Dia: 23 de outubro de 2010
Depoimento em homenagem ao Rei
A convite de Lúcio Nunes, editor do portal Santista Roxo, este escriba enviou comentário para ser postado na galeria de 70 depoimentos em homenagem ao Rei Pelé. Aqui o atalho para o site: http://www.santistaroxo.com.br/2.0/pele-70/. Passem lá e confiram.
Dica gastronômica do dia
Peixe assado na brasa, para ser consumido com molho de pimentinha, limão e farinha de mandioca. Homenagem à maravilhosa simplicidade da cozinha paraense. O registro acima é do belíssimo blog Pelas Ruas de Belém, do amigo Fernando Jares Martins, flagrado no “Mercadão 2000” da não menos aprazível Santarém.
A noite em que Pelé vestiu o manto azulino
Na condição de grande astro, bicampeão do mundo pela Seleção e do mundial interclubes pelo próprio Santos, Pelé passou por Belém naquelas excursões que rodavam o Brasil inteiro. Na noite de 29 de abril de 1965, em amistoso no estádio Evandro Almeida, o Rei marcou cinco gols na espetacular vitória sobre o Remo. O placar arrasador não diminuiu o sentimento de felicidade por parte dos remistas, que foram premiados com uma cena inusitada e histórica antes mesmo do início do jogo. “A torcida azulina vibrou muito quando Pelé entrou no gramado vestindo a camisa do Remo. Os torcedores não acreditavam que o Rei do futebol estava trajando a camisa do Leão. Ele foi muito aplaudido”, conta o jornalista e pesquisador Ferreira da Costa. “Pelé vestiu a camisa do Remo para agradecer uma homenagem feita pela diretoria do clube, que lhe deu um buquê de flores ainda nos vestiários”.
A felicidade da nação azulina foi tão grande que o amistoso teve um clima diferente. A torcida praticamente “esqueceu” o jogo, preferindo concentrar suas atenções no camisa 10 do Santos. A cada gol de Pelé, aplausos e comemorações da empolgada massa azul.
Três anos depois da visita do Rei ao Baenão foi a vez da torcida do Paysandu ver de perto o talento de Pelé. O jogo, que também tinha caráter amistoso, terminou com a vitória do Santos por 3 a 1. Para a felicidade (ou tristeza) dos bicolores, Pelé marcou apenas um gol, mas mesmo assim empolgou a torcida presente. (Com informações do Bola)
Com empate, Frangão conquista título sub-20
O Izabelense é o campeão estadual de futebol sub-20 (profissional) de 2010. O título foi conquistado, na manhã deste sábado, no Mangueirão, após empate em 4 a 4 com o Paissandu. Como venceu a primeira partida decisiva por 2 a 1, o Frangão da Estrada jogava pelo empate. Em partida muito equilibrada, o Izabelense saiu na frente, marcando aos 5 minutos com o volante Frank. O Paissandu virou o placar com dois gols de Netinho, aos 22 e aos 32 minutos do primeiro tempo.
Na etapa final, o Izabelense reagiu e conseguiu nova virada na partida: aos 14, Elisson empatou e, aos 17, o atacante Róbson marcou 3 a 2. O Paissandu chegou ao empate através de Djalma, aos 18 minutos. Aos 39’, Elisson pôs novamente o Frangão em vantagem, mas Juba decretaria a igualdade final, aos 43 minutos. O time campeão jogou com Timboteua; Macapazinho, Joãozinho, Andrei e Mauricio; Frank, Paulinho, Elisson (Juari) e Valdivia; Róbson (Adilton) e Bill (Fabricio). Técnico: Ailton Bileira. (Com informações de Adilson Brasil/Rádio Clube)
Tribuna do torcedor (50)
Por Edson Gillet (gillet@estadao.com.br)
Deixei escorrer da mente alguns dias, o que os meus olhos viram no Caldeirão da Curuzu no fatídico dia 17 de outubro. Acredito que o tempo ajuda na sua dimensão de aprendizagem, a extrair a emoção do tema. A expressão “O tempo é o senhor da razão” difundido pelo pensador Marcel Proust cabe neste contexto esportivo, em especial do futebol deste País, com relevância no Pará. A dificuldade em compreender não está na essência do pensamento, mas no que se entende por tempo e razão.
Como empedernido torcedor bicolor não poderia de comentar o infortúnio, fruto da má gestão na condução do futebol alvi-celeste. A subida esconderia tudo isso? O questionamento partiu de você em sua prestigiada coluna. Eu tenho certeza que sim. Mesmo ascendendo à série B, cedo ou tarde os fatos viriam à tona, e de forma vexatória neste mundão de águas da Amazônia. Como ensinava o ex-ministro Ricúpero: “As coisas boas se mostram e as ruins se escondem”. Assim caminha a humanidade no mundo da bola. A má gestão no futebol no Pará é um fato inconteste. Não me lembro de nenhum dirigente de futebol no Pará, assumindo responsabilidades por insucessos. Arrolar a culpa a jogadores e técnicos por fracassos é marca registrada pelos dirigentes.
No Pará, com atmosfera de provincianismo, não é diferente. Provincianismo encravado numa frívola rivalidade na arena do futebol, entre dois clubes que parecem os irmãos – Rômulo e Remo – sob a ótica da história, dependentes da lôba. A lôba no caso, os cartolas, sem tetas é claro. O time do Salgueiro ainda comemorava o feito na Curuzú, e o rival anunciava a contração dos jogadores que conservaram (com sal, é claro), o time bicolor na série C de 2011. Contrários ao pensamento de Proust, os cartolas ratificam a tese de que tempo é dinheiro, e fica a indagação e a possível lição para 2011.
Quem são os mercenários no planeta bola: Jogadores ou dirigentes? A resposta é questão de tempo. O tempo cobrará seu preço no futuro.
Papão, sempre
Edson Gillet – jornalista
Direito de imagem abre crise entre Ganso e Peixe

“Paulo Henrique Ganso tem contrato com o Santos FC válido até 28 de fevereiro de 2015. A multa é de 50 milhões de euros e, segundo o documento, 100% dos direitos de imagem do atleta pertencem ao Clube”, explicou a nota do Santos, assinada pelo presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.
“Apesar da situação contratual plenamente confortável para o Santos FC, em respeito e reconhecimento ao atleta, a Diretoria ofereceu a PH Ganso e seu ‘staff’ um projeto semelhante ao de Neymar. Entre os pontos, a cessão contratual de 70% dos direitos de imagem, ficando o Clube com 30%”, afirmou o dirigente. E este é o ponto da discórdia entre Santos e DIS.
Em nota divulgada uma hora depois e detalhada pelo assessor de comunicação e marketing de Ganso, Diogo Kotscho, o Santos quer adquirir 30% do direito de imagem pessoal do jogador. Em troca, aumentaria o salário de Ganso. O clube já possui, segundo Kotscho, 100% dos direitos de imagem do atleta “para questões corporativas/institucionais”. Ou seja, quando o meia aparece em propagandas e promoções com a camisa do Santos, além de quando atua pelo clube. No entanto, os direitos pessoais de Ganso são 100% dele. O assessor argumenta que o clube não estaria passando 70% dos direitos de imagem para Ganso e, sim, querendo 30% dos direitos que são pessoais.
A diretoria do Santos, dentro do plano de carreira apresentado ao jogador e a seu staff, apresentou uma proposta para comprar 30% do direito de imagem “no que se refere a campanhas promocionais realizadas exclusivamente por ele e que não tenham relação com a imagem do Santos”. (Da ESPN)