Vettel voa na pista e fica com a pole

O alemão Sebastian Vettel surpreendeu os favoritos da Ferrari e, com uma volta muito rápida no final do treino classificatório deste sábado (13), conquistou a primeira pole position da temporada da Fórmula 1, para o Grande Prêmio do Bahrein. O piloto da equipe Red Bull cravou o tempo de 1min54s101 e ficou mais de um décimo à frente do brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, que largará em segundo depois de cravar 1min54s242. Mesmo sem a pole, o brasileiro não tem do que reclamar. Ele superou por mais de três décimos o espanhol Fernando Alonso, bicampeão mundial, que largará na terceira posição com a outra Ferrari. 

Grid de largada:

1) Sebastian Vettel (Red Bull)

2 – Felipe Massa (Ferrari)
3 – Fernando Alonso (Ferrari)
4 – Lewis Hamilton (McLaren)
5 – Nico Rosberg (Mercedes)
6 – Mark Webber (Red Bull)
7 – Michael Schumacher (Mercedes)
8 – Jenson Button (McLaren)
9 – Robert Kubica (Renault)
10 – Adrian Sutil (Force India)
11 – Rubens Barrichello (Williams)
12 – Vitantonio Liuzzi (Force India)
(Do R7)

Diego não entende Dunga – nem eu

O meio-campo Diego, da Juventus, disse ao jornal italiano “Gazzetta dello Sport” não entender por que o técnico Dunga não o convoca para a seleção brasileira, mas que respeita a decisão porque acredita que é “dificilíssimo” entrar na equipe. “Não entendo, mas assumo [minha ausência na Seleção]. Tenho 25 anos, esperarei a próxima Copa do Mundo, em casa, no Brasil. Joguei dois anos e meio com [Carlos Alberto] Parreira e neste mesmo período já com o Dunga, quando estava no Werder Bremen. Depois, não fui chamado mais”, disse. “Respeito as escolhas, jogar na Seleção Brasileira é dificilíssimo, há muitos campeões”, acrescentou.

Pensata: Punk até o fim

Por Jotabê Medeiros

Em suas pessoinhas narigudas, cheias de perninhas (se movimentando como se derrapassem) e olhos esbugalhados, Glauco Villas Boas condensou a ansiedade, a insegurança, a sofreguidão, as travas e o desejo de liberação de toda uma geração, aquela que veio logo após a ditadura militar. Ele foi o cartunista oitentista que continuou punk até o fim. Há cartunistas chapa-branca, politicamente alinhados, assim como outros que se esforçam demais para agradar ao patrão. E há cartunistas que ignoram solenemente os lobbies e as vontades hegemônicas. Glauco era desse último time. Nunca foi de direita, nunca foi de esquerda, nunca foi de centro – era simplesmente livre.

Curioso notar como o time intitulado Los Três Amigos – Glauco, Laerte Coutinho, Arnaldo Angeli Filho (e mais tarde Adão Iturrusgarai) – reinventou o conceito de comunidade, montando um time de criação totalmente descolado da geração yuppie, praga que mandou no jornalismo durante certo período. Seus cartuns eram solidários, inventivos, libertários e à margem do sistema.

A partir de outubro de 1985, na revista Chiclete com Banana, editados por Toninho Mendes (da Circo Editorial), eles começaram a materializar o sonho de todo cartunista: viver apenas do seu trabalho, sem que a criação fosse um “bico”. A revista teve tiragens de até 100 mil exemplares. Cartunistas de todo o País devem ao trio uma certa profissionalização do métier. Mas Villas Boas era ao mesmo tempo resistente à ideia de se tornar domesticado. “Angeli tinha uma coisa de pai, quando chegava no estúdio dele já dizia que eu estava tantos minutos atrasado”, resmungava. Pura rabugice, ele amava Angeli e Laerte, tríade de herdeiros de Henfil (com quem conviveram em 1979, quando Henfil viveu em São Paulo).

Em 1987, ganhou a própria revista, Geraldão. Com o passar do tempo, enquanto Angeli e Laerte cederam à tentação do refinamento, ele “enrudeceu”, tornando-se ainda mais primário. Falsamente primitivo (talvez o termo mais adequado seja “minimalista”) no traço e ultrassofisticado no pensamento, ele usava seu pequeninho e claudicante homenzinho de mil pernas como um aríete das ideias.

Foi o primeiro cartunista do pós-ditadura a ter a coragem de passar marotamente a mão nas nádegas de general. Com isso, mais do que afirmar uma resistência ao regime, buscava tirar o ranço do humor engajado e chamar o escracho para dançar. Os personagens do Glauco foram os primeiros a ter coragem de botar o bilau (e a prochaska) para fora em cadeia nacional. Doparam-se em praça pública. Fizeram swing, cometeram assédio sexual, profetizaram o fim do mundo por alguns trocados.

Há uma tese mais ou menos disseminada de que seus personagens perderam um pouco a graça nos últimos anos. Pode ser. É o mal de todo personagem seriado, perde o fôlego em algum momento. Geraldão, Casal Neuras, Geraldinho, Doy Jorge, Zé do Apocalipse, Dona Marta e Nostravamus podem ter sido atropelados pelos absurdos da realidade. Mas que era magnífico ver o cartum do Glauco injetando caos e deboche no brutal mundo selvagem da política nacional, ah, isso era!

Um perfil da imperatriz da Gávea

Por Nelito Fernandes

Joana I foi rainha de Nápoles na Idade Média. Foram tantas as confusões em que se meteu e sua vida foi tão desregrada que, em 1346, ela teve de ir para a França, exilada pela Igreja. Pesava sobre a rainha a acusação de se envolver numa conspiração para matar o marido. A expressão Casa da Mãe Joana surgiu por causa dela. Joana Machado é a imperatriz do Flamengo nos dias que correm, graças ao posto de noiva do artilheiro do time, Adriano – também chamado de Imperador. Na madrugada da sexta-feira, Joana destruiu o carro de quatro jogadores do clube num ataque de fúria porque seu noivo estava com eles num baile funk na Favela da Chatuba. Por causa do episódio, e da discussão posterior sobre depressão e alcoolismo travada nas páginas dos jornais, Adriano poderá perder a vaga na Seleção.

O ataque de Joana na semana passada foi o ápice de uma série de barracos que ela protagonizou nos últimos tempos. Aos 29 anos, com 1,72 metro de altura, 67 quilos e 100 centímetros de quadril, Joana tem peito (com 355 mililitros de silicone) para encarar homens e até sair no tapa com eles, coisa que já fez em pelo menos três oportunidades. Um episódio de 21 de janeiro deste ano ilustra bem sua personalidade. Joana estava em seu carro na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, quando foi fechada por um ônibus. Ela, que se apresenta como personal trainer, abriu a janela e xingou o motorista. Não satisfeita, parou o carro no meio da rua impedindo a passagem, desceu e ficou mandando o motorista descer para sair no tapa “se fosse homem”. Como ele não obedeceu, Joana subiu no pneu do ônibus e começou a agredi-lo pela janela. Em seguida, quebrou o para-brisa e o retrovisor do ônibus, entrou no carro e saiu em disparada – diante dos olhares estupefatos dos cariocas, que imaginavam já ter visto de tudo em sua linda cidade.

Quando Joana começa uma briga, não para mais. No episódio da Favela da Chatuba, Zona Norte do Rio de Janeiro, ela estapeou Adriano, jogou pedras e deu chutes nos carros dos jogadores. Traficantes da favela tentaram contê-la, mas ela não obedeceu. A destruição só parou quando ela foi amarrada a uma árvore pelos bandidos. De novo: ela só parou depois de amarrada a uma árvore por traficantes armados!

‘‘Nenhum homem sobrevive à passagem de Joana por sua vida’’
diz alguém próximo a ela

Joana é filha de uma família de classe média e mora no Jardim Botânico com os pais. Criou-se na Praia de Ipanema e sempre andou em companhia de lutadores de jiu-jítsu, aqueles tipos tolerantes e ilustrados dos quais Marcelo Dourado, do Big Brother, parece ser um típico representante. Aos 16 anos, envolveu-se em sua primeira confusão na praia. O namorado, um professor de jiu-jítsu, desconfiou que estava sendo traído por ela e brigou com o rival nas areias. A briga provocou correria e só acabou com a chegada da polícia. Um ano depois, Joana teve sua primeira filha com o agressor. O relacionamento terminou pouco depois. A menina tem hoje 12 anos. Além dela, Joana tem um filho de 4 anos, de um empresário que faliu depois que a conheceu. “Nenhum homem sobrevive à passagem de Joana por sua vida”, conta uma pessoa próxima a ela. (Matéria completa na revista Época, edição desta semana)

Paissandu apresenta uma nova atração

Desembarcou neste sábado em Belém o 51º reforço do Paissandu para esta temporada. Trata-se do lateral-direito Flávio Medina, ex-Resende (RJ), que é um dos últimos esforços do Paissandu para o campeonato estadual. Recomendado pelo próprio Charles Guerreiro aos dirigentes, Flavinho vinha sendo sondado desde a semana passada. Já passou pelos seguintes clubes: Ituano-SP (2002-2003), Goiás-GO (2003), Friburguense-RJ (2004), Americano-RJ (2005-2006), Botafogo-RJ (2006), Ipatinga-MG (2007), Boavista-RJ (2008), Fortaleza-CE (2008) e Resende-RJ (2009-10). Chega para tentar estabilizar a lateral-direita do Papão, que ainda não encontrou um titular desde que Boiadeiro saiu em 2008. O novo reforço foi apresentado logo pela manhã, no estádio da Curuzu. Apesar de ter vestido o uniforme para as fotos, só será contratado depois de ser submetido aos exames médicos. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)