Viva Alan!

Todas as honras ao grande campeão. Alan Fonteles desembarcou em Val-de-Cans na tarde desta quinta-feira trazendo duas medalhas de bronze conquistadas no Campeonato Mundial Paraolímpico de Atletismo, em Christchurch/Nova Zelândia. O Brasil ficou em 3º no quadro geral de medalhas, atrás apenas de China e Rússia. Foram 30 medalhas conquistadas por 19 dos 25 atletas brasileiros: 12 ouros, 10 pratas e oito bronzes. Na quarta-feira, a equipe brasileira foi recebida pela presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. (Foto: MAURO ÂNGELO/Bola)

Alan é um exemplo para todos os desportistas.

Em busca do novo Ganso

Na esteira do sucesso de Paulo Henrique Ganso, garotos com idade entre 12 e 17 anos foram selecionados por olheiros pagos pelo Santos (SP), que avaliaram as qualidades de cerca de 500 crianças e adolescentes de várias cidades do sul do Pará e até mesmo de Belém, no período de 25 a 30 de janeiro, em Jacundá, sudeste do Estado. Roberto Macedo, da empresa Kick Sports, admite que o nível geral da molecada impressionou os olheiros. “O resultado foi um sucesso. Conseguimos avaliar e selecionar um grupo de jovens que podem fazer carreira no futebol brasileiro”. Dos 500 inscritos, 23 estão garantidos pela  equipe técnica do clube paulista. “E 15 deles já vão neste mês treinar na vila Belmiro”, explica o treinador e professor de uma escolinha de futebol de Jacundá, Ailton Caldas, responsável pela negociação que  trouxe a equipe santista à cidade. Leia mais sobre a peneira organizada pelo Peixe na matéria de Antonio Barroso, na edição do Bola desta sexta-feira, 4. 

Castanhal finalmente tira o pé da lama

Depois de uma derrota e um empate no campeonato, o Castanhal finalmente conseguiu fazer as pazes com a vitória. Na noite desta quarta-feira, passou pelo Independente Tucuruí marcando 3 a 1, no estádio Maximino Porpino. O jogo começou sob forte chuva e o Castanhal abriu o placar logo aos 20 minutos, com Helinho. Três minutos depois, veio o segundo, marcado por Flamel em bonita jogada individual. O Independente errava muitos passes e não aproveitava os contra-ataques. Ainda no primeiro tempo, aos 38 minutos, Helinho voltou a marcar e o Castanhal deu a impressão de que iria golear. Logo no começo da etapa final, o Independente descontou, com Fábio cobrando pênalti sofrido por Ró. O Japiim ainda teve outra chance de ampliar, mas Helinho cobrou mal uma penalidade e o goleiro Ângelo defendeu.

Mapará bate Pantera no Barbalhão

Em meio a especulações quanto a um possível boicote dos jogadores ao técnico Sebastião Rocha, o São Raimundo amargou na noite desta quarta-feira sua segunda derrota no Campeonato Paraense. Perdeu por 2 a 1 para o Cametá, no estádio Barbalhão, em jogos de portões fechados por descumprimento de normas de segurança definidas pela comissão de vistoria aos estádios do campeonato. E o placar podia ter sido mais amplo se Leandro Cearense tivesse convertido o pênalti marcado logo no começo do jogo e que Labilá defendeu. Mas, aos 31 minutos do 1° tempo, o zagueiro Rodolfo marcou contra e o Cametá fez 1 a 0. No segundo tempo, o visitante ampliou, através de Leandro Cearense. Belo descontou para o Pantera.

Coluna: Mais um gol de zagueiro

Quatro coisas saltaram aos olhos, ontem, no Baenão. Primeira: o Remo vai sofrer o diabo enquanto não contar com um especialista em fazer gols. Marlon é o melhor e mais útil jogador à disposição de Paulo Comelli. Terceira: Fabrício é o organizador que faltava ao Águia. Quarta: Lopes tem potencial para fazer a torcida remista sentir saudades de Adriano.
Dito isto, vamos ao jogo. O Remo começou melhor, inflamado pela massa que encheu as arquibancadas. Curiosamente, foi do Águia a primeira grande estocada, justamente pelos pés de Fabrício. Na cara do gol, chutou e Lopes fez boa intervenção.
Aos poucos, a melhor produção do meio-campo azulino foi envolvendo o Águia. Marlon, o melhor da noite, foi ao ataque e soltou dois chutes perigosos. Paulo André teve chance, mas chutou mal. Fabrício voltou a aparecer muito bem aos 23 minutos, mas a zaga abafou o chute.
Logo em seguida, o lance mais discutido da noite. Lopes soltou bola nos pés de Patrick, mas o gol foi anulado por impedimento. João Galvão e o time inteiro do Águia fizeram um barulho dos diabos, mas não adiantou. Antes de terminar o primeiro tempo, Elsinho ainda fez grande disparo, mas o placar virou em branco.
Diante da animação da torcida, o Remo voltou aceso e conseguiu o gol logo na primeira tentativa. Em cruzamento certeiro na área, San subiu, livre, e desviou de cabeça. Venceu de uma só vez o goleiro Alan e o trio de beques do Águia. Comelli deve ter anotado na prancheta que o Remo se safou com mais um gol de zagueiro. Até quando?
No segundo tempo, a não ser pelas seguidas rebatidas de Lopes, a partida murchou e perdeu em emoção. Parte disso deve ser debitada ao cansaço de Fabrício – e do próprio Águia. A outra, à acomodação do Remo, que passou a tocar bola e deixar o tempo correr. Tiaguinho, que estava bem, saiu para a entrada de Ramon. E Fininho substituiu Paulo André, que correu muito e agradou a torcida, que a essa altura já aplaudia qualquer coisa. O placar foi magro, mas o Remo se reencontrou no campeonato.
 
O velocista paraense Alan Fonteles desembarca hoje em Belém, às 12h30. Traz na bagagem duas medalhas de bronze ganhas no Campeonato Mundial Paraolímpico de Atletismo, em Christchurch/Nova Zelândia. Venceu nos 100m T44, ficando atrás apenas de Oscar Pistorius e Jerome Singleton; e no revezamento 4x100m T42-44.
O Brasil conquistou um inédito 3º lugar no quadro geral de medalhas, atrás apenas de China e Rússia. Foram 30 medalhas conquistadas por 19 dos 25 atletas brasileiros: 12 ouros, 10 pratas e oito bronzes. Alan, de 18 anos, era o caçula da seleção em Christchurch e vai ser recebido como herói.
 
Paissandu x Tuna disputam hoje o primeiro clássico do campeonato. É um jogo que tem história e pode ser um dos mais empolgantes da competição. Aos bicolores, a chance especial de festejar em grande estilo os 97 anos do Papão, transcorridos ontem. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 3)