. Agora vinha a parte difícil – encontrar um rumo. Não é simples para um adolescente articular sua perplexidade. Os Incompreendidos, porém, além de ser um grande filme, deu a Jesse uma imagem de sua confusão e uma deixa para desabafar. Episódios como esse são o fio condutor de O Clube do Filme (Intrínseca; tradução de Luciano Trigo; 240 páginas; 24,90 reais), sobre os três anos de cinefilia compartilhados por pai e filho (que, entre 3 e 10 de agosto, visitam o Brasil a convite de sua editora). Há três semanas na lista de mais vendidos de VEJA, o relato evoca não apenas as dores por que passam pais e filhos, mas também aquele fenômeno meio mágico que às vezes se dá numa sala escura, diante de uma tela: uma descoberta e uma comunhão que, exatamente por prescindirem de palavras, ultrapassam o que se pode dizer.
Trocar a instrução formal pelo cinema foi uma proposta surgida do desespero. Gilmour a adotou porque o ódio à escola estava envenenando o filho e porque ver filmes lhe pareceu ser o meio mais seguro de garantir que eles tivessem uma proximidade franca e frutífera. “Mas perdi a conta de quantas vezes acordei de madrugada com o pavor de destruir o futuro do meu filho”, disse ele a VEJA. O medo de que nem a alternativa da educação pelo cinema funcionasse inspirou uma série de precauções. Para que as sessões não ganhassem ar de obrigação nem terminassem por fazer de Jesse um esnobe, Gilmour tomou uma decisão brilhante: repudiou qualquer método. Filmes célebres ou obscuros, bons ou ruins, recentes ou antigos, americanos ou de qualquer outra procedência se sucederam no aparelho de DVD conforme o pai, crítico de cinema bissexto, se lembrava deles, ou conforme o humor do adolescente o determinasse. Quando Jesse caiu em tristeza profunda por causa de uma namorada, fez-se um pequeno ciclo de terror: nada como uma emoção forte para ajudar a esquecer outra.
Outra medida lúcida foi a de evitar preleções. O pai dava algumas dicas sobre o que se iria ver e cerrava os dentes para não falar além da conta. Os filmes é que deveriam falar por si mesmos, e então seria a vez de Jesse falar – ou não – sobre eles. De alguns dos títulos, ele tirou lições diretas (veja o quadro); outros o inspiraram de maneiras sutis. Jesse, hoje com 23 anos, retornou de livre vontade aos estudos, já rodou um curta-metragem, no qual também atuou, e prepara o roteiro de um longa. Sua inspiração foi Woody Allen, o cineasta com quem mais se identificou durante o aprendizado e por meio do qual identificou em si o desejo de escrever bem.
A educação heterodoxa de Jesse nesses anos recupera um tipo de convivência que se tornou raro: aquele em que pessoas se reúnem em torno de um interesse. Dos tempos pré-históricos, em que os mitos eram transmitidos de geração para geração à volta da fogueira, até o início do século XX, em que pais e filhos se juntavam para ouvir um deles ler um romance ou acompanhar uma história pelo rádio, essa é uma forma primordial de lazer – além de uma necessidade evolutiva. Nesses momentos, os mais velhos ensinam o que podem aos mais jovens e aprendem algo novo com eles; os laços se estreitam e os horizontes, por sua vez, se expandem. A vida afobada de hoje tende a limitar tais oportunidades. Nesse sentido, O Clube do Filme é um grande lembrete: os filmes, sejam eles bons ou ruins, representam o acúmulo da experiência humana da mesma forma que a literatura, a história ou a filosofia. Com a vantagem de que mesmo os adolescentes mais arredios (ou especialmente estes) adoram assistir a eles. Alguns gostam tanto que se dispõem até a conversar sobre eles. E outros ainda, como Jesse, descobrem nessa saída formulada por um pai que não sabe mais o que fazer exatamente aquilo que lhes faltava: uma porta de entrada.
Gilmour e Jesse, pai e filho: lições para a vida toda
Palmeiras espera por Muricy
ESPN Brasil
O Palmeiras prevê mais um final de semana sem um treinador efetivo, com a presença do interino Jorginho no banco de reservas diante do Avaí. Porém, a confiança no Palestra Itália segue intacta de que Muricy Ramalho pode acertar no início da próxima semana. No momento, o ex-são-paulino está em Ibiúna, onde passará mais um final de semana de descanso ao lado de sua família. O encerramento de suas “férias” está previsto para a próxima segunda-feira. A partir daí, ele poderá analisar a oferta vinda do Palmeiras.
Muricy Ramalho já está totalmente livre para acertar com outro time. A rescisão com o São Paulo foi assinada na terça-feira e homologada na manhã desta sexta-feira no Sindicato dos Treinadores. O presidente Luiz Gonzaga Belluzzo viveu uma sexta-feira movimentada. O telefone do dirigente tocou inúmeras vezes com a informação de que o ex-são-paulino Muricy Ramalho já havia fechado, algo negado imediatamente. E o cartola foi além: “A certeza é de que não sai neste final de semana. Essas informações que surgiram foram improcedentes, saíram de um blog”, afirmou Belluzzo, que acompanhou da beira do campo o treino alviverde da tarde desta sexta-feira.