César Cielo pego no exame antidoping

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) revelou nesta sexta-feira que quatro nadadores, entre eles o campeão olímpico Cesar Cielo, foram pegos no exame antidoping durante o Troféu Maria Lenk, realizado em maio deste ano. Além de Cielo, Nicholas Santos e Henrique Barbosa, todos do Flamengo, e Vinícius Waked, do Minas Tênis, foram flagrados com a substância furosemida, que pode ser usada para mascarar a utilização de outras dopantes, fato negado por todos os nadadores. No entanto, tanto Cielo como Nicholas estão liberados para disputar o Mundial de Xangai, em julho. Segundo a CBDA, o Painel de Controle de Doping, presidido por Eduardo de Rose e também composto por Sandra Soldan, Marcus Bernhoeft e Cláudio Cardone, considerou o histórico dos atletas e o regulamento da Federação Internacional de Natação para aplicar uma advertência, “uma vez que não foi identificada culpa ou negligência por parte dos mesmos no episódio”. (Com informações da ESPN)

A César o que é de César.

Paissandu quer mais dindim do governo

Dirigentes do Paissandu reuniram, na manhã desta sexta-feira, com o secretário de Estado de Esporte e Lazer, Marcos Eiró, na sede da Seel para buscar o apoio do governo do Estado à participação do clube no Brasileiro da Série C. O Paissandu quer que o governo subsidie a compra de ingressos e dê uma ajuda para o deslocamento da equipe para outras capitais. Em troca, a diretoria se compromete em realizar todos os jogos do clube na competição no estádio Edgard Proença, o Mangueirão. O secretário de Esporte dará uma resposta ao clube na próxima terça-feira, após se reunir com o governador Simão Jatene. (Com informações da Ascom/Seel)

Futebol chinês paga US$ 12 milhões por Conca

Por José Roberto Malia (ESPN)

O Fluminense até que tentou resistir, mas por livre e absoluta submissão ao patrocinador, teve de abrir mão do argentino Conca – 209 jogos com a camisa tricolor, 40 gols e um título brasileiro. Os chineses do Guangzhou Evergrande deram um ‘cheque-mate’ de US$ 12 milhões, que devem ser divididos irmanamente em três partes: a maior para a Unimed, a segunda para o Flu e 20% para a Traffic. Conca receberá US$ 10 milhões.

A vida não é igual para todos: pelo empréstimo do Tiago Potiguar, os chineses não pagaram nem R$ 1,00 ao Paissandu – pelo menos, oficialmente.

Paissandu contrata ex-atacante do Flamengo

Disposta a dar ao técnico Roberto Fernandes um “time de Série B”, a diretoria do Paissandu anunciou na manhã desta sexta-feira a contratação do atacante Josiel (ex-Paraná e ex-Flamengo). Ídolo da torcida paranista, Josiel foi artilheiro do Brasileiro da Série A em 2007, com 20 gols. A passagem pelo Flamengo, porém, foi apagada. Ao mesmo tempo, o Paissandu confirmou a liberação do veterano volante Vanderson e do meia Marquinhos.

Discussão de Relação de intelectual

Por Xico Sá

“Ai naquele maior barraco, ele, rapaz acadêmico, vem com uma citação de Deleuze (o Gilles, filósofo francês) pra cima de mim, vê se pode uma coisa dessas?!!”. Pior é que pode. Sim, como o desabafo da amiga N. não nos deixa mentir, intelectual (ou metido a) bota Delleuze & Sartre até no meio de uma D.R., a sigla como é conhecida hoje (graças às meninas do 02 Neurônio) a mitológica “Discussão de Relação”.

Embora seja escritora de mancheia e conhecedora do mundo afrancesado, N. não se conteve diante do esnobe mancebo-dos-rizomas. Deu “download” na brava cabocla Iracema que mora na sua alma cearense e sapecou: “Diabeisso?!” (Corruptela alencarina de “que diabo é isso?!”, este blog também  é cultura). Ela não concebia que naquelas cinzas das horas, a casa caindo, alguma criatura esquecesse de mirar o próprio teto e convocasse um pensador francês metido para resolver o drama de alcova. Como se a vida a dois fosse uma tese, como se desconsiderasse o conhecimento do belo inferno dos lares. D.R. com intelectual ou artista envolvido é assim mesmo. Não tem jeito. Daí lembrei de catalogar outros tipos de D.Rs do mesmo gênero, veja a que lhe serve de carapuça, amigo leitor:

D.R. Kurosawa – Outro noite adiei a saideira por horas, reparando num embate de casal que imitava a arte deste cineasta. Uma discussão lenta, imagens lindas, arrozais sob montanhas, silêncios que falam coisas, uma peleja quase em ideogramas.

D.R. MPB –  Indecifrável e incompreensível como o “zum de besouro ímã” do verso do Djavan. Muita onomatopéia e nem uma idéia os males da D.R. são.

D.R. Erística – Como na corrente homônima herdada dos gregos e consagrada por Schopenhauer, a arte de vencer um debate ou um barraco oral mesmo sem ter razão.

D.R. punk-rock – Três acordes e vai cada um pro seu lado, dormir na casa da mãe, de um(a) amigo (a), hotel, flat, amante, homeless…

D.R. Paulo Coelho – Depois da prosa, só resta sentar, desiludido(a), na margem do Rio Piedra e chorar. Assim como na escrita coelhística, o barraco começa com parábola bíblica ou uma lenda árabe.

D.R. Bartleby – “Prefiro não discutir”, diz uma das partes, repetindo o mantra do escriturário do livro homônimo de Melville.

D.R. free-style – É a discussão rimada, estilo rap, passionais MC´s:  “Assim você me afunda/ com esse pé-na-bunda/ com essa insensatez…/ meu barquinho já naufraga/bossa nova é uma praga/veja só que a vida fez!”

D.R. brechtiana – A arte de enfrentar o público, seja num botequim seja numa festa, com o distanciamento do personagem, como se dissessem do palco, a cada golpe, “não é nada disso que vocês estão pensando, controlem-se”.

D.R. Abaporu ou D.R. arte moderna _ Típica discussão sem pé nem cabeça, que para nenhum dos dois interessa. 

D.R. metalingüística – A D.R. da D.R., tipo roteiro de Kauffman (“Adaptação”, o filme), exercício das cabeças requentadas ou das mentes ressentidas.

Sensacional. Cabra bom. Um dia ainda escrevo assim.

Coluna: Enfim, um grande reforço

Tiago Potiguar está de volta, segundo informação repassada pela diretoria do Paissandu, ontem. A torcida, angustiada com o exército de desconhecidos contratados para o Brasileiro da Série C, solta foguetes diante da notícia alvissareira. Afinal, representa um tremendo reforço. Obviamente, ninguém se preocupa em questionar os motivos de negócio tão maluco quanto este do empréstimo do meia-atacante para o futebol chinês.
Com a perda de seu melhor jogador em pleno campeonato, o Paissandu praticamente jogou pela janela o tricampeonato estadual, fato que se confirmaria com a pífia campanha no segundo turno e a histórica derrota para o Independente Tucuruí nas finais.
Duro será explicar ao torcedor a lógica financeira que levou os dirigentes a cederem Potiguar ao futebol chinês em plena disputa de uma competição importante. Sendo que o Paissandu, oficialmente, não recebeu até hoje um mísero tostão pela transação.
A responsabilidade pela cessão do jogador chegou a ser questionada por conselheiros da oposição, mas o presidente assumiu todos os riscos, valendo-se de item dos estatutos que exige o aval do Conselho Deliberativo apenas para transações superiores a R$ 200 mil.
Há, porém, o consolo representado pelo retorno de Potiguar, a tempo de ser inscrito para a Série C e reforçar o time de Roberto Fernandes. Deve resolver o crônico problema da armação e organização de jogadas e, de quebra, ajudar Rafael Oliveira a reaprender o caminho das redes.
 
 
Provável time do Paissandu para a estréia na Série C, no dia 17, contra o Araguaína: Alexandre Fávaro; Sidny, Márcio Santos, Wagner e Fábio Gaucho; Alexandre Carioca, Rodrigo Pontes, Robinho (Sandro) e Luciano Henrique; Rafael Oliveira e Tiago Potiguar.  
 
 
Anotem este nome para conferir depois: Souleymane Coulibaly. Trata-se do centroavante da Costa do Marfim e marcou os nove gols de sua seleção na Copa do Mundo sub-17, a mais importante das categorias formadoras, segundo os especialistas. Coulibaly é o grande nome da boa seleção marfinense no torneio disputado no México.
Vi o jogo contra a França, que eliminou os africanos, e fiquei impressionado. Oportunista, forte e veloz, o artilheiro já deve ter endereço certo depois do torneio. Pode até não frutificar, mas tem jeito de que será um legítimo sucessor de Didier Drogba. Do lado francês, o dono do time é Yassine Benzia, de 16 anos, meia-atacante de origem árabe especialista em arremates de média distância.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 1)