Em jogo vibrante, Remo vence e se isola na liderança

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Por Gerson Nogueira

Um jogo vibrante, aguerrido e ofensivo, como deve ser um grande clássico de futebol. Foram assim os 45 minutos finais do Re-Pa da tarde deste sábado no Mangueirão, diante de 40 mil pessoas. No final, o Remo levou a melhor, por 2 a 1, valendo-se de maior objetividade nas finalizações. O jogo teve um início de estudos, mas logo os ataques mostraram sua força. Primeiro foi o Paissandu, que chegou através de João Neto, mandando um chute de fora da área por cima do gol de Fabiano. Aos 7 minutos, em saída rápida de Galhardo para Fábio Paulista, a bola chegou com perfeição até Val Barreto, que desviou de cabeça para as redes de Zé Carlos. O embate continuou equilibrado, com o Paissandu mais presente em termos ofensivos, buscando a todo custo igualar o marcador. O Remo mantinha-se em seu campo, mas saía de vez em quando em contragolpes perigosos, normalmente puxados por Paulista. O próprio Paulista, cobrando falta, foi protagonista do último grande lance da primeira etapa, exigindo boa defesa de Zé Carlos em cobrança de falta.

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O segundo tempo começou em altíssima voltagem. O Paissandu, empurrado pela Fiel, parecia mais determinado e, logo de cara, Rafael foi lançado por Eduardo Ramos, mas disparou longe do gol. Apesar da velocidade dos ataques, o Remo só ameaçou de verdade aos 18 minutos, quando Leandro Cearense (que substituiu Val Barreto) experimentou de fora da área, levando perigo à meta de Zé Carlos. O Paissandu dominava a partida, alugando o campo de defesa azulino. Aos 25, quase saiu o empate: em escanteio, João Neto escorou para o gol, mas a defesa azulina afastou. Na sequência, o zagueiro Diego Bispo cabeceou rente à trave.

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Diante da ascensão do time no jogo, Lecheva lançou o estreante Iarley e ele não decepcionou a torcida. Em jogada que teve a participação de Héliton e Pikachu, Rafael mandou a bola na trave de Fabiano. Iarley aproveitou a sobra para balançar as redes e empatar o clássico, aos 29. Com o gol, o Paissandu se inflamou ainda mais e o Remo se retraiu. O jogo continuou emocionante, mas sem lances claros de gol, até que Fábio Paulista puxou grande contra-ataque pela esquerda e passou para Leandro Cearense marcar o gol da vitória remista, fazendo o Mangueirão estremecer, aos 41 minutos.

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Com a vitória, o Remo alcançou 12 pontos na tabela de classificação, isolando-se na liderança do turno. O Paissandu, com 7 pontos, continua em segundo lugar. (Fotos: MÁRIO QUADRO/Bola) 

Remo x Paissandu (comentários on-line)

Campeonato Paraense 2013 – 4ª rodada.

Clube do Remo x Paissandu – estádio Edgar Proença, às 16h.

Na Rádio Clube, Guilherme Guerreiro narra, Carlos Castilho comenta. Reportagens: Paulo Caxiado e Dinho Menezes.

TV Cultura transmite o jogo.

O passado é uma parada…

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Fotografia de de 1940 da fachada do antigo Grande Hotel, onde hoje se localiza o Hilton Belém, na avenida Presidente Vargas. Sim, Belém já teve um hotel no estilo do Copacabana Palace.

Era só o que faltava…

O PSDB mudou o discurso nesta sexta-feira e agora estuda recorrer à Justiça contra o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, na última quarta (23), em cadeia nacional de rádio e TV em que anunciou a redução da conta de energia. No pronunciamento, a líder da nação também atacou quem fez previsões de que não seria possível garantir o corte para consumidores residenciais e industriais, setor agricultura e de serviços. Em nota divulgada esta tarde, a assessoria do partido disse ter comprovado “a presença de elementos publicitários no pronunciamento feito, nesta quarta-feira, pela presidente da República e a forte identidade com os filmes exibidos na campanha eleitoral e nos horários reservados à propaganda eleitoral”.

O partido apresentou quatro comparações para mostrar que Dilma usou irregularmente a cadeia nacional. O primeiro é a semelhança da grafia do nome da presidente durante o programa e os programas realizados na campanha de 2010. Em segundo lugar, a logomarca do governo utilizada no lugar do brasão da República. Em terceiro, o uso no pronunciamento de recursos gráficos semelhantes aos usados na campanha eleitoral. Por último, o uso de roupas vermelhas fazendo alusão à cor do PT.

Não, não é brincadeira, os caras estão falando sério. Te dizer…

O peso das diferenças

Por Gerson Nogueira

bol_sab_260113_15.psSerá que vai chover? É a pergunta que mais se ouve em Belém nessas horas nervosas que antecedem o Re-Pa tão aguardado – mais até que as tradicionais indagações sobre o placar do confronto. A preocupação é justificada, pois no ano passado um toró atrasou e estragou o segundo clássico do campeonato. Na ocasião, o Paissandu também tinha o time mais arrumado, mas o resultado final foi um frustrante 0 a 0. O campo pesado produziu um jogo feio e amarrado.

Desta vez, com times tecnicamente melhores, a perspectiva é de um grande jogo. A anunciada disposição de Flávio Araújo e Lecheva manter os sistemas que já vinham usando revela coerência, mas põe em relevo o setor mais estratégico do futebol: o meio-de-campo. Se o Paissandu faz bem em manter a escalação que atingiu seu melhor estágio de entrosamento contra o Águia, não se pode dizer o mesmo do Remo.

Lecheva tenta, compreensivelmente, repetir a impressionante atuação de domingo passado, quando os bicolores apresentaram um ajuste de meio-de-campo que nenhuma outra equipe mostrou na competição até agora. A bola foi tocada de pé em pé, quase sem erros. Graças a isso, o jogo fluiu e o Paissandu passou como um trator sobre o Águia. Parecia um time ajustado há muito tempo, embora fosse apenas a terceira apresentação da nova formação.

As atuações de Ricardo Capanema e Esdras, cuidando da marcação e eventualmente se lançando à frente, foram fundamentais para o equilíbrio do setor. Mais à frente, Gaibu e Eduardo Ramos abasteceram o ataque com passes e lançamentos de qualidade, deixando Rafael Oliveira e João Neto várias vezes em situação de finalização. E, com o meio arrumado, Pikachu também teve espaço e liberdade para se dedicar ao ataque.

Ao contrário do grande momento vivido pelo Paissandu na meia-cancha, o Remo sofre para ajustar o setor. Seus volantes, Nata e Endy, não funcionam como guardiões da defesa e nem fazem a distribuição de bola para os meias e atacantes. Pagam o alto preço do desentrosamento e sobrecarregam tanto a armação, entregue exclusivamente a Tiago Galhardo, quanto os três zagueiros, que é obrigada a rebater bolas a todo instante.

Com o buraco existente, o time abusa das ligações diretas e do jogo aéreo. Mesmo aos trancos e barrancos, a campanha é vitoriosa, mas será capaz de superar o principal adversário?

Tony, outro volante, tem sido improvisado na direita. E aí reside outro problema: a falta de conexão entre os alas e o ataque. No 3-5-2 clássico, alas desempenham papel decisivo na transição de jogo. Não tem sido assim no Remo atual. Berg, pela esquerda, até tenta, mas não executa bem a função.

Os dois lados têm diferenças claras no momento, capazes de pesar na balança durante o jogo. O Paissandu tem um meio-campo mais organizado e um ataque que reflete essa organização. O Remo tem uma defesa firme, mas sobrecarregada pelos volantes, e um ataque que podia render mais se a armação fosse bem feita. O embate de hoje colocará à prova essas duas realidades.

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Valtinho assume a base do Leão

O Remo anunciou ontem a contratação de Valter Lima para coordenar suas divisões de base. Tão importante quanto a escolha de um profissional do nível e da competência de Valtinho é a confirmação pública de interesse pela formação de atletas.

Profissionalizar a organização da base é um mandamento que muitos clubes alardeiam, mas poucos cumprem efetivamente. Mesmo com erros recentes na condução dos negócios envolvendo jovens atletas de sua propriedade, o Remo parece disposto a dar prioridade a um departamento que sempre justificou a própria denominação – amador.

Baluartes, pais e colaboradores sempre se encarregaram das divisões formadoras, com todos os méritos e problemas que esse tipo de situação acarreta. A base já revelou bons jogadores, desde os tempos gloriosos de Aderson e Mego, mas precisa se organizar para produzir craques e garimpar pedras a serem lapidadas.

Valter Lima tem traquejo e experiência para cuidar das várias divisões. No futebol profissional, mostrou qualidades. Montou o Remo, campeão brasileiro de 2005 (Série C), e o São Raimundo, campeão brasileiro da Série D em 2009. Com autonomia e apoio, pode fazer muito pelo clube. Terá Rogério Belém como colaborador e olheiro de novos talentos.

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Direto do blog:

“Incomodou ter visto na relação remista só 2 meias ofensivos e um lateral de ofício, mais uma vez. Gerônimo pode até ser uma surpresa na escalação, mas essa parece a mudança mais provável. É pouca variação. Isso indica, para mim, que o Remo, no máximo, vai de Gerônimo na vaga do Endy até aqui. De resto, a única outra dúvida é quem forma o ataque com o Paulista: Leandro Cearense ou Val Barreto? Ok, os outros laterais estão sem ritmo de jogo, clássico é clássico, blá-blá-blá… Mas o que parece é que Flávio Araújo não quer abrir mão dos volantes. O Nata parece ainda sem ritmo de jogo e faz falta a granel, além de errar muito passe. É candidato a cartão vermelho. Escalaria ou o Biro ou o Gerônimo para volante e poria Edilsinho pela direita para encostar mais no ataque. Mas nada disso que sugiro parece ter chance de acontecer e o Remo vai de novo a campo tomar sufoco no 1º tempo pra arrumar a casa, no 2º. Tomara que eu esteja enganado”.

Por João Lopes Jr., torcedor inquieto com os problemas da meiúca azulina.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste sábado, 26)

Deixemos de nhenhenhém (parte II)

Mais ditados e chistes…

Salvo pelo gongo – O ditado tem origem na na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.Só que, às vezes, ao abrir os caixões,os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época). Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo. Atualmente, a expressão significa escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.

imagesElefante branco – A expressão vem de um costume do antigo reino de Sião, situado na atual Tailândia, que consistia no gesto do rei de dar um elefante branco aos cortesões que caíam em desgraça. Sendo um animal sagrado, não podia ser posto a trabalhar. Como presente do próprio rei, não podia ser vendido. Matá-lo, então, nem pensar. Não podendo também ser recusado, restava ao infeliz agraciado alimentá-lo, acomodá-lo e criá-lo com luxo, sem nada obter de todos esses cuidados e despesas. Daí o ditado significar algo que se tem ou que se construiu, mas que não serva para nada.

Comer com os olhos – Soberanos da África Ocidental não consentiam testemunhas às suas refeições. Comiam sozinhos. Na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num banquete oferecido aos deuses em que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam, “comendo com os olhos”. A propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que certos olhares absorvem a substância vital dos alimentos. Hoje o ditado significa apreciar de longe, sem tocar.

Amigo da onça – Segundo estudiosos da língua portuguesa, este termo surgiu a partir de uma história curiosa. Conta-se que um caçador mentiroso, ao ser surpreendido, sem armas, por uma onça, deu um grito tão forte que o animal fugiu apavorado. Como quem o ouvia não acreditou, dizendo que , se assim fosse, ele teria sido devorado, o caçador, indignado, perguntou se, afinal, o interlpcutor era seu amigo ou amigo da onça. Atualmente, o ditado significa amigo falso, hipócrita.

Estar com a corda no pescoço – O enforcamento foi, e ainda é em alguns países, um meio de aplicação da pena de morte. A metáfora nasceu de anistias ou comutações de pena chegadas à última hora, quando o condenado já estava prestes a ser executado e o carrasco já lhe tinha posto a corda no pescoço, situação que, de fato, é um sufoco. Hoje, o ditado significa estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros.

Como sardinha em lata – A palavra sardinha vem do latim sardina. Designa o peixe abundante na Sardenha, conhecida região da Itália. É um alimento apreciado e nutritivo, de sabor bem peculiar. As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou em outro molho, vêm coladas umas às outras. Por analogia, usa-se a expressão popular sardinha em lata para designar a superlotação de veículos de transporte público.

Pior cego é o que não quer ver – Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver. Atualmente, o ditado se refere a a alguém que se nega a admitir um fato verdadeiro.

Andar à toa – Toa é a corda com que uma embarcação remboca a outra. Um navio que está “à toa” é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama. Hoje, o ditado significa andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.

Casa de mãe Joana – Este dito popular tem origem na Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”. O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.

Remo reforça as divisões de base

A Diretoria do Remo contratou o técnico Valter Lima para responder pelas Divisões de Base do clube. Ao mesmo tempo, anunciou o ex-jogador Rogério Belém como técnico do Sub-17 e observador de talentos no interior.

Espanha mais pobre, Real e Barça mais ricos

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Da ESPN

Um de cada quatro espanhóis estão desempregados. A economia do país não consegue sair da recessão. As maiores empresas do país registram quedas recordes nos seus lucros. Mas, numa espécie de política do “pão e circo” da Roma antiga, Real Madrid e Barcelona se tornaram ilhas de prosperidade num país mergulhado no caos financeiro _incluindo para a maioria esmagadora dos demais clubes de futebol.

Segundo dados divulgados pela consultoria Deloitte, Real e Barça, que vão se enfrentar nas semifinais da Copa do Rei, seguem como clubes mais ricos do mundo. 
Na temporada 2011/2012, o Real Madrid faturou 513 milhões de euros (quase R$ 1,4 bilhão), ou 40% a mais do que o balanço fechado em 2008. O time catalão vem logo atrás, com receitas de 483 milhões de euros (R$ 1,3 bi), crescimento de 56% em relação ao que acontecia cinco anos atrás. Situação bem diferente de outros gigantes europeus. A Inter de Milão, por exemplo, teve um aumento de apenas 8% nas suas receitas nos últimos cinco anos.
Tudo muito diferente do que acontece no resto da Espanha. A previsão do órgão oficial de estatísticas da União Europeia é que o PIB, o produto interno do país, tenha fechado 2012 com uma queda de 3% em relação a 2008.
Nesta semana, foi anunciado um novo recorde de desemprego – 26% dos moradores do país não tem trabalho, índice que sobe para 50% entre os jovens.
As grandes empresas do país, mesmo globais, também não escapam da crise. Nos nove primeiros meses de 2012, o lucro do Banco Santander caiu 66%.
Também vendo seu lucro evaporar, a Telefônica cortou os salários de seus executivos em até 30% e também os dividendos pagos a seus acionistas.

Vote no mico da semana

Escolha seu King Kong e defenda-o com argumentos…

1) Comandante do Policiamento da Capital bate o pé e força mudança do Re-Pa para sábado, alegando preocupações com o monumental carnaval de rua de Belém. Como prêmio pela presepada, foi remanejado para tomar conta do policiamento na região do Salgado.

2) Em aparente sintonia com a fuga de ideia do coronel da PM, clubes só colocam ingressos à venda a partir de quarta-feira, como se não estivessem preocupados com a arrecadação do clássico.

3) Seleção sub-20 do Brasil apronta o maior vexame da história recente, sendo eliminada por Peru, Equador e Venezuela na primeira fase do Sul-Americano. Mateus, filho do pentacampeão Bebeto, era um dos titulares da equipe.