Dia: 22 de julho de 2009
Crise ameaça Artur no Pantera
Depois da primeira derrota, em casa, o técnico Artur Oliveira já não é unanimidade entre os torcedores do time de Santarém. Bastou um tropeço para que a torcida santarena colocasse a cabeça do técnico a prêmio. O fato é que o Rei Artur já é mais unanimidade em Santarém.
O encanto quebrou com o revés para o Cristal (AP), por 1 a 0, domingo, dentro do estádio Barbalhão. Os poucos mais de cinco mil pagantes que compareceram ao “Colosso do Tapajós” entoassem, ao final da partida, o coro com a palavra “burro”.
Artur Oliveira substituiu a Valter Lima, que trocou o Pantera pelo Paissandu, e conquistou logo duas boas vitórias na Série D. O curioso é que Artur, antes de ser contratado, era alvo de críticas internas no clube, por parte de dirigentes importantes. Para surpresa geral, acabou escolhido.
Mas, nos últimos dias, a relação azedou. O treinador teve desentendimento com o zagueiro Filho, que aproveitou para pedir rescisão contratual e partiu de armas e bagagens para se juntar a Valtinho no Papão. O motivo da discussão foi um ato de indisciplina do jogador, que, para muitos, já forçava a barra para sair. Ocorre que, como forasteiro, sobrou para Artur. (Com informações do Bola)
Muricy e o intermediário
Por Paulo Vinícius Coelho (ESPN)
A grande questão era sentar-se com Muricy Ramalho, em vez do procurador Márcio Rivellino. O empresário já era apontado como vilão, em qualquer negociação que aparecesse, pelo presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio. E isso lá atrás, na primeira semana de julho, quando a negociação com Muricy e Palmeiras mal havia se iniciado.
Rivellino atravancou o negócio com o Palmeiras e com o Santos. Na sexta, gente ligada a Muricy temia que o desfecho da negociação levasse ao Santos. Aos amigos, Muricy deixava claro que acredita mais no Palmeiras campeão brasileiro do que no Santos.
E então o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo conseguiu sentar-se com o técnico, não com o empresário. Resultado: fechou. Notícia dada em primeira mão pelo repórter Conrado Giulietti, da Eldorado/ESPN.
Não, o problema não era a grana, que será a mesma negociada no início da história. A questão era apresentar o projeto palmeirense para Muricy Ramalho. Diretamente para ele. Uma vez apresentado, o técnico estava seduzido. Com Muricy, só vai para o Palmeiras o auxiliar-técnico Tata. Ninguém mais na comissão técnica, além do histórico guardião de Muricy.
Tata, diga-se, é aquele mesmo que treinou Remo e Paissandu em outros tempos e era useiro e vezeiro em trazer carradas de pernas-de-pau para enganar em Belém.
Talese despreza o Google
Em interessante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, o escritor Gay Talese afirmou que desconhece o buscador mais famoso do mundo, o Google. “Eu nem sei o que é. Minha mulher diz que eu sou preguiçoso. Não sei se é isso, mas acho que o jornalista que se baseia nisso tem uma mediocridade em termos de relato. Porque o importante é encarar a pessoa nos olhos”, revelou.
Talese, que definitivamente não é adepto das novas tecnologias, também enfatizou que a tecnologia pode ser prejudicial ao bom jornalismo. “O laptop é uma armadilha, limita muito o trabalho do jornalista. A pessoa que é curiosa anda por aí atrás de histórias”, afirmou.
Ao contrário do que é considerado pela grande mídia, Talese não classifica “Frank Sinatra está gripado” como a melhor história que já escreveu ou vivenciou. O jornalista considera um encontro com o ex-ditador Fidel Castro e o boxeador Mohammed Ali como sua melhor experiência. “Foi uma entrevista não-verbal. Um encontro genial. Às vezes não é necessário verbosidade. Observar gestos e postura pode ser suficiente”, explicou.
O craque Talese, que escreveu a melhor obra sobre a formação de um jornal, sobre o The New York Times, é dado a chistes. Óbvio que o laptop não limita ninguém e duvido muito que ele não dê suas “googladas” de vez em quando.