Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional. Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais. Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado. Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
a) Leonardo Boff, Chico Buarque, Fernando Morais, Gilberto Gil, Emir Sader, Eric Nepumuceno e centenas de outros.
Jogadores do Salgueiro deixaram o gramado da Curuzu, logo depois da brilhante vitória por 3 a 2, sob uma chuva de objetos atirados das arquibancadas e cadeiras vips alvicelestes. Só com a proteção de soldados da PM a equipe conseguiu tomar o rumo dos vestiários. Radinhos de pilha, garrafas de água e até sapatos foram jogados na direção dos pernambucanos, logo depois de terem formado o tradicional círculo no meio do campo, para orar e agradecer pelo triunfo. Durante o ato, os jogadores se ajoelharam e entoaram várias vezes o grito de guerra “É Carcará!”, fato que irritou os torcedores. (Com informações do Bola – foto: MÁRIO QUADROS)
Saber perder é uma das lições essenciais no futebol e em qualquer esporte.
Mutreta da grossa rondando os arraiais da Fifa. O jornal inglês “The Sunday Times” traz uma reportagem neste domingo na qual denuncia a tentativa de venda de votos por parte de membros da entidade para a indicação do país-sede da Copa do Mundo de 2018. A entidade já abriu investigação. Segundo a publicação, Amos Adamu, membro nigeriano do Comitê Executivo da Fifa, cobrou 1,3 milhão de reais para endossar uma das candidaturas para o Mundial. Inglaterra, Rússia, Espanha-Portugal e Bélgica-Holanda são as candidatas. A reportagem do periódico filmou um encontro de Adamu com jornalistas que passaram-se por lobistas de um consórcio norte-americano. Nele, o nigeriano aparentemente dá a garantia de que votará na indicação dos Estados Unidos para a sede de 2018 se receber dinheiro em troca.
O jornal afirma também que o vice-presidente da Fifa e presidente da Confederação de Futebol da Oceania, Reynald Temarii, estaria se vangloriando do fato de duas das candidaturas já terem lhe oferecido dinheiro para que o voto fosse direcionado. Ele teria cobrado 3,8 milhões de reais para a abertura de uma academia de ginástica. A Fifa anunciou que já requisitou o acesso ao material ao qual o jornal teve acesso e fará uma investigação. “A Fifa e seu Comitê de Ética têm monitorado de perto o processo de escolha das sedes para as Copas de 2018 e 2022 e o continuará fazendo”, disse o comunicado. (Da ESPN)
Cléberson, Edu Chiquita, Rogério Rios e Fagner. Os quatro melhores jogadores do Salgueiro-PE estão na agenda do Remo para 2011. Ao meio-dia deste domingo, no hotel em que os pernambucanos estão hospedados, houve uma reunião entre diretores remistas e os quatro atletas, que teriam assinado pré-contrato para defender o Leão na próxima temporada. (Com informações da Rádio Clube)
A manhã era perfeita. Nenhuma nuvem no céu, sol generoso. Torcida em massa na Curuzu, formando o chamado caldeirão. Gritos, urros, canções. Tudo para incentivar o time do Paissandu e amofinar os salgueirenses de Pernambuco. O começo foi animador. Logo aos 8 minutos, Bruno Rangel fica cara a cara com o goleiro Marcelo, mas chuta fraquinho. Parecia apenas questão de tempo para que o coração explodisse na maior felicidade, como diz o célebre samba-enredo daquele outro Salgueiro. Ninguém sabia que o próprio hino alviceleste dali a pouco sofreria uma terrível inversão – “quando perde é por descuido, mas depois vem a virada”. A virada viria, mas favorecendo o visitante. Aos 11 minutos, Bruno Rangel não perdoou desatenção da zaga e entrou de carrinho para marcar o primeiro gol. Explosão de alegria na Curuzu com a classificação cada vez mais próxima.
Todo de branco, o Salgueiro comportava-se com prudência. Esperava o Paissandu em seu campo, talvez impressionado com a força da torcida (mais de 15 mil pagantes) e o clima de otimismo dos donos da casa. Depois de sofrer o gol, teve que se lançar um pouco mais, buscando descontar. Aos 16 minutos, quase nasceu o empate. Júnior Ferrim recebeu de Edu Chiquita e, de frente para Alexandre Fávaro, mandou por cima da trave. Mas, aos 19, depois de ataques seguidos, o Carcará igualou o marcador. Em contragolpe mortal, Fagner venceu a marcação e chutou forte. A bola foi no travessão e caiu dentro do gol. Melhor em campo, principalmente pelo toque de bola ditado pelo meia Cléberson, que lançava os companheiros e se posicionava sempre entre os zagueiros Paulão e Da Silva.
Bem guarnecido na defesa, o Salgueiro esperava o Paissandu avançar, recuperava a bola e partia em velocidade. Tudo conforme o manual do bom visitante: defender bem e contra-atacar sempre. Atarandados com o súbito empate, que levava a decisão para os pênaltis, os bicolores erravam passes, exageravam nos toques laterais e se ressentiam de jogadas de profundidade. Sandro, muito lento, fazia uma de suas piores partidas pelo Paissandu e Tiago Potiguar, muito vigiado, pouco produzia. Ainda no primeiro tempo, o Salgueiro teve chances de ampliar. Aos 35, Júnior Ferrim ganhou a disputa pelo alto com os beques e cabeceou no canto de Fávaro, que fez grande intervenção. No minuto final, Cléberson disparou arremate bem colocado, mas Fávaro novamente salvou o Papão.
Depois do intervalo, o Paissandu voltou com ânimo redobrado, estimulado pelos gritos de incentivo da torcida. O problema é que o time continuava repetitivo, lento e previsível, cruzando bolas para a área, o que facilitava o trabalho da defensiva do Salgueiro. Tiago Potiguar, mais avançado depois que Marquinhos substituiu Fernandão, chegou a levar perigo com jogadas pelas pontas. Sofreu duas faltas seguidas e pendurou seus marcadores com cartões amarelos, mas o gol salvador não saía. Sempre no contra-ataque, o Salgueiro ameaçava de vez em quando. Aos 11 minutos, Cléberson entrou na área e tocou à meia altura. A bola resvalou em Paulão e bateu na rede pelo lado de fora, assustando a torcida. Era o prenúncio da tragédia: na sequência, Cléberson cruzou da linha de fundo e Júnior Ferrim chegou testando, de peixinho. Bola no barbante: Salgueiro 2 a 1.
Se a situação já era difícil, ficou desesperadora para o Paissandu, que partiu com tudo rumo ao ataque, mas sem qualquer organização. Bosco recebia e cruzava para a área. Aldivan fazia o mesmo. Nenhum resultado prático, a não ser aumentar a segurança dos zagueiros adversários. Em termos de arrumação tática, o time pernambucano continuava superior, distribuindo bem os passes e atacando sempre com objetividade. Aos 21 minutos, a zaga paraense volta a falhar e Fagner entrou livre para arrematar. Fávaro conseguiu estourar com o atacante, mas a bola sobrou para Edu Chiquita, que, de fora da área, bateu rasteiro para assinalar o terceiro gol.
Baixou completamente o desespero entre os bicolores. Perdido por um, perdido por mil: Charles substituiu Fabrício por Lúcio e Sandro por Vaninho. Agora, a tarefa ficava quase impossível. O Paissandu tinha pouco mais de 20 minutos para marcar três gols. Muitos torcedores, decepcionados, começaram a deixar a Curuzu e nem viram o gol de Paulão aos 23 minutos, escorando escanteio cobrado por Marquinhos. Com 3 a 2 no placar, o Papão voltava ao jogo, precisando de dois gols para se classificar.
Acontece que a desarrumação do meio-campo e os buracos na defesa, o Paissandu passava por um susto atrás do outro. Edu Chiquita entrou livre pelo lado direito e bateu por cobertura, encobrindo Fávaro. Caprichosamente, a bola bateu no travessão e saiu. Tiago Potiguar e Lúcio continuaram tentando lances individuais, mas se perdiam na dura marcação. O tempo foi passando, o Salgueiro teve ainda dois jogadores expulsos – Edu Chiquita e Rodolfo Potiguar. Apesar da vantagem numérica, o Paissandu não tinha mais forças e o jogo terminou com a vitória salgueirense por 3 a 2. Festa pernambucana na Curuzu, críticas e muita decepção do lado alviceleste. O Paissandu, pela segunda vez seguida, perde para um modesto time nordestino a chance de subir à Série B e permanece na Série C pelo quinto ano consecutivo. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola-DIÁRIO)
Paissandu 2 x 3 Salgueiro-PE
Local: Curuzu
Árbitro: José de Caldas Souza (DF); assistentes: Jander Rodrigues Lopes (AM) e Marcos Santos Vieira (AM).
Renda: R$ 461.000,00.
Público total: 16.320 pessoas.
Cartões amarelos: Marquinhos e Da Silva (Paysandu); Serginho, Clebson, Marcelo (Salgueiro)
Cartões vermelhos: Edu Chiquita e Rodolfo Potiguar (Salgueiro) Paissandu – Alexandre Fávaro; Bosco, Paulão, Da Silva e Aldivan; Tácio, Sandro (Vaninho), Fabrício (Lúcio) e Tiago Potiguar; Fernandão (Marquinhos) e Bruno Rangel. Técnico: Charles Guerreiro. Salgueiro – Marcelo; Rogério Rios (Rogério Serra), Eridon, Nei Carioca e Serginho; Rodolfo Potiguar, Pio, Edu Chiquita e Clébson (Lismar); Júnior Ferrim (Wendel) e Fagner. Técnico: Cícero Monteiro.
O Águia perdeu o primeiro jogo do mata-mata frente ao ABC (RN), na tarde deste sábado, no estádio Zinho Oliveira, por 1 a 0. Precisa agora vencer a segunda partida em Natal para se classificar à Série B 2011. Claudemir marcou o gol dos potiguares, aos 43 minutos do segundo tempo, aproveitando descuido da zaga marabaense. O primeiro lance de perigo aconteceu aos 16 minutos, quando o meia Jackson cobrou falta com muito perigo, levando o goleiro Alan a fazer grande defesa. Logo a seguir, Torrô quase marcou, após jogada rápida com Felipe Mamão. Ainda no primeiro tempo, Jaime se lesionou e teve que ser substituído. Entrou Diego Biro e o Águia ganhou em qualidade no meio-de-campo. Já nos acréscimos, Felipe desperdiçou grande oportunidade para abrir o placar.
Depois do intervalo, o Águia voltou mais ligado no jogo, consciente da importância da vitória. O ABC mantinha a postura mais recuada, à espera de brechas para encaixar o contra-ataque. Aos poucos, o visitante foi se estabilizando em campo e o meia Pio quase marcou. Aos 12 minutos, o lance mais polêmico da tarde. Depois de escanteio, o goleiro Wellington largou a bola na área. Darlan aproveitou o rebote e fez o gol. A arbirtragem, porém, anulou a jogada alegando falta sobre o goleiro do ABC, sob protestos dos jogadores do Águia.
A partir da metade do segundo tempo, o Águia foi todo à frente em busca do gol, mas o setor defensivo do ABC se mantinha firme, não permitindo grandes chances. Quase ao final, aos 43 minutos, num lance rápido, o meia-atacante Claudemir (que havia substituído Jackson) escapou da marcação e marcou o gol da vitória do alvinegro potiguar. A renda (abaixo do esperado) foi de R$ 48.120,00, com público pagante de 2.146 pessoas. Com 238 credenciados, o público total ficou em 2.384.
It’s now or never. É agora ou nunca, cantaria Elvis. E o verso se aplica bem ao compromisso desta manhã domingueira. O Paissandu – englobando torcida, jogadores, dirigentes – sabe disso muito bem, depois de quatro anos pagando pecados na Série C. Outra chance tão palpável quanto esta dificilmente se repetirá.
Por todos os pontos de vista, o Paissandu é favorito para conquistar a vaga à Série B. Com a Curuzu abarrotada por mais de 15 mil torcedores, o time terá que pulsar na vibração que combine com o som das arquibancadas. É fundamental entrar no mesmo compasso.
Ao que tudo indica, Charles Guerreiro optará por Lúcio no ataque, ao lado de Bruno Rangel, como fez no segundo tempo da partida de ida lá em Salgueiro. É provável também que, contrariando impressões iniciais, use Rogério Corrêa na defesa. E, infelizmente, deve cortar Claudio Allax da lista de relacionados para o jogo decisivo desta manhã domingueira.
Charles deve armar uma estratégia equilibrada, que potencialize a força ofensiva e não permita vacilos na zaga. A saída de Leandro Camilo, zagueiro de referência, não podia vir em momento mais impróprio. Paulão, pelo estilo estabanado, deveria jogar ao lado de um beque mais técnico e tranquilo, como Da Silva. A possível opção por Rogério, que ainda não foi utilizado nesta campanha, é prenúncio de sustos para o torcedor.
No meio de campo, o setor mais confiável da equipe, Tiago Potiguar garante bom passe e certeza de saídas rápidas para o ataque. Para guarnecer, Tácio, Sandro e Fabrício formam um trio bem afinado. No ataque, o desafio é fazer com que Bruno Rangel volte a aparecer com destaque, quebrando o jejum de gols. Lúcio precisa repetir a movimentação
apresentada no jogo passado, quando desorientou a marcação do Salgueiro buscando bolas no meio-de-campo. Caso consiga ter a mesma agilidade,
Sobre o adversário, que atuou bem nos primeiros 60 minutos do jogo de sábado, todas as preocupações se concentram em Cléberson, Fagner e Junior Ferrim. O primeiro é o cérebro do time, distribui as jogadas e quase sempre aparece em condições de finalização. Ferrim é oportunista e Fagner é um ponteiro à moda antiga, driblador e veloz. Um trio de respeito.
Velha raposa da seara jurídica ainda vê brechas no arranjo que permitiu a pechincha imobiliária do ano (R$ 33 milhões por uma área de 27 mil metros quadrados, no centro de Belém): a venda do estádio Baenão às empresas Agre-Leal Moreira. Pode haver revertério, avalia. E acentua: a transação só estará firmada depois que for lavrada a escritura com transferência definitiva da propriedade.
Para que isso se concretize, conforme o acordo firmado na Justiça, aguarda-se pelo memorial descritivo da futura obra. Documento cuja elaboração não consome menos de 60 dias. Reside justamente aí a explicação para a tal insistência de Amaro Klautau em permanecer até o último dia do mandato, apesar do desgaste e das críticas crescentes.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 17)