O Paissandu apresentou na noite desta segunda-feira seu quinto reforço visando a temporada 2011. De surpresa, o volante Alisson, de 24 anos, chegou à Curuzu mostrando segurança, revelando ter sido indicado pelo técnico Sérgio Cosme. Ele teve passagens por Vila Nova (GO) e Brasiliense (DF). No Vila Nova, ele conseguiu o acesso à Série B com Sérgio Cosme, em 2007. Nascido em Paracatu (MG), Alisson tem 1,80 m e 77 kg. Sua última equipe foi o Brasiliense, rebaixado para a Série C. (Com informações da Rádio Clube)
Dia: 20 de dezembro de 2010
Pausa para a grande arte
A frase certeira
“Quero ganhar a Libertadores, esse é o meu foco, mas não desisto dos outros também. É difícil, mas dá para ganhar o Paulista e o Brasileiro. Sonho alto mesmo. Estou trabalhando firme na recuperação e muito animado para o ano que vem. Agora, com família a amigos do lado, fico com 100% de certeza de que vou fazer um ano de 2011 muito bom”.
De Paulo Henrique Ganso, curtindo as férias em Belém e preparando a volta triunfal.
Comelli aprova volta de Edinaldo ao Baenão
Dentro do espírito nataliano, o Remo resolveu dar nova chance ao lateral-esquerdo Edinaldo. Depois de passar parte da temporada no Paissandu, o jogador revelado pela base azulina foi aprovado pelo técnico Paulo Comelli e deverá ser anunciado hoje como reforço para 2011.
Som na madrugada – Gilberto Gil, Three Little Birds
Coluna: O técnico que pensa
Um sujeito obcecado. Não por futebol, mas pela perfeição. José Mourinho é assim. O Special One, consagrado no Chelsea e na Internazionale, enfrenta turbulências iniciais no Real Madri, mas dá mostras de que segue inflexível quanto a conceitos aplicados ao esporte. Objetividade e aplicação tática no jogo e dedicação máxima aos treinos são mandamentos que todo treinador que se preze costuma defender, mas os jogadores que conhecem Mourinho sabem que são itens cobrados rigidamente.
A personalidade forte, perigosamente próxima da arrogância, é apontada por todos que o conhecem como um fator positivo na afirmação de seu trabalho. Entre os ingleses, normalmente hostis a estrangeiros, conseguiu se impor pela altivez com que conduziu o elenco do Chelsea. No Real Madri, depois de rápida e vitoriosa passagem pela Inter de Milão, amargou a pior derrota da carreira: um acachapante 5 a 0, com direito a olé, para o rival Barcelona.
Qualquer outro técnico balançaria no cargo, mas Mourinho reagiu no melhor estilo Mourinho. De cabeça erguida, imperturbável, aceitando o revés, mas sem admitir inferioridade. A entrevista longa e reveladora do marrento lusitano ao repórter Vincent Machenaud, da France Football, foi um dos acontecimentos do fim de semana esportivo na Europa.
A maneira corajosa de lidar com a imprensa, sem qualquer titubeio ou hesitação, é um dos traços da personalidade de Mourinho, que alguns costumam avaliar como produto de treino pessoal. Ele, porém, simplifica as coisas. Diz que se fortalece a cada nova conquista e que usa o conhecimento sobre futebol para enfrentar o cerco midiático.
Apesar de reconhecer a importância do êxito obtido na Inglaterra, tanto que elege a Champions League como habitat natural, avalia que o futebol italiano foi o que lhe deu mais trabalho pela força dos sistemas táticos e o equilíbrio entre os times de ponta.
Conta, sem afetação, que aconselhou um jogador (Nicolas Burdisso) a sair do time, para o seu próprio bem. Com humildade, o argentino aquiesceu, para tempos depois tornar-se o mais disciplinado atleta sob o comando de Mourinho. Na mesma linha, enche a bola do brasileiro Marcelo, que não foi à Copa, mas cresce a cada dia como polivalente no Real Madri.
Uma sentença, repetida de formas diversas ao longo da matéria, resume bem o pensamento de Mourinho: “Gosto de pensar como penso e gosto que as pessoas que me cercam pensem assim: que somos fortes, que somos os melhores, que ninguém pode nos vencer. As pessoas afirmam que é uma atitude arrogante, mas a considero respeitosa. Quando você diz que deseja ser forte, você não se esquece de que os outros também são fortes”. Sem dúvida, o mundo está diante de um técnico que pensa.
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A Tuna, apesar da belíssima arrancada, pode ficar novamente de fora da divisão principal do futebol paraense. Os tropeços nas rodadas iniciais pesam na conta final. Em terceiro na classificação, não depende mais de suas forças para obter a vaga. Castanhal e Ananindeua, caso confirmem os prognósticos, devem ser os eleitos.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 20)