Virou moda: empresa quer comprar a sede do Papão

Seria uma repetição, na seara alviceleste, do projeto de venda do estádio Evandro Almeida? Informações divulgadas na noite desta segunda-feira indicam que há uma empresa do ramo imobiliário interessada em adquirir a sede social do Paissandu, localizada na avenida Nazaré. A proposta oficial seria de R$ 6 milhões, sendo que o clube receberia uma entrada de R$ 3 milhões e o restante em 24 parcelas mensais. A oferta, se for levada adiante, deve abrir o mesmo debate que envolveu o processo de negociação do Baenão entre a diretoria do Remo e o consórcio Agra e Leal Moreira. Vale lembrar que a sede do Paissandu sempre foi alvo da cobiça de um determinado grupo de comunicação da cidade. 

A sede do Remo, também em Nazaré, esteve a pique de ser negociada há dois anos durante a gestão do então presidente Raimundo Ribeiro. Somente a reação de grandes beneméritos impediu naquela ocasião que a transação se consumasse. Detalhe: a então proposta foi apresentada ao clube pelo atual presidente, Amaro Klautau.

Todos os laterais incluídos na “barca” bicolor

Para alívio geral da Fiel e respeito ao bom futebol, saiu finalmente a nova lista de dispensados no Paissandu: Rafael Muçamba, Adônis, Fabinho, Brida, Marcos Vinícius e Parral. Incrível: todos os laterais, de uma canetada só, foram afastados, atestando a má qualidade dos jogadores e a terrível falta de visão de quem os contratou.

Tribuna do torcedor

Por Marcus Vinícius Reis da Silva Jr. (marcusreisjr@globo.com)

A respeito de boatos que rondam o meu Clube do Remo, dando conta que o jogador Índio estaria envolvido em uma série de indisciplinas cometidas, assisti a um determinado programa de uma emissora local e o apresentador disse que a direção do clube pretende realizar um trabalho de recuperação do jogador. Me pergunto: por que eles não fazem este tipo de trabalho com o Edinaldo? Uma vez que já sabemos qual o seu potencial, é jovem e, além disso, é jogador do clube. Realmente, não dá para entender certas coisas, pois a possibilidade de o Edinaldo trazer lucro ao clube é maior comparada ao Índio, que é muito rodado e já está em uma idade mais avançada. Espero que a diretoria possa rever alguns conceitos para a melhoria do clube.

Delegação do Águia depreda vestiários do Baenão

Funcionários do Remo fizeram hoje um inventário das perdas materiais causadas pela delegação do Águia nos vestiários do estádio Baenão, domingo, logo depois do jogo entre as duas equipes. Revoltados, alegando terem sido prejudicados pela arbitragem, jogadores e membros da comissão técnica do time marabaense depredaram as instalações, quebrando portas e destruindo pias e sanitários. Depois de calcular o montante do prejuízo, a diretoria do Remo deverá encaminhar a conta à Federação Paraense de Futebol para as devidas providências.

Veterano Nildo já se apresentou na Curuzu

O veterano meia Nildo (ex-Sport/PE), de 34 anos cuja contratação chegou a ser dada como desfeita, já está em Belém. Chegou na noite de domingo e hoje se apresentou na Curuzu, para os primeiros exames. Trazido pelo empresário Roger Aguillera, colaborador do Paissandu, o jogador disse à Rádio Clube que precisa de condicionamento para poder estrear.

Ao repórter Dinho Menezes, o jogador disse que não vinha se exercitando, mas que tem planos de fazer uma boa temporada com a camisa do Paissandu. Até domingo, fontes ligadas à comissão técnica admitiam que Nildo não foi indicado pelo técnico Luiz Carlos Barbieri e que atletas que haviam jogado com ele no Sport teriam desaconselhado a sua contratação.

Segundo um dos diretores, ele só será liberado para treinar depois de ser submetido a todos os exames necessários para assinatura de contrato. Na tarde desta segunda-feira, Nildo foi cumprimentado por torcedores que estavam no estádio, conversou com todos e mostrou-se simpático. Pelo menos nesse terreno, começou com o pé direito. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

Novo reforço alvinegro vem do Corinthians

Quando vestiu pela primeira vez a camisa do Botafogo em sua apresentação oficial, na manhã desta segunda-feira, Edno olhou para o vice de futebol André Silva e comentou:

– Caiu bem, né?

A primeira declaração oficial como jogador alvinegro demonstrava o sentimento do meia-atacante de 26 anos, que foi emprestado pelo Corinthians até o fim de 2010, e chega determinado a encontrar em General Severiano o espaço que não conseguiu no Parque São Jorge. Fora da lista de Mano Menezes para a Libertadores, o jogador espera no Botafogo recuperar seu melhor futebol. 

Antes de ser apresentado oficialmente, Edno realizou seu primeiro treino com os novos companheiros. O meia-atacante foi apresentado por Joel Santana aos jogadores e não demorou muito para sentir o conforto daquele que será seu lar pelo menos até dezembro. (Do site GloboEsporte.com)

Para ex-colega, Robinho é “terrorista de vestiário”

Do jornal Placar

“Barra pesada na Inglaterra fez Robinho voltar ao Brasil. Ex-colega inglês insinua: ele não é o cara bacana que aparenta. Um integrante da comissão técnica do Manchester City declarou que Robinho ‘é um terrorista de vestiário, daquele tipo que sorri na sua frente e te esfaqueia pelas costas’”.

Coluna: Os quatro sobreviventes

Os semifinalistas do primeiro turno, que se cruzam em dois jogos no fim de semana, tiveram comportamentos distintos na rodada que fechou a etapa de classificação. O Remo, líder geral do campeonato, passou maus momentos diante de um Águia reduzido a 10 jogadores desde os primeiros minutos do jogo. Muitos irão dizer que a equipe remista tinha desfalques – Adriano, Pedro Paulo e Samir – e que só cumpria tabela. É verdade, em parte. O Remo não entrou com a força máxima, mas é justo observar que o Águia também jogou sem três titulares (Edkléber, Vítor Ferraz e Tiago Marabá), proporcionalmente mais importantes que as baixas azulinas. Ao perder Daniel, seu melhor volante, ficou ainda mais fragilizado.
Ainda assim, com todos os problemas, o time de João Galvão foi valente e até heróico na tentativa de vencer o confronto. Levou o primeiro gol, mas foi em busca do empate e teve forças para virar. Permitiu a igualdade, mas seguiu lutando e acreditando na possibilidade de classificação a partir da combinação favorável de resultados. Estabeleceu nova vantagem e, quando tudo parecia conspirar para uma vitória consagradora, veio o duro golpe. Aos 49 minutos, em cobrança de escanteio, o Remo marcou o gol salvador, depois de falha da defesa marabaense. A grita do Águia, alegando ter sido garfado, não tem amparo nos fatos. O acréscimo de seis minutos justifica-se pelas seis substituições, uma expulsão e três atendimentos a jogadores do próprio Águia no segundo tempo. A reclamação quanto ao escanteio também não procede: a bola resvalou nas costas de Aldivan antes de sair pela linha de fundo.
Em termos técnicos, o Remo se apresentou mal, sem executar corretamente a conexão entre meio-campo e ataque, principalmente porque Vélber estava mal em campo. Gian superou as dificuldades com a destreza nos lançamentos e passes, mas só isso não bastaria para garantir ao Remo paz e sossego no jogo. Héliton, peça mais aguda do ataque, sofreu de solidão porque depende da produção do meio-campo. Ainda assim, conseguiu fazer jogadas individuais e marcou um gol de pura habilidade. A evidenciar os muitos problemas de articulação, Danilo novamente foi o principal destaque, o que não é exatamente um bom sinal.  
 
 
Em Santarém, o São Raimundo derrotou o Paissandu e conquistou a última vaga no G-4 de forma até surpreendente pela colocação que tinha antes da rodada começar. No jogo, nada foi surpreendente. A equipe de Flávio Barros comportou-se muito bem, como já havia ocorrido na derrota para o Remo em Belém. Seus laterais avançam com frequência, seu trio de zagueiros é eficiente, os homens de meio-campo sabem o que fazer quanto têm a bola e a dupla de ataque não perdoa defesas desarrumadas. No primeiro tempo, a superioridade santarena foi tão gritante que o placar de apenas 1 a 0 chegou a ser injusto. No segundo, apesar da mudança de postura do Paissandu, o Pantera continuou frio e organizado. Meteu mais dois gols e venceu com méritos.
No Paissandu, a boa lembrança do jogo foi a reação na metade final. Apesar da ausência de laterais e da fragilidade do setor de marcação, o time avançou suas linhas e equilibrou a partida. Didi é o maior exemplo dessa evolução. Sumido no começo, renasceu no segundo e criou situações difíceis para Labilá. O outro destaque, quase óbvio, foi Moisés. Fez um golaço e, por conta própria, arrumou espaço para dribles e arrancadas. Perdeu a chance do empate por acreditar no próprio taco e bater direto ao invés de cruzar para o centro da área. Os momentos de entrega do time mostram que o Paissandu pode sonhar com o título do turno, mas o técnico Barbieri não pode abrir mão de um jogador como Zeziel, esquecido no banco, enquanto Muçamba, Tácio e Parral faziam trapalhadas em campo.     
 
O Independente, que superou o Santa Rosa sem maiores dificuldades, chega à semifinal credenciado pelo comando firme de Samuel Cândido. Tem algumas peças individuais de qualidade e está entrosado. Dentro de Tucuruí, tendo a vantagem do empate, será um adversário difícil de ser batido. (Foto 1: TARSO SARRAF; 2 e 3: MÁRIO QUADROS/Bola) 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 1)