Paissandu sofre bloqueio de receitas

Para que seja coberto um débito do clube com o ex-gerente Almir Lemos, o Paissandu teve suas receitas bloqueadas até que se complete um total de R$ 320 mil. Lemos cuidou de contratação de jogadores na Curuzu até 2005. O bloqueio caiu como uma bomba no clube, principalmente entre os funcionários, que devem ter o 13º salário comprometido.

Área do Carrossel vai à leilão no dia 16

Apesar dos entendimentos iniciais mantidos entre a nova diretoria do Remo e a juíza Ida Selene,  a área do Carrossel vai à leilão novamente no próximo dia 16 de dezembro, às 9h, segundo confirmação do Tribunal Regional do Trabalho. O pregoeiro Aldenor Bohadana confirmou a realização do leilão, mantendo a avaliação do terreno em R$ 6,1 milhões, embora seja possível a arrematação por valor inferior ao estabelecido. Os novos dirigentes do clube ainda não se manifestaram sobre as providências que serão adotadas para impedir a perda de patrimônio. (Com informações do Bola/DIÁRIO)

Parazão pode ter jogos de portões fechados

A velha novela de sempre. Ministério Público Estadual recomenda à Federação Paraense de Futebol a proibição de público nos estádios Mangueirão, Baenão, Curuzu, Zinho Oliveira (Marabá), Barbalhão (Santarém) e Parque do Bacurau (Cametá) para o Campeonato Paraense. Significa, em última análise, que os principais jogos do torneio serão realizados sem torcida. Tudo porque os clubes mandantes não apresentaram cópias da complementação dos Laudos de Verificação de Engenharia (LFV) ao MPE. “Por puro esquecimento”, segundo o presidente da FPF, Antonio Carlos Nunes. Esquecidos ou não, os clubes terão que arcar com as consequências financeiras dessa situação, enquanto a pendência não for solucionada. (Com informações do Bola/DIÁRIO e Rádio Clube do Pará)

O presidente na intimidade

Fotógrafo oficial da presidência desde o início do mandato, em 2002, Ricardo Stuckert mostra uma seleção de fotos que flagram a intimidade do presidente Lula. São situações de viagens, cotidiano no Palácio da Alvorada, visitas aos Estados. Em todas as imagens fica estampada a simplicidade do ex-metalúrgico, que se tornou – por méritos – o presidente mais popular da história do Brasil. Nas três fotos postadas, Lula aparece no avião entre S. Paulo e Brasília; tomando banho de mar no litoral piauiense; e caminhando com a cadelinha Michele nos jardins do Palácio da Alvorada, vestindo a camisa do Vasco.  

Cabra bom esse Lula. Te dizer…

Coluna: O futebol de resultados

Os românticos conseguem enxergar aspectos positivos no expansionismo da Copa do Mundo rumo a países fora do primeiro mundo do futebol. Tudo bem, afinal há gente que vê algo bom até em chuva de canivete. A questão é que a Fifa decidiu abraçar e seguir apostando no modelo inaugurado ainda por João Havelange nos anos 60, quando brandiu a bandeira da quebra do preconceito contra os emergentes da bola. Em teoria, intenções altruístas, mas na prática apenas nuvem de fumaça para disfarçar motivações menos nobres.

Como observei em artigos escritos durante a recente cobertura da Copa sul-africana, a Fifa descortina nos países emergentes a chance de ampliar seu faturamento com obras faraônicas – a Rússia promete orçamento de quase R$ 26 bilhões –, sem os perrengues burocráticos e legais do Primeiro Mundo. Erguer novos estádios em países europeus ou nos Estados Unidos é quase uma desnecessidade. Na Alemanha, em 2006, só foi preciso reformar praças esportivas já existentes. Não por acaso, a Copa germânica foi a última a ser realizada no Velho Continente. 

Por esse ponto de vista, as candidaturas de Espanha/Portugal, Inglaterra e Estados Unidos estavam irremediavelmente condenadas antes mesmo da abertura dos envelopes. Para a Fifa e empreiteiras que lhe seguem mundo afora, é fundamental fincar suas bandeiras em países dispostos a abrir os cofres, mesmo que os estádios depois fiquem sub-utilizados ou simplesmente abandonados – como já está ocorrendo na África do Sul.

O certo é que, com a escolha das sedes de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar), a Fifa oficializou essa nova geopolítica, pautada prioritariamente nos lucros.

Não importa se o Catar tem futebol indigente, com times inexpressivos e torcida que ignora o esporte. O que vale é a boa vontade das ricas famílias árabes na hora de bancar os projetos de mega-arenas.  

Em função disso, a Europa ocidental – palco dos mais importantes torneios de clubes do planeta e continente que alavanca o futebol como negócio – ficará pelo menos 20 anos sem receber uma Copa do Mundo, ausentando-se de cinco edições do torneio, fato inédito nos 80 anos da competição.

O próximo mundial a visitar o continente deve ser o de 2026, isto se algum emergente asiático, árabe ou da Oceania (único continente ainda não contemplado) não se candidatar pelo meio do caminho. Não nos iludamos: a Fifa vai onde o dinheiro está.

Toda essa mudança de estratégia, evidenciada na Copa de 2002, dividida por Japão e Coréia do Sul, vem acompanhada de solavancos na credibilidade dos comitês de escolha dos países-sede. A cada nova rodada, surgem suspeitas e denúncias quanto ao envolvimento de delegados da entidade no favorecimento a candidatos. Os portugueses, insatisfeitos com a derrota de ontem, dizem que as cartas estavam marcadas. Os ingleses chiam. Barack Obama parte para o ataque. Parece choro de perdedor, mas a Fifa (e sua secular falta de transparência) enseja todos esses protestos.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 3)