O presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedito Barbosa da Silva Júnior, disse nesta terça-feira que diante das dificuldades de alguns Estados em viabilizar a construção de arenas, o número de cidades-sede da Copa de 2014 pode ser modificado. Silva Júnior destacou que esta é uma avaliação individual, que não faz parte do comitê organizador e nem de governo, mas disse que o número poderia ser reduzido para oito a dez cidades. A Odebrecht Infraestrutura participa da construção de quatro arenas para a Copa: a de Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. O executivo destacou que a Odebrecht só participa de projetos de arenas que julga que serão viáveis economicamente após a Copa.
“Não enxergo 12 sedes como viáveis, acho que ao longo do tempo vai se ajustar isso para oito ou dez sedes. Isso vai ser uma coisa natural. Parece algo chocante para as pessoas, mas alguns estádios vão ter dificuldade para sustentar os seus investimentos”, disse, confirmando as desconfianças generalizadas em relação ao projeto original de 12 subsedes. Ele afirmou ainda que diante de problemas estruturais, de licitação e de demanda após a Copa, os governos que estão investindo podem refazer os planos, mas esta seria uma decisão dos próprios governos.
Entre os exemplos de estádios que poderão enfrentar dificuldades, ele mencionou a arena de Natal, que teve a licitação suspensa. A cidade apresenta hoje uma nova proposta de parceria público-privada ao COL (Comitê Organizador Local). O deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), presidente da Subcomissão de Fiscalização da Copa de 2014, afirmou que o país deveria aproveitar a entrada do novo governo para renegociar os compromissos assumidos com a Fifa.(Com informações da Folha SP)