Público pagante decepciona no clássico

Dos 25.240 ingressos colocados à venda para o jogo Remo x Tuna, sobraram 17.806. O clássico teve somente 7.434 pagantes, que proporcionaram renda de R$ 104.580,00. Descontadas as despesas de R$ 67.096,44, Remo e Tuna ficaram com R$ 18.741,78, cada. O público total foi de (com 1.760 credenciados) de 9.194 espectadores. Além da transmissão ao vivo para Belém, o jogo teve ainda a concorrência direta do clássico Flamengo x Botafogo pelas semifinais da Taça Guanabara, também mostrado ao vivo para todo o país. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

Remo tropeça na Tuna e fica em 2º na classificação

Sem inspiração na criação de jogadas e com suas principais peças bem marcadas, o Remo não conseguiu passar pela Tuna e ficou no empate em 0 a 0, decepcionando a torcida que compareceu ao estádio Edgar Proença. Com o resultado, o Leão foi a 14 pontos, um atrás do Paissandu, que é o líder do turno. A Tuna, com 7 pontos, divide a quarta colocação com o Cametá. No primeiro tempo, o time azulino foi mais agressivo e organizado no ataque, chegando a desperdiçar seguidas oportunidades com Marlon, Léo Franco e Tiaguinho. A Tuna se mantinha cautelosa, deixando apenas Felipe Mamão no ataque, pois o outro atacante, Adriano Miranda, recuava para ajudar a marcar Marlon. Em função disso, o Remo pressionava jogando no campo de defesa cruzmaltino. Em tabelas rápidas, conseguia envolver a defesa e chegava com facilidade à zona de tiro. Ocorre que, ao contrário do jogo contra o Paissandu, o último tiro era sempre defeituoso, facilitando as coisas para Adriano ou indo longe do gol. Até as cobranças ensaiadas de falta não funcionavam. Léo Franco errou pelo menos três cruzamentos para a área.

O grande momento do Remo no primeiro tempo foi em arrancada de Marlon, que ultrapassou três marcadores e bateu forte da entrada da área, mas a bola subiu demais. No segundo tempo período, quando se esperava mais pressão remista, foi a Tuna que começou se soltando e levando perigo, principalmente depois que Fabinho substituiu Adriano Miranda. Em dois lances agudos, aproveitando contragolpes, Fabinho quase marcou. O Remo esteve perto do gol em cruzamento que Paulo Sérgio desviou para as redes, mas a arbitragem apontou impedimento. Lance duvidoso, reclamado pelos azulinos. Depois, quase no final, Fininho fez bonita jogada individual, mas bateu sobre o travessão de Adriano. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

Ficha técnica: Tuna x Remo

TUNA X REMO

Local – Estádio Edgar Proença (Mangueirão), às 16h.

Árbitro – Joelson Nazareno Cardoso (FPF), auxiliado por Diógenes Serrão e João Paulo Sousa (FPF).

Tuna – Adriano; Hugo de Leon, Bruno Prado, Bruno Oliveira e Maraú; Negreti, Dudu, Japonês e Alexandre Chaves; Felipe Mamão e Adriano Miranda. Técnico: Flávio Goiano.

Remo – Léo Rodrigues; Elsinho, Paulo Sérgio, Rafael Morisco e Marlon; San, Ramon, Luís André e Tiaguinho; Léo Franco e Ró. Técnico: Paulo Comelli.

Ingressos – R$ 15,00 (arquibancada), R$ 30,00 (cadeira).

Na Rádio Clube, Claudio Guimarães narra, João Cunha comenta. Reportagens: Paulo Caxiado e Francisco Urbano.

TV Cultura transmite o jogo para todo o Estado.

De cigarros e charutos

O repórter Ricardo Perrone comenta em seu blog sobre o incômodo gerado nos clubes pelo vício do fumo que Ronaldo e Roberto Carlos sempre cultivaram. Atletas de ponta e ídolos da torcida, ambos nunca conseguiram se livrar de cigarros e charutos. Imagens raras(http://bit.ly/dJtE3V) da dupla fumando que nem chaminé foram captadas pelo repórter fotográfico José Mariano, da Agência Estado, em festa realizada nesta semana. “A primeira vez que ouvi sobre a dupla fumar foi em 2006, na Alemanha, quando cobria a Copa do Mundo pela Folha de S.Paulo. Segundo o relato, alguns jogadores do time estavam incomodados com o hábito do lateral e do atacante. Consideravam que fumar em pleno Mundial demonstrava falta de profissionalismo ou de comprometimento com o time”, conta Perrone.

Além de cigarros também fumavam charutos. Mas só uma parte dos atletas se incomodava. O treinador Carlos Alberto Parreira não demonstrou preocupação. Pouco depois de Ronaldo chegar no Corinthians, Perrone perguntou ao preparador físico Walmir Cruz se alguém da comissão técnica tinha pedido para ele parar de fumar. Ou pelo menos reduzir o número de cigarros diários. Walmir respondeu que não. Explicou que não era função dele e que deveria apenas observar se o atacante seguia suas ordens nos treinamentos.

“Ronaldo e Roberto Carlos não são os únicos fumantes no futebol. A maioria, porém, se mantém discreta. O goleiro Marcos faz parte desse clube do cigarro. Ficou furioso quando leu notícias sobre seu vício. Ameaçou falar sobre as escapadas de jornalistas casados à noite e falou até em revelar as preferências sexuais de alguns, se insistissem no assunto. Coincidentemente o tema desapareceu do noticiário. Marcão, no entanto, não abandonou o cigarrinho. Hoje, fuma sem constrangimento em algumas áreas do CT palmeirense. Assim como devem fazer muitos outros atletas em diversos times, mas longe dos flashes”, finaliza Perrone.

Historinha de boleiro

Em dezembro a Fiorentina ofereceu 9 milhões de euros por Jucilei. O Corinthians pediu 11 milhões. Os italianos, então, decidiram se reunir com o jogador. Se ele tivesse interesse em defender o clube e aceitasse os salários, pagariam mais dois milhões. Na reunião, um dirigente do time europeu perguntou: “Você conhece a Fiorentina?”. Jucilei respondeu algo como: “Já ouvi falar”. A pergunta seguinte foi se ele conhecia algum jogador que atua pelo clube italiano. Respondeu que não.

Os italianos ficaram melindrados com as respostas do jogador brasileiro. Acharam que ele demonstrou falta de interesse pelo clube. Desistiram de contratá-lo. Preferiram ir atrás de quem demonstrasse mais vontade de jogar pela Fiorentina. Jucilei continuou no Parque São Jorge e agora está indo para um pequeno time russo, no qual pelo menos conhece um jogador: Roberto Carlos.

Para o Corinthians tanto faz, já que a venda é por volta dos mesmos 11 milhões de euros. Quase todo o dinheiro ficará com investidores. Para Jucilei, porém, seria muito melhor jogar num time com mais tradição como a Fiorentina. Ele pagou o preço de sua sinceridade. Foi franco diante dos italianos, e fez bem de agir assim. Mas o desfecho não foi o melhor para sua carreira, que agora deve seguir num ritmo mais lento do que a entrada de euros em sua conta bancária. (Do Blog do Perrone)