Ditador norte-coreano queria show de Clapton

Essa é boa. O recluso regime comunista da Coreia do Norte pediu aos Estados Unidos que negociassem um show do músico britânico Eric Clapton em Pyongyang, alegando que poderia ajudar a persuadir o ditador Kim Jong-il a permitir ajuda humanitária no país, revela documento diplomático americano divulgado pelo site WikiLeaks. O telegrama, publicado pelo jornal britânico “The Guardian”, é datado de 22 de maio de 2007 e assinado pelo embaixador dos EUA em Seul, na Coreia do Sul. Segundo o embaixador, as autoridades norte-coreanas sugeriram que o show poderia ser útil nas negociações com o regime comunista, já que o segundo filho de Kim, Kim Jong-chol, era “um grande fã” do músico.

“Uma performance poderia ser a oportunidade construir boa vontade”, diz o documento. “Conseguir um show de Eric Clapton em Pyongyang poderia ser útil, dada a devoção do segundo filho de Kim Jong-il à lenda do rock”. O plano teria que vencer, contudo, as estritas regras do governo norte-coreano, que proíbe rock e pop por causa das influências ocidentais. Em 2008, afirma o “Guardian”, foram divulgadas notícias de que Clapton “em princípio” concordou em fazer um show na Coreia do Norte, em 2009. Mais tarde, contudo, o músico negou ter concordado com o show. Em comunicado, sua porta-voz afirmou que “ele recebe muitas ofertas para shows ao redor do mundo” e “não há acordo nenhum para ele tocar na Coreia do Norte”. (Da Folha SP e do The Guardian)

É preciso reconhecer que o malucão norte-coreano pelo menos tem bom gosto musical.

CBF vai unificar títulos nacionais de 59 a 70

O Rei se prepara para assumir o trono também no Brasileirão. Pelé vai virar, ainda este mês, o “Senhor do Campeonato Brasileiro”. O anúncio será feito pela CBF, que vai oficializar a unificação dos títulos brasileiros de 1959 a 1970. Um velho pedido de Santos, Palmeiras, Fluminense, Bahia, Botafogo e Cruzeiro. Pelé será a grande atração da cerimônia que vai ser promovida pela entidade. Com a mudança de critérios, o Santos vai passar a ter mais seis títulos nacionais e Pelé vai superar Zinho e Andrade, que com cinco conquistas atualmente são os maiores vencedores da competição. Além do Rei, Coutinho, o volante Lima e o meia Mengálvio participaram das seis campanhas de 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968.

O Peixe vai ser o maior beneficiado com a mudança da CBF. O Santos passará a ser o maior vencedor nacional com oito conquistas. O Palmeiras, que vai ter mais quatro títulos incorporados na história, também será octacampeão. Os dois rivais paulistas vão superar São Paulo e Flamengo, que atualmente são os maiores vencedores, com seis títulos cada.

O Bahia vai passar a ser considerado oficialmente o primeiro campeão brasileiro, mérito que atualmente pertence ao Atlético-MG, vencedor em 1971. Cruzeiro, Botafogo e Fluminense também vão passar a ter mais um título na coleção. Os títulos que a CBF vai passar a contar na lista de campeões nacionais:

Taça Brasil
1959 – Bahia
1960 – Palmeiras
1961 – Santos
1962 – Santos
1963 – Santos
1964 – Santos
1965 – Santos
1966 – Cruzeiro
1967 – Palmeiras
1968 – Botafogo

Torneio Roberto Gomes Pedrosa / Taça de Prata
1967 – Palmeiras
1968 – Santos
1969 – Palmeiras
1970 – Fluminense

(Com informações do bola Primeira Mão)

Cabeça assume e recebe “presente” de AK

Sérgio Cabeça Braz será aclamado hoje presidente do Remo para o biênio 2011/2012. Herda, de cara, um presente de grego: o empréstimo de R$ 1 milhão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que será depositado ainda nesta semana na conta do clube, segundo o presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Antônio Carlos Nunes, que intermediou a operação. O pedido de empréstimo foi feito pelo presidente Amaro Klautau para quitar os salários atrasados dos funcionários remistas. Como garantia, AK ofereceu as cotas de patrocínio da Funtelpa do biênio 2011/2012. O dinheiro deve ser usado integralmente para impedir que a área do Carrossel seja leiloada pela Justiça Trabalhista. Diante do arranjo contábil feito pelo atual presidente, a nova administração enfrentará os próximos dois anos sem receber dinheiro do patrocínio do governo do Estado. 

Este é o segundo empréstimo feito pela CBF ao Remo só neste ano. Antes da Copa do Mundo, Antônio Carlos Nunes e AK estiveram na sede da CBF. Foram pedir a Ricardo Teixeira um empréstimo de R$187.500,00. A garantia dada por este empréstimo também foi a cota do patrocinador. Mas a dívida, que venceu no último dia 15 de novembro, ainda não foi quitada – e nem vai ser, levando em conta a pindaíba atual do clube. 
AK, que publicadamente alardeava praticar uma gestão moderna, contribuiu decisivamente para o aumento do montante da dívida atual – entre pendências cíveis, trabalhistas, salários atrasados e indenizações -, avaliada em mais de R$ 14 milhões. Para completar o “legado”, AK não prestou contas do presente exercício, apesar das seguidas cobranças por parte de conselheiros de oposição. (Com informações do Bola e da Rádio Clube)

Jobson é homenageado em Conceição do Araguaia

Jóbson, atacante do Botafogo-RJ, participou no último sábado de grande programação beneficente em sua cidade, Conceição do Araguaia. Além de receber o carinho de amigos e admiradores, o jogador participou de partida amistosa em prol da Apae local. Antes de a bola rolar, Jóbson foi homenageado em função da ajuda que dá aos serviços sociais desenvolvidos pela associação. No jogo, mostrou desembaraço e marcou cinco gols no embate entre seleção municipal e time dos amigos de Jóbson. Conceição do Araguaia levou a melhor por 6 a 3. À beira do gramado, ao receber os cumprimentos da torcida, o atacante disse que sua permanência no Botafogo ainda está indefinida. (Com informações e fotos de DELMIRO SILVA)

Coluna: A pesada herança remista

Todo ano acontece a mesma coisa: às vésperas de nova temporada, Remo e Paissandu enfrentam as mesmas incertezas quanto à formação de elencos. Em relação ao rival, os bicolores desta vez estão um pouco à frente, pois conservaram parte do plantel que disputou o Brasileiro da Série C. O recém-contratado técnico Sérgio Cosme pode avaliar o estágio técnico de titulares e reservas, devendo recomendar duas ou três contratações para completar o grupo. 

No Evandro Almeida, apesar da chegada de uma nova diretoria, que tratou logo de contratar técnico e superintendente de futebol, há uma grande indefinição quanto ao time a ser formado para a disputa do campeonato estadual.

A situação é tão séria que, caso tivesse que estrear hoje, o Remo não teria um time completo para escalar. Por enquanto, as opções disponíveis para o técnico Paulo Comelli são os quatro novos contratados e garotos das divisões de base que formam equipes para um treino coletivo, mas não têm qualidade (e experiência) para encarar uma competição profissional.

Comelli tem acompanhado jogos da primeira fase do Parazão, atento a jogadores que podem ser aproveitados pelo Remo, mas as investidas têm esbarrado no valor das propostas dos atletas. Quase todos exigem salários acima de R$ 10 mil, muito acima do teto atual do clube e incompatível com a realidade do futebol regional.

Diante da súbita inflação salarial, as atenções se voltam para o futebol de Estados vizinhos, como o Maranhão, onde Comelli já trabalhou. Outra alternativa buscada é o mercado paulista, mas aí surge uma outra barreira: a ausência de uma competição nacional no calendário remista. Por ora, o clube só disputará o certame paraense, precisando se classificar como representante estadual no Brasileiro da Série D.

Correndo contra o tempo, o superintendente Armando Bracalli e o próprio Comelli têm se desdobrado para contratar jogadores, mas o grande entrave é a curta duração dos contratos. O centroavante Aluísio Chulapa (ex-São Paulo e Brasiliense) foi uma dessas baixas.

Depois de muita negociação, está prevista a aquisição de dois goleiros e de um meia-armador com passagens por grandes clubes. Ainda assim, o elenco estará incompleto para os primeiros compromissos de 2011. São dificuldades criadas pela própria trajetória do Remo nos últimos dois anos, quando passou mais de 13 meses em completa inatividade. E é apenas parte do pesado fardo herdado pela nova diretoria do clube.

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As surpreendentes derrotas de Ananindeua e Castanhal na quarta rodada da primeira fase do campeonato embolaram completamente a disputa, abrindo chances para Parauapebas, Tuna, Abaeté e Sport. A rigor, somente o Time Negra – mesmo com os reforços cedidos pelo Paissandu – está inapelavelmente eliminado. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 13)