O time não foi bem, mas a torcida também ficou devendo. O jogo Paissandu x Rio Branco teve renda de R$ 210.755,00 para um público de 12.181 pagantes.

Sob vaias do torcedor no final da partida, o Paissandu empatou em 1 a 1 com o Rio Branco (AC) na noite desta segunda-feira, no Mangueirão, pela segunda rodada da Série C. O time paraense mostrou falhas graves na articulação de jogadas, pouco ameaçou o time acreano e esteve a pique de ser derrotado. Os gols foram marcados no primeiro tempo. Ley fez para o Rio Branco e Josiel empatou para o Paissandu. O jogador mais lúcido da equipe e principal organizador das manobras ofensivas era Robinho, que se contundiu e teve que deixar o gramado.

Na etapa final, Roberto Fernandes botou Tiago Potiguar no lugar de Luciano Henrique, que estava mal em campo. Apesar das expectativas criadas, Potiguar não conseguiu elaborar nenhuma boa jogada e irritou a torcida com vários passes errados. Rafael Oliveira, que também teve má atuação, foi substituído por Zé Augusto, visivelmente longe da melhor forma. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola-DIÁRIO)

“Quando não tem resultado, colocam em questão o treinador. É preciso parar de fazer certo terrorismo com o resultado de uma partida”.

De Mano Menezes, técnico da Seleção, sonhando com o impossível.  

O técnico Roberto Fernandes ainda não confirmou a escalação do Paissandu para o jogo contra o Rio Branco, mas este é o provável time: Alexandre Fávaro; Sidny, Jorge Felipe, Márcio Santos e Fábio Gaúcho; Alexandre Carioca (Charles Vagner), Sandro, Robinho e Luciano Henrique (Tiago Potiguar); Josiel e Rafael Oliveira.

O departamento jurídico do Remo conseguiu alinhavar acordo com o jogador Levy, que exigia R$ 580 mil na Justiça trabalhista. O valor a ser pago em parcelas pelo clube deve ficar em R$ 38 mil. Na próxima quinta-feira, haverá a primeira audiência com o zagueiro Raul, que cobra R$ 1,3 milhão.

No período promocional de venda de ingressos para o jogo desta noite no Mangueirão, a R$ 15,00 (arquibancada), foram vendidos mais de 6 mil ingressos até sábado. A previsão é de um público superior a 25 mil espectadores no confronto contra o Rio Branco (AC), que marca a estreia do Papão na Série C diante do seu torcedor.

Mano Menezes decidiu ampliar a lista de experiências na Seleção Brasileira. Convocou seis novidades para o amistoso contra a Alemanha, no próximo dia 10 de agosto, em Stuttgart. As grandes surpresas da lista são o zagueiro Dedé (Vasco), os volantes Luiz Gustavo (Bayern de Munique) e Ralf (Corinthians), os meias Fernandinho (Shakhtar Donetsk) e Renato Augusto (Bayer Leverkusen) e o atacante Jonas (Valencia). Com relação aos 23 convocados que foram à Copa América, na Argentina, o treinador deixou de fora o goleiro Jéfferson (Botafogo), o lateral esquerdo Adriano (Barcelona), o zagueiro Luisão (Benfica), o volante Sandro (Tottenham) e os meias Elano (Santos) e Jádson (Shakhtar Donetsk).

Goleiros: Júlio César (Inter de Milão) e Victor (Grêmio).
Laterais: André Santos (Fenerbahce), Daniel Alves (Barcelona) e Maicon (Inter de Milão).
Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco/foto), Lúcio (Inter de Milão) e Thiago Silva (Milan).
Meio-campistas: Elias (Atlético de Madri), Fernandinho (Shakhtar Donetsk), Lucas (São Paulo), Lucas Leiva (Liverpool), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Paulo Henrique Ganso (Santos), Ralf (Corinthians/foto), Ramires (Chelsea) e Renato Augusto (Bayer Leverkusen).
Atacantes: Pato (Milan), Fred (Fluminense), Jonas (Valencia), Neymar (Santos) e Robinho (Milan).

O que mais Brasil busca há duas Copas do Mundo, o Uruguai tem hoje em altíssimo nível. Luiz Suarez, eleito ontem o craque da Copa América, é o camisa 9 dos sonhos de qualquer treinador. Centroavante moderno e rápido, o uruguaio joga tanto na área quanto fora dela e costuma ser um inspirado garçom de seus companheiros.
O passe de cabeça para Diego Forlán marcar o terceiro gol na vitória sobre o Paraguai resume bem sua utilidade para a Celeste. Impressiona também o gosto pelas jogadas de linha de fundo, driblando e cruzando com assombrosa facilidade. Contra a defesa guarani, cansou de fazer isso.
Claro que o Uruguai não se resume ao talento de seu homem de área, mas é fato que as coisas ficam mais fáceis quando uma seleção tem jogador tão forte e participativo lá na frente. Ainda mais com a escolta luxuosa do craque Diego Forlán, criando alternativas e atraindo marcação.
Na final do torneio, com a histórica valentia sempre em uso, a seleção demonstrou prazer em jogar futebol. À sua maneira, conseguiu se impor desde os primeiros movimentos e soube explorar perfeitamente a sintonia entre Folán e Suarez, com valiosas contribuições de coadjuvantes qualificados, como Arévalo, Perez e Álvaro Pereira.
A questão é que não adianta mais ignorar o fato de que o Uruguai, quarto colocado no mundial da África do Sul, vive um momento de redenção. O título continental, além de justíssimo pelo futebol apresentado, confirma essa nova situação no mapa do futebol sul-americano.
Depois de cinco décadas, argentinos e brasileiros têm novamente pela frente o velho e duríssimo rival de tantas jornadas. Para o Brasil, uma preocupação extra: ninguém tem dúvida de que esse time de Oscar Tabarez chegará fortíssimo à Copa de 2014. Como em 1950.
 
 
Os ventos que embalam o Uruguai são tão favoráveis que um troféu inesperado caiu no colo da seleção de Diego Lugano: o de fair-play ou equipe mais disciplinada da competição. Nesse aspecto, porém, as contas foram extremamente infelizes, pois a Celeste, fiel à sua tradição de entrega e sangue nas veias, recebeu 14 cartões amarelos e dois vermelhos.
 
 
O Paissandu terá quatro importantes novidades, hoje à noite, diante do Rio Branco (AC) na segunda rodada da Série C. Josiel, Sandro, Tiago Potiguar e Jorge Felipe. São peças qualificadas que devem reforçar os três setores básicos. Josiel e Jorge Felipe fazem sua estréia oficial, Sandro e Potiguar reaparecem diante do torcedor.    
Em relação ao primeiro jogo, em Araguaína, os quatro jogadores acrescentam qualidade técnica à equipe. Futebol tem lá seus mistérios, mas o bom senso indica que o rendimento do time deve melhorar. A conferir. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 25)