Barça terá maior patrocínio de camisa do mundo

Cai uma das últimas tradições do futebol mundial. O Barcelona anunciou nesta sexta-feira um acordo histórico para o clube e para o futebol. Os catalães aceitaram uma oferta da ‘Qatar Foundation’ e passarão a receber o maior valor de patrocínio de camisa do mundo: 33 milhõe de euros anuais (cerca de R$ 74 milhões). O Barcelona nunca teve um patrocínio em sua camiseta. Atualmente, o clube exibe a marca da Unicef, mas o acordo selado garante que os catalães paguem 2 milhões de euros à fundação. Mesmo com o acordo, a imprensa espanhola e catalã destaca que a ‘Qatar Foundation’ não é uma marca comercial e, por isto, não contraria a tradição do clube.

A ‘Qatar Foundation’ seria compatível com a filosofia social do clube. A fundação foi criada pelo governo do Catar e investe em educação e desenvolvimento social. A estampa da marca ainda não deve atrapalhar o acordo com a Unicef, que continua na camisa do Barça. “Este acordo ratifica a marca Barcelona como a melhor do mundo. Tenho certeza que havia muitos outros clubes que queriam um acordo com a Qatar Foundation”, afirmou Xavier Faus, vice-presidente econômico do clube. A ação ainda entra no contexto da escolha do Catar de sediar a Copa do Mundo de 2022. O técnico Pep Guardiola chegou a ser usado como imagem da candidatura do país. (Com informações da ESPN)

Adriano fora dos planos de Paulo Comelli

Apesar do prestígio que o jogador tem com a torcida azulina, a nova diretoria do Remo dificilmente contratará o goleiro Adriano para a temporada de 2011. O técnico Paulo Comelli prefere trazer o veterano Max, ex-Botafogo e ex-Vila Nova (GO). Sobre o “Paredão”, Comelli diz não conhecê-lo. Parte dos dirigentes avalia que Adriano está muito associado aos últimos fracassos do clube, embora tenha tido conduta impecável como titular do gol remista. Na lista de reforços agendados, além do meia Tiago Marabá e do zagueiro Diego Barros, o Remo deve fechar acordo com o meia-atacante Rafael Oliveira e pode acertar com o centroavante Branco (ex-São Raimundo) e com Vélber, que defendeu o clube este ano.

Joinville sobe e América-AM fica sem divisão

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o América-AM nesta quinta-feira, com a perda de seis pontos, pela escalação irregular do jogador Amaral Capixaba na Série D do Campeonato Brasileiro. Vice-campeão, o clube manauara perdeu a vaga para a Série C e beneficiou o Joinville, que herdou o lugar do rival e conquistou o acesso. O América baré havia sido absolvido em primeira instância, por causa da escalação irregular do atleta na partida contra o Joinville, pelas quartas de final da Série D, no dia 10 de outubro – os quatro semifinalistas asseguram vaga na Série C. No entanto, o time catarinense entrou com recurso, que foi apreciado nesta quinta-feira. Além de perder a vaga, o vice-campeão acabou sendo multado em R$ 300,00. Com o acesso para a Série C garantido, o Joinville se junta a Madureira-RJ, Araguaína-TO e o campeão Guarany-CE. O anúncio oficial ainda não foi feito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o que deve acontecer nos próximos dias. Com isso, o América perde a vaga e fica “sem divisão”, precisando se classificar para a disputa da Série D 2011.

Caso Duque ou mais uma lambança do STJD

Por Paulo Vinícius Coelho

A absolvição do Duque de Caxias no STJD, por ter escalado o volante Leandro Chaves com três cartões amarelos contra o Icasa, abriu precedente tão perigoso que fará o Cruzeiro procurar o Tribunal para verificar se Valencia, do Fluminense, tinha condição de estar no banco de reservas na partida Cruzeiro 1 x 0 Flu, pela 29a rodada.

Para que você entenda o caso. Leandro Chaves era jogador do Ipatinga e transferiu-se para o Duque de Caxias com um cartão amarelo, na Série B. Levou mais dois cartões amarelos pelo Duque de Caxias e deveria cumprir suspensão na vitória por 1 x 0 sobre o Icasa. Não cumpriu. O regulamento diz que o controle dos cartões é obrigação do clube e que o jogador carrega seus cartões depois da transferência para outro time da mesma divisão. Mas o Duque de Caxias o fez cumprir a suspensão depois do quarto cartão amarelo, na partida contra o Bragantino.

O clube do Rio de Janeiro pensou errado. O Tribunal mais ainda. Ontem, no julgamento do recurso, deu ganho de causa ao Duque de Caxias. Se não desse, o Brasiliense continuaria na Série B e o Duque seria rebaixado. O blog do Juca alertou na quarta-feira que o julgamento do caso poderia criar jurisprudência e prejudicar o Fluminense na Série A. Entenda: o volante Valencia recebeu seu primeiro cartão amarelo no Brasileirão quando jogava pelo Atlético Paranaense, contra o Internacional. Já no Fluminense, levou o segundo cartão contra o Guarani e o terceiro contra o Corinthians. Cumpriu suspensão na rodada seguinte, contra o Flamengo. O Fluminense fez o certo.
O quarto cartão amarelo de Valencia aconteceu na derrota do Flu para o Santos, por 3 x 0, no Engenhão, pela 28a rodada. Na rodada seguinte, Valencia ficou no banco de reservas contra o Cruzeiro. Não estava suspenso e isso era perfeitamente legal. Mas o STJD disse que o Duque de Caxias fez o certo, ao tirar Leandro Chaves de ação após o terceiro cartão pelo clube, o quarto no campeonato. Desse ponto de vista, Valencia não poderia ficar no banco de reservas do Fluminense contra o Cruzeiro.
O procurador-geral do STJD, Paulo Schmidt, é contrário à leitura do STJD. Diz que o tribunal errou ao dar ganho de causa ao Duque de Caxias. Mas entende que o precedente é mesmo perigoso. “No caso do jogador do Fluminense, se tem três cartões amarelos e está suspenso, não pode estar no banco de reservas. Não importa que não tenha entrado em campo”, diz Schmidt. Ao tomar conhecimento do caso, o gerente de futebol do Cruzeiro foi taxativo: “É claro que vamos ver isso. Vamos ver isso hoje”, disse. “A lei do cartão existe para ser cumprida. Se o tribunal interpreta errado, o que nós podemos fazer?”, pergunta Valdir Barbosa.

… O QUE PENSO EU …
O mais correto, do ponto de vista esportivo, seria o Cruzeiro esquecer o caso e deixar o Fluminense, que agiu certo, em paz. O Fluminense é campeão brasileiro. Isso seria o certo, mas não excluiria que o procurador-geral do STJD fizesse seu trabalho e denunciasse o caso, com base na lambança dos auditores do tribunal. O Fluminense é o legítimo campeão brasileiro. Qualquer decisão diferente disso fará com que a Justiça seja injusta.

Cartola do Águia preso por crime ambiental

A Polícia Federal em Belém/PA deflagrou nesta sexta-feira a “Operação Alvorecer”, com a finalidade de investigar e comprovar a participação de pessoas físicas e jurídicas, possivelmente organizadas em quadrilha, voltadas para a prática de crimes ambientais diversos. Um dos presos pela PF foi o presidente do Águia, Sebastião Ferreira, o Ferreirinha. Ele foi “acordado” pelos policiais em Marabá. A Polícia apreendeu carros e outros bens do cartola, que era vereador na cidade e, segundo as investigações, usava seu poder político para realizar diversas fraudes. Ferreirinha (na foto, à direita)foi reeleito na última terça-feira para mais um mandato no clube marabaense. O esquema baseava-se na aprovação ilegal de vistorias e de licenças para a exploração de madeira e planos de manejo, com do pagamento de propina por empresários madeireiros aos servidores de diversos escalões daquele órgão.

A facilitação e os pagamentos ilícitos se davam através de despachantes, os quais tinham íntima relação com os servidores públicos contratados para reprimir a prática da qual tiravam proveito pelo cargo ocupado. As ações da quadrilha eram audaciosas e organizadas. Há indícios de fraude em mais de 200 processos, que geraram enormes prejuízos e a circulação ilegal de centenas milhões de reais. O valor da” propina” dependia do cargo do envolvido e da sua ingerência na agilização para aprovação e na capacidade de dar aparência de legalidade ao esquema. Ferreirinha já havia sofrido um revés com a barração pelo TRE de sua candidatura a deputado estadual. (Com informações da assessoria da Polícia Federal)

Tribuna do torcedor

Por Alex Bouth (timao.representacoes@terra.com.br)

Ninguém pode ser condenado antecipadamente, mas sinceramente o Luis Omar deu um traço em todo mundo, como os políticos fazem,prometem uma coisa na campanha e depois apresenta outra. O problema que ele vai sofrer junto, pois vai ter que contratar outro treinador na primeira bordoada que tomar (espero não seja em Re-Pa) vai ser mandado embora, mandasse embora um monte de pernas de pau e contrata tudo de novo. E o  Robgol? Sofreu o mesmo traço. O que você acha desse técnico? Sinceramente eu acho que vamos manter a média de 2 a 3 técnicos por ano, pois esse não é o ideal para um trabalho de ano inteiro.

Coluna: A tradição ameaçada

Nossa paixão pelo lado romântico do futebol por vezes nubla o raciocínio mais objetivo. Avaliei, embalado por aquela simpatia natural que o clube desperta em todos os paraenses, que a Tuna estaria na briga direta por uma das vagas à fase principal do Campeonato Paraense. Palpite infeliz. Como já ocorre há duas temporadas, a Lusa corre o sério risco de não participar do principal banquete do futebol local.

O time é fraco, demorou a se armar e garimpou alguns poucos reforços de última hora, mas não conseguiu se estruturar a ponto de fazer frente aos adversários mais fortes desta etapa classificatória. Ananindeua, Castanhal e Parauapebas disputam de verdade o acesso. Os demais – Tuna, Abaeté, Sport, Santa Rosa e Time Negra – estão mais para coadjuvantes, com chances remotas de sucesso.

Pode-se dizer que a Tuna não encarou seriamente o desafio de voltar à elite. Tradicional celeiro de bons jogadores, especializando-se na revelação de nomes a cada ano, a agremiação desta vez não encontrou na base a força necessária para montar um time competitivo.

Além das fragilidades técnicas do time, o futebol tunante padece de falta de suporte e estrutura para atender a equipe profissional. É como se a Lusa de tantas glórias – duas vezes campeã brasileira – tivesse desaprendido a cuidar de futebol.

Na quarta-feira, antes do jogo com o Sport Belém, os jogadores não tinham transporte para ir ao estádio. Alguns se arranjaram em caronas, outros de ônibus e bicicletas, expondo a atual situação do futebol cruzmaltino e o grau de importância que a diretoria confere à modalidade.

Durante anos, várias diretorias da Tuna ensaiaram pedir licenciamento do futebol, a fim de priorizar modalidades amadoras e a vida social do clube. Manuel Chipelo, um de seus mais atuantes e apaixonados dirigentes, jamais permitiu que essa opção prevalecesse.

Pois agora, diante da maneira trôpega e descuidada como o atual time foi formado e entregue a um empresário (Flávio Goiano), entendo que talvez fosse mais digno sair de cena por uns tempos. Para voltar mais forte e com tunantes verdadeiramente comprometidos com a história do clube. 

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Marlene da Silva, torcedora do Paissandu, além de dúvidas quanto às possibilidades de sucesso do recém-contratado Sérgio Cosme, escreve à coluna para criticar a estranha opção dos dirigentes do Paissandu por socorrer o Time Negra, clube dirigido pelo filho do presidente Luiz Omar Pinheiro. “Ou seja, o Paissandu, que deveria estar se preparando para o tal torneio internacional, arrisca seus jogadores num campeonato inferior”.

Para Marlene, o Paissandu vem sendo desrespeitado diariamente. “Atitudes e ações noticiadas estão envergonhando a grande nação bicolor. Diante de tanto descalabros dessa diretoria, estou desmotivada, triste e desesperançada, por isso, tomei a decisão de não ir mais a nenhum jogo do Paissandu enquanto esses incompetentes estiverem no cargo. Também desistir de pagar o sócio-torcedor. Não aguento mais!”.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 10)