O Atlético Clube Izabelense derrotou o Paissandu no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paraense Sub-20 de 2010. O “Frangão da Estrada” venceu por 2 a 1, neste sábado, no Mangueirão. Hélisson fez os gols do Izabelense e Juba descontou para o Bicola. O jogo de volta será no próximo sábado (23), às 9h, no Mangueirão, e o Izabelense joga pelo empate para ser campeão de 2010. (Com informações da Rádio Clube)
Dia: 16 de outubro de 2010
Tribuna do torcedor (46)
Por Fernando Santos (lsrepre@hotmail.com)
Caros Gerson Nogueira e Cláudio Guimarães:
Amigos, como leitor assíduo de suas colunas, não poderia ficar indiferente a algumas situações que ocorrem com o meu querido Clube do Remo. Mais uma vez fica comprovado a falta de palavra do “presidente” AK, além das inúmeras “mentiras” já anunciadas por este senhor, agora vem a mais triste e preocupante. No início desta nebulosa transação envolvendo a venda do Baenão, este senhor usou da palavra para dizer entre outras coisa que jamais o dinheiro da venda seria utilizado para pagamento de salários atuais. E hoje (sexta-feira) no DIÁRIO o mesmo fala que pagará os salários que estão atrasados com o dinheiro da venda! É realmente lamentável a gestão deste senhor, que nada fez durante estes dois anos senão tratar da venda do nosso patrimonio. Em termos de conquistas, não ganhou nada. Até o Sub-20 perdeu agora para o Izabelense… é o fim da picada. Me preocupa também o anúncio por parte de um grupo que pretende concorrer a eleições e promover as eleições diretas já no clube.
O interessante é que todos são partidários deste “corretor” presidente, senão vejamos:
– Henrique Custódio, vice-presidente social, que transformou a sede do Remo em boate.
– Abelardo Sampaio, diretor de futebol, ganhou o quê????
– Orlando Frade (vice-presidente do Codir) – fez o quê??
– Orlando Ruffeil, o primeiro historiador que conheço que é a favor da derrubada de um símbolo histórico.
– Guilherme Von Paugartem, cunhado do atual presidente. Bem, tem muitos outros nomes, mas seria perda de tempo citá-los.
Lembro que se hoje não temos eleições diretas é por culpa desta diretoria atual, que com o apoio do “presidente” do Condel não colocou em votação a alteração de nosso estatuto. É bom que a nossa torcida e nossos sócios lembrem bem destes nomes. É lamentável a situação em que estes senhores estão colocando o meu glorioso Clube do Remo. Desde já agradeço pela atenção, desejando a manutenção do sucesso de suas colunas no DIÁRIO DO PARÁ.
Não cabe punição à reportagem eleitoral
Editorial de O Globo (16/10/2010)
Entre os fatos relevantes transcorridos até agora nas eleições, destacase a histórica decisão, tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de retirar a mordaça da censura dos programas de humor, bem como dos analistas políticos da mídia eletrônica. O inconstitucional cerceamento da liberdade de expressão decorria de enviesada interpretação da legislação eleitoral, como argumentou junto à Corte a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) na ação direta de inconstitucionalidade que impetrou no STF.
Escolhido relator do caso, o ministro Ayres Britto concedeu liminar às emissoras de rádio e TV, levou seu parecer ao plenário, e lá também saiu vitorioso — como ocorrera em outro julgamento histórico, o da revogação da Lei de Imprensa, um entulho autoritário herdado da ditadura militar. Foi vitorioso, como devia, o direito constitucional à liberdade de expressão, embora continue contemplada na legislação uma equivocada discriminação contra veículos de imprensa que dependem de concessão pública.
Ora, existe concessão a rádios e TVs por mera questão técnica — evitar a interferência entre ondas de transmissão —, e por isso o detalhe não pode justificar qualquer ingerência do Estado no conteúdo desses meios. A correta e bem-vinda decisão do Supremo enfrenta agora um teste com a entrada na Justiça Eleitoral de um pedido da campanha do tucano José Serra de punição à TV Record, devido a uma reportagem veiculada no início do mês, num jornal da emissora, considerada tendenciosa pelos advogados do candidato, uma propaganda a favor da petista Dilma Rousseff.
A reportagem trouxe depoimentos de eleitores de Serra e Dilma, colhidos em regiões abastadas e pobres na cidade de São Paulo, de uma forma entendida pela campanha tucana como manipuladora. A reclamação terminou aceita pela vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, e a Record corre risco de ser punida por advertência e/ou multa.
A vice-procuradora ultrapassou, assim, limites estabelecidos pelo Supremo. Sandra Cureau merece todo o respeito pela postura assumida diante de uma campanha de difícil fiscalização e de aplicação da lei, pelo fato de o chefe do Executivo, Lula, ter decidido misturar os papéis de presidente de um Poder com o de cabo eleitoral e líder partidário.
Cureau não se atemorizou e agiu como era preciso diante da tentativa presidencial de usar a popularidade como salvo-conduto para a inimputabilidade. Mas erra ao enquadrar a Record numa legislação eleitoral já reinterpretada pelo Supremo. Sem entrar no mérito da tendenciosidade ou não da reportagem, não cabe ao poder público, em qualquer de suas instâncias, avaliar supostas intenções de editores, repórteres, colunistas, de quem produz qualquer tipo de conteúdo. No caso específico, que o telespectador analise o que assiste e ouve; se não gostar, acione o controle remoto e mude de canal.
O candidato José Serra há pouco agrediu verbalmente um repórter do jornal “Valor”, acusando-o de se guiar pela “pauta do PT”. A irritação do candidato se deveu a uma pergunta sobre alegado desvio de recursos da campanha tucana, um tema jornalístico, independentemente de ter sido levantado por Dilma Rousseff. Junto com a iniciativa de reclamar da Record na Justiça, a explosão de mau humor do candidato faz temer como poderá ser o seu relacionamento com a imprensa caso vença no dia 31.
Mulher de Serra fez aborto… e agora, José?
Por Mônica Bergamo, colunista da Folha SP
Reportagem tentou ouvir mulher de candidato tucano por dois dias, sem sucesso.
O discurso do candidato à Presidência José Serra (PSDB) de que é contra o aborto por “valores cristãos”, que impedem a interrupção da gravidez em quaisquer circunstâncias, é questionado por ex-alunas de sua mulher, Monica Serra. Num evento no Rio, há um mês, a psicóloga teria dito a um evangélico, segundo a Agência Estado, que a candidata Dilma Rousseff (PT), que já defendeu a descriminalização do aborto, é a favor de “matar criancinhas”.
Segundo relato feito à Folha por ex-alunas de Monica no curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a então professora lhes contou em uma aula, em 1992, que fez um aborto quando estava no exílio com o marido. Depois do golpe militar no Brasil, Serra se mudou para o Chile, onde conheceu a mulher. Em 1973, com o golpe que levou Augusto Pinochet ao poder, o casal se mudou para os Estados Unidos.
OUTRO LADO
A Folha tentou falar com Monica Serra durante dois dias para comentar o relato das ex-alunas, sem sucesso. Um dia depois do debate da TV Bandeirantes, no domingo, 10, a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem em seu Facebook para “deixar a minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra” em relação ao tema.
Ela escreveu que Serra não respeitava “tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto”. A mensagem foi replicada em outras páginas do site e em blogs. “Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático”, escreveu Sheila no Facebook. “Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?”
À Folha a bailarina diz que “confirma cem por cento” tudo o que escreveu. Sheila afirma que não é filiada a partido político. Diz ter votado em Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) no primeiro turno. No segundo, estará no Líbano, onde participará de performance de arte. Se estivesse no Brasil, optaria por Dilma Rousseff (PT). Sheila é filha da socióloga Majô Ribeiro, que foi aluna de mestrado na USP de Eva Blay, suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado em 1993. Majô foi pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP, fundado pela primeira-dama Ruth Cardoso (1930-2008).
Militante feminista, Majô foi candidata derrotada a vereadora e a vice-prefeita em Osasco pelo PSDB. A socióloga disse à Folha estar “preocupada” com a filha, mas afirma que a criou para “ser uma mulher livre” e que ela “agiu como cidadã”. Sheila é casada com o antropólogo italiano Massimo Canevacci, que foi professor de antropologia cultural na Universidade La Sapienza, em Roma, e hoje dirige pesquisas no Brasil.
A Folha localizou uma colega de classe de Sheila pelo Facebook. Professora de dança em Brasília, ela concordou em falar sob a condição de anonimato. Contou que, nas aulas, as alunas se sentavam em círculos, criando uma situação de intimidade. Enquanto fazia gestos de dança, Monica explicava como marcas e traumas da vida alteram movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.
Segundo a ex-estudante, as pessoas compartilhavam suas histórias, algo comum em uma aula de psicologia. Nesse contexto, afirmou, Monica compartilhou sua história com o grupo de alunas. Disse ter feito o aborto por causa da ditadura. Ainda de acordo com a ex-aluna, Monica disse que o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto.
Quando engravidou, teria relatado Monica à então aluna, o casal se viu numa situação muito vulnerável. “Ela não confessou. Ela contou”, diz Sheila Canevacci. “Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética.”
A arte de Atorres (42)
Tribuna do torcedor (45)
Por Sebastião Junior (juniorbiomania@yahoo.com.br)
Prezado Gerson Nogueira:
Faz algum tempo que não escrevo para a sua coluna, talvez seja para esperar este momento tão crucial que vive hoje o Paissandu. Tenho pensando que desde quando o Papão caiu para a terceira divisão, fico imaginando o que é viver em um purgatório ou pior, o verdadeiro inferno. Desde lá o time foi bicampeão paraense e viveu algumas pequenas alegrias na Copa do Brasil e só, na verdade nada disso importa muito.
Tenho que dizer que não há nada que incomode mais um torcedor bicolor do que estar em um lugar tão ruim como essa terceira divisão, fora do cenário nacional, já que nos acostumamos a ser notícia nos telejornais nacionais. Assim, preciso lhe dizer que de fato nunca estivemos tão próximos de subir, também concordo que alguns erros do passado foram resolvidos, porém outros permanecem (alguns parecem um câncer no futebol paraense), no entanto sinto que chegou a nossa hora.
Não podemos mais nos lamentar, os outros anos já se passaram, vieram muitos jogadores, este ano foram mais de cem, várias contratações, problemas fora de campo, dentro de campo, patrocinadores foram embora outros chegaram e fomos ao fundo do poço, estamos aqui, o Paisandu, Gerson, ainda respira, ofegante, mas respira.
Nesse momento devemos esquecer de tudo que ocorreu nesses anos de terceira divisão, vários erros, dinheiro gasto com jogadores e treinadores que apenas levaram nossa grana e esperança, alguma coisa devemos ter aprendido. Sinto-me como se estivesse ficado de castigo. – Fica aí e faz teu dever, te libero quando você acertar a lição!
Nós já aprendemos a lição. A verdade é que não importa campeonato paraense se continuarmos no mesmo lugar, o torcedor do Papão ia à Curuzu a cada início de campeonato para olhar é dizer: – Esse não serve para a terceira divisão!
Avaliávamos o time para a terceira divisão bem no inicio do campeonato paraense. Sobre o jogo de amanhã, vivemos uma expectativa de um jogo de 90 minutos. E essa segunda partida será o grande jogo que esperamos durante muito tempo, o jogo de nossas vidas. Diferente de outras decisões que tivemos, o Salgueiro não é um time de tradição no futebol brasileiro, nem tem tanta força assim em seu estado, mesmo assim devemos respeitar o adversário…porém não devemos ter medo, dentro da Curuzu é o Papão que manda.
Por fim, tenho que lhe dizer que não importa como seja, gol de mão, meio a zero, gol contra… não importa, pois eu quero é subir..de qualquer jeito. De fato o grande adversário do Paissandu em todos esses anos de Terceira Divisão foi ele mesmo.
Capa do Bola, edição de sábado, 16
Fiel rompe a trégua com Ronaldo
Do G1
A torcida do Corinthians voltou a protestar pelo mau momento da equipe no Campeonato Brasileiro. Cerca de 300 torcedores compareceram nesta manhã de sábado ao Parque São Jorge. Entre cânticos de incentivo e de ameaça em nome da conquista do torneio nacional, sobrou para alguns jogadores do elenco e o presidente Andrés Sanches. Ronaldo, que retorna ao time neste domingo depois de dez rodadas afastado, foi hostilizado pela primeira vez desde que chegou ao clube.
Entre os outros atletas, os mais criticados foram o zagueiros William e Thiago Heleno, indicado ao clube pelo ex-técnico Adilson Batista, o lateral-direito Moacir e o centroavante Souza. O último, aliás, pediu dispensa à diretoria por conta da pressão recebida nos últimos dias e só voltará a treinar com o elenco na segunda-feira.
– Acabou a paz! O Souza, no Corinthians, não joga nunca mais! – gritaram.
– Não é mole, não! Tem que ser homem para jogar no Coringão!
– Tem mercenário jogando no Timão!
– William, pode parar! Está na hora de você se aposentar!
O presidente Andrés Sanches também não escapou. O dirigente foi criticado pela má fase da equipe na temporada e foi cobrado por um melhor planejamento. O Corinthians não vence há seis partidas no Brasileirão, perdeu a liderança e agora corre o risco de ficar fora até da Taça Libertadores de 2011.
– Andrés, safado, acabou com o centenário! Cadê o planejamento? – cantaram os torcedores.
– Alô, Andrés, fica ligado! O seu dinheiro só compra mercenário!
Desde que sem violência, a torcida tem todo o direito de se manifestar, cobrando de seus atletas comprometimento e dedicação, além de seriedade dos dirigentes.