Pesquisa confirma: Corinthians é o melhor de 2012

No primeiro dia de 2013, a Pluri Consultoria publicou um relatório que analisa a temporada dos principais times do futebol brasileiro em 2012. O líder do ranking foi o Corinthians, que havia sido o terceiro colocado em 2011. A boa campanha no Campeonato Brasileiro e, mais ainda, o título da Libertadores e o bicampeonato mundial, credenciou o Timão a vencer a disputa com o Fluminense, São Paulo e Santos, os outros clubes que completam o Top 4.

Os critérios usados pela Pluri Consultoria distribui pontos para as equipes, dependendo da posição final delas nas competições estaduais,  nacionais e internacionais. O Corinthians, por exemplo, somou 405 pontos, sendo que 210 pontos pela Libertadores e 180 pontos pela conquista contra o Chelsea, no Japão. A soma do Alvinegro finaliza com mais 15 pontos pela sexta colocação no Brasileirão.

O Fluminense foi o segundo time que mais rendeu na temporada, segundo a pesquisa. A conquista da Série A rendeu ao Tricolor 155 pontos, sendo que ficou com 220 pontos no total, apenas 10 a mais que o São Paulo. (via Lancenet!)

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Da série “futebol é mãe generosa…”

O ano começa com a notícia de que o goleiro Fábio Costa (lembram da figura?) embolsou mais de R$ 2 milhões em 2012, sem jogar uma partida sequer. Encostado no Santos, em função das confusões que aprontava e também da amizade com o grupo político de Marcelo Teixeira, o irascível goleiro ficou na moita, ganhando salário em dia (R$ 150 mil mensais), com direito a gratificações. Treina à parte, folga nos fins de semana. Vidão.

E os grandes clubes vivem reclamando de dívidas e aperreios…

Vandick adianta pagamento de salários no Papão

A grande notícia de começo de temporada no Paissandu é o pagamento de 20% dos salários do mês de janeiro. O presidente Vandick Lima, que já havia surpreendido o elenco com a quitação de dezembro há duas semanas e pagamento do 13º salário, decidiu adiantar parte dos vencimentos de janeiro. A meta da nova diretoria é trabalhar sempre assim, pagando os jogadores e funcionários com antecedência. Alguns jogadores quase não acreditaram. É o caso do meia-atacante Lineker, que admitiu ter recebido em outubro o último pagamento por parte da antiga diretoria.

Quanto a contratações, a diretoria aguarda por uma resposta do atacante Marcelo Nicácio (Vitória-BA), de 29 anos, que estuda proposta para defender o clube nesta temporada. Nicácio e seu procurador ficaram de se manifestar até esta quarta-feira, 2. Quanto ao meia Iarley, 38 anos, a diretoria também encaminhou proposta, mas o jogador deu entrevista nesta segunda-feira negando ter qualquer negociação com o Papão. (Com informações da Rádio Clube)

Mensalão mineiro não será julgado em 2013

Deu na Folha de SP…

O chamado mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, não deverá ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2013. A acusação aponta desvio de recursos públicos e financiamento ilegal na fracassada campanha pela reeleição do então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. As operações contaram com a participação das empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão petista, que ocorreu entre 2003 e 2004, segundo o Ministério Público Federal. A denúncia do caso mineiro foi apresentada ao STF pela Procuradoria-Geral da República em 2007. O tribunal abriu ação penal em 2009.

A causa não está pronta para ir a julgamento porque ainda há etapas processuais a serem concluídas. Atualmente o caso está na fase de depoimento de testemunhas. Além disso, o relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa, não poderá continuar na condução da causa, já que assumiu a presidência do tribunal em novembro. A tarefa de relator será entregue ao novo ministro do Supremo a ser escolhido pela presidente Dilma Rousseff. Não há prazo para a indicação, que preencherá a vaga aberta após a aposentadoria de Carlos Ayres Britto.

E assim caminha a humanidade…

Lei dos meios

Por Vladimir Safatle (*)

Nas últimas semanas, a Argentina voltou ao noticiário brasileiro devido aos imbróglios relativos à aplicação da chamada “Lei dos meios”, responsável pela nova regulamentação dos serviços de comunicação. Alguns viram, no caráter antimonopolista da Lei, a expressão de uma sanha estatal visando limitar a liberdade de expressão, principalmente devido à arquirrivalidade entre o governo Kirchner e o maior grupo de mídia do pais: o grupo Clarín.

No entanto, há um debate importante que deve ser feito de maneira desapaixonada. Ele passa pela resposta à pergunta: “Precisamos ou não de leis que restrinjam a concentração da propriedade de canais de comunicação?”. Ou seja, podemos afirmar que a concentração da mídia não afeta necessariamente o funcionamento da democracia?

Neste sentido, vale a pena lembrar que o mercado de mídia é, atualmente, um dos mais oligopolizados do mundo. Como vimos através do recente caso de Rupert Murdoch, isto não é sem consequências para nossa vida política.

Murdoch detinha um império mundial de TVs, jornais, editoras, revistas, rádios, estúdios de cinema, portais de internet que lhe dava uma capacidade de moldar o debate, pressionar governos e de intervir na política a ponto de prometer a um general norte-americano (David Petraeus) apoio irrestrito de seu império caso ele aceitasse concorrer à Presidência norte-americana.

Situações como esta não são exclusivas do mundo anglo-saxão. As últimas décadas conheceram uma tendência brutal à concentração de mídia que interfere, de maneira nociva, não apenas na política, mas também na cultura. Um grupo como Time Warner, por exemplo, controla, ao mesmo tempo, a produção, a difusão e o desenvolvimento das técnicas de reprodução. Por isto, podemos dizer que leis que impeçam a formação de oligopólios são uma forma da sociedade defender-se da uniformização forçada de opiniões e do silenciamento de perspectivas.

Pode-se contra-argumentar dizendo que a pulverização das mídias as deixa mais vulneráveis às pressões dos governos. Este é um argumento relevante. No entanto, a solução para esse problema não está na perpetuação de outro problema. Há de se pensar ações que impeçam os governos de moldarem as informações a partir de seus interesses.

No caso brasileiro, isso pede a limitação da capacidade de influência dos governos através da drástica limitação da publicidade governamental (reduzida apenas a campanhas de utilidade pública), do respeito à proibição de políticos e seus grupos operarem concessões de mídia, assim como de critérios absolutamente isonômicos de usos de verbas publicitárias de empresas estatais.

(*) Professor de Filosofia da USP.

Barbárie disfarçada de “luta esportiva”

Da coluna de Ancelmo Gois, em “O Globo”, de segunda-feira, 31:

No mais

O ringue do MGM Grand Garden Arena de Las Vegas se transformou sábado numa poça de sangue durante a luta entre Jim Miller e Joe Lauzon, na mesma noite em que o brasileiro Cigano perdeu o cinturão dos peso-pesados.

Tem gente que acha, a exemplo de muitos romanos na época dos gladiadores, que UFC é um esporte.

Não é.

 

Da coluna de Fernando Santos, no diário “Lance!”, de segunda-feira, 31:

‘Esporte’ sanguinário

Antes da luta do Cigano, dois lutadores terminaram o combate na madrugada de ontem completamente banhados de sangue.

O público, em Las Vegas, foi ao delírio.

Os organizadores do UFC chamaram de uma luta “louca”.

Daqui a impressão era a de que um deles iria morrer de tanto perder sangue.

Isso é esporte?