Remo, no sufoco, passa pelo Ananindeua

Um gol logo aos 4 minutos (Leandro contra), após jogada confusa na área do Ananindeua, deu ao Remo a vantagem inicial no confronto desta noite, no estádio Baenão, e a ilusão de um jogo fácil. Bastante modificado em relação às últimas partidas, a equipe azulina até começou buscando o gol, a partir do avanço de Marlon e Vélber para manobras ofensivas com Héliton e Marciano.

Animado, Marlon, o melhor do Remo no primeiro tempo, quase marcou novo gol olímpico em cobrança de escanteio aos 11 minutos. O Ananindeua, acuado em seu campo, saía em contra-ataques pelo lado direito, com Gegê e Kanu. Aos 36 minutos, jogada de André Mensalão obrigou Adriano a duas grandes defesas, no melhor momento do Ananindeua na partida. Nos instantes finais, Vélber e Marciano rondam a meta de Tinho. Aos 44, Marciano acerta cabeçada perigosa, defendida com dificuldade pelo goleiro do Ananindeua.

Na etapa final, logo aos 9 minutos, o Remo ampliou o placar. Marciano, artilheiro do campeonato (9 gols), finaliza bela jogada trabalhada por Marlon e Vélber. O problema é que a zaga azulina dá mole e Gegê aproveita brecha para diminuir, aos 13 minutos. O lateral Junior Belém, que já tinha sido advertido, recebe o segundo cartão amarelo e é expulso de campo. O Ananindeua não se abate e trata de aproveitar os espaços deixados pelo setor de marcação do Remo. Em rápida manobra, o atacante Joãozinho invade a área driblando e bate na saída de Adriano, aos 20 minutos. 2 a 2.

Atordoado, o Remo parte desesperadamente em busca da vitória, sob vaias da pequena torcida presente. Em seguida a isso, Otacílio desperdiça grande oportunidade. Márcio Nunes cabeceia rente à trave. Contundido, Ramon é substituído por Patrick. Em sua primeira investida, o atacante dispara chute forte, que explode na trave. Aos 45, em nova jogada de Patrick, Vélber desempata. Para não deixar barato, Mocajuba ainda acerta um belo disparo, que Adriano consegue agarrar. 

O técnico Giba (foto acima) observou a partida da cabine do Baenão, ao lado dos diretores Abelardo Sampaio e Lucival Alencar. Público: 1.253 (credenciados: 500). Renda: R$-16.191,00. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

Fenômeno nega ter ofendido a torcida

O Corinthians divulgou nesta quinta-feira nota oficial na qual o atacante Ronaldo esclarece o gesto obsceno feito na saída da Arena Barueri depois da derrota por 1 a 0 para o Paulista na noite de quarta. O jogador pede desculpas caso algum corintiano tenha se sentido ofendido e garante que o insulto não foi direcionada a nenhum torcedor. “Jamais faria tal gesto para a torcida do Corinthians que me adotou e me apoia desde a minha chegada. Foi dirigido a uma pessoa que me ofendeu moralmente e com questões pessoais no estacionamento do estádio”. Acrescentou que pretende “também para pedir desculpas caso algum corinthiano tenha sentido ofendido e reiterar meu carinho e admiração pela torcida que me tratou tão bem desde a chegada aqui”.

O fim da ‘lua de mel’ entre a torcida do Corinthians e o atacante Ronaldo, registrada por testemunhas e fotógrafos na noite de quarta-feira, após a derrota da equipe para o Paulista, na Arena Barueri, quando o jogador mostrou o dedo do meio em resposta às vaias recebidas, repercutiu fora do país. O diário Ás, da Espanha, reproduziu a foto do camisa 9 fazendo o gesto obsceno e ironizou a atual forma do pentacampeão, dizendo que “a torcida corintiana se cansou dos caprichos do jogador e de sua produtividade em campo”. O jornal lembra que Ronaldo fez a alegria da Fiel em 2009, marcando 25 gols, mas que está devendo na atual temporada, com apenas dois tentos (ante Mirassol e Cerro Portenho) e atuações fracas, abaixo do desempenho dos concorrentes Souza e Dentinho. (Da ESPN)

Coluna: Charles testa seus limites

Justificada pela necessidade de poupar jogadores para o compromisso decisivo na Copa do Brasil, semana que vem, em S. Paulo, o técnico Charles Guerreiro pôs em campo um Paissandu bastante modificado em Tucuruí, ontem, contra o Independente. O risco era calculado. Havia a possibilidade de um tropeço e, em escala mais grave, empanar o brilho da conquista do primeiro turno, ainda em comemoração pelo torcedor. Mas prevaleceu o planejamento em relação ao jogo contra o Palmeiras.
O empate final de 3 a 3 acabou dentro das expectativas, embora sem escapar a algum susto pela reação do Independente no segundo tempo. Por outro lado, Charles deve ter observado as dificuldades de articulação no meio-de-campo, até previsíveis diante da ampla mudança em comparação com as últimas apresentações.
Bruno Lança, Alexandre, Marquinhos e o estreante William até buscaram compensar o desentrosamento com iniciativas individuais, mas foi evidente o prejuízo causado pela baixa produção do setor de criação. Tiago Potiguar, escalado como segundo atacante, viu-se obrigado a recuar diversas vezes para tentar armar as jogadas, fazendo com que Bruno Rangel ficasse isolado na frente.
No primeiro tempo, o gol logo de saída e a superioridade numérica (o goleiro Kanu foi expulso após cometer pênalti) deram tranqüilidade à equipe e disfarçaram as deficiências, embora Gian Carlo e Ró tenham criado algumas situações perigosas.
Os problemas apareceram de fato na etapa final a partir do momento em que o Independente mostrou um mínimo de organização, sob a liderança de Marçal, seu principal articulador. Quando o Independente já havia virado o marcador, Charles recorreu aos seus trunfos, lançando Moisés e Zé Augusto. Como tinha um homem a mais, transformou essa vantagem em fator fundamental para reequilibrar a partida. O que acabou conseguindo em cruzamento de Tiago para o cabeceio de Bruno Rangel.
Da experiência de utilizar um time reformulado – dos titulares, só começaram jogando Fávaro, Allax e Tiago – fica a constatação de que, por enquanto, o Paissandu não conta com dois times confiáveis. Tem um bem ajustado e responsável pela ressurreição no campeonato, mas que se enfraquece caso sofra muitas alterações, principalmente no vital departamento da meia-cancha.
 
 
Giba chegou e já conseguiu empolgar a torcida remista, ávida por recuperação e ainda inconformada com a súbita queda de produção do time, que levou à perda do primeiro turno. É improvável que a equipe mude de imediato em relação à usada por Sinomar. Sozinho, sem comissão técnica, Giba precisará de pelo menos uma semana para conhecer os jogadores à sua disposição. Não me surpreenderia se, ao cabo desse período, nomes como Diego Azevedo, Levy, Marlon, San e Neto despontem como opções para o time titular. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 25)

Giba chega e acompanha estreia do Remo

O Remo estreia no returno diante do Ananindeua, às 20h30 desta quinta-feira, no estádio Baenão, mas a maior atração estará nas cabines do estádio: o técnico Giba Maniães, que desembarcou na tarde de quarta-feira em Belém para assumir o comando da equipe em substituição a Sinomar Naves. Acompanhado da esposa, Giba foi recepcionado por dirigentes do Remo. Depois, no estádio, foi aplaudido por dezenas de torcedores que foram até lá exclusivamente para saudar o treinador. Em entrevista, prometeu muito trabalho para conquistar o título estadual.

Em campo, o Remo terá o desafio de esquecer o fracasso nas finais do turno e se concentrar em acumular pontos para brigar pelo returno. Na fase passada, o time disparou sobre o Ananindeua a maior goleada do campeonato – 6 a 0. Desta vez, com técnico novo, Mariozinho, a Tartaruga tentará surpreender em pleno Baenão, com um time bastante diferente daquele que foi humilhado na abertura do torneio. O Remo, também com novidades na escalação, será comandado excepcionalmente pelos preparadores José Jorge e Benedito Gamboa. (Foto: ROGÉRIO UCHOA/Bola)  

Times:

Remo – Adriano; Índio, Pedro Paulo, Márcio Nunes e Paulinho; Marlon, Fabrício, Vélber e Samir; Marciano e Héliton. Técnicos: José Jorge e Benedito Gamboa.

Ananindeua – Tinho; Junior, Max, Gil e Mocajuba; Rogerinho, Rairo, André e Gegê; Fabinho e Kanu. Técnico: Mariozinho.

Ingressos – R$ 15,00 (arquibancada), R$ 20,00 (cadeira).

Árbitro – Fernando Rodrigues; auxiliares – Silvério Pinto e Aldemir Reis.

Na Rádio Clube – Valmir Rodrigues narra, João Cunha comenta. Reportagens: Paulo Caxiado.

Na TV – Cultura transmite a partida, a partir das 20h20.

Mundico e Águia estreiam com vitórias

O S. Raimundo estreou bem no segundo turno do Parazão 2010, vencendo de virada o Santa Rosa, por 2 a 1. Com um jogador a menos em boa parte da partida, já que Flamel foi expulso, o Pantera conquistou seus três primeiros pontos na Taça Estado do Pará. 
O Santa Rosa abriu o placar através de Eric, aos 21 minutos do primeiro tempo. A virada do São Raimundo veio no segundo tempo, com gols de Ítalo, que marcou de cabeça aos 17 minutos e fechou o placar aos 45 minutos. O árbitro da partida foi Marcio Araujo da Costa, da FPF. A renda divulgada foi de R$ 640,00 e apresentou um público de 188 pagantes. 
Pela segunda rodada, o Santa Rosa jogará na Curuzu no próximo sábado (27), às 18h, contra o Paissandu, enquanto o S. Raimundo enfrentará o Independente, domingo (28), em Santarém, às 16h. 

Em Marabá, o Águia conseguiu fazer as pazes com a vitória diante de sua torcida. Venceu o Cametá por 1 a 0. O gol foi anotado pelo atacante Jales, aos 44 minutos da etapa final. O Cametá se apresentou bem, mas não resistiu à pressão imposta pelo Águia. O árbitro da partida foi Heber Roberto Lopes (Fifa-PR). A renda divulgada foi de R$ 11.201,00 e apresentou um público total de 1.107 expectadores, sendo 839 pagantes e 268 credenciados. (Com informações da Rádio Clube – Fotos: ROGÉRIO UCHOA/Bola)