O presidente do Paissandu, Luiz Omar Pinheiro, anunciou nesta sexta-feira quatro contratações para a temporada 2011. A mais surpreendente é a do veterano zagueiro Ari, de 32 anos, que defendeu o Águia neste ano e já passou pelo Paissandu em 2001. O segundo reforço é o volante Cristiano Laranjeira, 25 anos, que defendia a Portuguesa da Ilha do Governador (RJ), ex-clube do técnico Sérgio Cosme. O terceiro nome é do lateral direito Sidny, 29, que vem para suprir a posição que seria ocupada por Ley, ex-Rio Branco (AC), que preferiu defender o Águia. Por fim, foi anunciado o lateral esquerdo e meia Hadson, 29, que já defendeu o Paissandu. Além desses, o clube recebeu para testes o meia Marcelo Fernandes, o volante Maninho e o zagueiro Leandro, todos oriundos de Canaã dos Carajás. (Com informações da Rádio Clube).
Dia: 17 de dezembro de 2010
Promessa de nova zebraça?
Pendurando os suspensórios
A TV norte-americana viveu uma noite histórica nesta quinta-feira. O apresentador Larry King despediu-se do ar, na CNN, depois de 25 anos ininterruptos no ar. Aos 77 anos, King já não conseguia ostentar os mesmos números de audiência do auge. Caiu para a terceira posição e vinha despencando cada vez mais. Para piorar, vinha cometendo gafes seguidas no ar (mais ou menos como Jô Soares cansa de fazer por aqui). No programa final, foi homenageado com as participações gravadas do ex-presidente Bill Clinton e do atual, Barack Obama. Para o seu lugar, a CNN já tem engatilhada a estreia de Piers Morgan, que também fará um programa de entrevistas.
Capa do DIÁRIO, edição de sexta-feira, 17
Capa do Bola, edição de sexta-feira, 17
Rock na madrugada – Beatles, I’m So Tired
Coluna: Um resgate histórico
Depois de tantas decisões estapafúrdias, a CBF finalmente vai dar uma dentro. Nos próximos dias, a entidade deverá oficializar a unificação de títulos nacionais, reconhecendo as competições oficiais (Taça Brasil e torneio Rio-São Paulo) anteriores a 1971, quando foi criado o atual Campeonato Brasileiro.
Como era de esperar, a decisão não agradou a todos. Há quem veja por trás disso apenas uma manobra política de Ricardo Teixeira para desviar o foco das denúncias sobre suposto suborno envolvendo a complicadíssima firma ISL. Outros consideram “injusto” equiparar os campeonatos do passado com a atual fórmula de pontos corridos.
Um argumento muito utilizado pelos detratores da idéia é de caráter puramente quantitativo. Dizem, por exemplo, que o Santos faturou todos aqueles títulos jogando pouco mais de 20 partidas ou que em 1968 houve desistências importantes que facilitaram a conquista do Botafogo. Esquecem, deliberadamente, que o Santos tinha Pelé, Dorval, Coutinho, Mengálvio, Zito e Pepe. Que o Botafogo era apelidado de Sele-Fogo porque escalava Jairzinho, Paulo César, Gerson, Rogério e Roberto Miranda. E que o Palmeiras era a Academia, alinhando Ademir, Dudu, Valdemar Carabina, Djalma Santos. O fato é que alguns dos atuais ídolos não seriam nem reservas nessas equipes.
Por outro lado, caso esse critério tenha que ser seguido a ferro e fogo, as primeiras Copas do Mundo perderiam validade, pois os europeus se recusavam a fazer as longas travessias de navio para jogar na América do Sul, esvaziando a disputa. Da mesma forma, os primeiros campeonatos estaduais seriam irrelevantes porque muitos eram disputados por três ou quatro times.
Por sorte, a maioria compreende o alcance e a dimensão do gesto. Trata-se de um resgate histórico dos torneios disputados na época áurea do nosso futebol, quando conquistamos nada menos que três Copas do Mundo. Período em que o torcedor se deliciou com o Santos de Pelé, o Botafogo de Mané e o Cruzeiro de Tostão.
O debate em torno do reconhecimento desses títulos serviu também para evidenciar alguns absurdos monumentais, como o fato de monstros como Pelé e Ademir da Guia não serem considerados campeões brasileiros. Quando os seis títulos do Santos e os dois do Palmeiras forem oficializados, a injustiça será reparada.
Entendo que o resgate dessas conquistas é um tributo ao futebol brasileiro de primeira linha. Jamais veremos de novo a reunião de tantos craques diferenciados numa só geração e os clubes nacionais nunca terão a chance de alinhar tantos talentos por tanto tempo. Hoje, os bons jogadores passam no máximo uma temporada no clube de origem, antes de serem recrutados pelo rico futebol europeu.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 17)