Leitor Cristino Larrat enviou ao blog fotos da noite de domingo, na Argentina, logo em seguida à derrota brasileira nos pênaltis para a seleção paraguaia, causa da eliminação da Seleção na Copa América. Na opinião do Cristino, o inédito desperdício de quatro pênaltis teve a ver com a bandeira alviceleste estendida à direita da trave onde foram cobradas as penalidades, ao lado de uma bandeira do Pará. “Depois de perder a final do campeonato paraense para o Galo Elétrico, um infeliz torcedor resolveu levar a bandeira azul celeste da ‘coisa’ paraense (as mesmas cores do nosso maior rival latino-americano) para Buenos Aires. Deu no que deu. Foi uma falta de sorte desmedida. Um verdadeiro amuleto paraguaio”, garante Cristino.
Dia: 23 de julho de 2011
Opinião: Quem cala, consente?
Por Sérgio Martins Pandolfo
“Algumas pessoas acreditam estar tudo escrito no Destino. Outras lutam por um destino”.
Temos notado uma certa displicência, para não falar em indiferença, das pessoas – jurídicas ou físicas – que deveriam, até por dever de ofício, defender a integridade territorial de nosso estado, livrando-o do flagelo da segmentação que se lhe quer impor. Algo assim como o ocorrido aquando da escolha das sedes da Copa do Mundo, em que, enquanto os paraenses permaneciam quedos e calados, nossos irmãos e vizinhos ocidentais do Amazonas mexeram-se salientemente e levaram a taça da escolha por parte da CBF/FIFA.
Os porta-vozes (não sabemos se o são oficialmente) dos pretensos futuros estados de Carajás e Tapajós estão aí, cantando de galo, alto e troante, e contando as vantagens que “deverão advir” para eles da tripartição de nossa Parauaralândia (o Pará de hoje). Até contrataram, consta, o marqueteiro-mor do petismo, conhecido promotor eleiçoeiro e “rinhateiro” Duda Mendonça para comandar a campanha política – sim, política, eis que do interesse de conhecidos politiqueiros arrivistas que atuam em nosso Estado, e por ele foram eleitos, bem como a forma de escolha, que será plebiscitária universal, tal qual em uma eleição para a seleção de ocupantes de cargos como governador e presidente – alvoroçando as massas populacionais eriçadas e interessadas na subtração de nacos do complacente Pará, um estado já à farta espoliado, dessas regiões por eles delimitadas
E por aqui? O que de útil, prático, eficaz, se está a fazer? Até agora nada percebemos, continuamos na mais plena quietude e leniência cívica e física – também psíquica? – Será que vamos ter o “repeteco” do ocorrido com a escolha das sedes da copa, assistindo a banda passar ou, no caso, vendo a banda (e mais uma parte) passar para outras mãos?
Os parauaras somos gente sabidamente de luta e de fibra, haja vista, e só para pôr exemplos, a tomada de Caiena por forças daqui, “papa-chibés”, e a revolução cabana. Querem mais?
Coluna: O renascimento uruguaio
Luiz Suarez já se destacava nas divisões de base, mas não foi à Copa do Mundo de 2006. Não que os treinadores a serviço da seleção uruguaia de futebol rejeitassem seu futebol. Ao contrário. Avaliou-se que era mais prático deixá-lo participar do Mundial de Juniores em 2007 para ganhar cancha internacional. O Uruguai terminou em 12º lugar, mas essa decisão estratégica permitiu que o atacante chegasse pronto à Copa seguinte, na África do Sul.
Suarez se juntaria a Diego Forlán e, a partir da belíssima campanha no mundial sul-africano, tomaram a dianteira no processo de ressurreição do futebol uruguaio perante o mundo. Com o quarto lugar na Copa, a Celeste resgatou o respeito de todos, após décadas de fiascos. Forlán ainda levou o troféu de melhor jogador do torneio.
Na Copa América que acaba hoje Forlán e Suarez, craques reconhecidos por todos, comandam o Uruguai em busca do primeiro título de ressonância desde o renascimento. É sempre prazeroso falar sobre um time que tem dois jogadores de alta categoria, que jogam em função de fazer gols.
Os dois astros uruguaios pontificam em campo, mas é importante ressaltar que há um esforço muito mais profundo, que inclui planejamento e execução de projetos voltados para a formação de jogadores, desde que Oscar Tabarez assumiu o comando.
O título mundial sub-17, conquistado no mês passado, reflete diretamente o acerto desse trabalho de preparação paciente, que está vinculado à educação de qualidade. E tem na figura de Tabarez um papel exponencial. Ex-professor de escolas primárias no Uruguai, ganhou o prêmio da Unesco destinado a desportistas empenhados em contribuir com a educação infantil. Seus jogadores costumam ressaltar que o técnico jamais levanta a voz ou fala palavrões, e trata o futebol como além de ganhar ou perder. Enfim, um professor de verdade.
E é para este Uruguai que a maioria dos fãs de futebol irão torcer neste domingo, pois é a única seleção que mostrou na Argentina a solidez técnica digna de um título continental.
Ecos da campanha brasileira na Copa América. O Twitter de Paulo Henrique Ganso (@SamsungPHGanso), que em apenas 13 dias havia atingido 100 mil seguidores, sofreu um processo de desaceleração depois do insucesso da Seleção (e do meia paraense) em gramados argentinos. Quarenta dias depois, o microblog de PHG ainda não chegou a 200 mil seguidores – tinha, até sábado, exatos 192.055.
De Cubillas, craque dos anos 70 e maior jogador do futebol peruano em todos os tempos: “Um jogo sem gols é como um jardim sem flores”. Simples, poético, certeiro.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 24)
Capa do DIÁRIO, edição de domingo, 24
Independente tenta reabilitação na Série D
Sob grande expectativa do torcedor de Tucuruí, o Independente faz sua primeira apresentação diante da torcida nesta Série D, recebendo o Comercial do Piauí às 19h, no estádio Navegantão. O campeão paraense, agora sob o comando de Charles Guerreiro, busca reabilitação no torneio após a derrota na estreia contra o Trem (AP), por 2 a 1. Jailson é opção no banco de reservas para reforçar o ataque. Marçal (foto) e Gian estão confirmados na meia cancha. (Foto: MÁRIO QUADROS/Arquivo Bola)
Fifa se livra de adversário de Blatter
Bin Hammam foi considerado culpado pelo comitê. O ex-dirigente era acusado de comprar votos quando era candidato à presidência da Fifa. Segundo as investigações, ele deu malotes de US$ 40 mil a dirigentes de países do Caribe.
O ex-dirigente do Catar é o dirigente da Fifa com cargo mais alto a ser punido desde a fundação da entidade, há 107 anos. Na sexta-feira, Bin Hammam havia publicado nota oficial declarando inocência e prometendo recorrer caso fosse considerado culpado. (Da ESPN)
Amy Winehouse – *1983 +2011
Por Jamari França
Pois é, mais uma triste adição ao “clube” dos músicos mortos aos 27 anos. Amy Winehouse (1983 – 2011) não conseguiu viver consigo mesma, não conseguiu se safar de sua trip autodestrutiva, o reconhecimento de sua arte não foi suficiente para fazê-la superar os traumas ou o que quer que seja que era mais forte do que ela e sempre a levava de volta para o álcool e as drogas após sucessivas tentativas de reabilitação.
Dá para reconhecer nela o mesmo perfil que levou à morte, aos 27 anos, grandes mitos como Robert Johnson, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison, Brian Jones e Kurt Cobain. Talentos que não tiveram a chance de desenvolver uma carreira longa, mas deixaram sua marca na história do rock. A bola para Amy já estava cantada há muito tempo. Ela brincava perigosamente com os limites que separam a vida da morte, mergulhando inteira em todo tipo de drogas que podiam matá-la.
Esses desvarios a levaram a jogar fora uma carreira que tinha tudo para ser brilhante. Era uma artista branca de quem se pode dizer que tinha a alma negra, exatamente como Janis Joplin. Ela se alimentava da soul music, do rhythm’n’blues, do blues para transmitir sentimentos normalmente identificados com cantoras negras da velha escola. Uma jovem impregnada da negritude do imenso legado musical vindo da antiga raça escravizada que foi o principal esteio da música popular ocidental do século passado aos nossos dias.
A música negra tem doses iguais de tristeza e celebração. Amy se concentrava mais na primeira, num tom de voz lamentoso, com uma verdade que batia forte na alma da gente. Arrebatava ao vivo nos breves períodos em que conseguiu ser plena num palco. Aqui no Brasil não fomos infelizmente premiados com um desses momentos, suas performances foram trôpegas, da mesma maneira que na última tentativa dia 18 de junho último na Sérvia, quando vagou pelo palco balbuciando as músicas no que um crítico chamou de “o pior show da história de Belgrado.”
Ela tinha mais uma vez passado por um período de reabilitação para tentar se colocar em condições de fazer a turnê européia em oito países e gravar seu tão aguardado terceiro álbum.
Levei um choque ao ouvir a notícia no jornal Hoje, pintou a angústia de uma grande perda, da ausência de uma artista que ainda tinha muito a dizer, capaz de marcar com sua presença a música popular deste século 21. Sempre penso no que estariam fazendo hoje nomes como Janis Joplin e Jimi Hendrix, para onde a maturidade os encaminharia, que terrenos musicais eles desbravariam para a cultura universal. Penso o mesmo em relação a Cazuza e Renato Russo, John Lennon e George Harrison, Duane Allman, Marvin Gaye, Elvis Presley e muitos outros.
Com a morte deles, bem como a de Amy Winehouse, perdemos todos nós.
P.S. This is the end, beautiful friend…
Versos definitivos
“Eu cá com meus botões de carne e osso. Eu falo e ouço, eu penso e posso”.
Capa do DIÁRIO, edição de sábado, 23
Rock na madrugada – Neil Young, Hey Hey My My
Sempre que a engrenagem oprime além do suportável, abro uma cerveja (Stelita, ora pois…) e boto esse rockão na vitrola. Aí as coisas se encaixam, de novo.