Outra dispensa no Paissandu

O volante Tácio, que veio por indicação do técnico Nazareno Silva e foi um dos poucos a se salvar do desastre bicolor no Re-Pa, surpreendeu a diretoria do Paissandu com um pedido de dispensa nesta sexta-feira à noite. Alegou que a família não se aclimatou a Belém e pediu as contas. Tácio, que já havia defendido o Paissandu anteriormente, é jogador empresariado por Genivaldo Santos.

Craque do rúgbi decide sair do armário

Bem-sucedido no esporte descrito por ele mesmo como “o mais macho de todos”, o rúgbi, Gareth Thomas decidiu quebrar um tabu e se tornou o primeiro jogador profissional da modalidade a confessar ser gay. Neste sábado, o atleta contou a verdade em entrevista ao jornal britânico ‘Daily Mail’, em uma revelação que ganha ainda mais em importância por se tratar de uma das principais estrelas dos campos. Com 100 atuações, ele é o atleta que mais defendeu o País de Gales, pelo qual foi campeão do Torneio das Seis Nações em 2005.

Atualmente aposentado da seleção, ele se foca exclusivamente no seu clube, o Cardiff Blues, e curte um novo período da vida que ele chama de nova adolescência. Até 2006, o europeu manteve segredo sobre sua homossexualidade da esposa, Jenna, e de sua família. Nesse período, sofreu com várias crises de depressão e pensou até em se suicidar.

“Às vezes eu me sentia tão sozinho, não queria ser assim, queria me matar”, lembra Thomas, que contou com a ajuda da ex-mulher e dos pais quando assumiu a realidade. “Eu era como uma bomba-relógio, era um nó apertado no estômago, sempre ameaçando sair. Pensei que pudesse suprimir isso, mas não pude. Eu sou quem sou, e não conseguia mais ignorar isso”.

No rúgbi, ele espera que os colegas de profissão recebam bem a novidade como alguns dos mais próximos companheiros de seu ex-time fizeram. “Só porque você é gay, não significa que você deseja todos os homens do planeta. Não quero ser conhecido como um jogador gay. Em primeiro lugar sou um jogador e, sobretudo, um homem. Isso é irrelevante, não tem a nada a ver com o que já conquistei. É muito difícil quebrar um tabu, mas espero que daqui a dez anos esse não seja mais um assunto que repercuta tanto no esporte”. (Da ESPN)

Cabra macho esse aí…

Barça, enfim, campeão do mundo

E o Barça finalmente levantou o caneco de campeão mundial interclubes. Com um gol de Lionel Messi (de peito) na prorrogação, o Barcelona sagrou-se campeão do Mundial de Clubes da Fifa, neste sábado, ao derrotar o Estudiantes de La Plata, por 2 a 1 – o jogo terminou 1 a 1 no tempo regulamentar. Foi o primeiro título do time catalão, depois de ter perdido a decisão para dois brasileiros. Em 1992, decidiu o Mundial Interclubes com o São Paulo e perdeu por 2 a 1. Em 2006, já no Mundial de Clubes, foi derrotado pelo Internacional, por 1 a 0.

Hoje, jogando no estádio Zayed, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o clube catalão saiu perdendo – gol de Boselli para o Estudiantes -, mas empatou com um gol de Pedro aos 44 minutos do segundo tempo e virou com Messi aos 5 minutos  da segunda metade do tempo extra, escorando de peito um cruzamento do brasileiro Daniel Alves. Comandado por Juan Verón, o Estudiantes resistiu o quanto pôde e chegou a ameaçar nos instantes finais da prorrogação com um cabeceio de Desábato.

A taça coroou a brilhante temporada de 2008/2009 do clube catalão, que venceu todos os campeonatos que disputou. A campanha teve a “Tríplice Coroa”, com a conquista do Campeonato Espanhol, da Copa do Rei e da Copa dos Campeões, que o classificou para o Mundial. Além disso, levou ainda as Supercopas da Espanha e da Europa. (Com informações do As e Folhaonline)

Um craque surpreendente

Sílvio Luiz costumava anunciá-lo, na Band, como “aquele que sabe porque esteve lá!”. Campeão mundial pelo Grêmio, como jogador, e vice-campeão brasileiro de 2009 pelo Internacional, como técnico, Mário Sérgio Pontes de Paiva é uma personagem especialíssima no futebol brasileiro. Ganhou fama nos últimos tempos como um treinador retranqueiro, de bons resultados em torneios de tiro curto, mas tem uma história interessante. Bobô, que foi colega de Mário Sérgio no Bahia em 1987, conta um episódio exemplar. Orlando Fantoni, que dirigia o Bahia, não andava mais escalando Mário como titular, preferindo o próprio Bobô. Em fim de carreira, o Vesgo (apelido ganho porque olhava para um lado e tocava a bola para outro) já não tinha a mobilidade dos demais companheiros.

Contra o Goiás, Fantoni decidiu botar Mário Sérgio em campo com a 10. Jogou como um iniciante, só não fez chover em campo, ajudando na vitória parcial de 1 a 0. Desceu para o vestiário antes de todo mundo. Quando os demais jogadores chegaram, Mário Sérgio já estava de roupa trocada, todo alinhado. Pediu a palavra, reuniu a turma e agradeceu a todos. Avisou que nã voltaria para o segundo tempo porque estava simplesmente encerrando a carreira. Ali, naquele instante. (Com informações de Paulo Vinícius Coelho e A Tarde/BA)

Empresário cospe fogo contra direção do Papão

Em entrevista exclusiva ao Bola, edição deste domingo, o empresário Genivaldo Santos não poupa os dirigentes do Paissandu quanto à gestão do futebol. Visivelmente abespinhado com a dispensa do técnico Nazareno Silva e três dos “reforços” por ele indicados (Carlos Eduardo, Tobias e Dudu), Genivaldo chega a dizer que alguns dos seus atletas fizeram corpo mole no Re-Pa “porque não tinham certeza se iriam continuar no clube”.

Bem, pelo tipo de argumentação dá para perceber o nível do parceiro que o Paissandu foi arranjar. Se os tais jogadores que ele diz terem amolecido contra o Remo soubessem que seriam dispensados o que seriam capazes de fazer? Lógico que a figura não merece muito crédito e não deveria ter merecido tanta atenção por parte da cartolagem alviceleste.

Genivaldo diz, ainda, que o Paissandu lucrou em cima do acordo com ele, pois teria faturado R$ 300 mil em amistosos pelo interior. E cobra do presidente Luiz Omar Pinheiro a não realização de dois amistosos internacionais, contra PSV Eindhoven (Holanda) e Peñarol (Uruguai), que ele teria agendado.  

Em tempo: Bruno Lança e Tácio, do esquema de Genivaldo, sobreviveram à vassourada pós-clássico e permanecem na Curuzu.