Goleiros em destaque na primeira rodada

PSCXS Francisco Paraense 2013-Mario Quadros (63)

Os goleiros foram os grandes destaques dos três primeiros jogos do Parazão. Em Marabá, no sábado, Adriano fechou o gol e ajudou o Águia a empatar com a Tuna, que foi muito superior e criou várias situações perigosas. Em Cametá, Labilá salvou o campeão estadual contra o Paragominas, que dominou grande parte do jogo. Na Curuzu, domingo, foi a vez de Jader (foto) brilhar diante do ataque do Paissandu. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

Remo e Santa Cruz tem times definidos

Remo Toni-Mario Quadros (2)

Remo e Santa Cruz já estão definidos para o jogo desta noite no estádio Evandro Almeida. O técnico Flávio Araújo escalou o Remo da seguinte forma: Fabiano; Zé Antonio, Carlinhos Rech e Henrique; Toni (foto), Nata, Endy (Eduardo), Josy e Berg; Branco e Paulista. Já o Santa Cruz está escalado com Evandro; Léo Rosas, Charles, Roberto e Rayro; Mael, Lê, Fininho e Soares; Jailson e Fábio Oliveira. O jogo começa às 20h30. A arbitragem será de Edeval Augusto Ferreira. Ingressos de arquibancada a R$ 20,00. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

O técnico, esse injustiçado

Por Roberto Vieira

Não faz gol. Não bate falta. Não defende pênalti. Não dá carrinho.

Sem ele? O futebol seria igualzinho. Mas não haveria o mordomo. Goleiro papa frango.

Centroavante perde gol. Mas o técnico de futebol é sempre o último culpado.

É ele quem distribui as camisas.

Prosaico.

O técnico surgiu quando havia mais de onze caras querendo chutar uma bola.

O técnico era o décimo segundo. O perna de pau? O décimo terceiro.

Técnico foi o cara que botou o perna de pau no banco. E o perna de pau virou crítico de futebol.

O primeiro a esculachar o técnico na derrota.

O perna de pau se achava gênio da pelota. O sabe tudo. Só o técnico não via essa verdade.

Pois é.

O crítico no banco de reserva. Viria a se tornar torcedor nas arquibancadas e sociais.

Ou cronista esportivo.

Torcedor e cronista que não tem nada de décimo segundo jogador. Camisa 12?

É o técnico…

Pensata: O mal venceu

Por Cláudio Lembo (*)

A falsa sensação de plenitude invadiu as pessoas. Todos se imaginam, tal como os super-heróis da televisão, imortais. Esquecem a finitude da vida. A inafastável presença da morte. As pessoas são “seres-para-a-morte”. Ninguém escapará deste destino biológico. Para muitos, o temor do inevitável é tanto, que, só de pensar, tremem em seu interior. No passado, em razão da fragilidade da medicina e da presença de conflitos bélicos permanentes, a morte era lembrada e utilizada como instrumento de dominação.

Houve época – como no romantismo – em que a morte era saudada como a companheira desejada. Estava sempre presente nas endemias, então constantes, como a tuberculose. Agora, os velhos desejam permanecer eternos jovens. Os jovens querem viver o presente em sua plenitude. Os adultos preocupam-se com a sobrevivência, sem quaisquer preocupações filosóficas.
Vive-se no interior de uma humanidade materializada. Não há preocupações com tudo aquilo que não é contingente. Este estado de alienação se rompe quando o medo atinge as consciências.
Este medo vai crescendo, em proporção geométrica, por todo o Brasil e de maneira muito especial em São Paulo. A morte ronda a cada cidadão, como se todos fossem objeto de uma roleta russa.
Este sentimento de medo – seguido de indignação – atingiu seu ápice, nesta última semana, na capital paulistana. Uma jovem de vinte e cinco anos, grávida de nove meses, foi brutalmente assassinada.
O agressor, autor do estúpido homicídio, um homem de vinte e dois anos, que, para roubar, atingiu com um tiro na cabeça a sua indefesa vítima. A violência contra a jovem fez surgir, no coletivo, a presença da morte.
Todos perceberam que estão sujeitos à perda da vida, a qualquer momento, na cidade onde vivem. Constataram que o Estado, concebido para oferecer segurança aos cidadãos, falha em uma das suas principais atribuições.
Rousseau, o pensador genebrino, aponta para uma verdade inegável: o pacto social tem por função a garantia da segurança pública. A vida não é apenas uma dádiva da natureza. É também uma condicionante do Estado.
Ora, se todos se sentem frágeis, porque o Estado não oferece segurança, há algo profundamente doentio na vida pública nacional. Os três entes federados devem se debruçar sobre o tema.
Ausência de segurança pública levará a uma entropia sem volta. A vida – tão cantada em prosa e verso – não vale nada nas cidades brasileiras. Apesar da ausência do culto à morte, esta venceu.
Tornou-se companheira inseparável da mais singela ação em nossas ruas. Já não se pode andar a pé. Trafegar em veiculo particular. Usar transporte coletivo.
Em qualquer lugar – inclusive no interior dos domicílios – a morte espreita e ingressa. É a bala perdida. É o tiro certeiro. A emboscada traiçoeira. Ninguém está livre de morrer pelas mãos de assassinos cruéis.
Do Estado espera-se que cumpra suas obrigações com a coletividade. Não iniba seus agentes da ação de preservar a vida dos cidadãos prestantes. Valorize suas polícias. Não desprestigie seus agentes.
A insegurança ocupou todos os espaços do pensamento de cada cidadão. A morte de uma jovem – que como último ato deu vida à filha – é símbolo amargo de uma sociedade sem rumos.
A próxima vítima já está marcada. Cairá a qualquer momento. As autoridades sequer condolências enviarão. A vida já não tem importância. A morte foi eleita senhora absoluta de nossas cidades.
(*) Advogado, professor e ex-governador de São Paulo.

Protesto contra Lula em SP reúne 20 pessoas

Do Blog do Noblat

No segundo domingo de 2013, um protesto convocado pelas redes sociais contra a corrupção e o ex-presidente Lula conseguiu reunir apenas 20 pessoas na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

O lema dos manifestantes era “Mexeu com o Brasil, mexeu comigo”, numa resposta ao movimento “Mexeu com Lula, mexeu comigo”, que se fortaleceu nas redes sociais após as denúncias de Marcos Valério contra o ex-presidente.

Numa das faixas, Lula era chamado de ladrão. Um dos presentes, o professor Antonio da Silva Ortega, disse que estava presente por temer que o Brasil se transformasse “numa Cuba ou Venezuela”. Pelas redes sociais, 1,8 mil pessoas haviam confirmado presença, mas apenas vinte compareceram, no domingo chuvoso em São Paulo.

Estreia dentro da normalidade

PSCXS Francisco Paraense 2013-Mario Quadros (62)
Por Gerson Nogueira
O São Francisco foi bravo, determinado e agressivo na medida das suas possibilidades. No fim das contas, fez por merecer um bom resultado. Talvez, com alguma sorte, tivesse até levado os três pontos, pois um dos gols anulados pareceu legal. Acontece que, ao longo dos 90 e poucos minutos, o Paissandu desfrutou de inúmeras oportunidades para vencer, com folga. A primeira meia hora de jogo foi inteiramente alviceleste. Os atacantes João Neto e Rafael tiveram várias chances, Gaibu também. O primeiro gol foi resultado claro do melhor desempenho do Paissandu em campo. Em quatro toques a bola foi parar no fundo das redes. Pena, para a grande torcida presente, que o time não tentou repetir a beleza coletiva desse lance no restante do confronto.
bol_seg_140113_15.psNo segundo tempo, o São Francisco veio mais adiantado, arriscando chutes com Caçula, mas acabou vítima de um lance estabanado de sua defesa. O pênalti, convertido por Pikachu, deu a falsa impressão aos bicolores de que a parada estava ganha. Dizem as leis do futebol que o 2 a 0 é um escore traiçoeiro, o que é apenas meia verdade. O certo é que, instantes depois, veio o gol santareno em belo disparo de Caçula, um dos nomes da manhã domingueira na Curuzu. Apesar da vantagem magra, o Paissandu diminuiu o ritmo. Eduardo Ramos entrou em lugar de Djalma, Héliton substituiu Rafael e o time ficou mais lento, talvez denunciando cansaço.
O certo é que, tirando duas jogadas que Héliton podia ter levado a bom termo, o Paissandu se limitou a controlar o jogo, buscando explorar os contra-ataques. O São Francisco, que não se conformou com a desvantagem, acabou empatando nos acréscimos em lance originado de uma bobeira do zagueiro Tiago Costa. E que não se crucifique o jovem beque, que fazia partida correta até então.
De maneira geral, além da festa para Iarley, os quase 10 mil pagantes que compareceram à Curuzu tiveram poucos momentos de alegria. E sofrer um gol no final é coisa sempre frustrante, mas o tropeço não diz exatamente o que é o atual time do Paissandu, cujas peças ainda estão se ajustando e esperando melhor condicionamento. Apesar de algumas vaias surgidas depois da partida, é preciso entender que, nas circunstâncias, o empate foi resultado absolutamente normal.
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Interior brilha nos gols
Pertenceram aos times do interior os gols mais bonitos da primeira rodada do Parazão até agora. O de Aleilson (do PFC), aos 30 minutos do segundo tempo, no Parque do Bacurau, resultou de habilidade e técnica. E decretou o triunfo do campeão da Segundinha contra o atual campeão estadual. Já a patada de Caçula ontem na Curuzu abriu caminho para a reação do São Francisco no jogo, reafirmando a condição de azarão dos azulinos de Santarém.
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Como Elvis, agora ou nunca
Sob a expectativa de três novas contratações, o Remo marcha hoje para uma campanha que pode representar um divisor de águas na história moderna do clube. Mais ou menos como naquela música de Elvis Presley, it’s now or never. Caso fracasse neste campeonato, o clube (sim, estou falando de toda a instituição) sofrerá um retrocesso brutal. As finanças, que já não são lá muito sólidas, tendem a um estouro negativo sem precedentes. Fracassar, para o Remo, significa não conquistar o título. Para ter calendário no segundo semestre, o clube precisa vencer o Parazão, garantindo presença na Série D.
A diretoria aposta tudo nesse projeto. Talvez por isso esteja lutando bravamente para bater seu próprio recorde de contratações, estabelecido no ano passado. O Remo, em outras palavras, não pode errar. E os acertos dependerão muito da primeira impressão que o time deixar no campeonato. O diabo é que a estreia será contra um franco-atirador, o Santa Cruz de Cuiarana, um time sem torcida, história ou patrocinador. Tem pouco a ganhar e nada a perder.
Os comandados de Flávio Araújo devem ter percebido a angústia da torcida já no amistoso diante do Castanhal, há dez dias.
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Mano e o pé-de-meia
A informação de que Mano Menezes deixou o cargo de técnico da Seleção Brasileira com a modesta soma de R$ 4,3 milhões na conta bancária faz a gente refletir sobre as fortunas que envolvem hoje o negócio futebol no Brasil. Multipliquemos, então, esses ganhos de Mano – que não ganhou rigorosamente nada no comando do escrete – por comissões e mimos decorrentes das esquisitas convocações de pernas-de-pau diversos ao longo de sua gestão. Fernandinho, Elias, Jadson, Lucas Silva e outros menos lembrados integram sua contribuição à galeria de boleiros que em algum momento – por razões obscuras – merecem a atenção de técnicos da Seleção.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 14)