Remo e Santa Cruz tem times definidos

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Remo e Santa Cruz já estão definidos para o jogo desta noite no estádio Evandro Almeida. O técnico Flávio Araújo escalou o Remo da seguinte forma: Fabiano; Zé Antonio, Carlinhos Rech e Henrique; Toni (foto), Nata, Endy (Eduardo), Josy e Berg; Branco e Paulista. Já o Santa Cruz está escalado com Evandro; Léo Rosas, Charles, Roberto e Rayro; Mael, Lê, Fininho e Soares; Jailson e Fábio Oliveira. O jogo começa às 20h30. A arbitragem será de Edeval Augusto Ferreira. Ingressos de arquibancada a R$ 20,00. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola) 

O passado é uma parada…

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Parada de 7 setembro na antiga avenida 15 de Agosto, hoje Presidente Vargas. Na época, década de 40, os desfiles tinham participação das agremiações esportivas. Na foto (de autor desconhecido), aparece a briosa delegação de remadores do Clube do Remo.

O técnico, esse injustiçado

Por Roberto Vieira

Não faz gol. Não bate falta. Não defende pênalti. Não dá carrinho.

Sem ele? O futebol seria igualzinho. Mas não haveria o mordomo. Goleiro papa frango.

Centroavante perde gol. Mas o técnico de futebol é sempre o último culpado.

É ele quem distribui as camisas.

Prosaico.

O técnico surgiu quando havia mais de onze caras querendo chutar uma bola.

O técnico era o décimo segundo. O perna de pau? O décimo terceiro.

Técnico foi o cara que botou o perna de pau no banco. E o perna de pau virou crítico de futebol.

O primeiro a esculachar o técnico na derrota.

O perna de pau se achava gênio da pelota. O sabe tudo. Só o técnico não via essa verdade.

Pois é.

O crítico no banco de reserva. Viria a se tornar torcedor nas arquibancadas e sociais.

Ou cronista esportivo.

Torcedor e cronista que não tem nada de décimo segundo jogador. Camisa 12?

É o técnico…

Pensata: O mal venceu

Por Cláudio Lembo (*)

A falsa sensação de plenitude invadiu as pessoas. Todos se imaginam, tal como os super-heróis da televisão, imortais. Esquecem a finitude da vida. A inafastável presença da morte. As pessoas são “seres-para-a-morte”. Ninguém escapará deste destino biológico. Para muitos, o temor do inevitável é tanto, que, só de pensar, tremem em seu interior. No passado, em razão da fragilidade da medicina e da presença de conflitos bélicos permanentes, a morte era lembrada e utilizada como instrumento de dominação.

Houve época – como no romantismo – em que a morte era saudada como a companheira desejada. Estava sempre presente nas endemias, então constantes, como a tuberculose. Agora, os velhos desejam permanecer eternos jovens. Os jovens querem viver o presente em sua plenitude. Os adultos preocupam-se com a sobrevivência, sem quaisquer preocupações filosóficas.
Vive-se no interior de uma humanidade materializada. Não há preocupações com tudo aquilo que não é contingente. Este estado de alienação se rompe quando o medo atinge as consciências.
Este medo vai crescendo, em proporção geométrica, por todo o Brasil e de maneira muito especial em São Paulo. A morte ronda a cada cidadão, como se todos fossem objeto de uma roleta russa.
Este sentimento de medo – seguido de indignação – atingiu seu ápice, nesta última semana, na capital paulistana. Uma jovem de vinte e cinco anos, grávida de nove meses, foi brutalmente assassinada.
O agressor, autor do estúpido homicídio, um homem de vinte e dois anos, que, para roubar, atingiu com um tiro na cabeça a sua indefesa vítima. A violência contra a jovem fez surgir, no coletivo, a presença da morte.
Todos perceberam que estão sujeitos à perda da vida, a qualquer momento, na cidade onde vivem. Constataram que o Estado, concebido para oferecer segurança aos cidadãos, falha em uma das suas principais atribuições.
Rousseau, o pensador genebrino, aponta para uma verdade inegável: o pacto social tem por função a garantia da segurança pública. A vida não é apenas uma dádiva da natureza. É também uma condicionante do Estado.
Ora, se todos se sentem frágeis, porque o Estado não oferece segurança, há algo profundamente doentio na vida pública nacional. Os três entes federados devem se debruçar sobre o tema.
Ausência de segurança pública levará a uma entropia sem volta. A vida – tão cantada em prosa e verso – não vale nada nas cidades brasileiras. Apesar da ausência do culto à morte, esta venceu.
Tornou-se companheira inseparável da mais singela ação em nossas ruas. Já não se pode andar a pé. Trafegar em veiculo particular. Usar transporte coletivo.
Em qualquer lugar – inclusive no interior dos domicílios – a morte espreita e ingressa. É a bala perdida. É o tiro certeiro. A emboscada traiçoeira. Ninguém está livre de morrer pelas mãos de assassinos cruéis.
Do Estado espera-se que cumpra suas obrigações com a coletividade. Não iniba seus agentes da ação de preservar a vida dos cidadãos prestantes. Valorize suas polícias. Não desprestigie seus agentes.
A insegurança ocupou todos os espaços do pensamento de cada cidadão. A morte de uma jovem – que como último ato deu vida à filha – é símbolo amargo de uma sociedade sem rumos.
A próxima vítima já está marcada. Cairá a qualquer momento. As autoridades sequer condolências enviarão. A vida já não tem importância. A morte foi eleita senhora absoluta de nossas cidades.
(*) Advogado, professor e ex-governador de São Paulo.

A pergunta do dia

Até quando o futebol paraense continuará a conviver com ingressos falsos, alguns vendidos até mesmo nas bilheterias dos estádios e pontos de venda oficiais? (Para o jogo Paissandu x São Francisco, torcedores foram enganados com bilhetes falsificados adquiridos nas farmácias Big Ben)

Protesto contra Lula em SP reúne 20 pessoas

Do Blog do Noblat

No segundo domingo de 2013, um protesto convocado pelas redes sociais contra a corrupção e o ex-presidente Lula conseguiu reunir apenas 20 pessoas na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).

O lema dos manifestantes era “Mexeu com o Brasil, mexeu comigo”, numa resposta ao movimento “Mexeu com Lula, mexeu comigo”, que se fortaleceu nas redes sociais após as denúncias de Marcos Valério contra o ex-presidente.

Numa das faixas, Lula era chamado de ladrão. Um dos presentes, o professor Antonio da Silva Ortega, disse que estava presente por temer que o Brasil se transformasse “numa Cuba ou Venezuela”. Pelas redes sociais, 1,8 mil pessoas haviam confirmado presença, mas apenas vinte compareceram, no domingo chuvoso em São Paulo.

Estreia dentro da normalidade

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Por Gerson Nogueira
O São Francisco foi bravo, determinado e agressivo na medida das suas possibilidades. No fim das contas, fez por merecer um bom resultado. Talvez, com alguma sorte, tivesse até levado os três pontos, pois um dos gols anulados pareceu legal. Acontece que, ao longo dos 90 e poucos minutos, o Paissandu desfrutou de inúmeras oportunidades para vencer, com folga. A primeira meia hora de jogo foi inteiramente alviceleste. Os atacantes João Neto e Rafael tiveram várias chances, Gaibu também. O primeiro gol foi resultado claro do melhor desempenho do Paissandu em campo. Em quatro toques a bola foi parar no fundo das redes. Pena, para a grande torcida presente, que o time não tentou repetir a beleza coletiva desse lance no restante do confronto.
bol_seg_140113_15.psNo segundo tempo, o São Francisco veio mais adiantado, arriscando chutes com Caçula, mas acabou vítima de um lance estabanado de sua defesa. O pênalti, convertido por Pikachu, deu a falsa impressão aos bicolores de que a parada estava ganha. Dizem as leis do futebol que o 2 a 0 é um escore traiçoeiro, o que é apenas meia verdade. O certo é que, instantes depois, veio o gol santareno em belo disparo de Caçula, um dos nomes da manhã domingueira na Curuzu. Apesar da vantagem magra, o Paissandu diminuiu o ritmo. Eduardo Ramos entrou em lugar de Djalma, Héliton substituiu Rafael e o time ficou mais lento, talvez denunciando cansaço.
O certo é que, tirando duas jogadas que Héliton podia ter levado a bom termo, o Paissandu se limitou a controlar o jogo, buscando explorar os contra-ataques. O São Francisco, que não se conformou com a desvantagem, acabou empatando nos acréscimos em lance originado de uma bobeira do zagueiro Tiago Costa. E que não se crucifique o jovem beque, que fazia partida correta até então.
De maneira geral, além da festa para Iarley, os quase 10 mil pagantes que compareceram à Curuzu tiveram poucos momentos de alegria. E sofrer um gol no final é coisa sempre frustrante, mas o tropeço não diz exatamente o que é o atual time do Paissandu, cujas peças ainda estão se ajustando e esperando melhor condicionamento. Apesar de algumas vaias surgidas depois da partida, é preciso entender que, nas circunstâncias, o empate foi resultado absolutamente normal.
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Interior brilha nos gols
Pertenceram aos times do interior os gols mais bonitos da primeira rodada do Parazão até agora. O de Aleilson (do PFC), aos 30 minutos do segundo tempo, no Parque do Bacurau, resultou de habilidade e técnica. E decretou o triunfo do campeão da Segundinha contra o atual campeão estadual. Já a patada de Caçula ontem na Curuzu abriu caminho para a reação do São Francisco no jogo, reafirmando a condição de azarão dos azulinos de Santarém.
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Como Elvis, agora ou nunca
Sob a expectativa de três novas contratações, o Remo marcha hoje para uma campanha que pode representar um divisor de águas na história moderna do clube. Mais ou menos como naquela música de Elvis Presley, it’s now or never. Caso fracasse neste campeonato, o clube (sim, estou falando de toda a instituição) sofrerá um retrocesso brutal. As finanças, que já não são lá muito sólidas, tendem a um estouro negativo sem precedentes. Fracassar, para o Remo, significa não conquistar o título. Para ter calendário no segundo semestre, o clube precisa vencer o Parazão, garantindo presença na Série D.
A diretoria aposta tudo nesse projeto. Talvez por isso esteja lutando bravamente para bater seu próprio recorde de contratações, estabelecido no ano passado. O Remo, em outras palavras, não pode errar. E os acertos dependerão muito da primeira impressão que o time deixar no campeonato. O diabo é que a estreia será contra um franco-atirador, o Santa Cruz de Cuiarana, um time sem torcida, história ou patrocinador. Tem pouco a ganhar e nada a perder.
Os comandados de Flávio Araújo devem ter percebido a angústia da torcida já no amistoso diante do Castanhal, há dez dias.
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Mano e o pé-de-meia
A informação de que Mano Menezes deixou o cargo de técnico da Seleção Brasileira com a modesta soma de R$ 4,3 milhões na conta bancária faz a gente refletir sobre as fortunas que envolvem hoje o negócio futebol no Brasil. Multipliquemos, então, esses ganhos de Mano – que não ganhou rigorosamente nada no comando do escrete – por comissões e mimos decorrentes das esquisitas convocações de pernas-de-pau diversos ao longo de sua gestão. Fernandinho, Elias, Jadson, Lucas Silva e outros menos lembrados integram sua contribuição à galeria de boleiros que em algum momento – por razões obscuras – merecem a atenção de técnicos da Seleção.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 14)

O que acabou continua

Por Janio de Freitas

Com a provável aposentadoria voluntária do ministro Celso de Mello já nos primeiros meses deste ano, a Ação Penal 470 volta a prometer muito mais suspense do que o esperado para sua etapa final. E com muito maior abertura para novidades do que admitiram, até aqui, os convictos de que “o julgamento está encerrado e nada mais se altera nele”.

No ano a decorrer ainda com a tramitação da 470, segundo prevê o procurador-geral Roberto Gurgel, o desejo de Celso de Mello resultaria em três votos novos entre os ministros do Supremo Tribunal Federal. O primeiro deles, com a revelação de suas tendências jurídicas, depende apenas de tornar-se público: o ministro Teori Zavascki já está empossado, embora ainda silencioso, no tribunal.

A vaga já existente, com a aposentadoria compulsória de Carlos Ayres Britto, permanece em razão de uma surpresa feita por Dilma Rousseff. Seu comentário de que a demora das substituições dá oportunidade à ação dos pedintes e lobistas de candidatos, como se deu antes da nomeação de Luiz Fux, insinuava o rápido preenchimento do lugar de Ayres Britto.

Aqui mesmo registrei a esperada presteza da nomeação, no entanto não confirmada sem nenhum motivo conhecido para isso. Mas não deverá tardar quando encerrado o recesso do Judiciário, em fevereiro, porque prejudica o funcionamento do tribunal.

Por fim, haveria a nomeação do substituto de Celso de Mello, se ele confirmar o desejo de encerrar a carreira iniciada com sua nomeação pelo então presidente Sarney, por indicação do consultor-geral da República à época, o jurista Saulo Ramos, do qual era assessor.

É notório que poucas votações, no julgamento da 470, deram-se sem caracterizar duas tendências muito nítidas no tribunal. Houve até empates, quando eram dez ministros, e decisões por diferença de um voto, quando eram nove. Bastará que um dos novos ministros, em certas questões, ou dois se mostrem juízes mais rígidos, na exigência de segurança das razões para o seu voto, e a corrente quase sempre derrotada pode tornar-se maioria. Possibilidade bastante para que Celso de Mello seja pressionado a desistir da sua manifesta vontade de aposentar-se em futuro próximo.

Mas nem a permanência de Celso de Mello, o produtor de socorros teóricos para muitas condenações, garante a inexistência de suspense e novidades. Três novos as tornam quase inevitáveis em vários quesitos, mas dois já as tornam prováveis.

MOITA

O que mais interessa na entrevista do procurador-geral, Roberto Gurgel, à Folha, é o motivo que o levou a querer dá-la. Ele já dissera que “o mensalão era muito maior” do que o julgado pelo STF. Também quase todo o restante foi, digamos, entrevista de reiterações. Mas o motivo indeclarado pode ser novo.

CRIMINAL

A Agência Nacional de Saúde (ANS) e o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar cometem um insulto a 48,7 milhões de brasileiros, ao designá-los como “beneficiários de planos de saúde”. Beneficiários são os planos, que recebem e têm lucros. Os 48,7 milhões pagam. São pagadores e nem se pode dizer que sejam clientes: pagam e, apesar fazê-lo, a tal agência, quando desperta de sua distração, suspende 225 planos de saúde por maus ou irrealizados atendimentos. São casos de estelionato judicialmente impune. Com a colaboração da ANS, ou os planos condenados não chegariam ao número absurdo de 225.

Cabra bom.