Sérgio Cosme chega distribuindo simpatia

Sérgio Cosme foi apresentado na tarde desta quinta-feira na Curuzu e surpreendeu pela simpatia. Carioca, bonachão, o treinador distribuiu beijinhos e abraços, cumprimentou dirigentes e torcedores, mostrando que em termos de relações públicas o Paissandu estará bem servido. Cosme tem 60 anos e tem no currículo boas passagens por Fluminense, Vasco e Grêmio. Ultimamente, trabalhou sem grande sucesso no Vila Nova (como coordenador técnico) e na Portuguesa carioca, como técnico. (Foto: MÁRIO QUADROS)

Dança de cabeças na 1ª fase do Parazão

A chapuletada de 7 a 2 aplicada pelo Castanhal no Abaeté, na quarta-feira, em Abaetetuba, custou o emprego do técnico Nei Sorvetão. Para o seu lugar, o clube chamou o veterano Nélio Pereira, espécie de Lazaroni papachibé, pela mania de falar complicado. Outro derrotado da terceira rodada, o Santa Rosa, também trocou de comando: sai Sérgio Rodrigues e entra Fernando Dourado. Outro que perdeu o emprego foi Zé Carlos, que dirigia a Tuna. Com a segunda derrota (para o Sport, por 2 a 1) em três rodadas, o técnico foi substituído interinamente pelo supervisor Flávio Goiano. Charles Guerreiro segue nas cogitações para assumir a Águia Guerreira do Souza.

Já em situação das mais tranquilas está Mariozinho (foto), comandante do Ananindeua, líder isolado da primeira fase do Parazão, com aproveitamento de 100% nas três rodadas. Outro que está bem na foto é Luís Carlos Apeú, do Castanhal, segundo colocado. Samuel Cândido também segue no comando do Paraupebas, bem como Didi, que dirige o vice-lanterna Time Negra.

Pensata: Os meios e os fins

Por Jânio de Freitas

Estava muito esquisito. Precisar fazer estupro, logo na Suécia de tão dourada generosidade? Ainda se fosse na Suíça, nada a estranhar. E reclamação contra assédio masculino? Na Bélgica ainda podia ser. As coisas, porém, afinal voltam à sua natureza nos lugares apropriados. E fica-se sabendo que a acusação a Julian Assange de “estuprar uma mulher sueca e molestar sexualmente outra”, como os meios de comunicação repetem mundo afora há duas semanas, foi não usar preservativo, pode-se supor que com proveito mútuo, e, no outro caso, um ensaio compartilhado.

Mas a conduta dos meios de comunicação não deixou de atingir a reputação de Assange e, com isso, contribuir para a sufocação que governos poderosos buscam aplicar à divulgação que esse valente australiano faz de documentos sigilosos, pelo seu site WikiLeaks. Não estamos só diante de muitos gatos graúdos e um ratinho que lhes roubou pedaços do melhor queijo escondidos com cuidado. É de liberdade de informação que se trata. É do direito dos cidadãos de saber o que seus governos dizem e fazem sorrateiramente, no jogo em que as peças são as comunidades nacionais.

É de jornalismo que se trata. E os meios de comunicação jornalística estão ficando tão mal quanto os países, governos e personagens desnudados pelo Wikileaks. Era a hora de estarem todos em campanha contra os governantes que querem sufocar as revelações. Ou seja, em defesa da liberdade de informação, da própria razão de ser que os jornais, TVs, rádios e revistas propagam ser a sua.

Com escassas exceções, que se saiba, os meios de comunicação estão muito mais identificados com os governos e governantes do que com os cidadãos-leitores e com a liberdade de informação. A união e a contundência que têm na defesa da sua liberdade de empresas, dada como liberdade de imprensa, não se mostra: segue, nos Estados Unidos, o aprendizado imposto pela era Bush e, no restante do Ocidente, os reflexos desse aprendizado sob a paranoia do terrorismo. Os jornalistas profissionais não estão melhor do que os meios de comunicação. Poucos são os seus recursos de expressão, mas, ao que se deduz do noticiário rarefeito, as manifestações de repúdio à pressão contra as revelações do Wikileaks são feitas por leitores/espectadores. Os jornalistas apenas as registram, pouco e mal.

A VÍTIMA
Forçado a demitir-se da relatoria do Orçamento da União para 2011, sob acusação de destinar verbas a entidades fantasmas de suas proximidades, o senador Gim Argello se diz vítima de injustiça. Tem alguma razão. O que se poderia esperar do suplente de Joaquim Roriz? Apesar disso, foi-lhe entregue a seleção, distribuição e criação de verbas para a governança do país. E, quando faz o que lhe é próprio, forçando-no a sair. Tratamento injusto, sem dúvida.

Copa do Mundo de 2014 pode começar em julho

A Copa do Mundo de 2014 pode ter seu começo atrasado em um mês – ao invés de junho, seria iniciada em julho. Tudo porque a Fifa busca melhorias para a próxima Copa e estuda adiar o começo da competição que será realizada no Brasil, em 2014. As informações são da agência de notícias Reuters. A ideia de fazer com que o Mundial comece em julho, e não mais em junho, faria com que os jogadores que atuam no futebol europeu tivessem mais tempo para descansar após o término da temporada. O presidente da Fifa, Joseph Blatter já havia afirmado que estava atrás de ideias que melhorassem o nível técnico da Copa do Mundo. O suíço ficou decepcionado com a exibição de estrelas como Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney e Didier Drogba na África do Sul. Blatter também havia cogitado publicamente o fim das prorrogações em jogos de Copa do Mundo. O dirigente manifestou descontentamento com a postura defensiva de algumas equipes no Mundial da África do Sul e com o elevado número de empates.

Coluna: Ganso entre os melhores

Mano Menezes foi preciso na avaliação sobre os melhores do futebol brasileiro em 2010. Para ele, caso não tivesse sofrido a lesão no fim do primeiro semestre, Paulo Henrique Ganso tinha todas as condições de ser o grande craque da temporada. Sou suspeito – por ser conterrâneo e declarado fã do estilo clássico do meia santista –, mas o paraense de fato teve uma trajetória impecável em todas as competições que disputou.

Foi assim no campeonato paulista, quando liderou com maestria o renovado Santos de Dorival Júnior. O mesmo se verificou na Copa do Brasil, quando Ganso e Neymar conduziram o Santos ao título máximo, com requintes de alta categoria.

Além desses dois torneios, Ganso brilhou na única participação que teve com a camisa 10 da Seleção Brasileira no amistoso diante dos Estados Unidos, em Nova Jérsei. Matou a pau, como se fosse um craque de larga experiência e rodagem no escrete. Soube distribuir jogadas, alternou passes longos e curtos, dribles sem conta e ainda mandou um disparo na trave norte-americana. Infelizmente, contusão grave forçou uma cirurgia que não estava nos planos do jogador.

Não tenho dúvida, porém, que Ganso é – mesmo levando em conta apenas metade da temporada – um dos grandes destaques do futebol nacional em 2011. O talento que demonstra para distribuir jogadas e visualizar o posicionamento de seus companheiros em campo são características que o credenciam a voos muito mais altos. E, tecnicamente, é um atleta mais completo e superior ao argentino Conca, ungido com justiça o melhor jogador do Brasileiro.

Quis o destino, porém, que Ganso não tivesse a chance de desfilar sua excepcional habilidade para o grande público do certame nacional. E o pior é que talvez não tenhamos outra chance de vê-lo em ação por aqui, visto que já está na alça de mira dos poderosos clubes europeus.

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Comentei decisão da Copa Sul-Americana na transmissão da Rádio Clube, ontem, e fiquei impressionado com a decrepitude técnica do árbitro colombiano Oscar Ruiz. É o típico caso de amadurecimento negativo. Ao contrário do que reza a lógica, Ruiz piorou com o tempo. De mediador elogiado em todo o continente, tornou-se um juiz caseiro, sempre pronto a beneficiar o time mandante, como tantos outros sopradores de apito que infestam a arbitragem mundial.

Ruiz e seus auxiliares validaram dois gols em impedimento do Independiente, permitindo que os argentinos igualassem a contagem provocando a decisão nos penais. Curiosamente, Ruiz não pestanejou em anular gols duvidosos do Goiás, em lances até parecidos com os do Independiente. No aspecto disciplinar, foi complacente com a pancadaria portenha, deixando de expulsar o volante Tuzzio, que bateu até na própria sombra. Por fim, deu acréscimos conforme sua conveniência. Seus erros decidiram o título para o tradicional clube de Avellaneda.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 9) 

Ranking da CBF: Remo à frente do Paissandu

Do portal Terra

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta quarta-feira, em seu site oficial, o Ranking Nacional de Clubes para a temporada 2011. O Grêmio, quarto colocado do Campeonato Brasileiro deste ano, aparece na liderança, enquanto o campeão Fluminense figura apenas na 11ª colocação. A relação é publicada anualmente em dezembro, após o encerramento dos torneios nacionais, sendo válida para as competições do ano seguinte. A CBF atribui pontos aos clubes de acordo com seus desempenhos na Copa do Brasil e no Brasileiro. A pontuação que aparece no ranking, porém, não leva em conta apenas o ano de 2010, mas a soma das temporadas anteriores. O ranking serve para definir os participantes da Copa do Brasil em 2011 – os dez primeiros clubes já estão garantidos, e as outras 54 vagas são definidas através de torneios estaduais. A CBF também divulgou o ranking das federações para 2011, que tem como função indicar quantas vagas cada Estado terá na Copa do Brasil.

Confira os 20 primeiros clubes do ranking da CBF

1 – Grêmio – 2.159 pontos
2 – Corinthians – 2.137
3 – Flamengo – 2.086
3 – Vasco – 2.086
5 – São Paulo – 2.049
6 – Atlético-MG – 2.032
7 – Palmeiras – 2.012
8 – Internacional – 1.996
9 – Cruzeiro – 1.950
10 – Santos – 1.829
11 – Fluminense – 1.723
12 – Botafogo – 1.672
13 – Goiás – 1.523
14 – Guarani – 1.516
15 – Coritiba – 1.515
16 – Sport – 1.501
17 – Portuguesa – 1.405
18 – Atlético-PR – 1.379
19 – Bahia – 1.358
20 – Vitória – 1.355

21 – Náutico – 1.207

22 – Santa Cruz -1.140

23 – Paraná Clube – 1.080

24 – Ceará – 1.055

25 – Ponte Preta – 1.047

26 – Juventude – 867

27 – Remo – 855

28 – América – 725

29 – Fortaleza – 724

30 – Criciúma – 706

31 – Paissandu – 672

32 – Londrina – 631

33 – América (MG) – 614

34 – Figueirense – 601

35 – Joinville – 589