Peru supera o México
“Não sou homem de letras. Encaro com enorme tédio papo de literatura. Eu digo isso e as pessoas achem que é blague: eu não me considero um homem de letras, como o falecido Josué Montello. Independente de se gostar da obra dele, era um homem de letras, vivia para aquilo, se interessava por discussões literárias. Li muito por circunstâncias da vida, porque fui criado numa casa cheia de livros, milhares de livros, com um pai muito rigoroso”.
De João Ubaldo Ribeiro, escritor.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou ontem, 8, no Diário de Justiça Eletrônico (DJE), as resoluções 23.342 e 23.343, que tratam da realização e do calendário do plebiscito sobre o desmembramento do Pará para a criação de dois novos Estados, Carajás e Tapajós. O plebiscito está marcado para o domingo do dia 11 de dezembro, com abertura das seções eleitorais às 8h e encerramento às 17h. A apuração do resultado começará logo após o término da votação.
Os eleitores paraenses deverão responder a duas perguntas: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?” e “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?”. O TSE estabeleceu que os números 55 e 77 para a manifestação positiva ou negativa às perguntas apresentadas na urna eletrônica.
A data de 2 de setembro é o prazo limite para que senadores, deputados federais e estaduais paraenses se manifestem sobre o interesse de formar frente para defender uma das correntes de pensamento que serão temas do plebiscito. A manifestação deverá ser feita perante o Tribunal Regional Eleitoral do Pará, e as frentes devem pedir o registro também ao TRE-PA até o dia 12 de setembro. (Com informações de Luiza Mello/DF)
Por Ricardo Calil
“Cilada.com” chega aos cinemas para confirmar a noção de que existe uma tendência hegemônica no cinema brasileiro deste início de século 21: a comédia de costumes derivada da televisão, seja em termos de produção, estética ou espírito. É a globochanchada, como bem batizou o diretor Guilherme de Almeida Prado, em referência ao fato de a maioria estar associada à marca Globo Filmes.
São produtos como “Se Eu Fosse Você”, “Divã” e muitos outros. O que “Cilada.com” tem a oferecer de novo nesse cenário? A princípio, pouco. A trama tem algo de genérico: rapaz (Bruno Mazzeo) trai a namorada (Fernanda Paes Leme), e esta se vinga publicando na internet um vídeo em que ele tem uma ejaculação precoce.
Mas aqui e ali aparecem piadas mais cruas (ou grosseiras), sobre bafo, maconha, tamanho do pênis etc., que apontam para a tentativa de um humor mais arriscado. O resultado lembra a mistura de uma “sitcom” americana com “Zorra Total”. Mas Mazzeo declarou ter se inspirado em comédias americanas como “Superbad – É Hoje” e “Se Beber Não Case”. Só que, nesses filmes citados, a ousadia cômica costuma vir acompanhada por algum risco estético. No caso de “Cilada.com”, a sujeira das piadas é neutralizada pela assepsia audiovisual. O filme brasileiro não foge a uma das marcas da globochanchada: a sensação de que todas as cenas – até as externas – foram filmadas num shopping center ou num condomínio fechado, cuidadosamente protegidos do caos, da vida, das ruas.
Depois de mini-temporada em Barcarena, o Paissandu retorna nesta sexta-feira a Belém para o amistoso de segunda-feira com o Águia no Mangueirão. Quem deve ser o camisa 10 titular: Robinho ou Luciano Henrique?
Na manhã desta sexta-feira, morreu aos 87 anos o compositor paraense Billy Blanco. Em outubro do ano passado, Blanco sofreu um acidente vascular cerebral e ficou internado no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Pan Americano, na Tijuca, no Rio de Janeiro. As causas da morte não foram divulgadas. Billy Blanco fez parcerias famosas com Baden Powell, Tom Jobim e João Gilberto. Nascido em Belém, o compositor decidiu estudar arquitetura em São Paulo, em 1946. Lá, iniciou sua carreira de compositor. Mais tarde, seguiu para o Rio, onde a carreira ganhou novo impulso. “Estatutos da Gafieira”, “Samba Triste”, “A Paulistana”, “Esperança Perdida”, “Sinfonia do Rio de Janeiro”, “Monções” e “Teresa da Praia” são algumas das composições mais conhecidas de Billy Blanco, que teve parcerias com alguns dos mais importantes músicos brasileiros, como Tom Jobim e Baden Powell.