Datafolha: Dilma estável e Serra cai um ponto

A 23 dias da eleição, pesquisa Datafolha realizada nos dias 8 e 9 de setembro aponta para um quadro de estabilidade na disputa presidencial. Com 50% das intenções de voto, a candidata petista Dilma Rousseff manteve o percentual registrado na pesquisa anterior, realizada há cinco dias. Seu principal adversário, o tucano José Serra, oscilou negativamente um ponto percentual e registrou agora 27% das menções do eleitorado. Marina Silva (PV) foi de 10% para 11%.

Todas as variações estão dentro da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa Datafolha mostra que a ex-ministra ampliou sua vantagem na Bahia e em Pernambuco, exatamente os Estados em que Serra mais caiu. A preferência por Dilma entre os pernambucanos é de 67% contra 18% que mencionam o nome do tucano (há cinco dias o levantamento registrou 62% a 21%), enquanto entre os baianos chega a 64% contra 18% que dizem votar em Serra (era de 60% a 22%).

A simulação de segundo turno feita pelo Datafolha também apontou estabilidade. Dilma prosseguiu com os mesmos 56% que havia registrado no último levantamento, e Serra oscilou um ponto para baixo (35%). O mesmo pode-se dizer para a rejeição dos candidatos: agora, 32% dizem que não votariam em José Serra (eram 31% há cinco dias), contra 22% que reprovam Dilma (21%) e 16% que não consideram votar em Marina (ante 17%). Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo. Foram ouvidos 11.660 eleitores em 414 municípios brasileiros. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 28809/2010. (Da Folha de SP)

Projeto da Casa ao Campus prossegue no Centur

O Projeto da Casa ao Campus, da Casa da Juventude do Governo do Estado, promove neste sábado (11/09), no Centur, debate de três autores das Leituras Obrigatórias do Vestibular e desenvolve aulão de Língua Portuguesa e Literatura. Ainda em setembro, serão disponibilizados cursos gratuitos de Redação e Matemática. O projeto é exclusivamente destinado aos alunos do Ensino Médio da rede pública (federal ou estadual) que vão fazer o Enem e o vestibular. Basta se inscrever na Casa da Juventude e informar em que escola pública estudou ou estuda. O site está no ar: www.juventude.pa.gov.br, com informações mais detalhadas sobre o projeto. (Dica de Cássio Andrade)

Bota aproveita boa fase e badala artilheiro

O Botafogo quer aproveitar o bom momento de Loco Abreu com a torcida após o gol da vitória sobre o Santos. No domingo, o departamento de marketing irá lançar um card do atacante antes da partida contra o S. Paulo, no Engenhão. 40 crianças de uma escola pública serão as primeiras presenteadas com o card do jogador. “As crianças receberão um card do Loco ensinando a cobrar o pênalti com a cavadinha, uma marca do jogador”, contou o diretor de marketing do clube, Marcelo Guimarães. A diretoria do Glorioso ainda afirma que terá surpresas antes do início do jogo de domingo. A imagem de Loco Abreu será exibida no telão do Engenhão e precederá a atração, que está sendo tratada com sigilo. “A ideia é transformarmos cada vez mais a nossa arena no centro de divulgação dos nossos novos projetos”, disse o presidente do clube, Maurício Assumpção. (Do G1)

Paissandu vende 80% dos direitos de Moisés

O jogador Moisés teve 80% de seus direitos federativos negociados pela diretoria do Paissandu com empresários e investidores do futebol paulista. O valor da transação não foi revelado pelo presidente Luiz Omar Pinheiro, que se limitou a dizer que o negócio foi muito bom para o clube. Em toda negociação envolvendo jogadores, o Conselho Deliberativo precisa ser consultado quando o valor ultrapassa R$ 250 mil. A partir desse desfecho, Moisés deve ser mesmo contratado pelo Cruzeiro, clube que desde anteontem entrou na briga pelo atacante – fato confirmado em contato telefônico mantido pelo técnico Cuca com o repórter Giuseppe Tomazo, da Rádio Clube do Pará. Antes, o jogador era pretendido por Santos e Internacional.

Clube dos 13 propõe uma nova loteria esportiva

O Clube dos 13 iniciou mais uma negociação com a Caixa Econômica na tentativa de gerar novas receitas. Quer criar uma modalidade pela qual os torcedores possam fazer apostas com valores baixos referentes a lances que ocorrem nas partidas, como qual time ou jogador vai fazer o primeiro gol. Os palpites poderiam ser dados pelo telefone. Apostas nos resultados das partidas estão descartadas. Ao contrário da Timemania, que não decolou, o dinheiro não seria usado para quitar dívidas dos clubes com a União. Se o acordo der certo, cada time poderá gastar o dinheiro como quiser. Além da negociação com a Caixa, o C-13 estuda uma série de ações em busca de recursos para seus associados. A iniciativa ocorre ao mesmo tempo em que a entidade é duramente criticada pela oposição justamente por atuar pouco. (Com informações de Ricardo Perrone)

O Flu começa a perder o título

Por Juca Kfouri

Fred foi fundamental para livrar o Flu do rebaixamento no ano passado. E merece um lugar na história do tricolor por isso. Mas Fred começa a ser fundamental para impedir que o Flu ganhe o Brasileirão deste ano. Ele que tinha tudo para ser um novo Careca, o do Guarani, do São Paulo, da Seleção Brasileira e do Napoli, exatamente por não se cuidar acabou não sendo.

E por viver no ambulatório agora achou de brigar com o médico do clube. É tudo que o líder do campeonato, com o Corinthians por perto, o Cruzeiro em franco progresso e o Inter que segue à espreita, não precisava. Uma pena.

Capa do Bola, edição de sexta-feira, 10

Coluna: Um discípulo da teimosia

Para quem viu Dunga resistir ferozmente a qualquer sugestão lógica de mudança na Copa da África do Sul, não surpreende a postura teimosa de seu mais fiel discípulo. Sim, não há mais dúvida. Por quase total identificação nas idéias e na mania de contrariar, o guru de Giba é o Capitão do Mato.
Vamos lá. Giba, desde que chegou ao Remo, ainda para o segundo turno do campeonato estadual, dedicou-se a fazer interpretações extremamente particulares sobre os jogos do time. A equipe se arrastava em campo, com dificuldades crônicas de articulação, mas no final vinha sempre o treinador dizer que a atuação tinha sido excelente, dentro do planejado.
Assim como Dunga teve o palpite infeliz de eleger Felipe Melo seu legítimo sucessor com a camisa do escrete, Giba escolheu Otacílio para funcionar como maestro e ponto de referência do Remo no Parazinho. As duas invenções – como quase todo alertava – resultaram em desastres.
Não satisfeito com o mau passo, mas fiel à crença de que o resto do mundo caminha sempre na direção errada, o técnico azulino abraçou a campanha da Série D como um “campeonato do Remo”. Em outras palavras, quis dizer que o time tinha a obrigação de ser campeão.
O desenrolar da disputa e o comportamento errático do time, com tropeços inesperados diante de adversários frágeis como Cristal e Cametá, evidenciou que a previsão está longe de se confirmar. Somente uma vez em toda a fase inicial, o Remo conseguiu ser tecnicamente superior a um de seus adversários. Foi na goleada de 4 a 0 sobre o Cristal, indiscutivelmente o saco de pancadas do grupo.
As demais partidas foram sofríveis, incluindo atuações patéticas, como aquele 1 a 0 sobre o América, no Mangueirão. Naquela tarde, o salvador da lavoura foi o moleque Héliton. Com habilidade e destreza, aproveitou passe de outro garoto, Betinho, para fazer o gol da vitória e aliviar o pescoço do próprio Giba. Pois Héliton sumiu do time, que continuou mal das pernas.
Àquela altura, o treinador já dispunha de novo “reforço”: o meia-armador Canindé, contratado como grande esperança para compor o quadrado de meia cancha e dar criatividade ao setor. Desde então, Canindé entrou em campo em todas as partidas, mas não jogou. Dispersivo, escondendo-se da bola, não arma, não lança, nem cria.
Pela insistência com que Giba o escala, pode-se dizer que é o novo Otacílio. É quase como se o Remo fosse Canindé e mais 10. No primeiro confronto do mata-mata com o Vila Aurora, talvez temendo o pior, o técnico pôs Gian no primeiro tempo, mas avisou que seu preferido entraria na etapa final. E assim foi. O meia entrou e, obviamente, nada fez. Cobrou quatro escanteios, dois pela linha de fundo.
Hoje, no treino coletivo marcado para o Mangueirão, Giba tem nova chance de desfazer essa impressão. É simples, basta não inventar. Sem Gilsinho, suspenso, tem como alternativa natural recuar Vélber para ajudar Gian na armação, lançando Héliton ao lado de Frontini (ou Zé Carlos). Pode, ainda, escalar três no meio e três na frente: Danilo, Júlio Bastos e Gian; Héliton, Frontini (Zé Carlos) e Vélber.     

(Coluna publicada no Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 10)