Só deu Remo nas arquibancadas de La Plata

A TV mostrou seguidamente imagens das bandeiras do Remo expostas nas arquibancadas e cadeiras especiais do estádio de La Plata onde o Brasil estreou na Copa América, neste domingo. Vários torcedores estavam presentes ao jogo e, como de hábito em competições internacionais, desfraldaram as bandeiras do Pará e do Leão. As fotos são do repórter Jorge Luís Totti, enviado especial do Bola/DIÁRIO à Argentina.

Charles deve ser o novo técnico do Remo

Charles Guerreiro deve ser anunciado como novo técnico do Remo nas próximas semanas para montar o time ao longo do segundo semestre. Os dirigentes já conversaram com o técnico, que não acertou com o São Raimundo. A diretoria do time santareno tinha interesse na permanência do treinador, mas este exigiu o pagamento adiantado de um mês de salário, proposta rechaçada pelos dirigentes do Pantera. Charles já foi treinador do Remo em duas outras oportunidades. As outras opções dos azulinos são Sinomar Naves e Samuel Cândido.

Seleção de Mano estreia na Copa América

BRASIL x VENEZUELA

Local: Estádio Ciudad de La Plata, em La Plata (Argentina)
Data: 3 de julho de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Raúl Orosco (Bolívia)
Assistentes: Efrain Castro (Bolívia) e Marvin Torrente (México)

BRASIL: Julio Cesar; Daniel Alves, Lucio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Robinho, Neymar e Alexandre Pato. Técnico: Mano Menezes

VENEZUELA: Renny Vega; Roberto Rosales, Grenddy Perozo, Alexander González e Gabriel Cichero; Tomás Rincón, César González, Luis Manuel Seijas e Juan Arango (Orozco); Giancarlo Maldonado e Alejandro Moreno. Técnico: Cesar Farías

Coluna: O maestro conterrâneo

Às favas com o esquema que Mano Menezes pretende lançar hoje na estréia da Seleção na Copa América. O treinador queimou pestanas para reinventar a marcação sob pressão, sistema que o escrete abandonou lá pelos idos de 50. Talvez até dê certo, mas no fundo isso pouco importa.
Queremos saber mesmo é como Paulo Henrique Ganso vai se sair na condição de maestro oficial da companhia. Não que esse Brasil x Venezuela possa ser visto como um teste de verdade. Trata-se do típico jogo-treino disfarçado de compromisso oficial, daqueles que preenchem a tabela inicial dos torneios.
Cá pra nós, a própria Copa América não é “o” torneio, embora sirva para dar uma idéia da utilidade do meia-armador paraense para a Seleção. Em entrevista durante a semana, Ganso falou de Zico e Pelé. Mas ganhou pontos preciosos ao mencionar Rivaldo, regente daquele time campeão do mundo em 2002. A facilidade para o passe caprichado e o fato de ser canhoto são virtudes que aproximam os dois jogadores.
Caso consiga chegar ao nível de Rivaldo, Ganso atingirá um patamar nobre. Coadjuvante de Ronaldo Fenômeno na Copa asiática, o pernambucano sempre pecou pela timidez, fato que acabou prejudicando-o em momentos capitais da carreira.
Quanto a esse quesito, o nosso conterrâneo já livra boa vantagem. Começa a dar entrevistas sem baixar os olhos diante dos repórteres e parou com aquele terrível (e involuntário) hábito do auto-elogio, característico de seus primeiros jogos pelo Santos.
Ainda destreinado, pronunciava pérolas do tipo “estou lutando para manter o alto nível do meu futebol”. Corrigido esse pequeno deslize nos adjetivos, Ganso só precisa mostrar o que sabemos que é: um craque.
 
 
O jogo inaugural da Copa América, na sexta à noite, foi tão chinfrim quanto o show de abertura. Deixou mal a imagem da seleção anfitriã, que sofreu um inesperado sufoco. Os bolivianos fizeram gol de calcanhar (Edivaldo Rojas, nascido no Brasil) e podiam ter ampliado para 2 a 0 se Marcelo Moreno não enfeitasse na hora de definir.
Desorganizada e apática, a Argentina só teve de bom mesmo o sensacional chute de Sergio Aguero para igualar o placar. Messi, muito recuado, se escondeu do jogo. Francamente, o time de Maradona era melhor. 
 
 
Soam as trombetas na Curuzu pelo anúncio de reforço de peso para a Série C. Muito justo. Josiel é, de fato, uma contratação forte. Resta saber se Luiz Omar contratou o afiado artilheiro do Paraná ou o atrapalhado atacante do Flamengo.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 3)