A batalha de Duda contra Duda

Por José Carlos Teixeira

Três décadas depois de comandar a campanha publicitária contra a divisão da Bahia, o marqueteiro Duda Mendonça vai enfrentar… Duda Mendonça. Dessa vez, Duda vai comandar a propaganda que os comitês separatistas realizarão nos 40 dias anteriores ao plebiscito que decidirá, em dezembro, o desmembramento do Pará em três estados. Mas os defensores da integridade territorial do estado já avisaram: vão imitar as peças publicitárias concebidas pelo próprio Duda para combater a proposta de divisão da Bahia, nos anos 1980 e que são consideradas como clássicos da propaganda baiana.

A principal delas é um vídeo em que a cantora Maria Bethânia dizia que dividir a Bahia seria como “separar irmão de irmão”. “É como separar a corda do pau, calar para sempre o berimbau. É como separar Castro de Alves, Rui de Barbosa, Dorival de Caymmi, Caetano de Veloso”, dizia o texto. “Vamos mostrar que não se pode separar o tacacá do pato ao tucupi, o Rio Amazonas do Rio Tocantins”, declara abertamente Zenaldo Coutinho, secretário da Casa Civil do Governo do Pará e um dos articuladores do movimento pelo “não” no plebiscito.

De todo modo, os antisseparatistas também buscarão argumentos econômicos para fazer contraponto ao tom emotivo que costuma marcar as campanhas de Duda. “Queremos levar o debate para o campo da razão”, explica Coutinho, para quem os defensores da divisão do estado se mostram “ora apaixonados, ora oportunistas”.

O jogão da temporada

Show solo de Ronaldinho Gaúcho, que conseguiu eclipsar até a grande atuação de Neymar, autor de um golaço para o Santos. Nosso PH Ganso não entrou em campo.

Pérolas do pensamento separatista

Por Demerval Moreno

Conta-se a história do Urubu que vivia ali pelo Ver-o-peso em Belém, brigando por um peixe ou um pedaço de pelanca, magro velho, até que alguém o viu e dele se compadeceu. A bondosa alma o levou para outro estado, onde havia abundancia de carne, peixe e outros alimentos. Mas qual não foi a surpresa do seu benfeitor ao ver que o urubu andava triste e cabisbaixo pelos cantos, quase morrendo de fome e inanição. Como poderia ser isso, diante de tanta fartura? A negra ave reuniu as últimas forças e respondeu ao seu benevolente amigo que estava daquele jeito, em estado deplorável, porque não tinha a mesma alegria que tinha entre os outros milhares de urubus que brigavam por um pedaço de comida no concorrido Ver-o-peso; que mesmo num lugar de tanta fartura, o que ele sentia falta mesmo era da bagunça.

Tem paraense que mora fora do Pará e/ou de Belém e sente falta daquela falta de organização. Paraenses que pegaram suas malas e arribaram rumo a dias melhores; que saíram de suas terras, de seus quintais cheios de pés de açaí, cupuaçu e pupunheiras e foram catar maçãs, uvas e outros frutos de outras doçuras. Mas que carregam em seus peitos doída saudade desse estado maravilhoso.

O que nos fez pegar a boroca e partir foi a bagunça que certos “urubus” fizeram com o estado e suas economias, suas estradas, suas ruas e vicinais; com suas escolas, hospitais e postos de saúde. Tá uma bagunça e falo com franqueza: sou um paraense, mas dessa bagunça não sinto saudade e não quero isso para os meus filhos e netos. Saí da terra que também era minha e fui para o Maranhão – terra dos outros. Lá era “forasteiro”. Era urubu que pensava na luta que meus irmãos travavam por um naco de carne. Fui mais adiante, sempre para a frente e vi como as aves livres de estados como o Tocantins conseguiram fazer valer sua liberdade. Criaram suas possibilidades e saíram da dependência daqueles que lhes deixavam apenas a carniça social, as migalhas e mazelas de governos distantes.

Não! Eu sou um urubu que voa alto. Vi como é bom ser livre. Não tenho saudade daquela bagunça do “Ver-o-Peso”. Quero um ESTADO NOVO, onde haja pão para todos e o conhecimento seja partilhado; onde a esperança seja um ato e não “fato”. Não vivemos de restos. A gente só “gosta” de carniça e coisas putrefatas até descobrir que há lugares de sombra e carne fresca para nos matar a fome.

Um freio na propaganda enganosa

Do Portal Terra

Dois anúncios de cosméticos que usavam fotos alteradas por computador foram proibidos na Grã-Bretanha sob a acusação de que eram ‘enganosos’. Os anúncios, das marcas Lancôme e Maybelline, da empresa L’Oreal, traziam fotos da atriz Julia Roberts e da modelo Christy Turlington manipuladas por computador. A decisão foi tomada em resposta à denúncia da parlamentar Jo Swinson, do partido Liberal Democrata britânico, que afirmou que as propagandas “não são representativas dos resultados que os produtos podem alcançar”.

O órgão regulador da publicidade britânica, Advertising Standards Authority (ASA, na sigla em inglês), concordou que as imagens eram exageradas e violavam seu código de conduta. Obrigada a retirar as propagandas de circulação, a L’Oreal admitiu ter retocado as imagens, mas negou que as duas propagandas fossem enganosas.

Swinson disse que, apesar de alguns retoques serem aceitáveis, os dois anúncios em questão eram “maus exemplos de propaganda enganosa” e poderiam contribuir para problemas com a autoimagem dos consumidores. “Deveríamos ter alguma honestidade nos anúncios publicitários e isso é exatamente o que a ASA está aqui para fazer. Estou contente que eles tenham apoiado estas denúncias.”

As datas da Copa brasileira

Fifa divulga, no Rio, que a Copa do Mundo no Brasil será de 12 de junho a 13 de julho 2014. Já a Copa das Confederações de 2013 será de 14 a 30 junho em seis ou sete cidades.

Em defesa do Pará unido

A peça publicitária acima foi criada pelo amigo alviceleste Glauco Alexandre Lima, um dos mais criativos publicitários paraenses, para a campanha em defesa do Pará unido e mais forte. Coisa de craque.

Coluna: Crédito com o torcedor

Bom de conversa Roberto Fernandes já provou ser. Suas entrevistas são quase sempre ótimas. Articulado e atencioso com os repórteres, tem sempre algo interessante a dizer, uma frase bem posta aqui, uma observação mais profunda acolá. Faz a festa dos editores dos cadernos esportivos.
Fernandes foi forjado no ofício de treinador na exigente e competitiva escola nordestina. Vem de Pernambuco, onde as rivalidades são tão acesas quanto no Pará. Aprendeu a lidar com a massa. Anteontem, depois do empate com o Rio Branco no Mangueirão, aparentava o ar mais tranqüilo do mundo e conseguiu repassar isso para o torcedor.
Sabia que havia preocupação e desconfiança rondando a cabeça da torcida do Paissandu, cuja fissura em obter o acesso à Série B beira é mais do que visível. Fernandes explicou para os alvicelestes, ainda cabreiros pelas recentes campanhas na Série C, que é natural o baixo rendimento do time na segunda rodada do torneio.
Seu argumento é razoável. O time foi completamente refeito depois do campeonato estadual. Quatorze jogadores foram contratados e a escalação mudou radicalmente. Mais que isso: a maneira de jogar também foi alterada. Ocorre que entrosamento não se consegue do dia para a noite e alguns dos recém-contratados estão longe da melhor forma.
Até o ídolo Tiago Potiguar, repatriado da China, necessita de uma espécie de quarentena para voltar a render como nos velhos tempos. Afinal, passar 11 jogos sem vencer não é coisa para um atacante com o seu talento. E, cá pra nós, ninguém fica num time de pernas-de-pau impunemente, e foi precisamente o que aconteceu com o arisco avante no certame chinês.
Fernandes já previa isso. Nos bastidores do programa Bola na Torre (RBA TV), há três semanas, não escondia a preocupação com os desníveis físicos e técnicos do elenco. Na Curuzu, disse, convivem três grupos de atletas.
O primeiro, formado pelos que já estavam no clube disputando o Parazão. O segundo pelos contratados que vinham disputando jogos. E o último (e mais numeroso) integrado por jogadores inativos há mais de dois meses. Ajustar o condicionamento do elenco é, portanto, o primeiro grande desafio. O passo seguinte é entrosar a equipe, processo comprometido pelas lesões (Héliton, Robinho) e suspensões (Rodrigo Pontes).
Ninguém discorda do ponto de vista de Fernandes. O torcedor está ciente da situação. Difícil é conciliar essa compreensão com os rigores da competição. O empate de segunda-feira causou desagrado, mas foi bem absorvido. O técnico continua com bom crédito na Curuzu. Afinal, segue invicto há cinco jogos – embora os dois primeiros empates tenham custado ao clube o tricampeonato estadual. Mas, apesar da boa vontade geral, sabe que o time precisa melhorar e voltar a vencer para tranqüilizar a torcida.  
   
 
Breve avaliação dos reforços do Paissandu na Terceira Divisão. Robinho e Charles Vagner são os melhores. Josiel foi razoável. Márcio Santos não comprometeu. Fábio, Jorge Felipe e Luciano Henrique estão devendo. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 27)

Águia bate Independente

Em amistoso realizado na noite desta terça-feira, em Marabá, o Águia derrotou o Independente Tucuruí por 2 a 0. Peri e Elson fizeram os gols marabaenses. A vitória aguiana quebra um antigo tabu entre os dois times: o Independente nunca havia perdido em Marabá.