Musa brilha até em trajes de vovó

Maria Sharapova, 23, brilha mesmo fora das quadras. Número 17 do ranking mundial, a musa estrela a capa da próxima edição da revista russa “Tatler”. Sharapova havia dito há algum tempo que havia posado para “algo bem diferente” e esperava que os fãs gostassem das fotos. Claro que a aprovação foi geral, apesar da surpreendente pose, em trajes dignos das nossas vovós. Na carreira, a tenista russa já venceu três Grand Slams (Wimbledon, Aberto dos EUA e da Austrália). Este ano, porém, disputou dois torneios, o Aberto da Austrália, no qual perdeu nas oitavas de final, e em Auckland (Nova Zelândia).

Juiz revoga parte da decisão contra jornalista

Por Lúcio Flávio Pinto (transcrito de nota à imprensa)

Hoje, aproximadamente às 18 horas, um oficial de justiça me entregou despacho do juiz Antonio Carlos Almeida Campelo, do qual dei ciência. Nesse despacho, datado deste mesmo dia, o titular da 4ª vara federal de Belém revogou parcialmente decisão que tomou no dia 22, pela qual proibiu a mim, como editor do Jornal Pessoal, de continuar a divulgar informações relativas a processo no qual dois dos proprietários do grupo Liberal, Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, além de mais dois diretores da empresa, João Pojucam de Moraes e Fernando Nascimento, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por crime contra o sistema financeiro nacional. O magistrado decidiu manter o sigilo “tão-somente quanto aos documentos bancários e fiscais constantes dos autos”.

Pela decisão fica-se agora sabendo que o sigilo foi decretado exatamente no dia em que Ronaldo, Pojucam e Fernando depuseram perante a 4ª vara, no dia 2 deste mês, embora o processo tenha sido iniciado em agosto de 2008. O juiz decidiu que o depoimento dos réus deveria ser protegido como segredo de justiça, ainda que a origem do processo seja uma ação penal pública contra pessoas que fraudaram as normas legais para se apossar de dinheiro público, os incentivos fiscais repassados pela Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). Todas as provas foram produzidas pela Receita Federal entre 2000 e 2002. Nenhum dos documentos, bancários e fiscais, foi obtido através de quebra de sigilo.

O juiz Antonio Campelo determinou que a revogação parcial do seu ato fosse comunicada a todos os órgãos de imprensa de Belém. A proibição atingiu apenas o Jornal Pessoal, por ter sido o único que divulgou o que ocorreu durante a audiência do dia 2. Segundo o jornal, Ronaldo Maiorana confessou a prática de fraude para a obtenção da contrapartida dos recursos fiscais administrados pela Sudam.

No despacho de revogação o magistrado anuncia que marcou a nova audiência de instrução e julgamento para 17 de maio e que mandou intimar o réu Romulo Maiorana Júnior “pessoalmente por mandado com urgência”. O citado réu já faltou a três audiências, inclusive à última, à qual seu irmão, que é também seu sócio, compareceu. A audiência foi marcada em setembro do ano passado, com cinco meses de antecedência. Mesmo assim, Romulo Júnior decidiu viajar para Miami, nos Estados Unidos, só retornando a Belém cinco dias depois da audiência.

Mais dois reforços desembarcam na Curuzu

Mais dois nomes para a longa lista de contratações do Paissandu só para o primeiro turno do campeonato. Depois de trazer os zagueiros de área Hebert (que já estreou contra o Penarol-AM) e Nei Baiano, a diretoria apresentou hoje os laterais Rafael Lima, 26 anos, e Elton Lira, de 24 anos. Rafael jogava no Palmas (TO) e é lateral-direito. Lira é lateral-esquerdo. Segundo a assessoria do clube, são nomes indicados pelo técnico Sérgio Cosme.

A frase do dia

“É bom que aconteça o racha. O Clube dos 13 virou um aglomerado de clubes, nada além disso. E, mais uma vez, Ricardo Teixeira vencerá. Temos que tirar o chapéu para ele, conseguiu o que queria desde que seu candidato perdeu a eleição do C13. É a pessoa mais vingativa do futebol brasileiro”.

De Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do São Paulo e fundador do Clube dos 13.

Brasileiro pode voltar a ter play-off e mata-mata

Liderados por Botafogo, Corinthians, Flamengo, Fluminense e Vasco, os dissidentes do Clube dos 13 planejam agregar mais insatisfeitos com a distribuição da grana dos direitos de transmissão e, se necessário, promover um campeonato brasileiro paralelo a partir de 2012. Com apoio da CBF e da Globo, provavelmente. Palmeiras, Cruzeiro e Santos mostram-se inclinados a juntar-se ao grupo. Uma das primeiras mudanças em relação ao atual modelo de disputa deve ser a volta do sistema de mata-mata e play-off nas fases finais do torneio.

Amazonino é torcedor do Paissandu

Ao pedir desculpas públicas ao povo do Pará, em entrevista exclusiva ao repórter Ismael Machado, do DIÁRIO DO PARÁ, o prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, disse que foi “mal interpretado” nas declarações sobre o povo do Pará. Na segunda-feira, Amazonino discutiu com uma moradora e chegou a gritar “então, morra!”. Em seguida, quando a mulher se identificou como paraense, o prefeito disse: “Tá explicado!”. Ontem, em conversa com Ismael, Amazonino mostrou-se solícito, desculpou-se e revelou que torce para o Paissandu.

Gaúcho, enfim, vai entrar em campo

A notícia alvissareira vem do Rio, a terra do carnaval. A maior festa popular do Brasil contará com a participação de um dos grandes ídolos do futebol brasileiro nos últimos anos. Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo, confirmou o que já se sabia desde que deixou o Milan: vai desfilar por três escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro, duas delas do Grupo Especial: Portela e Grande Rio. Além delas, o jogador do Flamengo também vai sambar na Marquês de Sapucaí vestindo a camisa da Estácio de Sá , primeira agremiação a receber Gaúcho em seu desfile. O camisa 10 rubro-negro recebeu o convite há duas semanas, quando marcou presença na quadra da escola. Em clima de lua-de-mel com a Cidade Maravilhosa, Gaúcho tem tudo para mostrar samba no pé e levantar a torcida na Sapucaí.

Baila que é uma beleza esse menino… te contar.

Coluna: Em defesa da defesa

Todo mundo fala mal da defesa do Paissandu. Virou moda. É uma unanimidade. Qualquer conversa sobre futebol começa invariavelmente pela pergunta: “Será que ninguém dá jeito nessa zaga?”. É o mote para bons minutos de prosa, desancando o setor defensivo montado por Sérgio Cosme. Até quem desconhece as diferenças entre um beque de área e um líbero mete-se a dar pitacos sobre o assunto.
Os manuais de jornalismo nos ensinam a desconfiar sempre. De quase tudo. Por isso, aprendi a desprezar fórmulas prontas e opiniões formadas sobre as coisas. No caso específico da mal afamada retaguarda do Paissandu não há como negar que vem merecendo as críticas. Porém (sempre há um porém), não se pode atribuir esse mau rendimento exclusivamente aos zagueiros.
Em primeiro lugar, há falhas gritantes de posicionamento. Um exemplo: contra o Independente, em Tucuruí, Ari e Cristiano Laranjeira marcavam em linha e foi assim que permitiram o belíssimo gol de Ró. Diante do Cametá, na Curuzu, os erros pelos gols sofridos nos minutos finais têm que ser creditados também ao setor de meio-campo. Pressionados o tempo todo pelo trio Leandro Cearense, Wilson e Robinho, os zagueiros não conseguiam respirar e se atrapalhavam ao sair jogando. Dificuldades de jogo que costumam punir duramente um time.
No Re-Pa, Tinoco e Laranjeira não tinham cobertura adequada dos homens de marcação e quase sempre eram obrigados a sair para o combate direto aos meias do Remo. Pior que isso: ficavam confusos quanto a quem marcar, já que o adversário revezava o posicionamento dos armadores e alas. Curiosamente, esse quadro não foi observado pelo técnico. Em face disso, o Remo teve liberdade durante os 90 minutos para trocar bolas em frente à área e facilidade para invadir quando bem entendesse.
Curiosamente, depois da derrota, todos só atiravam pedras nos homens do miolo de área. Quase ninguém questionou a ausência de um sistema de sobra, como qualquer time peladeiro tem. Não se ouviu também nenhuma cobrança quanto à sobrecarga de Billy na proteção à zaga, preocupado que estava em cobrir e ajudar os experientes Vânderson e Sandro.
Mesmo na goleada sobre o Águia na última rodada, quando demonstrou firmeza na maior parte do tempo, a zaga não escapou de queixas pelos cochilos que deram origem aos gols de Ley e Roma. O esperneio voltou com intensidade diante da atuação contra o modesto Penarol, anteontem, pela Copa do Brasil, quando o setor repetiu sua terrível média de dois gols por partida.
 
 
Em Itacoatiara, a zaga teve o reforço do estreante Hebert. Pelo visto, mais um que chega para ser queimado pelas críticas. O fato é que, do jeito como o Paissandu se defende, inteiramente exposto na entrada da área, dificilmente algum zagueiro conseguirá tapar todos os buracos ali existentes. Existem deficiências de ordem individual, mas é injusto atribuir apenas aos zagueiros a responsabilidade pelas seguidas falhas. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 25)