Por Edson Gillet (gillet@estadao.com.br)
Deixei escorrer da mente alguns dias, o que os meus olhos viram no Caldeirão da Curuzu no fatídico dia 17 de outubro. Acredito que o tempo ajuda na sua dimensão de aprendizagem, a extrair a emoção do tema. A expressão “O tempo é o senhor da razão” difundido pelo pensador Marcel Proust cabe neste contexto esportivo, em especial do futebol deste País, com relevância no Pará. A dificuldade em compreender não está na essência do pensamento, mas no que se entende por tempo e razão.
Como empedernido torcedor bicolor não poderia de comentar o infortúnio, fruto da má gestão na condução do futebol alvi-celeste. A subida esconderia tudo isso? O questionamento partiu de você em sua prestigiada coluna. Eu tenho certeza que sim. Mesmo ascendendo à série B, cedo ou tarde os fatos viriam à tona, e de forma vexatória neste mundão de águas da Amazônia. Como ensinava o ex-ministro Ricúpero: “As coisas boas se mostram e as ruins se escondem”. Assim caminha a humanidade no mundo da bola. A má gestão no futebol no Pará é um fato inconteste. Não me lembro de nenhum dirigente de futebol no Pará, assumindo responsabilidades por insucessos. Arrolar a culpa a jogadores e técnicos por fracassos é marca registrada pelos dirigentes.
No Pará, com atmosfera de provincianismo, não é diferente. Provincianismo encravado numa frívola rivalidade na arena do futebol, entre dois clubes que parecem os irmãos – Rômulo e Remo – sob a ótica da história, dependentes da lôba. A lôba no caso, os cartolas, sem tetas é claro. O time do Salgueiro ainda comemorava o feito na Curuzú, e o rival anunciava a contração dos jogadores que conservaram (com sal, é claro), o time bicolor na série C de 2011. Contrários ao pensamento de Proust, os cartolas ratificam a tese de que tempo é dinheiro, e fica a indagação e a possível lição para 2011.
Quem são os mercenários no planeta bola: Jogadores ou dirigentes? A resposta é questão de tempo. O tempo cobrará seu preço no futuro.
Papão, sempre
Edson Gillet – jornalista
Gerson , escuta Na Cara do Gol musico Pedro Miranda a letra é bem Remo e Paysandu haha
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Dirigente de futebol no Pará só se for maluco, estes deixam de lado família, lazer , interesses particulares e profissionais, largam tudo e no final são culpados. Só otário para fazer tudo isso e ainda meter o dinheiro própro no clube e ficar paparicando um bando de FDP de jogadores e correlatos viciados do mundo do futebol. Ser dirigente de futebol no Pará só sendo apaixonado além da razão.
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HÁ uma razão para isso, meu caro Otávio Santos, a vaidade, tão comum neste ser chamado humano. Ter seu nome veiculado na mídia, ser reconhecido e saudado nas ruas, ainda mexe muito com a cabeça das pessoas que se interessam por futebol e que são apaixonadas por Paysandu e Remo, somente para ficar aí no futebol provinciano paraense, ainda que tenham de meter a mão no bolso eventualmente. Isso (tirar dinheiro para por no clube) acaba por atrapalhar, porquanto o ‘dirigente’ se julga no poder de mandar em tudo, centralizando na sua pessoa todas as decisões, daí a necessidade de profissionalização, pondo as pessoas certas nos lugares certos.
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SÁBIAS palavras a do jornalista em questão. Quanto à mídia local, qualquer um que viesse a emitir palavras contrárias ao clima de oba-oba antecedente ao jogo seria certamente considerado um ‘seca-pimenteira’, ou talvez um ‘remista frustrado e invejoso’. Só a paixão exacerbada reinante há 96 anos pode explicar. A bem da verdade, todos, remistas ou bicolores, embora sabendo que nem tudo são flores, davam como favas contadas o acesso do Paysandu à série B. Claro, os remistas sabendo que o time do rival não era todo esse refrigerante, como apregoavam; e dos bicolores, somente os mais racionais (e estes eram raríssimos) cientes das limitações do plantel alviceleste. COMO disse um torcedor azulino, a grande diferença aí é que o remista sabe que seu time não é bom, e isso já vem por uma década, pois o último grande elenco formado foi o Remo da Copa J. Havelange, com Bonamigo.
Antonio Valentim, direto do Paraná.
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Perfeita observação, caro Valentim. No clima de euforia pré-jogo criado em Belém, com carreatas e programação de churrascada a céu aberto na Doca, quem ousasse falar em insucesso estaria imediatamente assinando recibo de “secador”. Apesar de também acreditar na classificação do Paissandu, em meus comentários (aqui, no Bola e na Clube), tomei o cuidado de alertar para o que havia ocorrido com o Remo diante do Vila Aurora. E mais: chamei atenção para os quatro melhores jogadores do Salgueiro, com ênfase em Cléberson e Fagner.
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EM TEMPO: teve gente que se separou por conta disso.
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PAPÃO SEMPRE
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A quase totalidade dos desportistas paraenses já contabilizavam a ascensão do papa títulos do norte a série B, só não contavam com as interpéries.
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É o que penso: quando um dirigente destituir-se do ego, da glória, e da desonestidade, aí resurgirão nossos clubes. Enquanto não aparece um, vamos caindo pelas paredes até o fin do poço e não tem guindaste que levante. Dirigentes que perdem torcedores fieis, como os de Remo e Paysandu, em detrimento de suas maluquices, como está acontecendo com o Clube do Remo. É desesperador.
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Meu grande amigo Edson Gillet tem total razão, vide as “heróicas” decisões tomadas no day after: dispensa de Fernandão( que nem jogou tão mal assim) Jean Sá, Rodrigo Morais, Márcio Goiano e até o Edinaldo que é muito melhor do que o perna de pau e mercenário Aldvan.
Que culpa esses jogadores têm de Tiago Potiguar, o já citado Aldvan, o Sandro, o Fabrício, o Tácio, o Bosco, o Da silva( que já havia rebaixado o Juventude da B pra C), o Paulão, entre outros, terem entregue o cadáver do Papão ao Carcará?
Quem contratou e manteve esse elenco, quem tratou vigaristas como Tiago Potiguar e Sandro como estrelas foi a diretoria do Paissandu, então, é hora de ter humildade, reconhecer o erro, contratar um comandante do nível do PC Gusmão, como fez o Ceará Sporting para estar onde chegou, e mostrar que a grande estrela da nação bicolor é a enorme massa de torcedores que sustenta o bom nome do clube há um século. E que ídolos de pés de barro passam( não deixam saudade) e o clube fica, pois é bem maior do que qualquer um que quiser tentar usá-lo para autopromoção.
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Como são as coisas… agora ninguém presta.
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EXPLODE CORAÇÃO NA MAIOR FELICIDADE….
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Se vc fosse sincera OhOhOh
hehehehehehe
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