Venda de ingressos para o Re-Pa

Programação de venda de ingressos neste domingo (21) fornecida pela assessoria de comunicação do Remo:

Arquibancada (R$ 20,00) – Big Ben, sede do Remo e Baenão, de 9h às 12h; Mangueirão, de 9h às 16h.

Cadeiras (R$ 40,00) – Big Ben, sede do Remo, Curuzu, de 9h às 12h; Mangueirão, de 9h às 16h.

Meia-entrada (R$ 10,00) – Baenão, de 9h às 12h.

Gratuidade menor – Baenão, de 9h às 12h.

Lula quer ser secretário-geral da ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria considerando a possibilidade de suceder Ban Ki-moon no cargo de secretário-geral da ONU, segundo afirma reportagem publicada neste sábado pelo diário britânico “The Times”. Segundo o diário, “diplomatas dizem que Lula, que deixa o cargo em janeiro, pode buscar o posto mais alto da diplomacia mundial quando o primeiro mandato de Ban Ki-moon expirar, no fim de 2011”. “A ideia teria sido aventada pela primeira vez pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, durante a reunião de cúpula do G20, em Pittsburgh, em setembro”, comenta o diário. A reportagem observa que a possibilidade já vem sendo discutido pela imprensa brasileira, com sugestões de que Lula teria sido consultado por mais de uma pessoa sobre a questão. (Da BBC Brasil)

Vou te contar, ninguém segura o metalúrgico… cabra bom.

De olho na Copa

Menino observa com curiosidade a Copa do Mundo da Fifa, exposta no centro de São Petersburgo, na Rússia, na manhã deste sábado. Antes de ser levada à África do Sul, onde permanecerá até o final do mundial deste ano para ser entregue à seleção campeã do mundo, o troféu mais cobiçado do planeta ainda passará por 83 países em exposição itinerante.

Fifa espera faturar os tubos na Copa-2014

Se a Copa do Mundo no Brasil vai render algum benefício real para o país ninguém sabe. Mas o Mundial de 2014 será o evento que mais dará dinheiro aos cofres da Fifa na história de mais de cem anos da entidade. A Copa colocará nas contas da Fifa um volume quase 100% superior ao que a Alemanha gerou no Mundial de 2006. A entrada de recursos com o Brasil será ainda US$ 600 milhões (R$ 1 bilhão) maior que na África neste ano. Com tanto dinheiro, o prêmio para as 32 seleções que estarão no Brasil atingirá um valor três vezes maior que o que os times ganharam em 2002. As contas foram aprovadas na sexta-feira no orçamento da Fifa para o período 2011-2014, em uma reunião em Zurique que contou com a presença do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Para o período 2011-2014, a Fifa prevê que terá uma renda de US$ 3,8 bilhões (R$ 6,8 bi). Mais de 95% disso é gerado com o Mundial no Brasil. Para 2010, a previsão é de que a renda chegue a US$ 3,2 bilhões. Na Copa de 2006, a renda havia sido de US$ 2,1 bilhões. (Da ESPN)

Às vezes, a gente se distrai e esquece que a Fifa é apenas um grande banco.

Coluna: Nas asas da incerteza

Depois de oito gols sofridos em dois jogos, com direito a constrangedor baile santista pelo meio, o Remo entra em campo hoje com um peso redobrado sobre os ombros, precisando derrotar o Paissandu por dois gols de diferença para ganhar o ambicionado primeiro turno. O certo é que, no espaço de tempo de uma semana, o mundo caiu para os azulinos.
O time foi do céu ao inferno, sem escalas. Tudo deu errado. Primeiro, perdeu a invencibilidade no campeonato para o maior rival. De quebra ficou sem a vantagem do empate. E suprema humilhação: por minutos, correu o sério risco de uma goleada histórica.
O calvário prosseguiu quatro dias depois. Contra os meninos do Santos pela Copa do Brasil, viu-se fragorosamente derrotado no Mangueirão, perdendo a chance do 2º jogo – e viu ganharem asas R$ 200 mil da arrecadação.
Mais problemática que as derrotas é a perda da confiança na própria força. Não é para menos: o time que arrancava elogios pelo bom desempenho no começo do campeonato virou, de repente, um amontoado de jogadores. No meio e no ataque, onde antes havia entrosamento e eficácia, agora reina a instabilidade. A zaga, que nunca foi confiável, desandou de vez, comprometida pelo mau rendimento do setor de marcação. 
Depois deste preâmbulo, pode-se afirmar que o desacreditado Remo de Sinomar Naves será presa fácil para o lampeiro e entusiasmado Paissandu? Como o Re-Pa tem longa tradição de imponderabilidade, é prudente não ter certezas, muito menos cravar palpites definitivos. 
Não seria injusto dizer que a esta altura somente o retrospecto socorre o Remo. Tecnicamente, o favoritismo – que até domingo lhe pertencia – já se bandeou para o lado adversário. E não sem razão. O Paissandu, com Charles Guerreiro, empreende uma recuperação que poucos acreditavam possível, depois de tantos tiros a esmo nas contratações.
Está longe de ser um timaço, mas foi razoavelmente convincente nos dois desafios que teve pela frente. Contra o Remo, lançou mão da velocidade para anular as principais jogadas de Gian e Vélber. Ao mesmo tempo, explorou os pontos cegos da equipe de Sinomar, com ênfase nos laterais sem cobertura e nas crônicas dificuldades do miolo de zaga. Diante do Palmeiras, foi mais contido, preferindo cercar a área com a troca de passes. Não deu certo, mas também não envergonhou ninguém.
 
 
Como se vê, no bico do lápis, levando em conta a lei das probabilidades, a balança pende para o lado alviceleste. Ocorre que, há uma semana, a tendência era inversa e deu no que deu. Portanto, os dados ainda rolam e os favoritos de ontem podem ser os desafortunados de logo mais. É justamente dessa capacidade de surpreender que o Re-Pa extrai sua mística. Emoção em estado puro, mesmo quando os times não são brilhantes. E a paixão do torcedor resiste até à pífia participação na cena nacional (que os jogos da Copa do Brasil atestaram cruelmente nesta semana).
Só não se sabe até quando dura essa resistência. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 21)

Pensata: Senna, 50

Por Flavio Gomes

Ayrton Senna faria 50 anos amanhã. Vai ser aquilo de sempre. Imagens de gente depositando flores em seu túmulo, pessoas chorando, camisetas Marlboro, bonés do Nacional. E Tema da Vitória bombando em suas várias versões, inclusive a fúnebre. Saudades eternas, nosso herói, aquelas inesquecíveis manhãs de domingo — que nem sempre eram manhãs, diga-se; 14 de suas 41 vitórias foram conquistadas de tarde ou de madrugada, pelo sagrado horário oficial de Brasília.

Se Ayrton pudesse protocolar um protesto no Departamento de Reclamações do Além contra essas presepadas, creio que o faria. O negócio dele era correr de carro, acelerar qualquer coisa que tivesse quatro rodas, ganhar dos rivais, e as pessoas aqui só querem saber de lembrar “daquelas manhãs de domingo”. Não do que ele fazia na pista, dos duelos, das ultrapassagens, das vitórias e das derrotas. Mas daquilo que elas, as pessoas, sentiam se apropriando da capacidade alheia.

É um sentimento egoísta, esse do torcedor brasileiro. Na TV, a gente tem um bordão que se chama “o povo fala”. É quando se sai às ruas para entrevistar transeuntes sobre qualquer assunto. Um “povo fala” sobre Senna dá nisso: “Eu me sentia um vencedor”, “ele lavava nossa alma”, “ele nos enchia de orgulho”.

Ele corria para vencer. Por ele, por uma equipe inglesa, por uma marca japonesa ou francesa de motores e outra americana de pneus. Em que pese o teatrinho nacionalista que gostava de fazer, com bandeiras e citações ao pobre e sofrido povo brasileiro, Senna fazia o que todo piloto faz: queria derrotar os outros.

Por isso, que se lembre dele por aquilo que fazia dentro de um carro. Todo o resto, seu endeusamento, sua transformação em mártir, em ídolo infalível, quase um santo que só não foi canonizado porque o papa ainda não sacou nada, não passa de babaquice.