Desanimado, Ronaldo Fenômeno pensa no adeus

Por Renato Maurício Prado

Como diria o genial e saudoso Zózimo Barroso do Amaral, “não será surpresa para esta coluna”… se Ronaldo Fenômeno anunciar que está encerrando sua carreira nos próximos dias. Fontes muito próximas ao jogador garantem, inclusive, que ele já teria dito a amigos que está propenso a anunciar tal decisão numa entrevista coletiva na próxima segunda-feira (14/02). A frustração pela eliminação precoce na Libertadores, a irritação com a reação violenta de determinados setores de torcida organizada (algumas delas ligadas ao presidente Andres Sanchez), a saída do parceiro Roberto Carlos e a consciência de que não tem mais força de vontade suficiente para vencer a penosa luta contra a balança teriam sido os fatores determinantes para a tomada de tal decisão.

A resolução, porém, não é tão simples, por causa dos vários contratos de publicidade que tem firmados até o final do ano e que são fundamentais para o orçamento coritiano. De bom grado, Ronaldo abriria mão de todos eles, mas sabe que isso representaria um desastre financeiro para o clube. Por este motivo, ele ainda pretende conversar com Sanchez, para tentar encontrar uma saída boa para as duas partes. O Fenômento poderia aceitar, por exemplo, se transformar numa espécie de embaixador do Timão e compensar os seus atuais anunciantes com propagandas pessoais, uma espécie de contrapartida por deixar de exibir suas logomarcas em campo.

Se em termos econômicos, a questão é complexa, esportivamente, soa bem mais simples. Com a chegada de Liedson, a aposentadoria de Ronaldo livraria Tite do constrangimento de ter que deixá-lo no banco de reservas – exatamente como aconteceu com Roberto Carlos, com a desculpa esfarrapada e mal contada de uma contusão muscular. Se Ronaldo vai mesmo parar agora não me arrisco a afirmar – já basta a vez que o próprio Romário me disse, pessoalmente, no Costão do Santinho, que encerraria a carreira e, 48 horas depois, convencido pelo ex-deputado que presidia o Vasco, voltou atrás e jogou ainda por mais três anos. 

Mas que todas as informações parecem levar a isso, parecem. Portanto, “não será surpresa para esta coluna, se…”. Ave, Zózimo!

Al Jazeera aponta mentiras de Veja

O correspondente da TV Al Jazeera no Brasil, Gabriel Elizondo, disse ao Portal Imprensa que o artigo anônimo publicado na edição do dia 9 de fevereiro da revista Veja contém erros factuais e mal-entendidos sobre a emissora do Catar. “Vários pontos desse artigo não são verdadeiros. Os fatos não estão corretos. Lamento que uma revista tão importante no Brasil faça isso. Mandei inclusive uma carta ao Itamaraty esclarecendo os equívocos da matéria”, diz ele. Sob o título “Programa Radical” o artigo inserido em uma matéria falando sobre as revoluções no Egito, diz que a “rede de televisão se transformou em importante agente político no Oriente Médio”. Gabriel contesta afirmando que a emissora não é um agente e segue o critério utilizado por qualquer veículo sério de comunicação: imparcialidade, apuração e busca pela verdade. “Jamais a emissora foi e nem pretende ter pretensões políticas”, reitera.

O artigo diz que a “Al Jazeera com sua capa de modernidade e independência jornalística, tem uma agenda política clara e agressiva, e violentamente antiamericana”. O jornalista comenta que a emissora possui sim um perfil agressivo, e isso a difere de outras redes de TV no Oriente Médio. Entretanto, ele diz que nunca a Al Jazeera tomou partido de nenhuma campanha ideológica, principalmente contra os Estados Unidos ou Israel.
Quando Gabriel, que é americano, entrou na rede em 2004, trabalhou no escritório da Al Jazeera em Washington DC e, antes de vir ao Brasil, foi correspondente na Colômbia. “Jamais nossa emissora vai ter uma posição anti-Estados Unidos ou Israel. Temos quatro escritórios nos Estados Unidos, em Israel temos grandes equipes. Neles convivem jornalistas árabes e americanos”. Elizondo reforça que a Al Jazeera foi a primeira emissora do oriente Médio a entrevistar oficiais do Governo de Israel. Abaixo, a íntegra da carta enviada à Veja pelo correspondente da Al Jazeera no Brasil:

São Paulo, 8 de fevereiro de 2011

Aos cuidados:

Diretor de Redação, Veja

Prezados Senhores,

Existem vários erros factuais e mal-entendidos sobre a rede Al Jazeera em seu recente artigo anônimo intitulado “Programa Radical” (Veja, edição 2203).

A rede Al Jazeera é composta por mais de 3.000 funcionários sendo de 60 nacionalidades e trabalhando em mais de 45 escritórios em todo o mundo. Somos jornalistas. Não somos “violentamente anti” nada.

Você está certo, nós temos uma agenda, mas a agenda é relatar os fatos de todos os ângulos e todas as opiniões, usando nossos vastos recursos ao redor do mundo. Isso é o que jornalistas fazem. E isso é o que nós fazemos.

Estamos particularmente orgulhosos do nosso jornalismo e dos recursos que utilizamos no mundo em desenvolvimento e não vamos pedir desculpas por isso.

Devo esclarecer a informação deturpada em seu artigo sobre Wadah Khanfar, diretor-geral da Al Jazeera desde 2003. Ele é um verdadeiro jornalista, começou na Al Jazeera como correspondente em 1997 e cobriu algumas das áreas mais perigosas e hostis do Iraque e do Afeganistão durante suas guerras.

Suas credenciais de jornalismo, e sua ficha na rede Al Jazeera, que agora líder, e para qual que tenho trabalhado há quase 7 anos, falam por si.

Gabriel Elizondo – Correspondente, Al Jazeera English, São Paulo – Brasil.

Felipe marca e a Tuna vence a 1ª no Parazão

Com um gol de Felipe Mamão, aos 37 minutos do segundo tempo, cobrando pênalti, a Tuna derrotou o Independente Tucuruí na manhã deste sábado, no estádio do Souza, e subiu para o quarto lugar na classificação do primeiro turno. Durante todo o jogo, a Tuna foi ligeiramente superior, pressionando muito e perdendo várias oportunidades para marcar. No segundo tempo, com alterações na equipe (Alexandre Alves no lugar de Alan e Zazá na vaga de André Barata), a Tuna atacou com mais consistência e perdeu gols seguidos. O Independente explorava os contragolpes, mas Marçal não fazia boa partida e Gian era peça quase nula. Ainda assim, o time de Tucuruí quase marcou em duas oportunidades, aproveitando vacilos da zaga cruzmaltina. Aos 36 minutos, quando o jogo parecia se encaminhar para o empate, Felipe recebeu passe na área, girou para chutar e foi derrubado pelo zagueiro Guará. Pênalti que ele mesmo cobrou, garantindo a primeira vitória lusa no campeonato.

Real Madri é, pela 6ª vez, o clube mais rico

Pelo sexto ano seguido, o Real Madri foi eleito o clube mais rico do mundo. O time espanhol arrecadou na temporada passada 438,6 milhões de euros (R$ 996,2 milhões), 37,2 milhões de euros (R$84,4 milhões) a mais do que na temporada passada. A liderança do Real pelo sexto ano consecutivo não é um recorde. O Manchester United já esteve no topo durante oito anos seguidos entre a temporada 1996-97 e 2003-04. O estudo da Deloitte leva em conta três níveis de receita: bilheteria, patrocínios e merchandising e verba recebida por direitos de jogos de televisão. A receita do Real foi toda dividida entre bilheteria (129,1 milhões ou R$ 293,2 milhões), direitos comerciais (150,8 milhões ou R$ 342,5 milhões) e cotas de tranmissões de TV (158,7 milhões ou R$ 360,4 milhões).

Em segundo lugar no ranking, aparece mais uma vez o rival do Real, o Barcelona, que arrecadou na temporada passada 398,1 milhões (R$ 904,2 milhões). A maior parte da arrecadação do Barcelona veio de direitos de transmissão na televisão (178,1 milhões de euros ou R$ 404,5 milhões). O clube catalão arrecadou ainda 122,2 milhões de euros (R$ 277,5 milhões) em patrocínios e merchandising e 97,8 milhões (R$ 222,1 milhões) com venda de bilhetes. Entre os seis primeiros colocados, não houve alteração. Vem na sequência, Manchester United (349,8 milhões ou R$ 794,5 milhões), Bayern de Munique (323 milhões ou R$ 733,6 milhões), Arsenal (274,1 milhões ou R$ 622,5 milhões) e Chelsea (255,9 milhões ou R$ 581,2 milhões).

Lista dez mais ricos:

1- Real Madrid – 438,6 milhões (R$ 996,2 milhões)
2- Barcelona – 398,1 milhões (R$ 904,2 milhões)
3- Manchester United –  349,8 milhões (R$ 794,5 milhões)
4- Bayern de Munique – 323 milhões (R$ 733,6 milhões)
5- Arsenal – 274,1 milhões (R$ 622,5 milhões)
6- Chelsea – 255,9 milhões (R$ 581,2 milhões)
7- Milan – 235,8 milhões (R$ 535,5 milhões)
8- Liverpool – 225, 3 milhões (R$ 511,7 milhões)
9- Inter de Milão – 224, 8 milhões (R$ 510,6 milhões)
10- Juventus – 205 milhões (R$ 465,6 milhões)